logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 71

22/03/2019

Plenária 3 do EcoSP aborda utilização racional do gás natural

Deborah Moreira
Comunicação SEESP

A Plenária 3 da 9ª edição do EcoSP começou, na manhã desta sexta-feira (22/3), com uma palestra da representante da Comgas, a engenheira civil Patrícia Mazzante do Nascimento Crevilar, que abordou os “Benefícios ambientais do gás natural”. Antes disso, houve um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do ataque à Escola Estadual Escola Raul Brasil, em Suzano, interior paulista, em 13 de março último. Em seguida, o coordenador da mesa, Edilson Reis, lembrou que a data é um dia de luta para as entidades sindicais, que estão nas ruas e nas portas de fábricas em defesa da aposentadoria. “O Dia Nacional de Lutas em Defesa da Previdência Social” já teve dezenas de manifestações ao longo do início da manhã em praticamente todas as regiões do País. Segundo as centrais sindicais, que organizam os protestos, mobilização ocorre em 130 cidades.


Foto: Beatriz Arruda/Comunicação SEESP

Patricia Comgas Plenaria 3

 

 

O gás natural é um combustível fóssil - hidrocarboneto (carbono e hidrogênio) - mais leve que o ar, por isso, explicou a especialista em licenciamento ambiental da Comgas, é mais seguro, já que, em caso de vazamento, ele se dissipa muito rapidamente. Ainda de acordo com Crevilar, outro fator que torna o combustível seguro é que sua distribuição se dá por tubulação, o que reduz o número de caminhões no trânsito e de emissões de poluentes. A queima do gás é classificada como limpa. Por isso, as industrias ceramistas e vidreiras optam por esse tipo de combustão por resultarem em produtos de alta qualidade.

“O gás natural é um combustível fóssil, mas tem um potencial para contribuir com a redução de emissões neste período de transição para uma matriz mais limpa, não dá para abrir mão do gás. Ainda mais com a descoberta da camada pré-sal, que há uma quantidade grande de gás, sendo a maior parte associada ao petróleo. Por isso, é mais um motivo para a exploração adequada pois inevitavelmente, ao explorar o petróleo, o gás será emitido”, contou Patrícia Crevilar.

Atualmente, na área de concessão, dos 177 municípios paulistas a empresa está presente em 89 com “potencial de crescimento muito grande”. Em um deles, Cubatão, a companhia teve uma atuação marcante na remoção da nuvem de poluição que dominava a cidade até a década de 1980 e início de 1990. Em 1989, iniciaram o processo de conversão e, atualmente, quase todas as indústrias do município utilizam o gás natural. O gás natural produz menos emissões como, por exemplo, de material particulado e óxido de nitrogênio. Hoje em dia, a engenheira contou que, em todo estado, 1.265 indústrias utilizam o gás natural e 17 mil comércios, como pizzarias, que estão substituindo o tradicional forno a lenha pelo a gás natural “que faz a mesma pizza do a lenha e a gente nem percebe”.

Outra conta feita pela palestrante foi em relação ao combustível não utilizado, que deixa de emitir poluentes. São 4 bilhões de metros cúbicos de gás distribuídos ao ano e a tendência é aumentar: “Por dia, são 14 milhões de metro cúbico. Se não tivesse a rede de gás canalizada, precisaria de 14 mil caminhões tanques ao mês para distribuir esse combustível. Por ano, essa diferença entre ter ou não o gás natural, equivale a dizer que precisaríamos de 1 milhão e 200 mil árvores adultas em floresta tropical para absorver o CO2 ou mil campos de futebol de mata atlântica para poder suprir e suprimir todo esse CO2 emitido pelos combustíveis”.

Ao final, questionada pela plateia, formada por estudantes vindos de diversas cidades paulistas, sobre sua atuação e a preocupação com a questão ambiental, ela afirmou: “Quando me formei fui ser trainee em Furnas por achar hidrelétrica algo fantástico. Hoje, não que eu não defenda mais as hidrelétricas, mas o impacto ambiental choca tanto quanto o gás. A Comgas tem um Núcleo que cuida de toda essa parte desse olhar ambiental. Ao fazer um gasoduto, visamos o menor impacto possível. Então sim, dá para ser ambientalista em empresas que produzem gás”.

Esta foi a 9ª edição do EcoSP que ocorreu na sede do SEESP na Bela Vista, capital paulista, que organizou o evento, com apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e patrocínio de Comgas, grupo Semmler, Mutua-SP, Usiminas,. SICOOB Cecres e Inbec Pós-graduação.




Lido 2208 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda