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Estão abertas, até 10 de fevereiro, as inscrições para o curso de pós-graduação lato sensu em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, oferecido pelo Laboratório de Aprendizagem Humana Multimídia Interativa e Ensino Informatizado (Lahmiei), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O curso tem como objetivo capacitar profissionais para atuar de acordo com os princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA, da sigla em inglês para Applied Behavior Analysis), cujo objetivo é melhorar a qualidade dos serviços prestados à pessoa com autismo.

Voltado a profissionais das áreas da saúde e educação e a envolvidos direta ou indiretamente com pessoas com transtorno do espectro autista, o curso exige somente que os candidatos interessados possuam diploma de nível superior.

Celso Goyos, professor e coordenador do Lahmiei, explica que o curso inclui aulas teóricas e práticas, que vão desde a caracterização dos indivíduos ao tratamento de comportamentos auto-lesivos e repetitivos.

A carga horária total é de 450 horas. O curso é presencial, com aulas quinzenais aos sábados, no campus de São Carlos da UFSCar.

O formulário de inscrição está disponível na internet e o início das aulas está condicionado à inscrição de no mínimo 60 alunos. Mais informações sobre o curso aqui.



Fonte: Agência Fapesp








Importante notícia vem da cidade de Taubaté, dando conta da implantação de ciclofaixa na cidade, o que está dentro da Lei 12.587/2011, instituidora da Política Nacional de Mobilidade Urbana, que prioriza outros modais de transporte, que não seja o motorizado.

O padrão que está sendo aplicado está de acordo com as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o que proporciona aos ciclistas mais segurança durante seu trajeto. Além de ter a cor vermelha para diferenciar da pista de veículos automotores, o espaço tem também uma faixa central que indica sentido duplo para transito das bicicletas, o que explica sua largura de 2,5m, e tachões retrorrefletivos.

O motorista pode somente atravessar pela ciclofaixa, como exemplo cruzar para chegar até o comércio ou residência, porém aquele que estacionar ou transitar por ela será devidamente penalizado de acordo com a legislação do Código Brasileiro de Trânsito.

A partir deste primeiro modelo de faixa para os ciclistas, a Prefeitura de Taubaté começa a estudar outras áreas que possam recebê-las e que as acomodem corretamente, de forma que não comprometa a segurança do ciclista e nem o fluxo das vias.


 

Fonte: Prefeitura Municipal de Sorocaba







O Supremo Tribunal Federal (STF) dará a última palavra em discussões trabalhistas que poderão alterar a dinâmica das empresas brasileiras. Pelo menos três questões importantes estão na pauta dos ministros: a possibilidade de demitir sem justificativa, a necessidade de negociação sindical para demissão em massa e o direito de grevistas fazerem manifestações em locais de trabalho. A depender das decisões, os empregadores serão obrigados a rever o passivo trabalhista dos cinco anos anteriores.

O julgamento que trata da possibilidade de demissão imotivada foi iniciado em outubro de 2003. Apesar de a possibilidade estar prevista na Constituição, a questão foi parar no Supremo porque, em 1992, o Brasil se tornou signatário da Convenção nº 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Assinada por diversos países europeus, a convenção estabeleceu que o empregador só pode dispensar o funcionário com "motivo justo".

Em 1996, porém, o então presidente Fernando Henrique Cardoso denunciou a convenção para anunciar a saída do Brasil, por considerá-la incompatível com a Constituição. Logo após a denúncia, em 1997, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a Presidência da República por entender que a revogação, por meio de decreto, teria que ser aprovada pelo Congresso.

O relator do caso, ministro Maurício Corrêa, e o ministro Carlos Ayres Britto votaram a favor da Contag. Entenderam que a denúncia teria que passar pelo Congresso. Ao retomar o julgamento, em março de 2006, o ministro Nelson Jobim votou pela manutenção da denúncia. Em 2009, o ministro Joaquim Barbosa votou pela inconstitucionalidade do decreto. Porém, a ministra Ellen Gracie pediu vista e, com sua aposentadoria, o processo aguarda uma nova distribuição.

Para o advogado Sávio Lobato, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CNM/CUT), uma decisão favorável do STF e a retomada da Convenção nº 158 alteraria a forma de negociação entre empresas e empregados. "Apesar de a convenção não prever estabilidade aos trabalhadores, ela estabelece que as empresas devem justificar as demissões", diz. Procurada pelo Valor, a Contag preferiu não se manifestar.

Os advogados especializados em relações do trabalho Adauto Duarte e Sylvia Lorena, contudo, ressaltam que, na prática, a aplicação da convenção significaria estabilidade no emprego. "Esse mecanismo não traz nenhum tipo de rotatividade, o que é ruim. Tanto que esse modelo já foi abandonado por diversos países", afirma Duarte. Caso o STF mude essa realidade, segundo os advogados, as empresas terão que rever todo o seu passivo, já que empregados demitidos sem justa causa nos últimos cinco anos poderão pleitear sua reintegração.

Outro processo que preocupa advogados é o que discute a necessidade de negociação com sindicato para a realização de demissão em massa. O caso envolve a dispensa, em 2009, de cerca de 4,2 mil trabalhadores pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e pela Eleb Equipamentos. Na época, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região entrou na Justiça do Trabalho contra a medida. O tema teve repercussão geral reconhecida pelo STF em 2013. O relator é o ministro Marco Aurélio.

Após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) entender que, no caso, os trabalhadores não deveriam ser readmitidos, mas que deveria haver negociação para demissão em massa, as empresas recorreram ao STF. Para o advogado da Embraer e da Eleb Equipamentos, Cassio Mesquita Barros, não há previsão em lei que obrigue as companhias a negociar. Para ele, o inciso I, do artigo 7º da Constituição estabelece indenização compensatória em caso de demissão - multa de 40% do FGTS.

Contudo, o advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Aristeu César Pinto Neto, interpreta que esse mesmo dispositivo constitucional veda a dispensa arbitrária. Para Neto, o Supremo tem que dar um limite para as demissões em massa, com a manutenção da obrigatoriedade de negociação com o sindicato, como julgou o TST. "Hoje temos uma quantidade acentuada de demissões. O setor de autopeças, por exemplo, trocou todos os seus funcionários em quatro anos", diz.

Segundo o advogado Adauto Duarte, que assessora empresas, essa negociação seria "impraticável". Isso porque o Brasil hoje tem cerca de 12 mil sindicatos de trabalhadores, mais de 40 mil empregados com carteira assinada e dois milhões de empresas.

O STF também deve analisar se decisões judiciais podem impedir grevistas de se manifestarem nos locais de trabalho. O caso chegou à Corte pela arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) nº 123 da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores. A entidade quer impedir a aplicação por juízes do artigo 932 do Código de Processo Civil (CPC). Esse dispositivo é conhecido como "interdito proibitório", uma medida judicial destinada a proteger a propriedade.

A ação chegou ao Supremo em setembro de 2007 e ainda não começou a ser julgada. O caso já teve três relatores: os ministros Ayres Britto e Cezar Peluso, que se aposentaram, e agora está com Teori Zavascki.

De acordo com o advogado da confederação, Sávio Lobato, esse dispositivo tem sido mal utilizado por juízes, que o aplicam, a pedido das empresas, em casos de greve, que é um direito constitucional. "Há juízes que impedem até que os empregados façam assembleia na porta fábrica, proíbem piquete pacífico e exigem que os trabalhadores fiquem a 500 metros da entrada", diz. Segundo o advogado, o artigo 9º da Constituição prevê o amplo direito de greve.

A paralisação, segundo o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, só é adotada quando não há mais negociação. "Não vamos tomar uma fábrica, apenas reivindicar nossos direitos."


 

Fonte: Valor Econômico – 09/01/2014







O complexo conjunto de conhecimentos acumulados ao longo do tempo a respeito da formação histórica da cidade de São Paulo – sobre a qual já se debruçaram inúmeros pesquisadores de áreas como História, Arquitetura e mesmo Medicina – costuma trazer à tona aspectos e problemáticas que, por sua vez, exigem novas releituras, interpretações e revisões.

Ao se deparar com essa realidade, em particular durante trabalhos de campo em sítios de ocupação colonial no planalto paulista, o historiador Rodrigo Silva percebeu ser necessário investigar os percursos culturais das narrativas – de que forma elas foram criadas, ganharam força, foram reproduzidas e se consolidaram, em diferentes momentos históricos e sob aparências diversas, como referências e guias para o estudo sobre São Paulo.

Tal investigação foi tema da dissertação de mestrado de Silva, defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) sob a orientação da historiadora Cecilia Helena Lorenzini de Salles Oliveira, e resultou no livro Sobre taipas e textos, publicado com apoio da FAPESP.

