Comunicação SEESP
Com informações da assessoria do Sintracomos
Na última segunda-feira (28/08), sindicatos de trabalhadores da Baixada Santista elegeram uma comissão que ficará responsável de reunir propostas para dinamizar a economia e combater o alto desemprego na região. A ideia é encaminhar esse material ao Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Condesb), órgão que reúne nove municípios. Na terça-feira (29), a comissão participou de reunião do conselho onde informou os encaminhamentos aprovados.
Foto: Vespasiano Rocha/Sintracomos
Sindicatos de trabalhadores participam de reunião do Condesb, no dia 29 de agosto.
Segundo o presidente da regional do SEESP, Newton Guenaga Filho, que integra a comissão, os representantes dos empresários e das universidades também devem encaminhar suas propostas. Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Santos (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, salientou a importância do canal aberto junto ao Condesb e que isso seria uma “oportunidade de consultar os sindicatos sobre o grave problema que atinge mais de 50 mil pessoas” nas nove cidades que forma a região metropolitana (Bertioga, Guarujá, Santos, Cubatão, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe).
Comunicação SEESP
Com informações do jornal Cidade de Bauru
O presidente em exercício do SEESP, João Carlos Gonçalves Bibbo, prestigiou o 1º Workshop Internacional de Engenharia para atualização em Segurança do Trabalho, nesta terça-feira (29/08), no auditório da Instituição Toledo de Ensino (ITE), em Bauru. Em discurso à abertura, o dirigente destacou o forte trabalho do sindicato em defesa da valorização do profissional e da engenharia nacional. Ele reforçou o papel protagonista do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) que vem debatendo e apresentando propostas para o crescimento e desenvolvimento do País. Bibbo também considerou imprescindível ao momento nacional o movimento “Engenharia Unida” que reúne a área tecnológica de todo o País com o propósito de participar dos debates dos rumos do desenvolvimento, já que a engenharia tem presença significativa no dia a dia dos cidadãos. O evento foi iniciativa da Delegacia Sindical do SEESP em Bauru e contou com o apoio da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusConSP).
João Carlos Gonçalves Bibbo, na tribuna, fala à abertura do evento sobre engenharia de segurança.
Segundo notícia do jornal Cidade de Bauru, a cidade se transformou, nesse dia, na "capital nacional da segurança do trabalho" com a realização do workshop que discutiu as normas mais atuais da área, recentemente implementadas ou na iminência de entrarem em vigor. Como destacou o periódico, o evento atraiu interessados de todo o País, com 380 vagas esgotadas. "Mais de 280 são fora de Bauru. Virão pessoas do Brasil inteiro, do Amazonas ao Rio Grande do Sul. É um evento de grande amplitude, com profissionais de alto nível", pontuou o presidente da delegacia sindical local, Luiz Roberto Pagani.
Evento atraiu profissionais de todo o País a Bauru, nesta terça-feira (29).
Já o vice-presidente da regional, Veríssimo Barbeiro, salientou, conforme notícia do jornal, que o workshop, ao contribuir para a atualização de engenheiros e líderes de empresas de diversos estados brasileiros, deve gerar impacto para o aprimoramento da proteção aos trabalhadores de todo o País. "Mais uma vez, ao promover um evento de nível internacional, a engenharia de Bauru sai à frente nas questões nacionais, em prol do engenheiro e em defesa da sociedade."
Confira a apresentação de cada palestrante:
André Bezerra – da Disemaq – Redes de Segurança
Apresentação Ministério do Trabalho – Ações Regionais de Bauru
Gianfranco Pampalon - Auditor-fiscal do Trabalho na Superintendência Regional do Trabalho – SP
Gilvan Nogueira Fonte Bôa - Múltipla Representações e Consultoria
Do Portal Sul21
Em audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (28/08), no Plenarinho da Assembleia Legislativa (AL-RS), a Frente Parlamentar em Defesa do Polo Naval de Rio Grande, proposta pelo deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT), debateu a situação do indústria naval desenvolvida no Estado e seus impactos em Rio Grande, São José do Norte e outros municípios cujas empresas eram fornecedoras de equipamentos para o polo.
