João Guilherme Vargas Netto*
Escrevo na véspera do dia 28 de abril, mas é como se escrevesse depois de amanhã.
No fim da jornada do 28, milhões de brasileiros poderão dizer, como o poeta Manuel Bandeira:
“O meu dia foi bom, pode a noite descer.
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar."
É o dia da vitória do esforço unitário e da mobilização sobre o desmanche social e o retrocesso.
As coisas ficam mais simples quando uma palavra de ordem as sintetiza: nenhum direito a menos! Foi o que se ouviu na voz sonora das ruas e no silêncio das fábricas.
Haverá uma forte combinação de greves e manifestações demonstrando ao Brasil – um Brasil que se encontrava bestializado – a necessidade da resistência e de outro rumo.
Com a persistência unitária das centrais sindicais e das confederações, federações e sindicatos dos trabalhadores, o Brasil que não está satisfeito se manifestou contra as “deformas”, abrangendo todos os setores sociais, religiosos, jurídicos e da intelectualidade defensores da justiça social.
Ainda não é hora de se pensar o dia seguinte porque ainda é hora de ampliar o protesto e garantir o êxito da jornada de lutas, verificando cada pormenor relevante para o sucesso.
Mas, com a vitória anunciada, nada continuará como antes, e novas perspectivas vão aparecer.
O que parecia sólido, determinado e agressivo será desmanchado no ar, e a sadia vigilância popular será exercida sobre os partidos, sobre os deputados e senadores, sobre os políticos e sobre os empresários interesseiros, hipócritas, corruptos e desmoralizados.
A jornada do dia 28 merece uma citação bíblica incontornável: Seja o seu sim, sim; seja o seu não, não. Todo o resto vem do maligno.
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical
Dez empresas paulistas vão desenvolver tecnologias e produtos com aplicações em cidades inteligentes e sustentáveis. Selecionadas por meio de chamada de propostas conjunta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no âmbito do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - Pipe/Pappe Subvenção, elas terão suas pesquisas apoiadas por até 24 meses.
“É primeiro edital do Programa sobre cidades inteligentes e poderão haver, no futuro, outras chamadas no mesmo tema. A área de cidades inteligentes ganhou destaque nos últimos anos e possui um ótimo potencial para gerar impactos positivos na sociedade e na economia”, disse Fabio Kon, membro da coordenação adjunta de Pesquisa para Inovação da Fundação.
A expectativa é que os produtos desenvolvidos pelas empresas sejam aplicados em cidades brasileiras e também ganhem escala global. “Quando lançamos o edital, em parceria com a Finep, a ideia era que todos os projetos fossem ousados e ambiciosos. Não perguntamos se dariam certo ou não. O que queremos é pesquisas de qualidade que almejem mercados”, disse Douglas Zampieri, também membro da coordenação.
Quando se fala em inovação tecnológica, fala-se também em alto risco. Para minimizar o risco, os projetos analisados passaram por uma seleção rigorosa que levou em conta equipe, plano de negócios, viabilidade e capacitação.
Francisco Luiz Biazini Filho, da Rede Resíduos, participou, com projetos diferentes, das três fases do Pipe. “No primeiro projeto selecionado, eu era bolsista. No segundo, virei sócio da empresa e, agora, sou coordenador. Graças ao apoio do PIPE, a Rede Resíduos cresceu, e hoje temos vários clientes”, disse.
Com proposta selecionada na chamada Cidades Inteligentes, Biazini Filho e equipe desenvolverão um sistema de rastreabilidade e telemetria que acompanha desde a origem do lixo até a sua transformação em produto reciclado.
O sistema informará quando as caçambas e os contêineres de lixo estiverem cheios, o que facilitará a logística da coleta de resíduos na cidade. Além disso, o sistema irá gerar indicadores, métricas e uma série de informações para aprimorar o processo de coleta.
“É uma área de muita emergência. Nenhum município hoje no Brasil está com o problema de resíduos equacionado. Qualquer cidade gasta em média 5% do orçamento com a limpeza pública e todos estão sendo pressionados para gerar economia, envolver os catadores e criar processos mais eficientes”, disse Biazini Filho.
O projeto de monitoramento e telemetria das caçambas fecha um ciclo iniciado nos projetos realizados pela empresa nas Fases 1 e 2 do PIPE ao disponibilizar o sistema que conecta em rede grandes geradores de resíduos com recicladores, transportadores e empresas de tratamento.
