Os navios a vela vão definitivamente voltar a fazer parte da paisagem dos oceanos e mares. O grupo B9 Energy anunciou o início dos esforços para a construção de um navio de grande porte que não dependerá do petróleo.
O navio, também chamado B9, usará o sistema de velas dyna-rig, que usa mastros independentes, autoportantes e retráteis, o que dispensa os cabos.
Para os tempos de calmarias, ele contará ainda com um motor tradicional, alimentado por biometano, um gás liquefeito produzido a partir de biomassa.
Grandes navios voltam no tempo para ficarem mais verdes
Segundo Kevin Forshaw, um dos participantes do projeto, o consórcio irá "ajudar a desenvolver técnicas viáveis de propulsão para a navegação em uma era de economia pós-carbono".
Projeto holístico
O B9 está com seu projeto sendo avaliado em tanque de provas e túnel de vento.
O objetivo é aprimorar o desenho do casco, para que ele se adapte às exigências do sistema dyna-rig.
Serão avaliados diversos formatos de casco, a fim de obter o máximo de velocidade com a tração gerada pelas velas, ao mesmo tempo mantendo as exigências para atracação nos diversos portos ao redor do mundo.
Serão testados também os parâmetros de segurança na operação do navio em variadas condições meteorológicas.
"Nós estamos projetando o B9 holisticamente, buscando super-eficiência, combinando a tecnologia dos barcos de corrida com a arquitetura naval mais moderna. Nós estamos combinando tecnologias comprovadas de formas totalmente novas, para desenvolver navios 100% livres de petróleo," disse Diane Gilpin, diretora do grupo B9.
Imprensa – SEESP
* Informação do site Inovação Tecnológica
Aconteceu no Rio de Janeiro, entre 15 e 22 de junho, o encontro conhecido internacionalmente como Rio+20, oficialmente intitulado Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável. O termo é usado para definir ações e atividades dos seres humanos que visam suprir as suas necessidades atuais sem comprometer o futuro e as próximas gerações. Ou seja, está diretamente relacionado ao progresso econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles sejam preservados.
Considerando que uma das atividades com alto potencial de degradação do meio ambiente é a indústria de modo geral que, em seus vários segmentos, é uma grande consumidora de insumos disponíveis no ambiente, o desenvolvimento de sua atividade tem sido uma grave ameaça à preservação dos recursos naturais no planeta, apesar de geradora de riquezas e agregadora de valores aos bens primários. A geração de resíduos constitui-se ou está associada ao desperdício de insumos (matérias-primas, água e energia). Consequentemente, a adoção de práticas de produção mais limpa, mais conhecida como “prevenção à poluição” (P2), resultará em ganhos econômicos, dentre outros benefícios, para as organizações.
A prevenção à poluição ou redução na fonte refere-se a qualquer prática, processo, técnica ou tecnologia que vise a redução ou eliminação em volume, concentração
e/ou toxicidade dos resíduos na fonte geradora. Incluem-se modificações nos equipamentos, processos ou procedimentos, reformulação ou replanejamento de produtos, substituição de matéria-prima e melhorias nos gerenciamentos administrativos e técnicos da entidade/empresa, resultando no aumento de eficiência no uso dos insumos. Nas práticas de prevenção à poluição, são abordadas algumas mudanças no enfoque que é dado ao controle ambiental no empreendimento, no qual as medidas são incorporadas dentro da rotina de produção e não mais no final dela, ou seja, o conhecido controle de fim de tubo.
Por outro lado, não constituem prevenção as práticas, técnicas ou tecnologias envolvidas no gerenciamento do resíduo gerado para o controle ou remediação da poluição. Isso porque atividades relativas a tratamento, reciclagem fora do processo e disposição de resíduos não implicam a redução da quantidade de resíduos na fonte geradora, mas atuam, de forma corretiva, sobre as consequências da sua geração.
