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Nesta quarta-feira (21/01), às 14h, será realizada uma palestra para pré-seleção e divulgação da BASF Internacional Summer Course, programa anual de intercâmbio para jovens pesquisadores. O evento, que acontecerá no Auditório Inés Joekes do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é uma realização da Basf, em parceria com a Pró-reitoria de Pós-Graduação e a Agência de Inovação Inova Unicamp.

O encontro tem como objetivo promover o Basf Internacional Summer Course e também esclarecer dúvidas sobre a empresa e esta iniciativa. A multinacional alemã do setor químico irá selecionar um candidato brasileiro para participar do curso de verão em Ludwigshafen, na Alemanha. O escolhido terá todas suas despesas com viagem e hospedagem custeadas pela empresa. Poderão participar do programa alunos de graduação e pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) da Química e Engenharia Química e pesquisadores com atuação em área diretamente relacionada. Para participar da iniciativa, os candidatos devem ter fluência no inglês.

Visando agilizar o processo de seleção, os interessados devem comparecer no evento com um Currículo Vitae (Résumé) e a descrição (máximo de 15 linhas) da linha de pesquisa. O material deve estar em inglês. Serão considerados apenas candidatos que não apresentarem nenhum vínculo empregatício ou colaboração com outras empresas. Para mais informações e inscrições, acesse: http://www.inova.unicamp.br/evento/3393.

 


Fonte: Inova Unicamp








As centrais sindicais CUT, Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central estiveram reunidas com os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência da República), Manoel Dias (Trabalho e Emprego), Nelson Barbosa (Planejamento) e Carlos Gabas (Previdência Social), nesta segunda-feira (19/01), em São Paulo, a partir das 17h, durante quase três horas. Não houve acordo quanto ao pedido dos trabalhadores de revogação imediata das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, editadas no final de 2014, mas o governo se comprometeu a discutir o conteúdo delas. As MPs alteram direitos trabalhistas, como auxílio-doença, pensão por morte, seguro defeso, abono salarial e seguro-desemprego.


Fotos: Beatriz Arruda
Governo centrais 19JAN2015 4 editada 
Durante quase três horas, dirigentes sindicais e governo discutiram as MPs 664 e 665 


A imprensa não pôde acompanhar o encontro. Os dirigentes sindicais e o ministro Rossetto, ao final, por volta das 20h50, participaram de rápida entrevista coletiva. Bastante indignado, o presidente da CUT, Vagner Freitas, fez questão de lembrar a promessa da então candidata presidencial Dilma Rousseff, em outubro último, de que “nem que a vaca tussa se mexerá nos direitos trabalhistas”. Para ele, o novo governo começa mal ao adotar medidas de ajuste fiscal que vão prejudicar os trabalhadores diretamente. E recorda: “O Brasil viveu um processo diferenciado no mundo não adotando políticas econômicas ortodoxas, fazendo o crescimento do mercado interno, gerando emprego, não seguindo o receituário do Fundo Monetário Internacional (FMI).”


Governo centrais 19JAN2015 5 editadaPresidente da CUT, Vagner Freitas, lembrou promessa da presidente Dilma, na última eleição:
"Nem que a vaca tussa se mexerá nos direitos trabalhistas."


Freitas explicou que as centrais reafirmaram aos ministros que não concordam com o que está sendo adotado e que é necessário, antes de qualquer medida, um processo de discussão amplo com a sociedade para saber qual ajuste deve ser feito. E citou: “Por exemplo, entendemos que deve ser feita a taxação das grandes fortunas, reforma tributária e tributar bancos que não pagam impostos.” Também está na pauta das centrais o debate sobre remessa de lucro, a alteração da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) de 1% para baixo para estimular o crédito.

O presidente da CUT também criticou a ideia de que “acabou o espaço para se fazer uma política econômica de crescimento da oferta do crédito, de fortalecer o mercado interno”. E completou: “Não só queremos discutir isso, como ainda o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR).”