“A Rede Resíduos já trabalha na reciclagem para reduzir o lixo no aterro. Agora, vamos atacar a outra ponta da questão e gerar economia no custo da logística de coleta”, disse Biazini Filho.
Bikes e iluminação pública
A Pullup, empresa de engenharia eletrônica de olho no futuro das cidades a partir das bicicletas, também teve seu projeto aprovado na chamada Fapesp-Finep. O projeto SmartBike usa uma plataforma de Internet da Coisas associada às bicicletas para coletar e gerenciar dados sobre mobilidade urbana.
“Tínhamos o projeto há mais de um ano antes de nos inscrevermos no edital. Boa parte dos elementos físicos já está desenvolvida e, agora que fomos selecionados, vamos finalizar o produto e entrar no mercado ”, disse Conrado de Vitor, um dos sócios da Pullup.
O projeto de bicicletas inteligentes será feito em três etapas. A primeira cria um aplicativo para assessorar o ciclista com rotas e um dispositivo com sensores de LED para afixar na roda da bicicleta. Ele tem como funções principais chamar a atenção (para evitar colisões) e capturar informações sobre velocidade, aceleração, trepidação e até umidade da ciclovia e poças de água.
A segunda etapa consiste em desenvolver uma infraestrutura de coleta de dados nas vias. Serão instalados detectores (beacons) para captar informações sobre fluxo de ciclistas e condições da ciclovia. Os dispositivos de comunicação sem fio conectados na ciclovia farão troca de dados com as bicicletas e serão conectados também a uma rede central, que por sua vez estará conectada à internet.
A terceira etapa do projeto é de desenvolvimento de um software de inteligência de dados. “Com o software, teremos condições de gerar informações do estado das ciclovias, rota e tráfego de ciclistas. Esses dados darão uma base teórica para determinar ações da prefeitura, como a criação de novas ciclovias”, disse Rafael Mosna, cofundador da empresa.
A Pullup estuda a instalação de um piloto do projeto. “É importante ter um piloto, pois no mercado não há uma solução com a abordagem sistêmica do projeto, que integra os aparelhos fisicamente acoplados às bikes e à internet”, explica Mosna.
A ideia é que os dados coletados não fiquem apenas com as prefeituras e sejam disponibilizados também para outras empresas, incentivando a criação de outros aplicativos, sistemas, mapas e serviços. “É fundamental que essa plataforma seja aberta e outras empresas se somem a este esforço para criar cidades mais acessíveis aos ciclistas”, disse De Vitor.
Iluminação pública
Tornar um sistema capaz de operar com múltiplos serviços é o que norteia o projeto de iluminação pública da Desh Tecnologia, também selecionada no edital. A empresa desenvolve um sistema de comunicação, sem fio e via rádio, para fazer o controle de luminárias públicas de um bairro ou uma cidade.
“A iluminação é uma ótima base para desenvolvermos o sistema. Nosso objetivo maior está em fazer com que a rede implantada para a iluminação se torne disponível para uma série de outras soluções, como controlar semáforos, estacionamento e tráfego ou medir energia e água”, disse Douglas Malvar Ribas, sócio da Desh.
O sistema de iluminação inteligente terá três elementos. O primeiro é a célula de controle de iluminação, um rádio que vai na luminária pública e a liga, desliga, controla intensidade e dá diagnósticos. Há ainda rádios-mestres concentradores fixados em locais estratégicos e que se comunicam com todas as luminárias e as conectam com uma central de controle. O terceiro elemento é o software que fica na central e faz todo o controle da rede.
“Um ponto muito importante no programa Pipe-Fapesp, desde a década de 1990, é um bem não tangível: a incorporação da gestão da inovação dentro das empresas. Os relatos das empresas de sucesso que passaram pelo programa são unânimes em dizer que o Pipe-Fapesp ajudou a trazer não apenas a inovação para dentro da empresa, mas trouxe também a gestão da inovação”, disse Zampieri.
A relação das empresas selecionadas na chamada Cidades-Inteligentes/Cidades Sustentáveis está disponível em: www.fapesp.br/10834.
Comunicação SEESP
Reprodução de notícia da Agência Fapesp/Maria Fernanda Ziegler
O Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP esteve presente, nesta quarta-feira (26/04), na Universidade Nove de Julho (Uninove), campus Santo Amaro, para realizar a palestra “Engenharia: profissão & mercado de trabalho”. A receptividade foi calorosa por parte dos alunos e do professor Claudio Barboza Junior, membro da comissão responsável pela semana da Engenharia, segundo a coordenadora do Núcleo, Marcellie Dessimoni. O sindicato realiza, desde 2015, palestras nas instituições de ensino com o objetivo de levar informações relevantes à formação profissional dos futuros engenheiros.