Sem a presença de algum representante do primeiro escalação do governo de José Ivo Sartori (PMDB), os participantes descreveram um cenário de abandono, com dezenas de milhares de empregos perdidos e transformação em sucata de plataformas que seriam utilizadas para a exploração de petróleo. Em diversos momentos, o que ocorreu na região foi descrito como um "crime contra a nação" ou "crime lesa pátria", isto é, contra a soberania nacional.
Foto: Maia Rubim/Sul21
Com uniforme laranja, trabalhadores da Petrobras participam da audiência sobre o Polo Naval.
A frente parlamentar foi lançada em 18 de abril deste ano, como um "pedido de socorro" para salvar os empregos e empresas locais. Presente na ocasião, o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, diz que pouco ou nada avançou desde então. Pelo contrário, na verdade, com a notícia de que a plataforma P-72 será "picotada" e vendida a preço de sucata, a P-73 será abandonada e a P-71, que está em estágio avançado e conclusão e sobre a qual havia uma expectativa de que pudesse ser concluída, também terá como destino virar ferro velho. "Existe um cenário de decisão política nacional, uma mudança na política industrial, inclusive na própria Petrobras, acompanhando uma visão de país como Nigéria, Angola, que são meros produtores de petróleo. Ao contrário de outros, como Canadá, México, Noruega e outros tantos que utilizam o petróleo para o desenvolvimento do país", diz.
Durante a audiência, Lindenmeyer e outros participantes lembraram que a Noruega, a partir da receita do petróleo, criou um fundo soberano que hoje tem R$ 900 bilhões em reservas e tem como um de seus objetivos financiar a educação e saúde da população local quando acabar os recursos do petróleo. "O Brasil está fazendo uma mudança de 180 graus na sua política industrial, com três grandes estaleiros consolidados entre Rio Grande e São José Norte, com capacidade de absorção de 30 mil empregos diretos, com capacidade de geração de seis a sete indiretos para cada emprego direto. Então, não é um problema de Rio Grande ou São José do Norte, mas de toda uma cadeia fornecedora de bens, da indústria nacional brasileira, que para construção de plataformas têm um crescimento de valor agregado extraordinário. O que está sendo dito para o país é que o tamanho do Brasil é para ser 'Agro, tech e pop', ou seja, a indústria é para fornecer implementos agrícolas e pouco mais do que isso. O resto é papel lá fora. Do meu ponto de vista, essa mudança é um crime a nação brasileira e Rio Grande e São José do Norte estão recebendo impacto direto através do desemprego, da fome, de pessoas que se qualificaram pelo Prominp, pelo Pronatec, de estaleiros que tiveram tiveram a curva de aprendizagem com equipamentos de última geração e logo ali adiante estarão com os canteiros parados, só com pessoal empregado para manutenção ou para picotar equipamentos", diz Lindenmeyer.
Segundo o prefeito, no pico do polo naval, entre 21 e 23 mil trabalhadores estavam empregados diretamente na indústria naval. Hoje, há cerca de 2 mil trabalhadores e a expectativa é de que, em quatro meses, esse número será reduzido para cerca de 400. Ele cobra que o governo do Estado assuma a linha de frente da luta pelo polo naval, especialmente porque foram investidos mais de 6 bilhões de dólares na indústria do Estado, o que inclui empresas de Marau, Nova Hamburgo, Caxias, Charqueadas, Canoas, Passo Fundo, entre outras cidades, que forneciam bens para essa industria. "Infelizmente, o impacto que está sendo gerado é debastador. Nós saímos de um orçamento, em 2009, de pouco mais de R$ 200 milhões, para que, no ano passado, tivéssemos alcançado pouco mais de R$ 700 milhões. Somente nesse ano, nós teremos uma retração que significará entre R$ 50 e R$ 70 milhões a menos para os cofres públicos", diz o prefeito, acrescentando que o Estado tem atuado de "forma acanhada" e que o governador José Ivo Sartori deveria estar na linha de frente da questão, o que não ocorre.
Lindenmeyer ainda critica o fato de que, em nome do combate à corrupção, quebrou-se a indústria naval brasileira. "Vemos a Samsung na Coreia do Sul participando de um escândalo, mas pergunta: vão derrubar a Samsung? Ou os EUA quando teve a crise imobiliária derrubou o país? Não, o estado foi para a linha de frente reverter o quadro. Aqui não, parece que querem a Petrobras, com a Eletrobras, então é um cenário realmente difícil e na carona temos que ficar atentos a própria Caixa, Banco do Brasil, BNDES, é uma política que, do meu ponto de vista, é um atentado à nação brasileira".
O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), presidente da Frente Parlamentar da Indústria Naval na Câmara Federal, argumenta que um dos principais interesses por trás do golpe parlamentar contra a ex-presidente Dilma Rousseff era justamente a desconstituição da indústria naval brasileira para beneficiar interesses econômicos internacionais na área.
Ele cita que, dentro desse contexto, se encaixa a Medida Provisória 795, assinada em 17 de agosto deste ano, que isenta o pagamento de impostos federais para a importação de bens destinados às atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluídos. "O que é um contrassenso do ponto de vista de um país que quer fazer do pré-sal, desta fronteira de riqueza, uma alavanca de desenvolvimento industrial e de um projeto de nação", afirma Fontana, salientando que a isenção de impostos dificulta ainda mais a recuperação do polo naval de Rio Grande. "É um governo de características antinacionais. Venda de terras para estrangeiros, estas isenções tributárias, o decreto na semana passada que abriu 4 milhões de hectares para exploração mineral na Amazônia, e agora se sabe que mineradoras estrangeiras estavam informadas dessa mudança meses antes que os brasileiros conhecessem essa notícia. Então, é muito grave o que está acontecendo no país".
Fontana também cobrou o governo do Estado pela pouca atuação no tema, mas ainda acusou Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) de omissão sobre o tema, salientando que as indústrias gaúchas são as principais e primeiras prejudicadas com a desconstituição do polo naval.
Exemplo norueguês
Representando a Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) e o Sindicato dos Engenheiros do RS (Senge), Raul Tadeu Bermann classificou o abandono do polo naval e a decisão da Petrobras de focar na exportação de petróleo bruto como "crime de lesa pátria". "Exportar petróleo bruto significa exportar empregos, tecnologia e centenas de bilhões de dólares", disse. Ele lembrou que a política de priorização do conteúdo nacional na indústria petrolífera, incentivada nos governos Lula e Dilma, era semelhante a políticas de reserva e proteção de mercado aplicadas por EUA, Alemanha, Japão, Inglaterra, Noruega, entre outros, para o desenvolvimento de suas indústrias. Segundo sua apresentação, quando do descoberta de petróleo no Mar do Norte, no final dos anos 1960, a Inglaterra implementou uma reserva de mercado de 75% para indústria local e a Noruega de 70%. Como resultado do desenvolvimento local, este último saiu de segundo país mais pobre da Europa para o mais desenvolvido no mundo.
Bergmann salienta que o Brasil já havia desconstituído uma política de conteúdo nacional na presidência de Fernando Collor de Mello, mas que o principal impacto viria nos governos de Fernando Henrique Cardoso, que isentou as importações para o setor e, segundo ele, acabou com a indústria nacional. Após uma reversão de políticas nos governos Lula e Dilma, Temer volta a desincentivar o conteúdo nacional e a isentar as importações. Não à toa, o PIB industrial brasileiro caiu de 35% do total, nos anos 1980, para 9%, diz Bergmann. Estamos batalhando desde 2008, 2009, e se conseguiu bastante coisa, mas agora está sendo destruído rapidamente. É um novo colonialismo, porque quem domina a tecnologia tem o controle na atualidade".
Bastaria uma assinatura
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande, Benito Gonçalves diz que Rio Grande e São José do Norte chegaram a ter 24 mil metalúrgicos em 2013, com renda média que saltou de R$ 800, antes do polo naval, para R$ 4, R$ 5 mil. A cidade chegou a manter uma média de crescimento econômico de 12% ao ano. No auge, ele conta que os bancos corriam atrás dos trabalhadores para oferecer linhas de crédito e opções de financiamento. "Hoje o trabalhador está entregando carro metade pago de graça, só para se livrar do SPC", diz.
Ele argumenta que, para que as obras da P-71 pudessem ser concluídas, bastaria uma assinatura do presidente Temer, mas o governo federal e a Petrobras estariam se recusando a trabalhar com a empresa Ecovix, apenas a autorizando a vender as plataformas como sucata. "Hoje quem está com a tornozeleira não são os empresários envolvidos em corrupção, são os trabalhadores e os pais de família. Esses são os verdadeiros condenados". afirma Benito. Segundo ele, entre 7 e 10 mil metalúrgicos estão a procura de emprego as cidades, fora os que já deixaram a região, mas não há alternativas de empregos, uma vez que dezenas de empresas fecharam as portas.
Presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia, diz que a Petrobras foi muito impactada pela queda do valor do barril de petróleo de US$ 140 para US$ 30, mas salienta que o principal impacto na estatal veio da Justiça, com a decisão de impedir que as empreiteiras envolvidas em corrupção tocassem suas obras. "O juiz Sérgio Moro diz que sua inspiração é a operação Mãos Limpas, da Itália, que tirou os corruptos das empresas e colocou interventores, mas manteve as empresas funcionando. Ele fez o contrário, parou as empresas e as obras", criticou.
Vice-prefeito de Marau, Rui Gouvea (PSB), salientou que a cidade, um tradicional polo metal-mecânico, tem sido bastante afetada com a paralisação das construções de plataformas em Rio Grande, com o fechamento de mais de 100 empresas. A Metasa, empresa local, era fornecedora de materiais para P-71.
Secretário de Desenvolvimento de Charqueadas, Abrelino Freitas Barros (PDT), argumentou que a cidade via o polo naval como uma "redenção", fez grandes investimentos para a atração de empresas, como a Iesa, que está com as atividades suspensas, mas acabou abrigando um grande prejuízo com a paralisação da indústria naval.
Única representante do Estado na audiência, Maria Paula Merlotti, coordenadora da Assessoria Técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, disse que já participou de diversas reuniões sobre o polo naval com representantes do governo federal em Brasília e que percebeu uma abertura favorável por parte dos ministérios de Ciência e Energia e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, mas que estes não conseguiram superar as barreiras impostos pela atual gestão de Pedro Parente na Petrobras. Segundo ela, a posição da estatal é mesmo de desmanchar as plataformas e vendê-las como sucata.
Por outro lado, ela diz que o governo tem conversado com a Fiergs para montar um plano para aproveitar as oportunidades de desenvolvimento existentes na região. "A gente sabe da urgência de uma solução, mas ela não virá a curto prazo", disse.
Presente na audiência, o ex-ministro Miguel Rossetto argumentou que não há justificativas do ponto de vista econômico e empresarial para o abandono do polo naval. "Há uma decisão de natureza política para destruir e encerrar o polo naval de Rio Grande", disse. Segundo ele, o silêncio do governo do Estado sobre a situação não se traduz apenas em omissão, mas em cumplicidade.
Os participantes decidiram aumentar a mobilização pela defesa do Polo Naval e cobrar o governo do Estado e a Fiergs para que se juntem a pressão para que se encontre alguma solução para a indústria da região.
Comunicação SEESP
O sindicato realizará reuniões com os engenheiros da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET-SP) com os seguintes assuntos:piso salarial, Plano de Assistência Médica e Odontológica (Pamo), Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), Acordo Coletivo de Trabalho e demais assuntos de interesse da categoria.
Reuniões agendadas para setembro: dia 4, às 10h, na sala GTE (antigo DCS5), na Rua do Sumidouro, 584, Pinheiros – capital paulista; e dia 6 (quarta-feira), às 10h, na sala de reuniões do GPV, na Rua Senador Feijó, 143, 10º andar – Centro de São Paulo.
Do jornal O Estado de São Paulo
29 de agosto de 2017
Um grupo de engenheiros formados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) lançou uma carta que nada tem a ver com a construção de aeronaves. Intitulado “Manifesto pelo Brasil”, o texto expõe preocupação com os rumos do País, "nestes tempos de instabilidade política, corrupção, desemprego e violência", e se dispõe a pensar em novas saídas para a crise nacional. É a primeira vez que ex-estudantes da instituição se posicionam sobre assuntos dessa natureza.
"Os alunos do ITA nunca participaram do processo político como um grupo, mas a situação do País está muito complicada e estamos insatisfeitos. Quisemos nos manifestar para romper o silêncio. É nesse sentido que saiu o manifesto. É sobre princípios, sem tomar partidos", disse um dos organizadores do grupo, Pedro John Meinrath, de 80 anos, empresário formado no ITA em 1959.
Assinado por 211 engenheiros formados na instituição entre 1956 e 2007, o manifesto diz que o grupo pretende apresentar "algumas sugestões para encaminhamento de mudanças que, no nosso entender, iniciarão um ciclo virtuoso, propiciando recuperação econômica e mais qualidade de vida". Um dos signatários é Ozires Silva, que deixou o ITA em 1962 e fundou a Embraer sete anos depois.
Formado na instituição em 1963, Gilberto Dib foi o "pai" do movimento dos engenheiros aeronáuticos. "O documento mostra que estamos pensando um País diferente. Nossa prioridade é propor mudanças na administração do País", afirmou Dib, hoje com 76 anos.
Na avaliação do grupo, o primeiro ponto é que é necessário dar mais independência às administrações estaduais, descentralizando o poder do governo federal. "Tanto o Poder Executivo quanto os demais Poderes ficam excessivamente concentrados no nível federal, inflados e ineficientes, comandando enormes orçamentos e sujeitos a manobras suscetíveis à corrupção", diz o manifesto.
O texto representa apenas a opinião dos signatários. "Nós somos egressos do ITA, mas o manifesto nada tem a ver com o instituto. Ele nos forneceu um ensino singular, e nos tornamos engenheiros de qualidade e queremos contribuir", afirmou Meinrath.
A Associação de Estudantes do ITA não subscreve o manifesto, mas não vê o movimento com maus olhos. "Nós apoiamos, achamos positivo esse tipo de iniciativa. Única ressalva que fiz com Gilberto (Dib) foi para deixar claro que o manifesto não representa a opinião do ITA", disse o presidente da associação, Marcelo Dias Ferreira.
Um dos mais novos do grupo, da turma de 2007, Bernardo Ramos é um dos que subscrevem o manifesto. Nesse grupo, os mais velhos são os mais engajados. "Na nossa faculdade, a conduta e a educação são muito fortes, e acho que o grupo surgiu do entendimento de que é preciso se posicionar vendo a corrupção crescer e a educação piorar no País", disse o hoje professor de Matemática de 34 anos.
O grupo, que começou com apenas uma corrente de e-mail de 35 pessoas, quer tornar-se um "think tank" - grupo que discute grandes questões. Com reunião presencial marcada para setembro, eles pretendem formular diretrizes mais acertadas para os próximos passos.
Do Jornal da USP*
A produção de soja e milho no País aumentou mais de 90% entre 2006 e 2015, atingindo patamares de quase 200 milhões de toneladas produzidas — em decorrência do aumento de área plantada, de produtividade e do número de safras no ano. Entretanto, para estabilizar a oferta de grãos da fazenda até o consumidor é preciso ser eficiente na redução das perdas que ocorrem nas atividades logísticas nestes elos.
“As perdas podem ser entendidas como uma ineficiência que afeta negativamente a sustentabilidade econômica, ambiental e social da cadeia produtiva de grãos no Brasil, por incorrer em desperdícios financeiros e ambientais, além de provocar uma redução da oferta de soja e milho no sistema”, comenta o engenheiro agrônomo Thiago Guilherme Péra, coordenador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).
Os resultados são frutos de uma dissertação de mestrado realizada por Péra, sob orientação do professor José Vicente Caixeta Filho e desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas Logísticos da Escola Politécnica (Poli) da USP. No trabalho, traça-se um diagnóstico detalhado dos déficits de soja e milho durante o transporte e armazenagem no Brasil — desde as fazendas até os centros consumidores e portos, passando por ferrovias e hidrovias.
O pesquisador mapeou também perdas recorrentes a cada atividade logística da soja e do milho no país, desenvolvendo um modelo matemático para quantificar os prejuízos físicos, econômicas e ambientais para cada estado produtor a fim de avaliar cenários de mitigação dos danos.
O estudo identificou que os problemas na logística dos alimentos mencionados atingiu patamares na ordem de 2,381 milhões de toneladas em 2015 (1,303% da produção), trazendo déficit econômico em torno de R$ 2,04 bilhões — decorrente de custos de oportunidades com vendas perdidas e gastos desnecessários..
A atividade logística de maior nível de perda é a armazenagem, responsável por 67,2% dos decréscimos anuais. Na sequência, o transporte rodoviário com 13,3%, o terminal portuário com 9,0%, o transporte multimodal ferroviário com 8,8% e o transporte multimodal hidroviário com 1,7%.
Os cinco maiores estados produtores de grãos apresentaram perdas variando entre 0,995% (Mato Grosso do Sul) e 1,671% (Rio Grande do Sul) em relação à quantidade produzida. Para o caso do milho, o maior prejuízo é de 1,766% no Mato Grosso e, o menor, de 1,394% no estado vizinho — Mato Grosso do Sul.
Para a situação da soja, a maior perda é de 1,736% no Rio Grande do Sul e a menor de 0,933% em Goiás. Para os estados da fronteira agrícola brasileira denominada de Matopiba, a máxima observada para grãos foi de 1,257% no estado do Tocantins e a menor de 0,220%, no Piauí.
Ademais, a pesquisa analisou o custo ambiental de tais diminuições. “As perdas físicas de soja e milho demandaram combustível nos caminhões, locomotivas e puxadores das barcaças para execução da logística, o que implica em uma emissão de dióxido de carbono na atmosfera desnecessária, girando na ordem de 38 mil toneladas”, comenta o autor.
Outras esferas da perda
Em sua pesquisa, o autor identificou que a utilização de armazéns implica em um aumento considerável dos déficits, mais especificamente se o local utilizado é externo à fazenda. Isso ocorre em decorrência da necessidade de utilizar mais uma atividade logística envolvendo o transporte rodoviário de transferência de grãos da fazenda ao armazém externo, em estradas muitas vezes não pavimentadas, de condição precária.”, ressalta Péra. “A partir da estruturação de uma função nas perdas logísticas dos grãos estudados foi possível estabelecer algumas relações importantes até então desconhecidas, responsáveis por auxiliar autoridades tanto no ambiente público quanto no privado. ”
Outro aspecto identificado é a condição das vias. Corredores rodoviários de boa qualidade apresentam menores perdas em relação àquelas precárias. A atividade logística de transporte multimodal — integrando rodovias, ferrovias e hidrovia — representa um maior decréscimo em relação a opção da unimodalidade — somente rodoviário.
A escolha do canal de comercialização também afeta o comportamento das perdas. Grãos destinados aos portos possuem déficits maiores quando comparados aos do mercado doméstico. Fato acontece em decorrência da atividade de transbordo e armazenagem no terminal portuário.
“A logística de menor nível de perda envolve não utilizar armazéns, transportar somente pelo modal rodoviário em corredores de boa qualidade de via com destino ao mercado doméstico, implicando uma redução de 0,132%. Por outro lado, a logística de maior nível de deficitário envolve utilizar armazéns externos à fazenda, com multimodalidade, corredores rodoviários de não boa qualidade e com destinos aos portos, atingindo o patamar de 2,316%”, explica Péra.
Uma estratégia para redução dos insucessos
Durante o estudo, identificou-se a ampliação da capacidade de armazenagem de grãos no Brasil dentro das fazendas como potencial solução na redução dos níveis atuais em até 21,67%. Outra estratégia avaliada pelo autor diz respeito à melhoria das condições das rodovias nacionais. “Caso todas nossas vias estivessem com bons indicadores de qualidade, haveria redução do prejuízo em cerca de 7%.”
“Para o Mato Grosso, por exemplo, a redução seria de 11%. Além disso, a melhoria das condições das estradas vicinais — que conectam as fazendas com os armazéns externos — traria um potencial de retração das perdas de 16%”, aponta Péra.
Do ponto de vista qualitativo, uma série de ações podem promover a mitigação das perdas, dentre elas a elaboração de procedimentos e rotinas nas operações logísticas de forma a identificar problemas, uso de caminhões mais novos e menos avariados, qualificação de pessoas nas atividades de transporte e armazenagem, gestão adequada das operações relacionadas às atividades de conservação, regulagem periódica de balanças e incorporação dos custos deficitários na gestão das empresas.
Em conclusão, o estudo contribuiu para diagnosticar níveis de perdas relacionados a logística da soja e do milho no país. Assim, avaliando estratégias para mitigação dos danos por parte das autoridades no agronegócio. O problema torna-se mais sério quando analisado de forma integrada em toda a logística, desde a fazenda até o centro consumidor e porto, algo que não pode ser negligenciado. Esse retrato enfatiza a necessidade de conscientização sobre a importância de mitigar perdas através de políticas públicas e gestões mais eficientes”, finaliza o pesquisador.
* Leo Carlim/Assessoria de Comunicação e Relações Institucionais da Esalq-Log
Do Jornal da USP
O programa Diálogos na USP (Universidade de São Paulo) recebeu os professores Pedro Leite da Silva Dias e Pedro Roberto Jacobi para um debate sobre o Protocolo de Kyoto, aquecimento global e outras mudanças climáticas.
Firmado em dezembro de 1997, na cidade japonesa de Kyoto, o documento tem o objetivo de reduzir o aquecimento global, decorrente da emissão de gases causadores do efeito estufa. Em 15 de março de 1999, o protocolo é ratificado por 55 países, que juntos produziam mais da metade das emissões de poluentes que contribuem para o aquecimento global. O Brasil assinou o Protocolo de Kyoto em 1998, mas sua ratificação só ocorreu em 2002.
Foto: Nasa via Wikimedia Commons
Simulação da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera da Terra, se metade das emissões de aquecimento global não for absorvida.
Maior potência industrial do mundo, os Estados Unidos lideram as emissões de gases por habitante. Mas, apesar disso, sempre se mantiveram resistentes a comprometerem-se com as metas do Protocolo e, neste ano, Donald Trump anunciou a saída do Acordo de Paris, que substituirá o Protocolo de Kyoto em 2020. A justificativa de Trump é que a adesão prejudicaria o desenvolvimento econômico do país.
Jacobi, professor da Faculdade de Educação (FE) da USP, classifica como “factoide” o “estardalhaço” em torno da decisão de Trump, pois outros setores da sociedade já se mobilizam para encontrar alternativas, visando à diminuição da emissão de gás carbônico (CO2) no meio ambiente. Ele cita, inclusive, os esforços de outros países signatários do Protocolo de Kyoto, como Espanha e Portugal, “que deixaram muito claro como estão mudando suas matrizes energéticas”.
Já Silva Dias, diretor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, comentou o maior interesse dos setores produtivos e públicos em investir em tecnologia renovável. Segundo ele, “o aquecimento global criou uma série de oportunidades”, citando a produção de energia eólica no Brasil. O professor se mantém otimista em relação ao uso de fontes de energia renováveis e enxerga um “maior interesse dos formuladores em políticas públicas” em ouvir e absorver o que se produz sobre o assunto nas universidades.
Da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE)
25 de agosto de 2017
A privatização da Eletrobras, anunciada em 21 de agosto último, caso se confirme, significará grave deterioração do setor elétrico brasileiro, atingirá frontalmente os interesses estratégicos do País e certamente representará prejuízo aos empregados da companhia e à população como um todo. Portanto, deve ser rejeitada e combatida pela sociedade brasileira.
A atração de capitais privados para a venda de ações se dará justamente pela transformação dos atuais contratos de concessão de subsidiárias da Eletrobras, que estabelecem as receitas de 14 usinas hidrelétricas antigas, remuneradas pelo regime de cotas. Isso provocará aumento brutal das tarifas a serem pagas pelas distribuidoras de energia, o que, obviamente, será repassado aos consumidores finais.
Ainda que não tenha sido divulgada a completa modelagem da privatização pretendida para a Eletrobras, fica claro que se trata de iniciativa contrária à modicidade tarifária e ao interesse público, cujo objetivo principal é levantar arrecadação ao Governo Federal.
Entregar ao controle privado a Eletrobras, que é responsável por 31% da geração de energia e de 47% do sistema de transmissão no País, é abrir mão da maior holding do setor na América Latina dentro da qual nasceu o bem-sucedido sistema interligado brasileiro.
A tarefa a ser cumprida é o resgate da Eletrobras e o aprimoramento do setor elétrico no País. Energia é bem essencial e deve permanecer sob controle do Estado para que se garantam desenvolvimento econômico, bem-estar social e soberania nacional.
De assessoria de imprensa
Se encerram nesta segunda-feira (28/08), as inscrições para o Programa de Trainee de 2017 do Santander. O banco procura universitários e recém-formados, no período entre dezembro de 2015 a dezembro de 2017, de qualquer universidade brasileira e área de conhecimento. Já são mais de 27 mil inscritos, mais do que o dobro de candidatos de 2016, quando 11.945 jovens se inscreveram.
O processo seletivo será dividido em seis etapas. Os candidatos realizarão testes online de inglês, raciocínio lógico e uma avaliação online. Numa segunda etapa, resolverão cases de negócio (online e presencial), além de uma ação de desenvolvimento e imersão no banco com um bate-papo de carreira com uma especialista no tema.
Serão selecionados mais de 20 candidatos, que iniciarão as atividades em novembro próximo. O programa tem duração de 12 meses. Os admitidos participarão de ações com conteúdos técnicos e comportamentais, e farão job rotation com atuação em projetos estratégicos, sempre com a coordenação do RH e auxiliados por executivos do banco que atuarão como mentores.
Os interessados em participar do programa podem se inscrever pelo site www.ciadetalentos.com.br/traineesantander.
De assessoria de imprensa
A Pif Paf Alimentos, uma das sete maiores empresas brasileiras no setor de processamento de aves, suínos, massas e vegetais, com um mix de mais de 300 itens (entre elaborados de carnes, pizzas, lasanhas, pães de queijo e embutidos), está com 30 vagas abertas para estágios. As opções são em todas as cidades que a companhia atua: Belo Horizonte, Contagem, Leopoldina, Patrocínio, Visconde do Rio Branco e Viçosa (todas cidades mineiras), Palmeiras de Goiás (GO) e Rio de Janeiro. Há vagas para as áreas de Administração, Ciências Contábeis, Engenharias, Economia, Ciências da Computação, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Biomedicina, Farmácia, Agronomia, Medicina Veterinária, Fisioterapia, Marketing, Segurança do Trabalho etc.. Os interessados devem encaminhar seus currículos para o e-mail da cidade mais próxima até o próximo dia 31 de agosto. Mais informações no site www.pifpaf.com.br.
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Palmeiras de Goiás: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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