Uma das justificativas do governo para alterar as regras do seguro-desemprego, passando dos seis meses atuais para 18 meses para o trabalhador demitido ter direito ao benefício, seria a alta rotatividade de emprego no País. Para Freitas, seria melhor, então, o Brasil ser signatário da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que impede a dispensa imotivada.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, informou que, apesar das discordâncias na reunião, o governo se comprometeu a manter um canal de diálogo com os trabalhadores e um próximo encontro deverá acontecer no início de fevereiro. O sindicalista reafirmou que, independentemente do diálogo, as centrais vão realizar o Dia Nacional de Luta por Emprego e Direitos, no dia 28 próximo, e a 9ª Marcha Nacional dos Trabalhadores, em 26 de fevereiro.

Torres disse que, durante a reunião, foram informados das medidas anunciadas, naquela tarde, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% para 3%, e a volta da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis, entre outras. “Isso nos pegou de surpresa e nos causou ainda mais preocupação com os rumos da nossa economia”, lamentou.

Governo centrais 19JAN2015 6 editadaApós o pronunciamento dos dirigentes sindicais, apenas o ministro Rossetto [foto ao lado] participou da entrevista coletiva. Ele definiu o encontro como “muito positivo” e que este seria o início do diálogo sobre essas e outras matérias. Segundo ele, as medidas são necessárias para a preservação de “cenário estrutural” das grandes mudanças do País, ocorridas nos últimos anos. O ministro relacionou três pontos que, argumentou, obrigaram o governo a adotar as MPs 664 e 665. São eles: a criação de milhões de empregos qualificados com carteira assinada, articulados com a formalização de parte importante do mercado de trabalho, fez com que mais de 30 milhões de brasileiros passassem a integrar a base do sistema previdenciário e social brasileiro; o crescimento da renda dos trabalhadores determinado pelo aumento real de 70% do salário mínimo – “base de todo o sistema social do País”; e o aumento da média de expectativa de vida do brasileiro para mais de 12 anos.

Rossetto repetiu, enfaticamente, como forma de esclarecimento, que as MPs não se aplicam aos atuais beneficiários, “elas fazem parte de uma agenda de futuro”. E prosseguiu: “Essas medidas visam garantir o conjunto de direitos dos trabalhadores e o sistema de proteção social, preservando a sustentação dos fundos sociais, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no médio e longo prazo.”

Em resposta à pergunta se o governo poderia mudar algumas das medidas, Rossetto afirmou que a razão técnica para não se revogar as MPs, conforme reivindicam as centrais sindicais, é o critério de validade – para ter vigência a partir de 2016, precisavam ser editadas em 2014. Todavia, garantiu, o debate sobre o conteúdo de todas essas medidas foi aberto. Para Freitas, se o governo aceita o processo de negociação, “tem que estar aberto para fazer modificação nas medidas, atendendo às propostas que vamos fazer, porque senão fica sem eficácia essa reunião”.

Além dos dirigentes da CUT e da Força Sindical, participaram do encontro com os ministros os presidentes Ricardo Patah (UGT), Antônio Neto (CSB), Adilson Araújo (CTB) e José Calixto (Nova Central).


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Moradia, domínio de línguas estrangeiras, cotas, acesso a atividades culturais e esportivas, idade, raça, cor, etnia e renda estão entre as informações que estudantes que cursam graduação nas 63 universidades federais devem responder na Pesquisa Nacional de Perfil Discente.

A pesquisa eletrônica com os dados quantitativos está disponível nos portais de todas as instituições e o prazo final da coleta é 31 de janeiro.

Acesse a pesquisa no portal da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) ou nos portais das universidades.

O levantamento de dados sobre os alunos da rede federal, iniciativa do Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), tem a finalidade de traçar o perfil socioeconômico e cultural dos mais de um milhão de estudantes da graduação pública federal.

Desse diagnóstico, segundo o Fonaprace, serão formuladas diretrizes e políticas públicas de atendimento aos universitários e de defesa da educação pública, gratuita com qualidade acadêmica e científica.

Perfil
A última pesquisa realizada pelo fórum foi em 2010 e teve a participação de estudantes de 56 instituições federais de ensino superior.

Naquele ano, a pesquisa constatou que 43,74% dos alunos das universidades federais pertenciam às classes C, D e E; e que o percentual de estudantes de raça/cor/etnia preta aumentou de 5,9% em 2004 (período da pesquisa anterior) para 8,7%, em 2010.