Podem ser aplicadas algumas medidas em qualquer organização interessada em reduzir a geração de resíduos na fonte, tais como o reúso e a reciclagem internos, melhoria de práticas operacionais, reformulação dos produtos, substituição de insumos, controle de estoque, segregação de resíduos e manutenção preventiva. A implementação de ações de P2 está diretamente ligada à mudança de ênfase, por parte dos órgãos governamentais, das empresas e da comunidade, visando a melhoria da qualidade ambiental, local e global.
A atuação de todos é importante, através de procedimentos práticos e simples, mas que poderiam contribuir, significativamente, para uma melhoria do panorama atual de devastação contumaz e organizada do meio ambiente. Com a participação ampla nesse processo, cada um fazendo sua parte, preservando e denunciando o mau uso dos recursos ambientais, conseguiremos atingir o bem comum, que é a manutenção dos direitos fundamentais da pessoa humana, incluídos aí o ambiente saudável, utilização sustentável dos recursos naturais e manutenção da qualidade de vida.
* por João Henrique Castanho de Campos é engenheiro químico formado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), atuando há 20 anos no sistema de meio ambiente. Atualmente é diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Campinas
Imprensa – SEESP
* Artigo publicado no JE, Edição 412
Um conceito inovador de projetar e construir residências com foco na sustentabilidade e na eficiência energética é a principal proposta do protótipo de uma casa do futuro que une a tradição indígena brasileira com as tecnologias mais avançadas. Inspirada na cultura tupi-guarani, foi batizada de Ekó, que significa “viver” ou “maneira de viver”.
Desenvolvido por uma equipe transdisciplinar formada por docentes e estudantes de diversas universidades brasileiras, o projeto é coordenado pela USP (Universidade de São Paulo) e pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). “A meta é que os alunos participem de todo o processo, desde o desenho até a construção. Num futuro próximo, vamos ter que mudar a nossa forma de projetar e construir e quem fará isso serão esses jovens”, explica José Ripper Kós, professor da UFSC e coordenador de Arquitetura e Projetos da Ekó House.
Na visão do pesquisador, um dos diferenciais do trabalho é a integração entre diferentes áreas, aspecto fundamental para a construção de uma sociedade mais sustentável. “A maior parte dos estudantes envolvidos são de arquitetura e engenharia, mas temos também alunos de design, marketing e jornalismo. Essa perspectiva de integração terá que acontecer cada vez mais no mercado de trabalho, portanto, a Ekó House é uma das iniciativas que apontam para esse caminho”, salienta.
O desenvolvimento do protótipo fundamenta uma série de pesquisas, que além de dar amparo aos projetos da casa sustentável, embasa uma dezena de trabalhos acadêmicos que incluem iniciação científica, mestrados e doutorados. “Outra meta é formar recursos humanos para que esse conhecimento seja difundido em prol da sociedade. E o principal canal é demonstrar a viabilidade da montagem dessa casa”, enfatiza a engenheira Claudia de Andrade Oliveira, professora da FAU/USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) e coordenadora da montagem da Ekó House.
O projeto também foi idealizado para concorrer ao Solar Decathlon Europe 2012, uma competição internacional que acontece em setembro próximo, em Madri, na Espanha. “Durante a competição, serão dez provas que avaliarão quesitos como inovação, desempenho energético, conforto térmico, viabilidade de mercado, como a proposta é apresentada ao público, entre outros, daí a importância do trabalho ser pensado de maneira global”, enfatiza Kós.
Estrutura
A residência possui 47 metros quadrados de área interna, divididos em banheiro, cozinha, quarto, salas de estar e jantar. Com foco na flexibilidade, a estrutura foi projetada com base na modularidade para que se adapte às necessidades de diferentes famílias e haja facilidade na montagem e no transporte.
Para dar conta de tal tarefa, a equipe optou pelo sistema de construção industrializada em painéis de madeira com isolamento térmico embutido. Os módulos são constituídos de estrutura de vigas e pilares de madeira e painéis de OSB (oriented strand board). Como revestimento, foram usadas placas cimentícias e vidro nas partes laváveis, como no banheiro e na cozinha. As instalações hidráulicas e elétricas foram posicionadas entre os painéis de madeira e os revestimentos para facilitar a manutenção.