“Acima de tudo é um trabalho que se propôs ser uma estrutura de suporte, uma ferramenta de trabalho, mais do que uma obra que se encerra em si”, diz o autor na introdução da obra.

Para cumprir esse objetivo, Silva tematiza a escrita da história, seus fundamentos e as relações dos escritores com suas fontes, questionando em que medida o historiador não se vê induzido a reconhecer, nos registros históricos, certezas e fatos projetados pelas motivações dos agentes que os elaboraram.

A pesquisa abrange desde a segunda metade do século 18 até a primeira metade do século 19, um período, segundo o autor, ainda pouco estudado, marcado por transformações significativas tanto na cidade de São Paulo como na América Portuguesa de modo geral e cujas interpretações são variadas e complexas.

Dentro desse intervalo de tempo, o autor enxerga três movimentos. O primeiro foi iniciado com escritores do final do século 18, como Pedro Taques, Frei Gaspar da Madre de Deus e estrangeiros que estiveram na cidade no começo do século 19.

“O sentido dessa organização foi o de unir tanto os primeiros textos que interpretam a situação de São Paulo no século 18 quanto os autores – os estrangeiros – cujos textos se tornaram um imenso manancial de informações a respeito do início do século 19, nos quais gerações e gerações de escritores foram buscar matéria-prima para suas obras”, descreve o autor.

O segundo movimento começa em meados do século 19 e busca ver a construção das interpretações a respeito da história de São Paulo por meio de elementos-chave que passaram pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), como Capistrano de Abreu, e por outros relativamente distantes do universo dos institutos, caso de Azevedo Marques.

Por fim, o terceiro movimento trata da pluralização de contextos em que certas narrativas foram produzidas – as de autoria de Afonso Taunay e Ernani da Silva Bruno, por exemplo. A respeito desse último, Silva aponta que ele “agrega em seu texto uma quantidade formidável de ideias criadas em épocas e situações distintas, oferecendo uma interpretação que as organiza – e lapida em busca de uma suposta coerência narrativa, expressão de uma história em acontecimento, processo – e que se tornou muito difundida”.

Ao longo dos capítulos, o leitor encontra citações e ainda anotações sobre a formação e a trajetória dos autores, incluídas com o intuito de contribuir com o entendimento sobre suas escolhas.

Mais informações do livro Sobre Taipas e Textos: um estudo sobre as narrativas a respeito da cidade de São Paulo neste link.


 

Fonte: Agência Fapesp








Numa escala de 1 a 5, o brasileiro atribuiu nota de 3,79 aos aeroportos brasileiros no período entre julho e setembro de 2013. Este é o principal dado medido na terceira edição do Relatório Geral dos Indicadores de Desempenho Operacional em Aeroportos (Indaero, versão integral aqui), pesquisa coordenada pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC). Dos 15 pesquisados, o Aeroporto Internacional de Curitiba e o de Natal obtiveram juntos os maiores índices de satisfação geral no trimestre, com nota de 4,10 – em terceiro lugar, empatados com 3,97, estão Viracopos (SP) e Recife (PE). O mais mal avaliado, nota de 3,39, é o Aeroporto de Cuiabá (MT).

Lançada no ano passado e realizada a cada três meses, a pesquisa foi feita junto a 19.850 pessoas, todas usuárias da aviação civil, no momento em que estavam dentro dos aeroportos. Delas, 72% esperavam vôos nos terminais domésticos. Os restantes 28% responderam aos questionários nas áreas de embarque internacionais. Elas foram instadas a atribuir notas a itens como preço do estacionamento, disponibilidade de carrinhos para bagagem, tempo de espera na fila, cordialidade no atendimento, limpeza dos banheiros, restituição de bagagem, informação de voo, internet e também a satisfação geral com o aeroporto.

"Com os dados coletados dos usuários, nós passamos a exigir de cada aeroporto que apresente um plano de gestão para melhorar o desempenho exatamente naquilo que o cliente está reclamando", explica o ministro-chefe da SAC, Moreira Franco. "Nossa missão é atualizar a parâmetros do século 21 o funcionamento da aviação civil brasileira, construída em meados do século passado", completou o ministro.

As notas maiores dadas pelos usuários foram para atendimento, cordialidade e eficiência dos funcionários das companhias aéreas no check-in, além da disponibilidade de carrinhos para bagagem e rigor na inspeção de segurança. De modo geral. os usuários se declararam insatisfeitos com o acesso à internet sem fio e com o preço dos estacionamentos, dos estabelecimentos comerciais dentro dos aeroportos e de alimentação.