Dessimoni, nas palestras, salienta a responsabilidade que possuem os engenheiros dentro do cenário atual e para a construção de um futuro promissor. “A engenharia é a saída que o País precisa e os futuros profissionais são parte fundamental na condução desse processo.”
Na atividade da Uninove, a coordenadora convocou os acadêmicos a participem e se envolverem nos debates sobre desenvolvimento e sustentabilidade. “Fiquem atentos com o que esta acontecendo dentro da engenharia, não percam oportunidades de discutir e contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, conclamou.
Foto: Núcleo Jovem Engenheiro
Estudantes participam em peso de palestra do Núcleo do sindicato.
Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Clemente Ganz Lúcio*
Entrou na pauta da Câmara dos Deputados a nova versão do projeto de reforma trabalhista, agora a partir do relatório apresentado pelo deputado Rogério Marinho, relator da Comissão Especial que analisa a proposta. Como ocorre na fantasia, na dura realidade do País, a formiga (o projeto de reforma encaminhado pelo Executivo) se transformou em elefante (a proposta apresentada pelo deputado). E o conteúdo do projeto modificado permite afirmar que se trata de um elefante atômico, uma verdadeira bomba acionada para destruir e reconfigurar o sistema de relações de trabalho e o direito trabalhista.
A justificativa que consta na apresentação do projeto indica um conjunto de fundamentos com os quais há, sim, acordo: a valorização da negociação, o fortalecimento sindical, a busca de solução ágil de conflitos, a segurança jurídica. Porém, o detalhamento da propositura no documento revela de maneira cristalina o verdadeiro sentido do projeto de reforma: criar um poderoso sistema de proteção trabalhista das empresas, que proporcione e acentue o desequilíbrio de força a favor do capital, transferindo para o trabalhador, individualmente, a solução dos conflitos entre capital e trabalho e afastando os Sindicatos dessa relação.
O projeto altera mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outros 200 dispositivos! Amplia a liberdade de negociação para fixar parâmetros muito inferiores aos delimitados hoje na legislação. Os Sindicatos, os representantes no local de trabalho e o próprio trabalhador estão autorizados a reduzir direitos. As negociações coletivas resultarão em acordos com, no máximo, dois anos de validade, e fica proibida a ultratividade. Os Sindicatos celebram acordos com validade para todos os trabalhadores da base, sem que estes tenham nenhuma responsabilidade pelo financiamento dessa ação. As entidades perderão a capacidade de financiamento e, pior, o trabalhador que quiser contribuir com elas deverá comunicar a empresa – o que é um acinte à liberdade sindical. E tem mais: os trabalhadores deverão eleger comissões por empresas, nas quais fica proibida a participação sindical! Essas comissões terão poder de negociação e de quitação de débitos trabalhistas, que também podem ser saldados pelo próprio trabalhador, ao longo do ano. Criam-se as bases para o sindicalismo por empresa, sonho neoliberal no século XXI.
Inúmeras práticas de precarização das condições de trabalho e flexibilização das formas de contratação serão legalizadas. No limite, o trabalhador ganhará por hora trabalhada e ponto – trabalho intermitente, jornada parcial, teletrabalho, home office etc.
A Justiça do Trabalho será estruturalmente alterada, com a atuação restrita, e haverá inúmeros instrumentos para cercear o acesso dos trabalhadores a ela. O objetivo é limitar o ônus das empresas.
O projeto mira a redução estrutural do custo do trabalho, a garantia de que não haverá pressão distributiva, mas segurança jurídica e validade de acordos privados, entre empresas e indivíduos ou com Sindicatos fracos. Trata-se de uma proposta ousada, porque escancara uma intenção de recolocar as “coisas no seu devido lugar”. Como a bomba que Donald Trump lançou no Afeganistão, essa reforma tem efeitos destrutivos estruturais e de longo prazo, inúmeras vezes mais drásticos e perniciosos do que a da Previdência.
Tempos difíceis, de muita luta e mobilização para construir capacidade de resistir e/ou produzir o inédito. O futuro está para ser construído. É preciso ir à luta!