As varandas da casa também são tecnologicamente dinâmicas. Foram instalados painéis e persianas automatizados que se adaptam às condições ideais de iluminação natural, controlam as trocas de calor e garantem privacidade. “Por meio desse sistema de automação, o morador consegue definir como ele quer que a casa funcione. É possível programar não só a movimentação das persianas, como controlar e registrar o quanto de eletricidade é gasto na residência, entre outros. Essa é uma nova forma de os usuários se relacionarem e se interarem com o meio ambiente de uma forma consciente”, explica Oliveira.
Eficiência energética
A casa sustentável utiliza painéis fotovoltaicos e coletores que transformam a radiação solar em energia elétrica e térmica. “Durante o dia a produção atinge o pico, mas o consumo normalmente é menor. E como a casa não possui acumuladores, a eletricidade sobressalente vai para a rede de distribuição gerando créditos que podem ser usados durante a noite. Apesar de não ser muito utilizada no Brasil, existem protocolos que permitem que cada residência seja uma miniusina geradora de eletricidade”, detalha Oliveira.
A pesquisadora acrescenta que o desenvolvimento do protótipo está inserido em um convênio entre a USP e a Eletrobras que visa lançar as bases de uma indústria nacional de residências energia zero – alimentadas apenas por energia solar. “Além do financiamento da Eletrobras, o projeto conta com uma série de parceiros da iniciativa privada que doam materiais e mão de obra técnica.”
Sustentabilidade
A Ekó House possui ainda sistemas de gerenciamento de resíduos. No banheiro foi colocado um vaso sanitário seco, importado da Suécia, que dispensa o uso de água potável e faz a compostagem de forma eficiente, gerando adubo para ser utilizado no jardim. Os efluentes do chuveiro, lavatório e máquina de lavar roupas também serão tratados por um sistema natural híbrido de filtros e tanques de plantas que purificam a água que pode ser reutilizada para regar jardins ou lavar pisos, além de fazer parte da composição estética no ambiente externo da residência.
Conforme Oliveira, a casa se adaptaria a qualquer região do País. “Futuramente, a equipe pretende produzir protótipos em vários locais para avaliar a adequação dos sistemas e a questão da manutenção – quais as possibilidades que o usuário terá para manter sozinho todos esses sistemas funcionando bem”, conclui.
Lucélia Barbosa
Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada
O programa de televisão do SEESP, o JE (Jornal do Engenheiro), traz importantes e polêmicos assuntos nesta semana. O engenheiro agrônomo Guilherme Luiz Guimarães, da Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), e o presidente do Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo, Ernane Silveira Rosas, serão os entrevistados desta edição. Eles falam sobre saúde alimentar e a utilização dos defensivos agrícolas na produção dos alimentos, ou como são mais conhecidos, os agrotóxicos.
A reportagem da semana é sobre a reciclagem em São Paulo. O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, no quadro “No Ponto”, vai abordar um dos temas polêmicos dos trabalhadores brasileiros na atualidade: o fator previdenciário.
O JE na TV é transmitido ao vivo pela internet, sempre às segundas-feiras, às 23h30. Para assistir basta clicar neste link. Também no mesmo dia e horário o programa pode ser visto na Capital paulista pela TV Aberta SP, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital). O programa é transmitido em mais 38 cidades paulistas e quatro municípios de outros estados, em dias e horários diferentes. Veja aqui a grade completa.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP
Após 10 reuniões de negociação com a CPFL de Campinas, o SEESP ainda briga para chegar a um desfecho positivo em relação às propostas apresentadas para renovação do ACT 2012 (Acordo Coletivo de Trabalho). No último encontro (26/06), a empresa propôs 5,8% de reajuste extensivo aos demais benefícios e a manutenção dos demais itens já apresentados. Com esse índice o auxílio-refeição passa para o valor de R$ 529,00, o auxílio-alimentação para R$ 164,42, com subvenção de 90% desse valor por parte da empresa para quem recebe até R$ 5.779,42, auxílio-creche no valor de R$ 372,58, gratificação de férias no valor de R$ 1.883,81 (parte fixa), mantendo a parte variável de 40%. Em relação à verba de movimentação de pessoal a CPFL manteve 1% da folha.