 A amostra foi colhida em 15 dos maiores aeroportos do país -- Manaus (AM), Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE), Brasília (DF), Salvador (BA), Cuiabá (MT), Confins (MG), Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Viracopos (SP), Curitiba (PR), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ) e Porto Alegre (RS).

 

Fonte: Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República






A pesquisa do Ibope faz parte de um levantamento global de opinião pública realizado em 65 países pela rede WIN, que reúne alguns dos maiores institutos de pesquisa do mundo. Este também será tema do I Encontro Nacional da Profissionais Universitárias, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU).

A pesquisa do Ibope, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, revelou que 41% dos brasileiros acreditam que o mundo seria um lugar melhor se as mulheres fossem maioria no mundo político. Essa proporção é quatro vezes maior do que os que acham o contrário – ou seja, que seria pior caso houvesse maior participação do sexo feminino (9%). A média brasileira é maior que a de todos os 65 países participantes da pesquisa do WIN (34%).

O jornal destaca que, apesar da eleição da presidente Dilma Rousseff em 2010, a primeira mulher a governar o País desde a Proclamação da República, o gênero feminino ainda é sub-representado na maioria dos cargos elegíveis brasileiros. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, em 2010 foram eleitas apenas 45 mulheres para as 513 cadeiras disputadas – ou seja, 8,7% do total.

Essa é uma das taxas mais baixas do mundo – o Brasil está em 119.º entre os 146 países analisados pela União Interparlamentar (IPU). Nas prefeituras, a proporção é um pouco maior: 12% são comandadas por mulheres, um recorde histórico, mas longe de representar a composição feminina na população adulta brasileira, de 53%.

Segundo o jornal, a proporção de brasileiros que gostaria de mais mulheres na política é similar à dos moradores de países com a maior taxa de representação feminina nos seus parlamentos, segundo o IPU. Na África do Sul e na Suécia, 3.º e 4.º no ranking, 55% e 48%, respectivamente, acham que o mundo seria melhor se as mulheres fossem maioria no poder.

Em países muçulmanos como a Tunísia, essa taxa é de apenas 21%, enquanto 59% dizem que o mundo ficaria pior nessa situação. Na Arábia Saudita, em que as mulheres nem sequer podem votar ou serem votadas, essa pergunta nem chegou a ser feita aos entrevistados. (O Estado de S.Paulo)

Mulher e política na CNTU
A presença da mulher na política, e a participação das profissionais universitárias na vida política do país é um dos três temas norteadores do encontro que o Coletivo de Mulheres da CNTU promoverá em 14 março de 2014. Os outros temas do I Encontro Nacional da Profissional Universitária, são Saúde e Trabalho.  A próxima reunião do Coletivo está marcada para 7 de fevereiro, quando os grupos de trabalho temático discutirão os documentos que estão sendo produzidos pelo movimento sindical ligado à CNTU para subsidiar os debates do encontro que resultará em uma carta de referência sobre a atuação nos três temas prioritários. Saiba mais aqui sobre o encontro e os preparativos.


 

Fonte: CNTU

 

 

 

 

 

 

 

As centrais sindicais, que têm dado um firme apoio aos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, preparam-se, junto com ela, para registrar a conta dos 50 anos do golpe militar de 1° de abril de 1964.

Quero fazer duas observações pertinentes.

Todos sabemos o caráter ferozmente antissindical e antitrabalhista do golpe. As ações repressivas eram cobertas por uma ideologia demagógica que criminalizava a ação sindical dos trabalhadores.

A ditadura militar violou a democracia de modo persistente e as agressões aos sindicatos, aos ativistas, aos trabalhadores foram praticadas em um crescendo macabro.

Mas a ditadura, com seu terrorismo, não pôde com a estrutura sindical brasileira que atravessou incólume os anos tenebrosos e até mesmo se reforçou entre os trabalhadores rurais.

A grande renovação sindical que aconteceu com a crise da ditadura nos fins dos anos 70 e desempenhou um papel estratégico na luta de todo o povo pela democratização ocorreu por dentro dos sindicatos e da estrutura sindical, mesmo que grande parte dos renovadores não quisesse compreender ou aceitar isso ou considerasse o fato um mero pormenor irrelevante.

Em outra frente social de luta pela democracia algo semelhante também se passou. Refiro-me ao sistema eleitoral e ao voto dos brasileiros.

Assim como odiava os sindicatos (mas não pôde destruí-los), a ditadura temia e abominava as eleições. Elas foram suspensas, limitadas, eliminadas em alguns casos e para alguns cargos e, quando necessário, transformadas em eleições indiretas com cartas marcadas. Mesmo com todas essas pressões antivoto, a ditadura não pôde eliminar as eleições diretas para vereadores, maioria esmagadora dos prefeitos, deputados e senadores e nem deixou de institucionalizar o processo eleitoral, a partir do Código de 1965: de 1966 a 1982 o porcentual do eleitorado sobre os brasileiros adultos passou de 53% para 79% (hoje é 95%) e o dos votantes de 41% para 65% (hoje é 78%).

Para votar, quando e onde pudesse, o povo se alistava e cumpria, como obrigação e direito, o rito democrático.

O sindicalismo e as eleições (inclusive a Justiça Eleitoral) conseguiram “passar” pela ditadura e, afinal, ajudaram em sua derrota.

 

* por João Guilherme Vargas Netto, membro do corpo técnico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores







Na ressaca da pior crise do sistema financeiro em 85 anos, a cooperação para o desenvolvimento e a justiça social retoma seu espaço na agenda do século XXI. O grande desafio, agora, é redesenhar o mapa comum de um percurso capaz de oxigenar o crescimento, expandir o comércio e ampliar o acesso à riqueza e às oportunidades. Colocar de pé esse edifício requer uma arquitetura suficientemente complexa para não descartar energias, instrumentos e experiências disponíveis.

Uma das chaves da travessia consiste em erguer pontes entre o dinamismo dos mercados e as urgências das nações, sobretudo de suas camadas mais pobres. Coordenação, democracia, governança e instituições multilaterais existem para isso. Tal compreensão encurta a distância histórica que muitas vezes parece afunilar o futuro em duas lógicas inconciliáveis e ao mesmo tempo insuficientes. De um lado, a hegemonia absoluta dos interesses dos mercados oligopolizados; de outro, a primazia social desprovida da competitividade que a sustente.

Superar uma disjuntiva que faz o futuro patinar em círculos, implica reconhecer as diferenças entre países e regiões. Esquematismos escravizantes que opõem livre comércio, cooperação, autodeterminação e emancipação social não dão conta das modulações requeridas pela história real das nações. No limite levam ao imobilismo ou, pior, ao cada um por si de consequências sabidas.

A Petrocaribe já garante preços estáveis a mais de 40% do abastecimento de economias frágeis, que não suportariam as oscilações bruscas nas cotações internacionais do petróleo. O alívio nesse custo é vinculado, a investimentos em políticas sociais.

Quando se escapa desse labirinto fica mais fácil enxergar a importância do que aconteceu em dezembro último em Bali, na Indonésia, na IX Conferencia Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC). E duas semanas depois, em Caracas, na Venezuela, na II Cúpula Extraordinária Alba - Petrocaribe, com a inauguração de uma zona econômica comum que abarca 18 países caribenhos e centro-americanos.

Vistos com as lentes convencionais os dois eventos encenam o antagonismo clássico. O que ocorreu em um e outro caso, porém, foi um capítulo da conta de chegar em curso entre nações, dentro de cada nação, entre regiões e mercados, todos empenhados em assegurar um espaço mais favorável na transição de ciclo em andamento na economia mundial.

Quem vê antagonismos entre Bali e Caracas subestima as lições de uma crise gerada pela desregulação financeira, ou superestima o alcance de antídotos desprovidos de institucionalidade que os sustentem. Um fio da meada a conectar o conjunto com o realismo ecumênico da cooperação é a segurança alimentar dos povos. Ou a ideia de que o livre comércio não pode ser dissociado da luta contra a fome e a pobreza extrema.

Em Bali, pela primeira vez em 20 anos, a OMC logrou um acordo. Ao desbloquear burocracias aduaneiras, abriu caminho à injeção de US$ 1 trilhão na economia mundial com potencial criação de 21 milhões de postos de trabalho num planeta sedento de empregos.

Mas foi, sobretudo, a agenda agrícola que levou a reunião de ministros da OMC a encarar a necessidade de uma coordenação entre estágios distintos de desenvolvimento, para que não se confunda a ideia de livre comércio com a renúncia das nações ao comando do seu destino.

 

 

A Índia transformou um colchete em um novo capítulo a ser construído na cooperação internacional. As nações em desenvolvimento têm o direito de incentivar a formação de estoques de alimentos com uso parcimonioso de subsídios, por meio dos quais pequenos produtores se tornam uma salvaguarda estrutural do abastecimento da sociedade.

A formação de estoques de alimentos, tema proibido na agenda internacional até pouco tempo, volta ao debate, também nos planos regionais. A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (ECOWAS), por exemplo, já caminha em direção à criação de uma política regional nessa área.

O que se esboçou em Bali foi o discernimento de que a conquista da segurança alimentar é um estágio indispensável à maior fluidez do comércio. Foi um passo importante na direção certa, mas que requer desdobramentos. Uma série de equações precisam ser harmonizadas para que a formação de estoques redunde, de fato, em maior segurança alimentar sem reeditar custos insustentáveis do passado - o custo de carregamento das montanhas de manteiga na Europa, por exemplo; mas também o efeito desorganizador de sua desova em países pobres, a preços asfixiantes para o produtor local.

Da mesma forma, a integração regional expandida no encontro de Caracas promove a capacitação de pequenos países para uma futura inserção na globalização, em condições de escala e competitividade indisponíveis hoje.

A nova zona econômica reunirá produtores regionais de petróleo, como a Venezuela e o Equador, com países centro-americanos e ilhas caribenhas que agregam 83 milhões de habitantes.

Prestes a completar oito anos, a Petrocaribe já garante preços estáveis a mais de 40% do abastecimento de economias frágeis, que de outro modo não suportariam as oscilações bruscas nas cotações internacionais do petróleo.

O alívio nesse custo é vinculado, por acordo, a investimentos em políticas sociais. A principal delas, a partir de agora, será implantar um amplo programa de segurança alimentar na nova zona econômica criada em dezembro último.

A FAO participará desse processo e das discussões que devem se desdobrar na OMC, nos próximos anos, para erguer as linhas de passagem entre maior fluidez do comércio, luta pelo desenvolvimento, combate à pobreza e segurança alimentar das nações. O conjunto de Bali à Caracas talvez possa ser resumido em uma condicionalidade mais geral: a saída da crise mundial ganhará em dinamismo se incorporarmos a ideia ecumênica de que o comércio será tão mais livre quanto mais livre de fome e miséria for o mundo.


* por José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Artigo publicado, originalmente, no jornal Valor Econômico (14/01/2014)







A Agência Nacional de Águas (ANA) está com inscrições abertas, até 30 de maio, para o Prêmio ANA 2014, premiação bienal que busca reconhecer boas práticas relacionadas à água e identificar ações que estimulem o combate à poluição e ao desperdício. Esta quinta edição do prêmio tem sete categorias: Governo; Empresas; Organizações Não Governamentais; Organismos de Bacia; Ensino; Pesquisa e Inovação Tecnológica; e Imprensa.

As iniciativas, reportagens e projetos inscritos devem estar vinculados a alguma instituição e devem visar ao desenvolvimento sustentável dos recursos hídricos por meio da gestão, da conservação e do uso eficiente da água e do combate ao desperdício e à poluição de recursos hídricos no território nacional.

A comissão julgadora selecionará três candidaturas finalistas por categoria e, para determinar o vencedor de cada uma delas, levará em consideração critérios de efetividade, impactos social e ambiental, potencial de difusão, adesão social, originalidade e sustentabilidade financeira (se aplicável).

A cerimônia de premiação ocorrerá dia 3 de dezembro, em local a ser definido, e os sete vencedores receberão um troféu inspirado na marca da ANA criado pelo mestre vidreiro Mário Seguso.

A inscrição dos trabalhos deve ser feita pela internet. Caso os participantes queiram enviar materiais físicos complementares, o envio deve ser realizado por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2014 no endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco M, Sala 118, CEP: 70610-200, Brasília (DF). Mais informações: www.ana.gov.br/premio.


 

Fonte: Agência Fapesp






Os engenheiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão convocados para assembleia geral extraordinária, nesta sexta-feira (17/01), às 12h30 (em segunda convocação), na sede da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (Rua José Paulino, 7, Bom Retiro, SP). É o início da campanha salarial de 2014.

Os itens da assembleia: discussão e aprovação da pauta de reivindicações da categoria, visando o início das negociações da data-base de 1º de março; delegar poderes para a direção do SEESP dar início às negociações coletivas, assinar Acordo Coletivo de Trabalho ou instaurar Dissídio Coletivo; e fixação dos valores e autorização para desconto em folha da Contribuição Assistencial e/ou Confederativa e/ou Profissional e/ou Negocial.

 

Imprensa - SEESP

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