Clemente Ganz Lúcio, técnico de Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
Todo o conjunto do sindicalismo brasileiro - sindicatos, federações, confederações e centrais - se engaja na greve geral. A adesão cresce com o apoio de entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), igrejas e movimentos sociais. Entidades sindicais estrangeiras também manifestam apoio.
Contudo, o governo agressor de Temer perde base política - o PSB rejeita as reformas e o senador Renan Calheiros (PMDB de Temer) faz críticas públicas. Nova pesquisa - do Instituto Ipsos - indica que a popularidade do governo desce ao nível da sarjeta.
Tudo caminha para uma greve geral forte e nacional, com manifestações diferenciadas na forma, mas iguais no conteúdo: repúdio rotundo às reformas neoliberais e antinacionais do governo ilegítimo e golpista.
A greve
A adesão à paralisação contra as reformas neoliberais do governo Temer não para de crescer. Rodoviários, metroviários, bancários, carteiros, metalúrgicos, petroleiros, portuários, comerciários, químicos, eletricitários, servidores e professores de escolas públicas e particulares em diversos Estados, além de uma série de outras categorias em todo o País, decidiram se somar à paralisação nacional.
Apoio
Bispos católicos estão convocando a população a se somar ao movimento. Entre eles, dom Manoel Delson Pedreira da Cruz (Paraíba), dom Fernando Saburido (Olinda e Recife), dom Anuar Battisti (Maringá-PR), dom Pedro Casaldáliga (São Félix do Araguaia-MT) e dom Guilherme Antonio Werlang (Catalão-GO), além do Comitê das Igrejas de Belo Horizonte.
Líderes da Igreja Metodista publicaram um manifesto conclamando o povo a lutar “contra leis que tiram direitos conquistados sob muita luta”. Outras igrejas evangélicas, entre elas Aliança Evangélica e Igreja Luterana, assinaram manifesto contra as reformas e chamam a população para a greve geral.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil encaminhou segunda (24) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, Carta Aberta pleiteando a suspensão da votação da reforma trabalhista. O documento foi subscrito por entidades como Anamatra (juízes trabalhistas) e Ministério Público do Trabalho.
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil divulgou no final de março nota assinalando que a Constituição de 1988 estabelece, no seu Artigo 6º, que a Previdência é um direito e não uma “concessão governamental”. Ontem (26), CNBB e Centrais encaminharam a Maia documento contra o atropelo na tramitação das reformas.
A cobertura
A Agência Sindical abre sexta antes das 5 horas. Exatamente às 5 horas, nossa rádio web passa a transmitir a greve - de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Nosso site e redes sociais cobrirão o movimento em tempo real.
Conteúdo
Envie informações, fotos e vídeos para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ouEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Notícia da Agência Sindical
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista (Projeto de Lei nº 6787/2016) aprovou, por 27 votos favoráveis e 10 contrários, nesta terça (25/4), o texto principal da proposta. Ao todo, foram apresentadas 457 emendas ao substitutivo, das quais o relator, deputado Rogério Marinho (DEM/RJ), acatou 18 integralmente e 17, parcialmente. Os destaques ao parecer da Comissão Especial serão apresentados e apreciados diretamente pelo Plenário, juntamente com o texto principal, o que deve acontecer amanhã, a partir das 9 horas. Caso aprovado, o projeto segue para apreciação do Senado Federal.
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) elaborou 33 emendas que foram apresentadas por diversos parlamentares sobre temas como: duração da jornada de trabalho, negociado sobre o legislado, contrato de trabalho intermitente, trabalho em tempo parcial, responsabilidade solidária do tomador de serviço, insalubridade da gestante, substituição da penhora por seguro garantia judicial, teletrabalho, dano extrapatrimonial, tarifação do dano moral, honorários de sucumbência, homologação das rescisões de contrato, entre outras.
Ao todo, menos de 8% de todas as emendas apresentadas ao substitutivo foram acatadas pelo relator. “A Anamatra denunciou os vários problemas das propostas. Muitos juízes do Trabalho colaboraram com a elaboração das emendas apresentadas pela Associação. O texto apresentado, no entanto, não evoluiu em quase nada de substancial, exceto quanto às cadeias produtivas em rede, nas quais haverá a responsabilidade subsidiária da tomadora no caso de terceirização”, analisa o presidente da Anamatra.