Sobre o item organização sindical a empresa se mantém inflexível, o SEESP não aceita a proposta da empresa e solicita a manutenção da cláusula igual a do ACT de 2011.
O SEESP espera que a CPFL Energia remunere seus profissionais com um reajuste salarial justo, principalmente levando-se em conta, como a empresa gosta de divulgar, verificando os valores propostos por suas congêneres no mercado que algumas já ultrapassaram os 6,5% de reajuste salarial e mais de 10% nos benefícios.
O sindicato está convencido de que o anseio dos engenheiros, entre outros itens, é: garantir, no mínimo, a PLR (participação nos lucros e resultados) do ACT de 2011; manter o quadro mínimo de engenheiros para que a empresa seja realmente a referência que tanto afirma querer ser; retirar a proposta de “jornada flexível de trabalho”; manter a participação do SEESP no Programa de Requalificação Profissional; implantar o piso salarial do engenheiro, conforme a Lei 4.950-A/66; estabelecer um plano de Cargos/Funções e Salários completo, com faixas, medianas, princípio e final de carreira; e manter o plano de remuneração por ‘’Transferência do local de trabalho” igual ao do ACT 2011.
A 11ª reunião de negociação está marcada para esta terça-feira (3/07), às 12h, no Café Filosófico da CPFL.
* Veja aqui o quadro evolutivo das negociações salariais deste ano, elaborado pelo Sindicato
Marta Adriano Rabelo Rocha
Delegacia Sindical de Campinas-SEESP
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Será nesta terça-feira (3/07), às 10h, na sede do SEESP, em São Paulo. O ciclo de debates “A engenharia e a cidade” é realizado pelo sindicato desde o ano de 2000 e tem o objetivo de dar àqueles que pretendem governar as cidades a oportunidade de apresentar seu programa de trabalho e também de ouvir as sugestões dos engenheiros para setores como transporte e mobilidade, habitação, saneamento, iluminação pública.
Soninha Francine, candidata pelo PPS, estudou cinema na ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo). Em 2004, elegeu-se vereadora em São Paulo. Em 2008, também disputou a prefeitura pelo PPS, ficando em quinto lugar.
“Como tradicionalmente acontece, vamos receber, em datas alternadas até o mês de setembro, os candidatos de todos os partidos e/ou coligações para que falem sobre seus programas de governo e recebam sugestões dos engenheiros, profissionais que muito têm a contribuir para a solução dos problemas urbanos”, explica o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro. Ele lembra que a iniciativa do SEESP tem a virtude de colocar em pauta o que de fato importa no processo eleitoral: os problemas que afligem os cidadãos e a melhor saída técnica à disposição para resolvê-los. “Os eventos são também uma boa oportunidade para que os eleitores possam decidir em quem votar mais conscientemente”, destaca.
A atividade é aberta ao público e acontece sempre na sede do SEESP, na Rua Genebra, 25 – Bela Vista – São Paulo.
O ciclo “A engenharia e a cidade” também será transmitido ao vivo pela internet. Para assistir basta acessar aqui.
Imprensa - SEESP
Há cerca de dois anos, em junho de 2010, o então presidente Lula vetava a medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional que, entre outros pontos, extinguia o fator previdenciário, mecanismo que reduz o valor do benefício de quem se aposenta de acordo com a expectativa de vida. Sem avanços sobre o tema desde então, surge a possibilidade de retomada de negociação entre o governo federal e o movimento sindical.