 

 

Fonte: Ministério da Educação

 

 

 

 

 

 

 


Os trabalhadores da Volkswagen, que estavam em greve desde o dia 6, decidiram, nesta sexta-feira (16/01), retornar ao trabalho após a montadora concordar em readmitir os 800 funcionários que haviam sido dispensados no final do ano passado. Em assembleia nesta manhã, eles concordaram em retomar as atividades na próxima segunda-feira (19). Segundo os trabalhadores, as demissões rompiam um acordo de estabilidade previsto até abril de 2017.

Além da readmissão, a empresa fez alterações no Acordo Coletivo da categoria, que havia sido rejeitado em dezembro. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, antes, o documento previa reajuste na forma de abono. Agora, será concedida a inflação do período, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

Na segunda-feira (12), os metalúrgicos fizeram um ato em defesa do emprego, bloqueando trechos das Rodovias Anchieta e Imigrantes. No dia seguinte, representantes do sindicato foram recebidos pelo secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto. Durante o encontro os trabalhadores entregaram uma pauta de reivindicações, incluindo temas como proteção do emprego, ampliação do crédito e recomposição da frota. A empresa, por sua vez, retomou as negociações.

A greve na Volks foi iniciada no dia em quem os trabalhadores voltariam de férias coletivas. Eles souberam da decisão da montadora por meio de telegramas recebidos no final do ano passado.

A Volkswagen avaliou, por meio de nota, que a aprovação do novo Acordo Coletivo resultou em uma proposta balanceada que possibilita a adequação dos custos e do efetivo na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, região do ABC Paulista. De acordo com a empresa, o resultado vai permitir a continuidade dos programas de demissão voluntária, com incentivo financeiro. Além disso, “assegura a vinda de uma nova plataforma mundial de produto e modelos, solidificando as bases de um futuro sustentável para a unidade”.


 

Fonte: Agência Brasil








Pesquisa do engenheiro agrônomo Thiago Guilherme Péra, coordenador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba, recebeu o prêmio da Associação Brasileira de Logística (Abralog), em dezembro último, em São Paulo. O estudo identificou os principais fatores de formação do preço de frete rodoviário no País, envolvendo aspectos relacionados à legislação (Lei 12.169/12, conhecida como Lei do Motorista), qualidade das rodovias, multimodalidade (ferrovias), concorrência entre produtos agrícolas (açúcar, soja, farelo de soja e milho), por meio do uso da modelagem econométrica.

Sob orientação de José Vicente Caixeta Filho, diretor da Esalq e professor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES), a pesquisa foi desenvolvida enquanto Péra cursava a graduação. “Nesse sentido, verificou-se que a distância, pedágio e destino portuário impactam positivamente nos preços de fretes, enquanto que a qualidade da via e a existência da alternativa ferroviária causam reduções nos preços de fretes”, explica o agrônomo.

De acordo com o autor, os resultados apontam diferenças significativas nos preços de fretes dos produtos avaliados. O açúcar é o de maior precificação, enquanto que farelo de soja é o menos custoso. No que diz respeito aos corredores de originação de carga, o Centro-Sul é o que possui maior impacto positivo no preço do frete, enquanto que o oposto é o Centro-Norte. Referente à legislação, os resultados apontaram um impacto positivo nos preços de frete após a implantação da Lei 12.619. “Enfim, o estudo desenvolvido é de alta relevância para o entendimento dos fatores que determinam o preço do frete rodoviário, auxiliando na tomada de decisão em diversos setores da economia, particularmente na busca de uma melhor gestão”, revela.


 

Fonte: Agência USP de Notícias









O projeto Recursos hídricos da Universidade de São Paulo (RHiUSP) monitora há um ano os parâmetros da qualidade da água na região da Cidade Universitária (Zona Oeste de São Paulo) por meio de coletas mensais e análises laboratoriais. Para permitir o acesso público aos resultados das medições, a empresa SALT Ambiental, incubada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), instituição ligada à USP, criou uma plataforma web georreferenciada. Os usuários podem acessar a página do RHiUSP e consultar os dados levantados em cada uma das 11 estações de monitoramento. As informações ajudarão a planejar o manejo das águas e envolver a comunidade na discussão sobre recursos hídricos.

