Os Tribunais Regionais do Trabalho estão se preparando para a Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, promovida pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). O evento será realizado nos órgãos da Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus, entre os dias 16 e 20 de março de 2015. Um de seus objetivos é favorecer o diálogo que proporcione às partes, conciliação em seus processos. Vários TRTs estão com inscrições abertas, com formulários disponibilizados em seus sites.
Qualquer processo pode compor a conciliação?
Desde que haja o potencial de conciliar. Em alguns casos, como informa a Juíza Auxiliar da Presidência do TST, Adriana Campos de Souza Freire Pimenta, existe processos que envolvem ente público e, nesses casos, a conciliação é mais limitada, por possuir norma liberativa, que não permite toda espécie de conciliação. "Basicamente, todos os processos trabalhistas podem ser objeto de conciliação, tanto na fase de conhecimento, quanto àqueles em que já houve a sentença e que as partes já sabem seu direito, já decidido no primeiro grau de jurisdição", explica.
A juíza Adriana Pimenta informou que todos os ramos do judiciário têm passado por um aumento do numero de processos e o Judiciário do Trabalho procura incentivar a conciliação, justamente por isso. "A conciliação otimiza o trabalho do magistrado e as partes têm a solução rápida do seu processo".
A campanha, que vem ressaltar a cultura da Justiça do Trabalho como célere e acessível, se baseará no conceito de que a conciliação é um gesto de boa vontade e adotou o slogan "Outra forma de estender a mão é conciliar".
Fonte: Notícias do TST
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, afirmou, na terça-feira (24), que o governo federal instalará e coordenará mesa de diálogo entre lideranças do movimento dos caminhoneiros e empresários. O primeiro encontro será realizado nesta quarta-feira (25), às 14 horas, no Ministério dos Transportes.
Segundo Rossetto, o governo intermediará medidas para normalizar o fluxo das estradas brasileiras e estabelecer canal de diálogo entre empresários e lideranças da categoria. Entre as ações propostas pelos caminhoneiros está o preço do custo do frete.
Outro tema importante é a recém-aprovada Lei dos Caminhoneiros, que, segundo Rossetto, deve responder a importantes reivindicações dos trabalhadores, além da proposta de refinanciamento de linha de crédito específica do BNDES, o Pró-Caminhoneiro.
“Nós temos um conjunto de agendas importantes para um diálogo positivo com os caminhoneiros. O governo tem um enorme respeito pelos caminhoneiros do nosso país, temos procurado e desenvolvido uma relação de diálogo permanente com os caminhoneiros, que prestam um serviço importantíssimo ao nosso país”, afirmou Rossetto.
De acordo com o ministro, a prioridade do governo é restabelecer a normalidade das atividades, fundamentais para a economia do País. “O governo tem tomado todas as medidas para evitar a obstrução das nossas rodovias, garantindo, assim, o abastecimento da sociedade brasileira, evitando prejuízos à nossa sociedade, à nossa economia”, garantiu.
A reunião que definiu a instalação da mesa de negociação contou com a presença dos ministros da Secretaria-Geral, Justiça (José Eduardo Cardozo), Transportes (Antônio Carlos Rodrigues) e da Advocacia-Geral da União (Luís Inácio Adams).
Fonte: Portal Brasil
Em apenas um mês de campanha de conscientização da importância do uso do cinto de segurança, em especial no banco traseiro, o índice de respeito à utilização do dispositivo pelos passageiros no banco de trás cresceu cinco pontos percentuais, de acordo com a segunda etapa de pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Na primeira fase da pesquisa, realizada entre 1 e 7 de dezembro, foi verificado que 53% dos passageiros do banco traseiro não usavam o equipamento. Já na segunda etapa, com levantamento feito entre 30 de janeiro e 5 de fevereiro, o índice de não utilização caiu para 48%. A campanha, desenvolvida em parceria com as concessionárias de rodovias paulistas, tem foco na utilização desse dispositivo de segurança começou no início de janeiro. Conta com peças divulgadas em rádios, emissoras de TV, internet e jornais, além da distribuição de folhetos nas rodovias sob concessão e da exibição de mensagens em faixas e nos painéis de mensagens das estradas.