A conversa, no entanto, não deverá começar pela extinção pura e simples do fator previdenciário, mas pela sua substituição pela “fórmula 85/95”, que soma idade ao tempo de contribuição, respectivamente para mulheres e homens. Apresentada há dois anos pelo deputado licenciado e atual ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT/RS), à época a alternativa foi rejeitada pelas centrais. Para Antônio Augusto de Queiroz, diretor de documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), essa é uma possibilidade de “flexibilizar” o fator, já que mantém o redutor, mas diminui o seu impacto. Segundo ele, a matéria não deve ser apreciada pela Câmara antes que haja um acordo entre governo e trabalhadores, embora em abril último tenha sido aprovado requerimento do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) e outros parlamentares pedindo a urgência para a apreciação do Projeto de Lei nº 3.299/2008, de autoria do senador Paulo Paim (PT/SP). Tal extingue o fator previdenciário e teve uma emenda substitutiva global, que basicamente mantém itens da proposta original de Pepe Vargas com o acréscimo de dois itens. Pela tramitação regimental da Câmara, a emenda deverá ser votada antes do PL.
Prejuízo ao trabalhador
O regime atual, critica o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), além de dificultar a concessão da aposentadoria, faz o trabalhador perder até 40% do benefício. No caso das mulheres, o prejuízo pode chegar a 50%. Na sua opinião, o fator previdenciário “tem o objetivo apenas de dificultar a previdência pública para ajudar o crescimento da previdência privada”. Ele rebateu ainda as alegações de déficit no sistema: “Em 2011, o superávit da Previdência foi de R$ 77 bilhões.”
Na avaliação do presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), João Batista Inocentini, a fórmula 85/95 é a saída possível. “É bem melhor que a situação atual. Por que hoje 19 milhões de aposentados e pensionistas ganham salário mínimo? Por causa do fator que reduz o benefício até abaixo do mínimo.” Ele dá o exemplo de uma mulher que atinja os 30 anos de contribuição aos 50 anos de idade e faça jus a um benefício de R$ 1.000,00. “Com o fator previdenciário, esse valor se reduz a R$ 580,00. Como a Carta Magna do País não permite isso, ela vai receber um salário mínimo de provento apenas. Está mais do que na hora de acabar com essa perversidade”, dispara.
Para o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, “é necessário e urgente” dar fim ao redutor, que prejudica especialmente aqueles que entraram mais cedo no mercado do trabalho, portanto, a população mais pobre. “Esse contingente, apesar dos anos de serviço e contribuição, vê-se condenado a um benefício irrisório e insuficiente à própria sobrevivência”, critica.
Entenda a fórmula 85/95
Exclui a incidência do fator previdenciário quando a soma do tempo de contribuição e da idade do segurado atingir 85 anos (mulher) e 95 (homem).
Congela a tábua de mortalidade (expectativa de sobrevida) do segurado sempre que atingir 35 anos de contribuição, se homem, ou 30, se mulher, permitindo uma redução da incidência do fator, na hipótese de requerer aposentadoria antes de alcançar a fórmula 85/95.
Inclui na contagem do tempo de serviço para efeito de aposentadoria o tempo de aviso prévio e do seguro-desemprego.
Garante o pagamento das contribuições previdenciárias (do emprego e do empregador) nos 12 meses anteriores à aposentadoria, no caso de demissão do segurado.
Exclui da aplicação do fator previdenciário o segurado deficiente.
Considera no cálculo do benefício 70% das maiores contribuições a partir de 1994 em lugar de 80%, como é atualmente.
Acréscimos da emenda substitutiva global ao PL 3.299/08
O trabalhador ou trabalhadora que contar mais de 35 ou 30 anos de contribuição e decidir se aposentar antes de atingir a fórmula 85/95 terá um redutor de 2% a cada ano que faltar para alcançar esse limite.
Quando a soma da idade e o tempo de contribuições (desde que este não seja inferior a 35 anos para homem e 30 para mulher) superar a fórmula 85/95, o trabalhador ou trabalhadora terá um acréscimo de 2% por ano que ultrapassar a soma da fórmula.
