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Por Mansueto Almeida

Desde o início do ano, quando foi divulgado que o crescimento da indústria de transformação, em 2011, foi de apenas 0,2%, o debate sobre a ocorrência ou não de desindustrialização no Brasil teve um novo impulso. E, no meio desse debate, o que se vê é uma guerra de indicadores conflitantes, o que torna o debate confuso para economistas, políticos, empresários e para a população. Em seguida, tento esclarecer um pouco esse debate para o leitor.

Primeiro, o que os dados mostram? Regis Bonelli e Samuel Pessoa, do IBRE-FGV, fizeram levantamento cuidadoso dos dados a preços constantes e mostram que, de fato, a participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) passou de 23% (média 1973-1976) para 16% (média 2009-2011). Mas a queda neste período foi um fenômeno global, com exceção dos países asiáticos, que não são grandes produtores e exportadores de commodities e têm poupança elevadíssima.

Na verdade, quando se avalia a questão pelo ângulo do PIB per capita, o Brasil da década de 70 tinha uma participação da indústria maior que outros países, o que alguns economistas recentemente apelidaram de "doença soviética". Assim, analisando um período mais longo, a tese da desindustrialização não se sustenta. Os produtos manufaturados ficaram mais baratos, parte do que era considerado como indústria é hoje classificado como serviços e a perda de participação da indústria no PIB não foi algo "anormal".

Queda da produção da manufatura depois da crise de 2008 foi um fenômeno global e não algo específico do Brasil

Segundo, olhando apenas para o período mais recente, os dados mostram que há um sério problema de competitividade da indústria brasileira. Desde 2008, a produção física da indústria de transformação está praticamente estagnada, apesar do crescimento ainda positivo do emprego formal e da recuperação das exportações de manufaturados que, em 2011, foram praticamente iguais a 2008: US$ 92 bilhões.

Mas, novamente, a queda da produção física da manufatura que se seguiu à crise financeira de 2008 foi um fenômeno mais global do que algo específico ao Brasil (com exceção da China). No entanto, é consensual que, no mundo pós-2008, há um excesso de oferta de produtos manufaturados e que esses produtos estão em busca de mercados onde há crescimento da demanda, como o Brasil. Dado o elevado custo de produção no Brasil, a tendência é de aumento das importações de produtos manufaturados e substituição da parte da produção doméstica por produtos importados. A preocupação maior, portanto, é com o que vem pela frente mais do que o que ficou para trás.

Terceiro, e este seja talvez o ponto mais sensível desta discussão, apesar de muitos enxergarem a valorização do real com uma "maldição", essa valorização decorreu de fortes ganhos nos termos de troca devido ao crescimento do preço médio das exportações e queda do preço médio dos produtos importados (manufaturas).

Isso está longe de ser uma maldição. Ganhos de termos de troca são positivos e enriquecem o país. Pode-se debater, no entanto, o uso que se faz dessa riqueza. No nosso caso, não há dúvidas que a sociedade optou por utilizar a maior parte desse "maná dos deuses" para aumentar o consumo presente.

Assim, para aumentarmos a taxa de investimento da economia, precisamos, apesar de estarmos mais ricos, da ajuda do resto do mundo (poupança externa), que tem o efeito adverso de valorizar ainda mais o real e aumentar ainda mais o custo de produção em dólar.

Se os ganhos nos termos de troca tivessem sido utilizados para aumentar a poupança e o investimento, possivelmente a taxa de juros seria menor e o câmbio mais desvalorizado. Mas não foi isso que a sociedade com a ajuda do governo, que sempre colocou o problema de crescimento do Brasil como sendo de insuficiência de demanda, decidiram.

A verdade é que, com um salário mínimo perto de US$ 350 e dada a nossa produtividade, o Brasil tornou-se um país caro para a produção de produtos intensivos em mão de obra. Países como Bangladesh, Camboja, Paquistão, Indonésia e Vietnã, que são grande exportadores de confecções para os EUA, todos têm salário mínimo inferior a US$ 100.

Adicionalmente, a produção de produtos mais sofisticados, como bens de capital, é também cara no Brasil e tenho escutado empresários desse setor pedirem com urgência uma taxa de câmbio (R$/US$) de R$ 2,3. No curto prazo, elevar a taxa de câmbio para esse nível requer excessiva intervenção no mercado cambial e medidas protecionistas que, além do crescimento da inflação, podem mais prejudicar do que ajudar a indústria.

É bom lembrar o caso Embraer, uma das empresas mais inovadoras, a quarta maior exportadora do país (US$ 4,16 bilhões), mas também uma grande importadora (US$ 2,51 bilhões). Sua competitividade depende, entre outras coisas, do acesso aos melhores insumos produzidos no mundo.

A indústria no Brasil sofre, em geral, por problemas micro (baixa produtividade, baixa capacidade de inovação, elevado custo dos insumos, etc.) e pelas consequências de um modelo macro baseado no gasto público crescente, carga tributária crescente e dependência da poupança externa para financiar o aumento do investimento. Esse debate pode ser um boa oportunidade para reavaliar o nosso modelo de crescimento, até porque as medidas recentes pouco ajudam no aumento da competitividade da indústria brasileira.

Mansueto Almeida é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A opinião expressa é a do autor, não exprimindo o ponto de vista do instituto.

 

Imprensa – SEESP
* Valor Econômico

 

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Periodicamente os funcionários das 49 usinas que a Gerdau possui no mundo inteiro participam de um "programa de ideias". É uma competição para levantar propostas e projetos para a empresa. Segundo o empresário Jorge Gerdau, são levantadas as melhores ideias de cada país e depois as propostas, reunidas, concorrem entre si. As melhores ideias são premiadas.

Gerdau diz que a iniciativa, entre outras, foi adotada para evitar que uma boa ideia morra no chão de fábrica. Ele diz que a inovação depende de uma mudança comportamental que deve ser aplicada em toda a empresa. "A sobrevivência de uma empresa só vem com inovação. Líder sem processo de inovação não é líder. Inovar é quase um processo darwiniano: é preciso se ajustar às mudanças", diz. A declaração foi feita ontem no Seminário Internacional de Pequenos Negócios promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com apoio do Valor.

O empresário lembra, porém, que a inovação depende de uma mudança comportamental. "A globalização e a mudança dos cenários de competitividade exigem que nos ajustemos ao ritmo das velocidades que os processos de desenvolvimento tecnológico passaram a ter." Sem a adaptação, diz, há riscos de um processo rápido de obsolescência do parque empresarial brasileiro. A pressão do mercado pressionando por processos inovadores é algo histórico, diz. "Mas como esse processo hoje está muito acelerado, é preciso que haja mobilização nesse sentido."

Glauco Arbix, presidente da agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), também aponta para a necessidade de mudança. Ele diz que o atual plano nacional de ciência e tecnologia coloca a promoção da inovação das empresas como segunda prioridade. "É a primeira vez que um plano da área incorpora o item com essa relevância. As empresas, porém, não estão claramente no foco das políticas e as pequenas, menos ainda."

O presidente da Finep diz que o investimento em inovação e tecnologia tradicionalmente foi tratado como subproduto do crescimento econômico e não como um pré-requisito para o desenvolvimento. A maior parte das empresas ainda inovam adquirindo equipamento novo. "Isso é importante, mas são poucas as empresas que inovam continuamente, com trabalho de diversificação de processos, com desenvolvimento de produtos novos. São poucas as que conseguem combinar suas atividade com pesquisa e desenvolvimento." Uma das metas do governo, lembra Arbix, é aumentar o investimento em pesquisa das empresas de 0,59% do Produto Interno Bruto em 2010 para 0,90% em 2014.

Especialista em inovação, o professor Charles Edquist, da Lund University, da Suécia, diz que a implementação de uma política industrial demanda apoio político para a formulação de mecanismos de estímulo à inovação. Também precisam ser estabelecidas metas claras, avaliação do uso dos mecanismos e seus resultados. "Somente essa medição pode permitir ao formulador de políticas detectar onde estão os problemas e de que maneira se pode intervir."

Para Edquist, existem pelo menos dez itens imprescindíveis para uma política pública voltada à inovação. Entre elas, algumas são relacionadas aos atores da inovação que, sejam públicos ou privados, devem ter recursos direcionados especificamente para pesquisa e desenvolvimento e deve haver criação de competências e capacitação. É preciso também, diz, que a política para inovação inclua o lado da demanda. Para o professor, são necessárias estratégias para criar mercados para novos produtos, fazer com que o consumidor crie uma demanda por bens e serviços de maior qualidade.

 

Imprensa – SEESP
* Valor Econômico

 

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O embaixador aposentado Flávio Perri, que coordenou a Rio 92 (Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento), disse que uma das principais diferenças entre o encontro e a nova Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorrerá em junho próximo no Rio, é que àquela época não havia uma mobilização popular como existe atualmente.

“A característica da Rio+20 é que não são apenas os governos, os  presidentes e chefes de Estado que vão participar e assinar um documento principal. É toda a opinião pública”. Ele destacou que, pela primeira vez, o evento será transmitido em tempo real pela internet para todo o mundo. “Milhões de pessoas vão ver o que se passa no Rio”. Essa distinção é muito importante, disse Perri, porque dá uma característica participativa à Rio+20.

Outra diferença entre as duas conferências, segundo o diplomata, é que não havia, em 1992, o conceito de desenvolvimento sustentável como existe hoje. Ele lembrou que esse conceito foi enunciado pela primeira vez no Relatório Brundtland, resultado de uma comissão independente constituída sob o comando da ONU e chefiada pela primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland. Apresentado em 1987, o relatório Nosso Futuro Comum propõe o desenvolvimento sustentável, que “atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.

“Foi a primeira vez que a comunidade internacional admitiu esse conceito”, observou Perri, acrescentando que ele se consagrou na Rio 92. Segundo o diplomata, pela primeira vez esse conceito “qualificou o substantivo desenvolvimento com o adjetivo sustentável e não reduziu a perspectiva de desenvolvimento”. Ele explicou que, ao contrário, deu mais segurança ao processo de desenvolvimento, “para que ele se mantenha contínuo e permita que sejam produzidos bens que tragam bem-estar e vida digna para os seres humanos”.

Perri deixou claro, porém, que o conceito de desenvolvimento sustentável necessita do planeta e de tudo que ele possa fornecer para ser transformado em bens. “O desenvolvimento depende do planeta. E para que ele continue verdadeiro e contínuo, é preciso que haja a sustentabilidade dos insumos que oferece”.

O embaixador aposentado destacou que a conferência Rio+20 já parte desse conceito, que é bem aceito e reconhecido pela opinião pública e objeto de interesse de governos, empresas, indivíduos e grupos sociais.

Outra diferença é que a Rio 92, também chamada Cúpula da Terra, vinha negociar uma agenda com foco preciso. Chefes de Estado de todo o mundo foram ao Rio naquele ano para negociar os tratados sobre biodiversidade e clima e a Agenda 21, que Perri definiu como um modelo de convivência humana e de governabilidade firmado em 1992. “A meu ver, esse é um instrumento central, resultante da Rio 92”.

Ele comentou que a Rio+20, ao contrário, foi convocada “sem que houvesse uma linha de chegada, como havia na outra (conferência)”. Referiu-se a uma negociação que resulte na assinatura de um tratado específico. Segundo Flávio Perri, o que a Rio+20 terá é uma declaração, que poderá ser muito importante se indicar novos rumos para o desenvolvimento sustentável “até o fim do século ou além”.

O coordenador da Rio 92 avaliou que o rascunho da conferência, chamado documento zero,  foi produzido a partir de sugestões dos governos e está ainda recebendo indicações informais a respeito desse novo rumo de desenvolvimento que deve ser seguido pelas nações. “É uma nova forma de encarar o processo de desenvolvimento, que deve ser sustentável, respeitando os bens oferecidos pelo planeta como insumos para a produção”.

Perri deixou claro, entretanto, que a conferência não pode decidir as modificações, mas somente indicar o caminho, de maneira que a produção condicione um consumo também diferenciado. “Esse é um ponto essencial na percepção do que poderá vir da conferência. É uma revisão dos métodos de produção, dos critérios para qualificá-la e também do consumo”. Para o coordenador da Rio 92, a nova conferência da ONU tem de estabelecer um patamar que torne possível a sobrevivência do planeta, que tem hoje cerca de 7 bilhões de habitantes.

Ele disse que ao reconhecer  e respeitar os limites do planeta, será mais fácil balizar a produção que devemos ou podemos tirar, em termos de bens e insumos oferecidos, para a nossa sobrevivência. “O que não é justo é que continuemos a explorar os insumos do planeta – minerais, animais e vegetais – em prejuízo de futuras gerações”, advertiu.

Esse é o novo modelo de ver a organização da sociedade. Isso significa também, apontou Perri, novas maneiras de articular as atividades dentro da sociedade, partindo dos governos e enviando mensagens à ação social. “Por aí, vamos chegar talvez a um documento que poderá ter impacto e que irá encerrar a conferência”.

Flavio Perri aposentou-se da diplomacia em 2009. Atualmente, é  membro da Sociedade Nacional de Agricultura e da Academia Nacional de Agricultura.

 

Imprensa – SEESP
* Informações da Agência Brasil

 

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A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), do Senado, discutiu nesta quinta-feira (19/04) os atrasos na implementação do programa ferroviário brasileiro e o modelo adotado para grandes hidrelétricas em construção no País. Os integrantes da CI querem tratar dos temas diretamente com os ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e das Minas e Energia, Edison Lobão, não descartando a possibilidade de realização de audiências públicas com especialistas.

Para o senador Delcídio Amaral (PT/MS), os investimentos para ampliação da malha ferroviária estão em “ritmo muito lento”, havendo inclusive risco de paralisação de alguns projetos. “O modal ferroviário é fundamental para garantir a competitividade dos nossos produtos, barateando o frete, num país de dimensões continentais”, destacou.

O parlamentar, em relação à matriz energética, propôs que a comissão discuta o modelo das usinas que estão sendo construídas no país, conhecido como “fio d'água”, que geram energia com o fluxo de água do rio, sem a necessidade da formação de lagos para acumular água.

“Daqui para frente, só serão construídas usinas a ‘fio d’água’? Não vamos mais fazer usina com bacia de acumulação? Então vamos precisar de geração termoelétrica, pois não haverá mais acumulação”, disse, alertando para o risco de queda na produção de energia devido à variação do volume de águas dos rios ao longo do ano.

O senador Blairo Maggi (PR/MT) também considera um risco a construção de usinas sem grandes reservatórios e defendeu a complementação com energia térmica a partir de biomassa.

“Temos grandes áreas que estão degradadas, que não são utilizadas pela agricultura e que poderiam ser usadas para reflorestamento, para produção de eucalipto ou outro tipo de material para gerar energia”, destacou Maggi.

 

Imprensa – SEESP
* Com informações da Agência Senado
 

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Durante sete anos nós, consumidores brasileiros, fomos lesados por um erro de cálculo das empresas distribuidoras de energia elétrica, gerando a elas um lucro indevido de R$ 1 bilhão por ano! Somente em 2007, o TCU (Tribunal de Contas da União) descobriu esse equívoco na fórmula de reajuste tarifário das contas de luz e apontou o que levou à mudança dos contratos de concessão somente em 2010.

* Curta aqui a página da campanha no Facebook 

Com a descoberta, muitos consumidores ficaram na expectativa de receber de volta o dinheiro pago a mais em suas contas. No entanto, para a frustração de todos, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu pela não devolução dos valores devidos.

É chegada a hora do TCU decidir a questão. E, até por coerência, espera-se que seja em favor dos consumidores, com a devolução ou compensação nas contas de luz dos valores erroneamente pagos ao longo dos sete anos. Assine a petição da Frente de Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica, da qual a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) faz parte.  

A petição será enviada aos ministros do TCU antes do julgamento, que está previsto para o final de abril. Vamos fazer justiça!

Leia, a seguir, a petição para assinatura dos consumidores:

“Senhores Ministros do Tribunal de Contas da União, 

Em 2007, esse Tribunal constatou um lucro indevido pelas distribuidoras de energia elétrica de cerca de R$ 1 bilhão de reais por ano, decorrente de distorção existente na fórmula de reajuste tarifário dos contratos de concessão, que vigorou por mais de 7 anos. É importante lembrar que, sobre os atuais reajustes aplicados pela ANEEL, por mais que tenham sido revistos com a correção do erro, não foram retroativos ao início do dano e, portanto, os prejuízos persistem para todos os consumidores.  

Essa constatação gerou uma legítima expectativa de restituição ou compensação dos consumidores na conta de luz, esperança frustrada pela ANEEL em decisão da Diretoria Colegiada em dezembro/2010, que decidiu por não ressarcir os  onsumidores. 

Essa negativa causou indignação de toda a sociedade e a busca ao Poder Judiciário pela devolução ou compensação desses valores. Porém, nem todos os consumidores têm a oportunidade de representação judicial. Tal dano não pode significar chance de ressarcimento para alguns e mero conformismo para tantos outros, o que, ainda assim, poderá ocorrer após muitos anos de longa espera. Isso não será justiça, nem preservação da isonomia entre os consumidores de energia elétrica. Apenas a ratificação de uma cobrança indevida que durou 7 anos em favor da maioria das distribuidoras. 

Esse Tribunal tem a atribuição legal de zelar pela legalidade de questões públicas que digam respeito a União. É chegada a hora de decidir em favor dos consumidores pela readequação tarifária e compensação nas contas de luz dos valores indevidamente pagos ao longo dos mais 7 anos em que perpetuou o reajuste errado. 

Nós, consumidores de energia elétrica, depositamos todas as esperanças em uma decisão coerente, amparada pelo princípio da legalidade e pela Justiça!”

* Assine aqui a petição para o TCU


Imprensa - SEESP


A partir de 2006, a descoberta dos reservatórios do pré-sal mudou o patamar das reservas petrolíferas do País. Formada há 150 milhões de anos, a camada possui grandes reservatórios de óleo leve. As rochas do pré-sal têm extensão de 800 quilômetros do litoral brasileiro, desde Santa Catarina até o Espírito Santo, e atingem até 200 quilômetros de largura. Desde então, a Petrobras anuncia novas reservas, a última foi no dia 12 de abril passado, com a descoberta de uma acumulação de petróleo de boa qualidade em poço localizado ao norte do campo de Lula, na Bacia de Santos.

Um recurso natural que pode mudar a história do Brasil, se a riqueza proveniente da exploração do pré-sal for usada de fato no desenvolvimento do País. O consultor técnico do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, Carlos Monte, na entrevista a seguir, defende o estabelecimento de metas de extração e exportação do petróleo e seus derivados que não comprometam a prioridade ao consumo interno.

SEESP – As grandes reservas de petróleo da camada pré-sal podem mudar a história do Brasil em termos de desenvolvimento econômico e social?
Carlos Monte –
Certamente. Pela aplicação de parte significativa dos royalties do petróleo do pré-sal em programas de alcance social, como já está previsto na legislação específica. Resta a decisão do Congresso sobre a distribuição dos royalties entre Governo Federal, estados e municípios para ficar determinado como cada um destes entes públicos irá usufruir dos benefícios.

SEESP – O Cresce Brasil cita a importância de o País ter como paradigma países como a Suécia, Finlândia e Noruega, que exploraram de forma sustentável e socialmente inclusiva seus recursos naturais. O Brasil está nesse caminho com o pré-sal?
Carlos Monte –
Realmente precisamos explorar com equilíbrio para não comprometer o futuro, pois nunca custa lembrar que estes são recursos naturais não renováveis e que devem beneficiar a nossa população por longo tempo, por várias gerações.

SEESP – Como fazer com que a riqueza da exploração do pré-sal fique no País e não se torne, em grande parte, uma fonte de lucro de petrolíferas estrangeiras?
Carlos Monte –
Estabelecendo metas de extração e de exportação do petróleo e seus derivados que não comprometam a prioridade que deve ser dada ao consumo interno.


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP


 

Por Ivan Netto Moreno*

São Paulo deverá ser o principal beneficiado pela decisão do Senado de unificar a alíquota do ICMS em 4%, nas operações interestaduais com produtos importados.

A nova alíquota de 4% foi aprovada sob pressão do Governo Federal, como uma das providências para reativar a produção industrial brasileira, dando fim à chamada “guerra dos portos”, nome que se deu à iniciativa tomada por alguns estados de conceder incentivos fiscais aos empresários que utilizassem portos em seus territórios para importar mercadorias que depois seriam transferidas a outros Estados.  Santa Catarina, Espírito Santo e Goiás foram os estados que mais utilizaram esse expediente, contrário às regras tributárias, e se tornaram a porta de entrada de milhares de toneladas de produtos vindos do exterior, tributando-os em apenas 3%, enquanto os demais estados cobram 7% ou 12%, conforme o destino. A redução da alíquota para 4% para as operações interestaduais com importados anula a vantagem tributária que os estados “guerreadores” vinham tendo em relação aos demais.

Essa facilidade ilegal vinha estimulando a importação desenfreada de mercadorias estrangeiras que, ao ter o custo barateado pela menor tributação, ficavam em vantagem de preço em relação às mercadorias produzidas no País. Para concorrer, muitas indústrias passaram a deixar de produzir certos produtos e passaram a importá-los do exterior, com melhor preço, o que também prejudicou o nível de empregos no setor industrial do país.

São Paulo, como o maior centro industrial do País, vinha sendo a maior vítima dessa “guerra dos portos”. Isso é refletido na queda de 3% da arrecadação do ICMS do setor industrial paulista do ICMS em janeiro/fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período de 2011. Embora continuem a existir outros fatores que limitam o crescimento da produção industrial brasileira, o fim da “guerra dos portos” vai favorecer bastante a recuperação do setor, especialmente em São Paulo.

O Sinafresp (Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo), que representa os servidores responsáveis pela fiscalização do ICMS, IPVA e demais tributos estaduais, entende que, embora seja providência muito importante, o fim da “guerra portos” não significa o fim da “guerra fiscal” que vem sendo travada há anos entre os Estados, também alicerçada na concessão indiscriminada de incentivos ilegais para atrair empresas para seus territórios. Por isso mesmo, lamenta que o governo e o Senado não tenham aproveitado a oportunidade política favorável resolver também a “guerra fiscal”, estendendo a alíquota única de 4% para todas as operações interestaduais e não apenas para os produtos importados.

*Ivan Netto Moreno é presidente do Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo - Sinafresp


Imprensa - SEESP


 

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CRESCE BRASIL - Pacto por emprego e produção



O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão vai contratar 149 analistas de infraestrutura por meio de concurso público. Entre as atividades deste profissional está a implementação e execução de projetos e obras de infraestrutura de grande porte.

Os requisitos para contratação são diploma de nível superior nas áreas de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia ou Geografia. Para os formados em Engenharia, são 15 vagas. O candidato que se encaixar nesta área deve ter conhecimentos de projeto de obras de construção civil, fundações, escavações, dentre outras habilidades. Já os formados em Arquitetura contam com 11 vagas. Seus conhecimentos devem incluir, entre outros, métodos e técnicas de desenho e projeto urbano e aspectos sociais e econômicos do planejamento urbano sustentável. Os profissionais da área de Geologia/Geotecnia têm 17 vagas disponíveis e devem dominar conceitos de geologia aplicada, processos tectônicos e gestão de riscos.

Os interessados devem fazer inscrição entre os dias 20 de abril e 11 de maio pelo site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB). A taxa é de R$ 110,00.

O processo seletivo compreende uma prova objetiva de conhecimentos básicos, específicos, redação e avaliação de títulos. A prova será aplicada no dia 17 de junho e terá 4 horas de duração. O salário inicial para os aprovados é de R$ 9.980,25. O Ministério designará as cidades onde os futuros analistas trabalharão. O edital completo pode ser conferido aqui.

 

Imprensa – SEESP
* Informações da FNE


O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão vai contratar 149 analistas de infraestrutura por meio de concurso público. Entre as atividades deste profissional está a implementação e execução de projetos e obras de infraestrutura de grande porte.

Os requisitos para contratação são diploma de nível superior nas áreas de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia ou Geografia. Para os formados em Engenharia, são 15 vagas. O candidato que se encaixar nesta área deve ter conhecimentos de projeto de obras de construção civil, fundações, escavações, dentre outras habilidades. Já os formados em Arquitetura contam com 11 vagas. Seus conhecimentos devem incluir, entre outros, métodos e técnicas de desenho e projeto urbano e aspectos sociais e econômicos do planejamento urbano sustentável. Os profissionais da área de Geologia/Geotecnia têm 17 vagas disponíveis e devem dominar conceitos de geologia aplicada, processos tectônicos e gestão de riscos.

Os interessados devem fazer inscrição entre os dias 20 de abril e 11 de maio pelo site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB). A taxa é de R$ 110,00.

O processo seletivo compreende uma prova objetiva de conhecimentos básicos, específicos, redação e avaliação de títulos. A prova será aplicada no dia 17 de junho e terá 4 horas de duração. O salário inicial para os aprovados é de R$ 9.980,25. O Ministério designará as cidades onde os futuros analistas trabalharão. O edital completo pode ser conferido aqui.

 

Imprensa – SEESP
* Informações da FNE


Para uma apresentação detalhada, para os engenheiros, das grandes obras de infraestrutura em andamento e projetadas no País, o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Jorge Ernesto Pinto Fraxe, fará a palestra “Projetos, Obras, Empreendimentos - DNIT, Exército Brasileiro, Empresas e Sociedade”, no próximo dia 23 de abril (segunda-feira), a partir das 10h, no Instituto de Engenharia, que fica na avenida Dr. Dante Pazzanese, 120, em São Paulo.

Em 2011, por intermédio do Dnit, órgão ligado ao Ministério dos Transportes, foram concluídas obras em 628 quilômetros de rodovias federais, abrangendo ações de duplicação, adequação e construção e pavimentação. Ainda por intermédio da autarquia, foram iniciadas obras em outros 746 quilômetros, destacando-se a BR-235/PI, BR-153/PR, BR-163/PR e BR-110/RN. Neste ano, estão em andamento obras de duplicação e adequação em 2.293 quilômetros de rodovias federais, a exemplo dos 79 quilômetros da BR-365/MG (Trevão-Uberlândia), que apresenta 65% dos serviços realizados. Os números constam de balanço do primeiro ano do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em sua segunda fase.

Sobre essas e outras ações sob o comando do Dnit, é que o diretor-geral participará da palestra no Instituto de Engenharia.

 

Rosângela Ribeiro Gil
* Imprensa – SEESP

 

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