Os resultados da segunda etapa da pesquisa mostram, ainda, que o índice de motoristas e de passageiros do banco dianteiro que não utilizam o cinto também caiu, apesar da queda ter sido menor. Em ambos os casos, a redução ao desrespeito foi de um ponto percentual. No que se refere aos motoristas, a primeira etapa da pesquisa mostrou que 14% do total dos condutores não utilizavam o equipamento de segurança, contra 13% na segunda etapa. Já entre os passageiros do banco dianteiro, o índice passou de 17% para 16%. O levantamento foi realizado nos 6,4 mil quilômetros de rodovias concedidas do Estado de São Paulo, e o total de veículos observados nessa nova fase do estudo foi de 16.491.
Por região
Das 17 regiões administrativas do Estado, nove tiveram redução no índice de passageiros do banco traseiro que não utilizavam cinto. As que apresentaram as maiores quedas foram as regiões de Araçatuba, onde o índice de não utilização caiu 26 pontos percentuais (de 59% para 33%); de São José dos Campos (redução de 21 pontos percentuais, de 59% para 38%); e de São José do Rio Preto (queda de 19 pontos, de 59% para 40%). As outras regiões onde houve redução ao desrespeito foram Administrativa Central, de Sorocaba, de Presidente Prudente, de Itapeva, Capital e Região Metropolitana de São Paulo (exceto Capital).
Contrário
Seis áreas tiveram aumento no índice de não utilização do cinto no banco traseiro. As regiões onde o desrespeito mais aumentou foram Registro (crescimento de 13 pontos percentuais, de 20% para 33%), Marília (cinco pontos, de 36% para 41%), Santos (quatro pontos, de 60% para 64%) e Barretos (quatro pontos, de 62% para 66%). As outras regiões que tiveram aumento no desrespeito foram as de Ribeirão Preto e de Campinas, ambas com incremento de um ponto percentual no índice de não utilização do equipamento. As regiões de Franca e de Bauru se mantiveram estáveis, com índice de desrespeito 56% e 44%, respectivamente.
Apesar de ter apresentado grande aumento no índice de passageiros do banco traseiro que não utilizam cinto, a Região de Registro é, ainda, uma das três onde há maior índice de uso do cinto. Com 33% de não utilização do equipamento na segunda etapa da pesquisa, Registro se iguala a região de Araçatuba. No que se refere ao cumprimento da legislação, a frente dessas duas regiões encontramos apenas a Região de Itapeva, onde foi verificada a não utilização do cinto por 27% dos passageiros da parte de trás dos veículos. Já as regiões com maior desrespeito são Barretos (66% de não utilização), Santos (64%) e Franca (56%). Veja no link mapa que mostra a comparação entre os resultados da primeira e da segunda etapa da pesquisa: http://publy.ca/Sr3P
Campanha
As desculpas dos usuários para não utilizar o cinto de segurança no banco traseiro são o mote da campanha de conscientização realizada pela ARTESP. O filme da campanha publicitária destaca que o motorista apresenta várias alegações para não usar o cinto de segurança no banco de trás como “a gente vai só até a cidade aqui do lado” ou a ideia equivocada de que “qualquer coisa o banco da frente protege”. Mas também alerta para uma importante razão para usar o cinto: “sua vida e a vida de quem você ama”. A campanha, que está sendo veiculada em todo o Estado nos intervalos comerciais de emissoras de televisão e em spots de rádio, termina com a mensagem: “Usar o cinto de segurança no banco de trás é obrigatório por lei e pode salvar sua vida”. Veja o vídeo da campanha no linkhttp://youtu.be/xQ5q5oCyvAc. Também foi criada uma página no Facebook onde serão publicadas informações sobre o uso do cinto de segurança e promoções.
Outra frente da campanha é o simulador de impacto, equipamento que simula uma batida a 5 km/h. O aparelho já percorreu postos de serviços de rodovias dos sistemas Anchieta-Imigrantes e Anhanguera-Bandeirantes, entre outras, além de eventos em empresas e universidades. Apesar da pouca velocidade do impacto, quando os usuários utilizam o simulador têm a exata noção da importância do uso do cinto.
Dados sobre a quantidade de vítimas de acidentes nas rodovias sob concessão que não usavam cinto de segurança apontam para a necessidade de constantes campanhas de conscientização dos motoristas e passageiros. De 2012 até outubro de 2014, 69,4% dos passageiros que estavam em bancos traseiros dos veículos e que morreram em acidentes nas rodovias estavam sem cinto de segurança. As vítimas fatais no banco da frente de passageiro sem cinto chegam a 38,4% e 50,1% dos motoristas.