Fonte: Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar)
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP
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Resultado de pesquisa de mestrado e doutorado, o Brasil deve apresentar ao mercado seu próprio FOS (fruto-oligossacarídeo), um açúcar que não é metabolizado pelo organismo. Até agora, o produto – encontrado em fórmulas de complementos alimentares – chegava à população do País via importação. Quem conta é Francisco Maugeri Filho, professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e coordenador do projeto, desenvolvido por Elizama Aguiar de Oliveira.
Esse longo trabalho acadêmico visou desenvolver a tecnologia utilizando-se matéria-prima nacional, fundamentalmente sacarose. Como explicita ele, “resultou em algumas teses, além de três a quatro patentes”.
O produto, usado em todo o mundo pela indústria alimentícia, ativa o desenvolvimento de micro-organismos benéficos ao corpo humano. “Serve de nutriente a esses, que são tidos como probióticos, ou seja, atuam de forma favorável no nosso trato intestinal, no equilíbrio da flora”, enfatiza. Segundo explica Maugeri, é uma molécula de sacarose combinada com outras de frutose. À sua obtenção, a técnica consiste na imobilização da enzima que produz o açúcar e posteriormente num processo de separação, purificação e enriquecimento do FOS.
“O metabolismo vai ser feito pelo micro-organismo probiótico. Então passa direto pelo estômago, intestino delgado e vai ser assimilado no grosso. Por isso, é considerado de baixa caloria.” Um sinal verde para diabéticos, não obstante, alerta, não possa ser usado como adoçante. Isso porque tem “uso recomendado de cerca de dez gramas por pessoa/dia, uma quantidade relativamente pequena”. Conforme ensina, esses limites devem ser observados, sob pena de o consumidor ter, em vez de vantagens, “sérios problemas intestinais”. Exatamente por isso não se encontra nas prateleiras de supermercados. Embora ache que essa poderia ser uma opção para venda do produto nacional, a restrição deve ser observada. “Seria interessante que fosse oferecido a granel, para as pessoas poderem colocar uma colherinha por dia em seu café da manhã.”
Tomado esse cuidado, os benefícios são inúmeros, diz. Os micro-organismos, assegura Maugeri, vão inibir outros nocivos ao intestino e possibilitar um melhor trânsito ali, melhor assimilação de nutrientes, ativação do sistema imunológico e a produção de vitaminas necessárias ao corpo humano. “Indiretamente também ajudam na produção de neurotransmissores como a serotonina, auxiliando a melhora do humor. Tem também evidências muito expressivas de atuação na redução de câncer do colo ou do intestino, de colesterol, de triglicérides.” O professor resume: “Todas as pessoas que usam FOS regularmente em sua alimentação se sentem muito melhor, mais ativas e dispostas.”
Popularizar o consumo
Com as patentes licenciadas por uma empresa, o produto “está passando da escala de laboratório para uma intermediária e, em sequência, industrial”. Esse último processo requer, de acordo com Maugeri, a aplicação de uma série de parâmetros “que exigem conhecimento e trabalho bastante específicos de engenharia e várias horas de dedicação para se ter escala”. A expectativa, afirma, é que esteja disponível no mercado em um ou dois anos – e a um custo competitivo em relação ao FOS importado. “Não estamos vendo o aspecto comercial, mas da saúde”, aponta.
Diante disso, na sua concepção, seria importante que estivesse ao alcance de toda a população brasileira. “O ideal seria popularizá-lo, numa campanha de informação e divulgação para que as pessoas saibam de seus benefícios e isso viabilize a comercialização talvez em supermercados, farmácias, a um custo bastante acessível.” Ele destaca que esse é relativamente elevado se comparado com o açúcar comum – portanto, o grande entrave ao consumo pela maioria dos brasileiros. “Mas como não é um adoçante, o objetivo é outro, talvez haja sensibilização para se garantir preço competitivo.”