Articulação no Senado
O presidente da Anamatra também participou de audiência com líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), juntamente com diversas entidades associativas e centrais sindicais para discutir as articulações frente ao PL, que deverá seguir em breve para apreciação dos senadores. Na ocasião, Germano Siqueira pediu um diálogo real e de fato sobre a proposta e não apenas tratativas superficiais como as que ocorreram na Câmara dos Deputados.
“Nós estamos muito preocupados com esse projeto que oferece grandes prejuízos ao trabalhador, que sequer poderá ter uma segunda chance de ingressar na Justiça para reivindicar seus direitos, se condenado a pagar custas processuais. O diálogo aqui no Senado, se aprovada a matéria na Câmara, tem que ser feito abertamente e de maneira efetiva, já que na Câmara isso não foi possível”, criticou o presidente da Anamatra.
O senador Renan Calheiros se disse aberto ao diálogo e ao recebimento de propostas e sugestões para que todos possam participar ativamente das discussões sobre o PL no Senado Federal. “É importante que os movimentos sindicais apresentem ao país uma proposta, uma saída, um pacto, que signifique concessões de todos os lados”, disse, afirmando ser contra o desmonte dos direitos sociais.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução de notícia do site da Anamatra
A comissão especial que examina a chamada reforma trabalhista (Projeto de Lei 6.787/16) aprovou, nesta terça-feira (25/04), o substitutivo do relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Foram 27 votos favoráveis e 10 contrários. Os destaques apresentados ao texto ainda poderão ser examinados pelo plenário.
O processo na comissão está encerrado. As emendas que não foram votadas no colegiado serão examinadas agora em plenário. Trata-se de nova fase de discussão, onde emendas podem ser apresentadas ao texto, mas que necessitam do apoio de pelo menos 103 deputados.
Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Reunião na comissão foi concorrida e gerou muita discussão contra o projeto do governo que tira direitos dos trabalhadores.
Os destaques de bancada, os DVS (destaque para votação em separado), que ainda podem apresentados, de acordo com o tamanho das bancadas partidárias. A quantidade de DVS que poderão ser apreciados após votação do texto principal é assim: bancada com cinco até 24 deputados pode apresentar um DVS; com 25 até 49 (2); 50 até 74 (3); e 75 ou mais deputados (4).
A previsão, pela agenda anunciada, é que vai haver duas sessões extraordinárias, nesta quarta (26) e quinta, pela manhã, para votar conclusivamente o projeto e enviá-lo ao Senado Federal, que é a Casa revisora.
O novo texto, originário da análise das 457 emendas apresentadas ao primeiro substitutivo, pouco antes da reunião, mantém as principais medidas do substitutivo anterior, como a regulamentação do chamado trabalho intermitente, modalidade que permite que os trabalhadores sejam pagos por período trabalhado.
>> Confira aqui itens destacados como principais da reforma proposta pela Agência Câmara de Notícias
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Informação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
A Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista (Feis-Unesp) no câmpus de Ilha Solteira oferece uma oportunidade de pós-doutorado em Engenharia de Vibração e Acústica com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O prazo de inscrição encerra em 30 de abril.
A bolsa está vinculada ao projeto “Desenvolvimento de um correlacionador de sinais nacional otimizado para localização e detecção de vazamentos em dutos de água subterrâneos da SABESP, juntamente com dispositivos efetivos para o treinamento de equipes de detecção de vazamento”, apoiado pela Fundação na modalidade Auxílio à Pesquisa e implementado em parceria com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) no âmbito do programa Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (Pite).
A bolsa envolverá o desenvolvimento teórico de um modelo de tubo enterrado contendo suas características dinâmicas, bem como medidas em campo da vibração de tubos enterrados devido à presença de vazamentos.
Um sistema de excitação externa, que será utilizado para estimar a velocidade de propagação do ruído na tubulação, será desenvolvido, construído e testado, baseado no modelo analítico desenvolvido e nas medidas realizadas.
O bolsista também estará envolvido no desenvolvimento do processamento de sinal adequado para obtenção da banda de frequência na qual o sistema deve operar.
Os candidatos devem ter experiência em modelagem e medições de sistemas vibratórios, bem como conhecimento em ferramentas modernas de processamento de sinais utilizando o software Matlab. Conhecimento de propagação de ondas em estruturas "acopladas" em sistemas acústicos é desejado.
Interessados devem entrar em contato por e-mail com Michael John Brennan, pesquisador responsável pelo projeto, no endereço:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A oportunidade está publicada em http://www.fapesp.br/oportunidades/1457/.
