Milhares de trabalhadores já estão a postos para a grande mobilização marcada para quarta-feira (15), convocada pelas centrais e frentes formadas por diversas entidades sindicais e sociais, em todo o País, contra as reformas trabalhista, previdenciária e do ensino médio. Uma lista inicial com as capitais e seus respectivos locais de concentração foi divulgada. Além dos atos de protesto, muitos cruzarão os braços.
Foto: Beatriz Arruda/Comunicação SEESP
Sob o mote “Nenhum direito a menos”, categorias inteiras como metalúrgicos e portuários paralisarão suas atividades por um período de 24 horas. Outras, como professores, deflagrarão uma greve geral, por tempo indeterminado. Na pauta de reivindicações dos docentes estão a manutenção da aposentadoria especial, a não equiparação da idade mínima entre homens e mulheres – já que mais de 80% do professorado é formado por mulheres –, e repúdio à reforma do ensino médio imposta por meio de medida provisória, sem debater com trabalhadores e estudantes.
Os motoristas e cobradores de ônibus de algumas cidades farão paralisações ao longo do dia. Em São Paulo, não haverá circulação desse tipo de transporte da 0h às 8h. Os metroviários da capital paulista decidiram uma greve de 24 horas. Outras categorias que prestam serviços públicos devem parar, como eletricitários, servidores da Sabesp, dos Correios e do Judiciário, que também realizaram assembleia no 8 de março e decidiram aderir à paralisação de 24 horas.
Organização
Representantes de centenas de organizações sociais, sindicais, estudantis e partidárias vêm realizando uma série de encontros para organizar as manifestações e reiterar a convocatória para toda a classe trabalhadora brasileira a se engajar na luta.
Em nota de convocação, as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, as quais reúnem organizações que participarão das atividades do dia 15, falam da importância de resistir e conscientizar a população em seus locais de trabalho, escolas, universidades, no campo e na cidade, sobre os ataques aos direitos que vêm ganhando força no Congresso Nacional, sem nenhum debate público, sem qualquer compromisso com a população. "É preciso fazer a luta nas ruas! Por isso no dia 15 de março estaremos juntos com os trabalhadores/as da educação em greve e com o conjunto da classe trabalhadora paralisada, para realizar grandes manifestações que mostrem que não aceitamos o fim da aposentadoria e nem um governo que seja instrumento para caçar direitos e piorar a vida dos brasileiros/as", diz um trecho da nota.
"No dia 15 de março vamos todos às ruas para dizer não à essa injustiça. Não à reforma da Previdência. Nenhum direito a menos", afirma Murilo Pinheiro, presidente do SEESP. Confira seu chamado em vídeo abaixo.
Locais de mobilização:
Maceió (AL) – 10h Praça dos Martírios
Salvador (BA) – 15h Campo Grande
Fortaleza (CE) – 8h Praça da Bandeira
Vitória (ES) – 7h Pracinha das Goiabeiras
Cuiabá (MT) – 16h Praça do Ipiranga
Belo Horizonte (MG) – 10h Praça da Estação
Belém (PA) – 9h Praça da República
João Pessoa (PB) – 16h Ministério da Previdência
Curitiba (PR) – 9h Praça Tiradentes
Recife (PE) – 9h Praça Oswaldo Cruz
Rio de Janeiro (RJ) – 16h Candelária
Natal (RN) – 14h Praça Gentil Ferreira
Porto Alegre (RS) – 18h Esquina Democrática
Porto Velho (RO) – 9h Praça Estrada de Ferro Madeira Mamoré
Florianópolis (SC) – 16h Praça Miramar
São Paulo (SP) – 16h Masp
Piracicaba (SP) - 9h Poupatempo
São José do Rio Preto (SP) - 15h Terminal Central
Ribeirão Preto (SP) - 17h Terminal Dom Pedro II
Sorocaba (SP) - 7h Praça Coronel Fernando Prestes
Americana (SP) - 16h Praça Comendador Muller
Aracaju (SE) – 14h Praça General Vadalão
Palmas (TO) – 8h30 Colégio São Francisco
Comunicação SEESP
(Matéria atualizada em 14/3/2017, às 10h49)