Em parceria com a professora Elisabete Braga, do Instituto Oceanográfico da USP (IO), a empresa idealizou o projeto e vem coordenando as atividades de trabalho de campo (coleta e medição). “O RHiUSP monitora mensalmente, por meio de diagnósticos qualitativos e quantitativos, os principais recursos hídricos existentes no interior da Cidade Universitária: Córrego Pirajussara, Córrego Tejo, localizado na Escola Politécnica (Poli) e o lago da Reserva Florestal de Mata Atlântica do Instituto de Biociências (IB) da USP”, diz Vitor Izumi, oceanógrafo e coordenador que integra a equipe do projeto. “Também são monitoradas as águas do Rio Pinheiros, no trecho que abrange toda a extensão do Cidade Universitária em contato com o rio, no trecho entre as pontes Cidade Universitária e do Jaguaré.”

As coletas e medições são mensais e acontecem em 11 estações de monitoramento. Os principais parâmetros levantados nas coletas e medições são o oxigênio dissolvido, coliformes termotolerantes, potencial hidrogeniônico (pH), demanda bioquímica de oxigênio (DBO5,20); temperatura da água; nitrogênio total; fósforo total, turbidez, resíduo total, sólidos totais dissolvidos; nitrogênio amoniacal; fosfato; silício. “Também estão sendo realizadas análises da presença de diversos outros compostos químicos como fármacos, medicamentos, drogas de abuso, totalizando cerca de 50 parâmetros”, conta Izumi.

Monitoramento
As informações obtidas na coleta e nas análises laboratoriais de diversos parâmetros da qualidade da água são reunidas em um banco de dados. “A ideia é conseguir um amplo entendimento destes corpos d’água e prover informações locais mais precisas e detalhadas”, aponta o oceanógrafo. Todos os dados produzidos são disponibilizados e divulgados em uma plataforma web georreferenciada, desenvolvida pela SALT. “Para informar e aproximar a comunidade local do tema, foi criado um portal na internet para permitir o acesso facilitado e contínuo às informações sobre as águas monitoradas, juntamente com informações fundamentais de direito público, apresentadas em uma interface amigável.”

O projeto também inclui indicações sobre a situação destes ambientes em sinalizações públicas, bem visíveis. “Assim, a informação pode ser transformar em uma preocupação diária da comunidade, diz Izumi. A plataforma online, que possui banco de dados e sistema de informações geográficas (WebSIG), que informa sobre a localização e a situação dos pontos de monitoramento, pode ser acessada neste link.


 

Fonte: Agência USP de Notícias









Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP), estudam a viabilidade de usar a água residuária da indústria de suco de laranja para produzir hidrogênio – uma fonte de energia renovável, inesgotável e não poluente.

A pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), está em andamento no Centro de Monitoramento e Pesquisa da Qualidade de Combustíveis, Biocombustíveis, Petróleo e Derivados (Cempeqc) do Instituto de Química da Unesp.

“A vantagem de produzir hidrogênio a partir de águas residuárias é aproveitar, de maneira sustentável, uma fonte de carbono que hoje está sendo descartada”, argumentou Sandra Imaculada Maintinguer, pesquisadora do Cempeqc.

De acordo com a pesquisadora, a proposta é reaproveitar a energia gerada localmente, na própria indústria, para abastecer as bombas dos sistemas de tratamento biológico, por exemplo.

“O método poderia beneficiar não apenas o setor citrícola, como o sucroalcoleiro, indústrias de refrigerantes, cervejas e de outros alimentos”, afirmou Maintinguer.

O hidrogênio, explicou a pesquisadora, é quase três vezes mais energético que os hidrocarbonetos e que o metano e quatro vezes mais que o etanol. No entanto, em razão do custo ainda elevado de armazenamento e transporte, seria inviável usar o gás, por exemplo, para substituir a energia hidrelétrica – ainda muito barata no Brasil.

O grupo de pesquisadores do Cempeqc está estudando três diferentes resíduos do beneficiamento da laranja cedidos por uma empresa situada em Matão (SP): o melaço, a vinhaça e a água residuária.

Embora o melaço e a vinhaça apresentem concentrações mais elevadas de açúcares (40 a 150 g glicose/L), testes preliminares sugerem que a água residuária (12g glicose/L) é a mais indicada para a produção biológica de hidrogênio.

“Quando a concentração de substrato é muito elevada, pode ocorrer a inibição do crescimento dos microrganismos que quebram os açúcares em moléculas menores, como ácidos orgânicos e hidrogênio. Existe uma faixa ideal, que parece ser a da água residuária”, disse Maintinguer.