O selecionado receberá bolsa no valor de R$ 6.819,30 mensais e Reserva Técnica, equivalente a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo atender despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição-sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação. Mais informações sobre a bolsa da Fapesp estão disponíveis em fapesp.br/bolsas/pd.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações do Notícias Unesp e Fapesp
O presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, defendeu nesta terça-feira (25/4), durante reunião da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional na Câmara dos Deputados a realização de uma rigorosa discussão sobre a situação das obras paradas no País.
Na avaliação de Murilo, esses empreendimentos, estimados em 5 mil em todo o Brasil, são investimentos que foram iniciados e cuja interrupção provoca prejuízos à sociedade. “Acho fundamental que seja realizada uma discussão com bastante rigor para acompanharmos as obras paradas. Até porque, enquanto engenheiros, gostamos de resultados e gostaríamos de acompanhar esses projetos”, afirmou o presidente da FNE.
Foto: Edgar Marra
Flávio de Souza (Crea-DF), Daniel Salati (Confea), Lessa e Murilo.
A FNE é uma entidade que representa 500 mil engenheiros atuantes em todas as modalidades de engenharia e que tem entre pontos principais de sua agenda a retomada do desenvolvimento econômico e o aprimoramento da infraestrutura nacional. Nesse sentido, avalia ser fundamental concluir os projetos em andamento, o que beneficiaria a população de vários municípios e abriria frentes de trabalho atenuando o elevado nível de desemprego.
Reunião em maio
A partir da sugestão feita pelo dirigente da FNE, o presidente da Frente Parlamentar, deputado Ronaldo Lessa (PDT/AL), proporá reunião conjunta com a Comissão de Obras Paradas para tratar do tema a ser realizada em maio.
Segundo o deputado, a ideia é convidar órgãos e ministérios que possuam dados sobre a quantidade e as características desses empreendimentos. “Vamos buscar, nessas reuniões, os resultados mais produtivos possíveis, ou seja, a retomada dessas obras”, disse o deputado.
Informações preliminares de órgãos públicos indicam a existência de milhares de canteiros de obras de creches, postos de saúde, obras de saneamento e de fornecimento de água, e obras de infraestrutura de transporte.
Carreira de Estado e representação
Duas outras questões essenciais aos engenheiros também entraram na pauta da reunião da Frente Parlamentar desta terça. A primeira foi o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 13/2013 que cria a carreira de Estado para engenheiros, arquitetos e agrônomos em todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal). A matéria está parada no Senado, aguardando votação de requerimento que possibilita sua aprovação em plenário. A outra é a proposta de alteração da Lei nº 5.194/1966 para instituir a composição federativa do plenário do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), assegurando a representação permanente de todos os estados e do Distrito Federal.
Luciana Otoni
Assessoria de Imprensa FNE
A Diretoria de Ensino da Marinha Brasileira abre nesta quarta-feira (26/04) as inscrições para o concurso público para os cargos de técnico do corpo auxiliar da Marinha. Serão 26 vagas, sendo 20% reservadas a candidatos negros. As inscrições poderão ser efetuadas até 29 de maio somente pelo site: www.ensino.mar.mil.br. No mesmo endereço eletrônico poderá ser consultado o edital completo do concurso. É cobrada uma taxa de R$ 110.
As oportunidades são para as áreas de comunicação social, direito, educação física, informática, estatística, meteorologia, oceonografia, pedagogia, serviço social e segurança do tráfego aquaviário (cargo para formados em engenharia naval e/ou ciências náuticas). As provas objetivas serão aplicadas nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Vila Velha-ES, Salvador, Natal, Olinda, Fortaleza, Belém, São Luís, Rio Grande-RS, Porto Alegre, Florianópolis, Ladário-MS, São Paulo e Manaus. A data dos exames ainda não foi marcada. O concurso conta ainda com a inspeção de saúde, prova de títulos e teste de aptidão física. A Diretoria de Ensino da Marinha Brasileira abre nesta quarta-feira (26) as inscrições para o concurso público para os cargos de técnico do corpo auxiliar da Marinha. Serão 26 vagas, sendo 20% reservadas a candidatos negros.
As inscrições poderão ser efetuadas até 29 de maio somente pelo site: www.ensino.mar.mil.br. No mesmo endereço eletrônico poderá ser consultado o edital completo do concurso.
Comunicação SEESP
Informação GCN.Net