Fonte: Artesp
Para todos aqueles no movimento sindical que se preocupam pelas questões de gênero – e não apenas as mulheres – o jornal O Globo publicou, nesta terça-feira (24/2), uma matéria de Eduardo Vanini e Antônio Gois, cujo título “Salários desiguais” informa que os homens ganham, em média, mais que as mulheres em quase todas as ocupações no Brasil. O mesmo trabalho é remunerado de maneira diferente sendo executado por homens ou mulheres e elas sistematicamente perdem na comparação. Já sabíamos isto.
Mas, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, os jornalistas tabularam para inúmeras profissões a porcentagem das mulheres ocupadas e quanto a mais ganham os homens. E isto é uma novidade.
Há casos escabrosos: embora as mulheres sejam a metade dos trabalhadores na pecuária, os homens ganham 316% a mais; nas desenhistas industriais, as mulheres são 72% dos profissionais e os homens ganham 100% a mais; entre as agentes de saúde e do meio ambiente, as mulheres são 70% da mão de obra e os homens ganham 60% a mais.
Em duas profissões universitárias (advogados e médicos) as mulheres são quase metade, mas recebem de 20% a 30% menos que os homens.
Pela listagem editada, as mulheres, mesmo sendo maioria (e talvez por causa disso) entre desenhistas industriais, agentes de saúde e do meio ambiente, supervisoras de serviços administrativos, vendedoras e demonstradoras de loja, garçons e copeiras, escriturárias de contabilidade, profissionais de marketing e publicidade, caixas e bilheteiras (exceto caixas de banco), escriturárias, professoras de ensino superior, técnicas e auxiliares de enfermagem, trabalhadoras na manutenção de edifícios, professoras do ensino médio com formação superior, recepcionistas, costureiras, trabalhadoras no serviço de higiene e embelezamento, professoras de cursos fundamentais e domésticas ganham sempre menos que os homens. Apenas as produtoras agrícolas e as professoras de escolas livres ganham mais que os homens; as produtoras agrícolas são minoria e as professoras de escolas livres são quase 60% do contingente.
Cabe ao conjunto do movimento sindical enfrentar essa discriminação fazendo valer o lema “trabalho igual salário igual” em cada uma das profissões exercidas pelos trabalhadores e trabalhadoras.
* João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical
O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Dias, convidou a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) a participar da 104ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em junho próximo, em Genebra (Suíça). O convite foi feito, nesta terça-feira (24/2), em audiência realizada, na sede do ministério, com integrantes da confederação. O ministro, na ocasião, confirmou a presença na solenidade de posse da nova diretoria da CNTU, gestão 2015-2018, a ser realizada no dia 10 de março próximo, em Brasília.
Foto: Paula Bortolini
Ministro Manoel Dias acompanha apresentação de relatório sobre atividades da CNTU
O presidente da confederação, Murilo Celso de Campos Pinheiro, destacou a importância de se abrir um amplo debate nacional sobre o futuro do emprego no País, assim como resgatar a participação decisiva do MTE nas principais discussões econômicas, sociais e trabalhistas do governo. Pinheiro, acompanhado da sua vice Gilda Almeida de Souza, reforçou o movimento empreendido pela CNTU, desde o ano passado, de realizar seminários para discutir a valorização do ministério.
Na audiência, o dirigente da CNTU entregou um relatório ao ministro Manoel Dias sobre todas as atividades nacionais da entidade, que representa milhões de profissionais liberais, como os engenheiros, farmacêuticos, odontologistas, médicos, economistas e nutricionistas.
Pinheiro discorreu, ainda, sobre as ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) que a entidade impetrou, recentemente, em relação à Medida Provisória 664/2014 e contra a entrada do capital estrangeiro na saúde do País. O ministro foi informado do início das aulas da primeira instituição de ensino de grau superior criada por um sindicato de trabalhadores, o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), cuja aula inaugural foi realizada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, no dia 23 de fevereiro último, na Capital paulista. A nova faculdade oferecerá o primeiro curso de Engenharia de Inovação.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Verão é tempo de chuvas e ventos fortes! Não é novidade a suscetibilidade das árvores nessas condições climáticas. Prefeituras e concessionárias de energia elétrica têm que se preparar para evitar acidentes, que podem afetar o trânsito, os serviços de fornecimento de energia elétrica e causar danos às propriedades e, na pior situação, às pessoas.
Podemos considerar o ser vivo árvore como uma estrutura complexa que, diante de forças do vento ou instabilidade do solo, com a copa e o tronco encharcados pelo excesso de chuva, ficará sujeita à queda. Nas cidades em que a arborização urbana não foi planejada ou não há o manejo adequado, esse risco se agrava pela escolha inadequada do local ou das espécies de árvores. Somam-se a isto as interferências urbanas que afetam o crescimento, como o tamanho dos canteiros e das calçadas e as redes de abastecimento de energia, água, esgoto e gás. A ação do homem na execução de podas inadequadas pode desequilibrar a árvore e favorecer o apodrecimento do tronco e raízes, o que também é um fator significativo para a queda.
A tomada de decisão sobre o manejo adequado depende do conhecimento da biologia das espécies, das pragas, dos organismos deterioradores, como cupins e fungos, e da fisiologia e anatomia vegetal. Para a análise do risco de queda, acrescenta-se a biomecânica das árvores, área da ciência relativamente nova que reúne o conhecimento de engenharia e biologia e que considera a árvore como uma estrutura, sujeita às intempéries, mas que também reage às interferências externas. Portanto, caracteriza-se a necessidade da formação e aprimoramento dos profissionais responsáveis pela avaliação das árvores dos quais muitas vezes carecem as prefeituras.
Apesar do conhecimento existente, deve-se ressaltar que a avaliação do risco de queda de uma árvore possui incertezas. No entanto, elas tendem a diminuir com a utilização de equipamentos para avaliações não destrutivas e de tecnologias confiáveis de diagnóstico. Institutos de pesquisa e universidades têm papel importante no aprimoramento dos critérios de tomada de decisão, com base técnica e científica, para ajudar o poder público na gestão da arborização urbana.
Hoje, o principal gargalo tecnológico está na avaliação das raízes pelo fato de estarem enterradas. É necessário verificar sua distribuição e sanidade; a tecnologia de tomografia e radar está sendo validada em todo o mundo para esta situação, inclusive no Brasil. A fatalidade ainda acontece, uma vez que não é possível se inferir sobre o estado do sistema de raízes das árvores, e exemplares completamente sadios também podem cair pela ação do vento e peso próprio. Entretanto, é inadmissível, diante de evidências objetivas de problemas, não se estabelecer uma manutenção preventiva a fim de minimizar os riscos às cidades.
Em bairros de arborização melhor estabelecida, vive-se o dilema de os exemplares estarem iniciando seu processo de declínio e necessitarem de mais cuidados. Tecnicamente é necessário um monitoramento mais frequente e práticas de manejo, o que inclui a decisão sobre a remoção ou poda das árvores. Deve-se evitar qualquer postura ‘conservadora’, que descaracterize as árvores das cidades com podas drásticas, além de uma pró-atividade ‘conservacionista’ equivocada, que impeça qualquer manejo necessário a favor da segurança.
Cabe à prefeitura e às empresas que venham a serem contratadas para trabalhar com a arborização urbana, a utilização do melhor conhecimento e da tecnologia mais moderna para a iniciação, com urgência, do inventário de árvores da cidade, estabelecendo-se um programa de manejo preventivo, com prioridade para os bairros com arborização mais antiga, as avenidas e os locais com grande concentração de veículos e pessoas, entre outros critérios.
Em um projeto piloto e abrangente, o IPT tem desenvolvido este tipo de trabalho essencial em conjunto com a prefeitura de Mauá (SP), financiado pelo Fundo Estadual de Defesa de Interesses Difusos - FID de São Paulo. É primordial que esse manejo esteja concatenado com um programa de planejamento e plantio para mantermos a paisagem e os serviços ambientais que as árvores oferecem às cidades. Esses programas devem estar contextualizados em um Plano Diretor de Arborização Urbana efetivo, que independa de mudanças na gestão e que garanta o convívio harmônico entre os elementos urbanos e os cidadãos.
* por Sérgio Brazolin, biólogo, doutor em engenharia florestal e pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
Nesta segunda-feira (23/2), foi realizada a aula inaugural do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) com o ministro Aldo Rebelo, da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), na Capital paulista. Confira, a seguir, o vídeo com a aula do ministro:
Público prestigia aula inaugural do Isitec, no dia 23 de fevereiro, na Capital paulista. Fotos Beatriz Arruda
Numa solenidade concorrida, com a presença de autoridades, professores, entidades sindicais e profissionais da tecnologia, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, proferiu a aula inaugural da graduação em Engenharia de Inovação, do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), na manhã desta segunda-feira (23/02), na Capital paulista. À abertura, o presidente do SEESP – entidade mantenedora da nova faculdade –, Murilo Celso de Campos Pinheiro, deu boas-vindas aos novos estudantes e falou do início do projeto: “Tirar as ideias do papel e colocá-las em prática tira, muitas vezes, o sono.” E completou: “Mas valeu à pena. Hoje recebemos os nossos primeiros alunos ilustres. Já digo que vocês são empreendedores e corajosos.” Na sequência, foi descerrada a placa com o nome do edifício do instituto, Professora Lucilla de Guimarães Campos Pinheiro.
Pinheiro destacou que o projeto nasce para ajudar o Brasil a enfrentar e
superar seus desafios de desenvolvimento
Pinheiro não tem dúvida que a nova escola será referência no ensino de engenharia no País, lembrando que o sindicato ao tomar esse grande e pioneiro passo não descuidará das bandeiras classistas, mas que não pode ficar desconectado às mudanças do século XXI, que tem à frente o avanço tecnológico e a inovação. Para o diretor-geral da instituição, Saulo Krichanã Rodrigues, professor de economia, muito mais difícil do que construir ativos financeiros e obras é construir o caráter e a alma de um projeto. E informou que os 57 alunos da primeira turma do Isitec estão inseridos num projeto que tem o “DNA” da engenheira com uma matriz educacional também inovadora.
Para vencer novos desafios
Na sua aula inaugural, Rebelo [foto ao lado] destacou que a engenharia está permanentemente associada à aventura humana pela sobrevivência e pela construção material da sociedade, observando que a própria civilização egípcia foi uma conquista da engenharia hidráulica ao controlar o regime de águas do rio Nilo para o uso humano, principalmente para a agricultura, numa área de deserto. No Brasil, lembrou, a base física da engenharia começa com a vinda da Corte Real de Portugal e na construção militar de fortalezas na costa brasileira e também no interior. “Foi o resultado da inteligência da engenharia civil aplicada à defesa, inicialmente, da coroa portuguesa.” Nesse sentido, a primeira escola de engenharia data de 1792 com o nome de Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho.
O ministro acredita que temos um país preparado para enfrentar e vencer os novos desafios do desenvolvimento, lembrando que encontrar petróleo na camada pré-sal não foi “um golpe de sorte”. “Foi a inteligência da engenharia e de outros profissionais, com anos de pesquisa e apostas, que levaram o Brasil a descobrir essa grande reserva de óleo e gás. Foi mais um êxito da nossa engenharia.”
Rebelo, todavia, observou que, em meio a tantas possibilidades, o País se depara, também, com grandes dificuldades, como a de se superar em ciência, tecnologia e inovação e aumentar a competitividade da indústria nacional. “Somos a sétima economia do mundo, mas estamos muito mal em inovação.” Falou, ainda, que em recente análise do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI), a exportação de alta tecnologia caiu muito, e a de baixa tecnologia aumentou. “O Brasil está perdendo o emprego industrial, e sabemos que a classe média urbana clássica é um fenômeno da industrialização.” Para ele, o País está num processo de perda de substância “da nossa indústria”.
“Devemos nos apoiar nas nossas virtudes, mas temos de ter consciência das nossas deficiências para poder superá-las”, defendeu. Nesse sentido, avaliou que o Isitec nasce num momento fundamental para o Brasil, onde precisamos melhorar a qualidade e a competitividade, usando a tecnologia e inovação em tudo. Para Rebelo, a faculdade dos engenheiros deve atender ao espírito de garantir, ao País, soberanias científica, tecnológica e de inovação, “para não virarmos colônia de ninguém”.
Rebelo não tem dúvida que o Isitec ajudará na construção de um país mais justo, mais desenvolvido e com maiores oportunidades profissionais.
A aula inaugural do Isitec contou com a presença do deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP), dos vereadores paulistanos Eliseu Gabriel (PSB) e Gilberto Natalini (PV) e dos presidentes do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), José Tadeu da Silva; e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), Francisco Kurimori; dos diretores do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), João Alberto Viol; e do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sérgio Tiaki Watanabe; da vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Dora Fix Ventura; do secretário de Serviços do Município de São Paulo, Simão Pedro; e do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Fernando Perondi; do ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP), Hélio Guerra; do professor da Escola Politécnica da USP e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, José Roberto Cardoso.
* Leia, aqui, o discurso, na íntegra, do presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Pela 18ª vez consecutiva, voltou a subir o nível do principal manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, o Cantareira. O nível passou, nesta segunda-feira (23/02), de 10,4% para 10,6% e leva em consideração o uso da segunda cota do volume morto ou reserva técnica (retirada da água que fica abaixo das comportas).
A elevação ocorreu mesmo sem chuvas, a partir deste domingo (22), na região do sistema. Com a alta a condição do Cantareira, praticamente, equivale à do período em que começou a utilização da segunda cota, em 15 de novembro do ano passado, quando o reservatório atingiu o nível de 10,7%. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), se a elevação do nível dos seis reservatórios prosseguir, nos próximos dias, as retiradas de água serão feitas da primeira cota.
A primeira cota do volume morto começou a ser bombeada em maio de 2014, quando o armazenamento era 182,5 bilhões de litros de água no sistema. Quando entrou em operação a retirada da segunda cota, o volume era de 105 bilhões de litros de água. A capacidade total do Sistema Cantareira é 1 trilhão de litros.
Além das chuvas mais frequentes neste mês, com um acumulado de 266,5 milímetros (mm), bem acima da média histórica para todo o mês de fevereiro (199 mm), o que tem contribuído para essa evolução é a campanha de redução no consumo com a distribuição de bônus para quem gasta menos água e de multa em caso de desperdícios.
Em fevereiro, também houve diminuição mais drástica no limite máximo de retirada de água desse sistema. A quantidade estabelecida pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) passou de 22,9 milhões de metros cúbicos (m³), em janeiro, para 7,2 milhões de m³, em fevereiro. A vazão média para a região metropolitana foi fixada em 13,5m³/s e para a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), de 2 m³/s.
Em nenhum dos demais sistemas de abastecimento administrados pela Sabesp foi registrada a ocorrência de chuvas, mas ainda assim dois mananciais elevaram os níveis de água armazenada: o Alto Tietê (de 18,2% para 18,3%) e o Rio Claro (de 35,3% para 35,4%). Na represa do Guarapiranga, o nível ficou estável em 57,5% e no Alto Cotia houve queda (de 83,6% para 83,4%). O mesmo ocorreu em relação ao Rio Grande (de 83,6% para 83,4%).
Fonte: Agência Brasil
O próximo dia 23 será histórico para a engenharia brasileira. É quando será realizada a aula inaugural do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), às 9h, na Capital paulista, com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aldo Rebelo. Será o início, oficial, da primeira graduação em Engenharia de Inovação, no País. Como explica o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, é uma faculdade sem fins lucrativos e a primeira montada por uma entidade sindical no País. “É a nossa contribuição para a sociedade brasileira", afirmou Pinheiro, que pretende tornar a instituição uma referência para outras faculdades brasileiras, ao inserir uma nova categoria no mercado, voltada à indústria.
"O mercado é extenso e tudo o que se faz em engenharia tem que ser com inovação. Então queremos apresentar ao mercado profissionais que possam trabalhar com inovação", ressaltou Pinheiro, lembrando que a preparação do curso ocorre há pelo menos dois anos, como o treinamento dos professores. "Temos que estimular a inovação e empreendedorismo", completou. Por isso, primeiramente os alunos aprenderão conceitos e experimentações para só então optarem qual o segmento da engenharia que vão atuar e se aprofundar. Com duração de 5 anos, o estudante permanecerá em sala e aula em período integral - somando 4.620 horas.
O processo de seleção para a primeira turma começou em outubro do ano passado. Os inscritos fizeram um exercício de aptidão lógica online e uma prova presencial de expressão. A nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também contou para a seleção dos estudantes.
Histórico
O Isitec foi criado em 2011 e credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2013. A instituição tem como entidade mantenedora o SEESP e conta com o apoio da FNE.
A ideia do curso surgiu da necessidade de se formar profissionais aptos a empreender e buscar soluções para a indústria brasileira e foi desenvolvida durante os debates do "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento" – projeto articulado pela FNE e seus sindicatos afiliados e por entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Rosângela Ribeiro Gil
Edição
Imprensa SEESP