Além da glicose, os pesquisadores também encontraram outras fontes de carbono na água residuária, como frutose e ácidos orgânicos, além de impurezas como óleos e detergentes usados no processo industrial.

“Fizemos os testes usando a água residuária com todas as impurezas e, mesmo assim, os resultados foram muito promissores. Conseguimos transformar cerca de 65% desse resíduo em hidrogênio. Como os microrganismos usam os nutrientes para crescer e se multiplicar em primeiro lugar, a produção nunca chega a 100%”, explicou a pesquisadora.

Arqueas metanogênicas
Os ensaios, em escala de bancada, foram feitos em reatores anaeróbios (frascos de vidro hermeticamente fechados), para evitar que o contato com o oxigênio inibisse a produção da enzima hidrogenase, extremamente importante na produção biológica de hidrogênio.

Na água residuária foi inoculado um conjunto de microrganismos de diferentes classes coletado em sistemas de tratamento biológico de esgotos sanitários. De acordo com a pesquisadora, o inóculo também pode ser obtido a partir do próprio lodo formado nos sistemas biológicos de tratamento industrial.

Porém, é necessário um pré-tratamento para eliminar as chamadas arqueas metanogênicas, um tipo de microrganismo capaz de consumir o hidrogênio produzido para formar metano, algo indesejável nesse caso.

“O processo biológico anaeróbio tem várias etapas e, em cada uma delas, atua uma classe diferente de microrganismo. Os carboidratos são quebrados em açúcares, ácidos orgânicos, acetato, hidrogênio e, se o processo não for interrompido, em metano”, disse a pesquisadora.

Para evitar que isso aconteça, o inóculo é submetido a um choque térmico e o pH do meio é reduzido para 5,5. O pré-tratamento causa a eliminação das arquéias metanogênicas, enquanto as bactérias úteis para o processo apenas entram em estado vegetativo, voltando a se multiplicar quando as condições se tornam favoráveis.

Na avaliação de Maintinguer, o Brasil tem um grande potencial para ser referência em tecnologia do hidrogênio e é beneficiado pelo fato de ser um país tropical, com temperaturas médias anuais em torno de 25ºC – favorável ao desenvolvimento de bactérias.

“Em países como Holanda e Alemanha é preciso aquecer os reatores para que o processo seja bem sucedido”, comentou. O Ministério de Minas e Energia tem planos para introduzir o hidrogênio na matriz energética do país até 2025, inclusive como combustível automotivo. Uma das metas do governo brasileiro é que, após 2020, toda a produção do gás seja obtida a partir de fontes renováveis.


 

Fonte: Agência Fapesp









As chuvas em São Paulo continuam caindo de forma irregular, sem atingir as cabeceiros do Sistema Cantareira, mas alagando regiões da capital. Nesta quarta-feira (14/1), a precipitação sobre os bairros das zonas norte, leste e central foi intensa, em forma de pancadas, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). No Cantareira, porém, choveu apenas 0,5 milímetro, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Com isso, o nível dos reservatórios do Cantareira caíram de 6,3%, no dia 14, e para 6,2% nesta quinta (15). A pluviometria acumulada em janeiro está abaixo do esperado: ficou em 60,1 milímetros. A média histórica para o mês é 271,1 milímetros.

Outro manancial que reduziu de nível foi o Sistema Alto Tietê. Os reservatórios passaram de 11,1% ontem para 10,9% hoje. Não houve chuva sobre esse manancial, e a pluviometria acumulada em janeiro é baixa, 32,4 milímetros. O esperado para o mês é 251,5 milímetros.

O Sistema Guarapiranga apresentou equilíbrio, mantendo-se em 40% ontem e hoje. Também não houve registro de chuva sobre esse manancial. A precipitação acumulada é 131 milímetros em janeiro, dentro do esperado para a média histórica do mês, que é 229,3 milímetros.

Ontem a Justiça suspendeu a decisão liminar que proibia a cobrança, pela Sabesp, de sobretaxa a clientes que aumentarem o consumo de água em São Paulo. A decisão veio após o governador Geraldo Alckmin admitir, pela primeira vez, que o estado enfrenta racionamento de água.