Soraya Misleh
Imprensa - SEESP
Em reunião do CMCT&I (Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação), realizada no SEESP em 14 de junho último, entrou em pauta um tema essencial para a atual sociedade da informação, a internet pública. Apresentada pelo professor da USP (Universidade de São Paulo), Marcelo Zuffo, a proposta é basicamente implantar a internet, oferecida pelo município gratuitamente, nos locais públicos. Conforme explicou ele, não se trata de oferecer o serviço hoje vendido por provedores às pessoas físicas ou jurídicas, nas residências ou empresas, mas de proporcionar acesso à rede em escolas, hospitais, parques, aeroportos etc.
Segundo enfatizou o professor em sua palestra, “cabe a uma cidade como São Paulo, progressista, sair desse marasmo e ter uma ideia ambiciosa”. Convencido da pertinência de uma iniciativa como essa, ele afirma que para colocar o projeto em prática basta articulá-lo política e institucionalmente, sendo plenamente viável do ponto de vista tecnológico.
O tema, que já esteve presente em campanha eleitoral passada sem prosperar, deveria entrar no programa de governo de todos os candidatos que disputam o pleito de outubro próximo, não só na Capital, mas em todas as cidades brasileiras. A internet há muito deixou de ser uma opção e impõe-se ao cotidiano dos cidadãos como forma de acessar todo um universo de informações e serviços nos mais diversos setores, incluindo saúde e segurança.
Cada vez mais, estar num ambiente sem acesso à internet corresponderá a estar num local sem água ou energia elétrica. A tendência que, ao menos no médio prazo, parece irreversível de estocar informações na chamada “nuvem” traz em si a ideia de que todos terão acesso a esses conteúdos. Quanto mais tempo se leva a garantir essa possibilidade, mais se gera exclusão e desigualdade.
Claro está que o Brasil ainda precisa equacionar a questão da universalização da banda larga, cujo plano nacional ainda não deslanchou. Até por isso, a experiência bem-sucedida já feita por alguns municípios brasileiros deve ser multiplicada em todo o País. Será um passo fundamental no combate à exclusão digital.
* Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro é presidente do SEESP
Imprensa - SEESP
O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) dá início neste mês de julho a mais um ciclo de debates “A engenharia e a Cidade”, que conta com a participação dos candidatos à Prefeitura da Capital. A iniciativa, realizada desde o ano de 2000, tem por objetivo dar àqueles que pretendem governar as cidades a oportunidade de apresentar seu programa de trabalho e também de ouvir as sugestões dos engenheiros para setores como transporte e mobilidade, habitação, saneamento, iluminação pública. O primeiro debate será nesta terça-feira (3/07), às 10h, na sede do sindicato (Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo), com a candidata do PPS, Soninha Francine.
“Como tradicionalmente acontece, vamos receber, em datas alternadas até o mês de setembro, os candidatos de todos os partidos e/ou coligações para que falem sobre seus programas de governo e recebam sugestões dos engenheiros, profissionais que muito têm a contribuir para a solução dos problemas urbanos”, explica o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro. Ele lembra que a iniciativa do SEESP tem a virtude de colocar em pauta o que de fato importa no processo eleitoral: os problemas que afligem os cidadãos e a melhor saída técnica à disposição para resolvê-los. “Os eventos são também uma boa oportunidade para que os eleitores possam decidir em quem votar mais conscientemente”, destaca.
A atividade é aberta ao público e acontece sempre na sede do SEESP, na Rua Genebra, 25 – Bela Vista – São Paulo. O ciclo “A engenharia e a cidade” também será transmitido pela internet. Para assistir basta acessar aqui.
Serviço
O que: Ciclo de debates “A engenharia e a cidade”
Quando: A partir do dia 3 de julho de 2012 – às 10h
Candidato: Soninha Francine (PPS/SP)
Onde: Sede do SEESP
Endereço: Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo
Informações para a imprensa:
Departamento de Imprensa do SEESP
Rita Casaro
(11) 3113-2651
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