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador José Renato Nalini, considerou que inibir a cobrança da tarifa poderia causar prejuízo à saúde pública. A liminar foi suspensa a pedido do governo do estado, da Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) e da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). A multa havia sido suspensa até que o governo do estado cumprisse a lei que determina que, antes de aplicar multa aos consumidores, o governo tem de decretar oficialmente o racionamento de água.

 

 

Fonte: Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

O Ministério Público Federal em São Paulo quer que os agrotóxicos que contêm Prochloraz sejam proibidos no país. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ingrediente ativo tem características cancerígenas, pode causar alterações no feto e provocar distúrbios hormonais. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também reconhece que o componente é danoso ao meio ambiente e tóxico para persos organismos.

 

Em 2012, o MPF entrou com ação civil pública contra a União solicitando que os produtos contendo Prochloraz tivessem o registro imediatamente cancelado. A Justiça Federal, no entanto, não aceitou o pedido da Procuradoria, determinando apenas que a Anvisa realizasse, em 120 dias, a reavaliação do emprego do ingrediente em produtos comercializados no Brasil. O prazo, que inicialmente se encerraria em dezembro de 2013, foi prorrogado persas vezes, mas até o momento a medida estabelecida pela Justiça não foi cumprida pela agência reguladora.

 

Além dos persos danos à saúde humana e ao meio ambiente reconhecidos pelos órgãos brasileiros, o Prochloraz também é questionado internacionalmente. Estudos realizados em outros países já comprovaram seu elevado potencial nocivo e, por conta disso, o produto não é tolerado nos Estados Unidos desde 1989. O MPF ressalta ainda que, atualmente, já existem no mercado outros agrotóxicos registrados para as mesmas culturas e alvos biológicos cujos efeitos são menos tóxicos para o ser humano e para o meio ambiente.

 

Dessa forma, considerando a demora da Anvisa em cumprir a determinação judicial e os riscos  de dano irreversível à população, o procurador da República Roberto Antonio Dassié requer à Justiça que não seja mais prorrogado o prazo para que a agência finalize a reavaliação do uso do Prochloraz. Por outro lado, ele solicita que seja determinado o imediato cancelamento dos registros dos produtos que contêm o ingrediente e que a concessão de novos registros também seja proibida.

 

 

 
Fonte: Assessoria de Comunicação do MFP-SP
 
 
 
 
 
 
 
 

O Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, é o convidado desta quinta-feira (15) do Face to Face do Portal Brasil. Por meio do perfil do PBr no Facebook, o ministro irá abordar de que maneira o governo federal garantirá a manutenção das políticas públicas nos próximos anos. A ação começa às 11h.

O governo federal anunciou medidas para a redução de abusos e distorções em benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego, além de revisões na previdência social, por isso, o bate-papo com o ministro será importante para esclarecer a população sobre de que maneira tais ajustes impactam no dia-a-dia dos trabalhadores.

Dias afirmou, durante solenidade de transmissão de cargo, que o governo não acabou com qualquer benefício e que as medidas visam assegurar o patrimônio dos trabalhadores, representado pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), uma vez que elas buscam garantir direitos iguais para todos os trabalhadores.

“Algumas pessoas pediam demissão logo após completarem o prazo exigido para, em seguida, serem recontratadas com salário mais baixo, sem carteira assinada, e continuar recebendo o benefício. Essa prática, segundo o ministro, constitui, além de má-fé, uma injustiça com os trabalhadores que recebem o mesmo benefício após muitos anos de trabalho ou estão de fato desempregados”, concluiu o ministro.

Face to Face
Inaugurado pela própria presidenta Dilma Rousseff em 2014, a ação Face to Face consiste em um bate-papo com internautas via Facebook. Na oportunidade, o cidadão pode fazer perguntas e utilizar a #hashtag específica do entrevistado, que responde ao vivo pela rede social.

Desde que foi criada pelo Gabinete Digital da Presidência da República, a ação vem reforçando o diálogo dos brasileiros com os gestores públicos e o governo federal, consolidando uma política de participação social. Além da Presidenta, ex-ministros também participaram da iniciativa, seja no perfil do Portal Brasil ou no perfil do Portal Planalto. No atual Governo, o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas foi o primeiro convidado, seguido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que obteve alcance histórico do PBr.

Serviço: 
Face to Face
Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias
Quinta-feira (15), a partir das 11h
Facebook do PBr

 

 

Fonte: Portal Brasil

 

 

 

 

 

 

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