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       Brasil e Alemanha já são parceiros nas áreas de ciência e tecnologia há cerca de 40 anos e um dos objetivos da programação que se estende ao longo do ano é reforçar a cooperação em várias áreas de interesse comum, como a engenharia
       O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e ministra da Educação e Pesquisa da Alemanha, Annette Schavan, abriram nesta segunda-feira, em São Paulo, o Ano Brasil-Alemanha da Ciência, Tecnologia e Inovação 2010-2011
       Brasil e Alemanha já são parceiros nas áreas de ciência e tecnologia há cerca de 40 anos e um dos objetivos da programação que se estende ao longo do ano é reforçar a cooperação em várias áreas de interesse comum.
       Pela manhã, os dois ministros participaram do seminário "Brasil e Alemanha na Era do Conhecimento e Inovação".  Leia também matéria sobre acordo assinado nesse seminário entre A FNE e a VDI Brasil-Alemanha para criação de uma Instituição de Ensino Superior pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo. À tarde, abriram solenemente as atividades do Ano Brasil-Alemanha, inaugurando uma exposição de painéis informativos de instituições de ciência, tecnologia e inovação do Brasil e da Alemanha. A abertura da exposição teve também a participação do diretor do Instituto Alemão de Pesquisa para o Desenvolvimento, Dirk Messner
       O Ano Brasil-Alemanha foi idealizado para celebrar 40 anos de relacionamento bilateral em ciência e tecnologia entre os dois países e será marcado por iniciativas conjuntas, como constituição de plataformas tecnológicas; programas de trabalho entre instituições científicas e de pesquisa e inovação para o desenvolvimento de novos processos industriais; seminários; conferências; programas de popularização da ciência e constituição de um fundo bilateral comum para a inovação.
       Especial destaque é dado às áreas de nano e biotecnologia, ciências biomédicas, tecnologia industrial e engenharia de produção, eletrônica, sustentabilidade, mudança climática e popularização da ciência. O acordo foi anunciado em Berlim (Alemanha), pela chanceler federal Angela Merkel e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Assinaram o documento pelo lado alemão o Secretário de Estado Parlamentar do Ministério da Educação e da Pesquisa, Helge Braun, e pelo lado brasileiro, o ministro Sergio Rezende.
       Deste mês a março de 2011 deverão ser realizados, tanto no Brasil quanto na Alemanha, encontros e eventos nas áreas assinaladas, com o propósito de fortalecer a consciência na sociedade dos vínculos entre cooperação internacional, inovação e desenvolvimento. Além de despertar o interesse do setor produtivo e de serviços, no Brasil e na Alemanha, quanto às possibilidades de negócios e de inovação tecnológica e industrial em setores-chave da economia de ambos os países.
       O Ano Brasil-Alemanha da Ciência, Tecnologia e Inovação é preparado por um Comitê Organizador Binacional. Do lado brasileiro, são integrantes os ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT), Relações Exteriores (MRE) e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Também participam da organização a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior (Capes), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Fonte: MCT
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       Durante a cerimônia de abertura do "Ano Brasil-Alemanha da Ciência, Tecnologia e Inovação 2010/2011", realizado no dia 12 de abril, no Centro de Convenções do Sheraton São Paulo WTC Hotel, foi assinado um acordo inédito de cooperação tecnológica entre os presidentes da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e da VDI-Brasil (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha). O objetivo é a criação de uma IES (Instituição de Ensino Superior), pelo SEESP (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo), para a troca de conhecimentos e experiências entre o Brasil e a Alemanha, estudo e pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias, intercâmbio de profissionais, professores e estudantes, além do estabelecimento de novas cooperações no ensino e na pesquisa voltadas à engenharia de inovação.


        A assinatura aconteceu com a presença do Ministro de Ciência e Tecnologia do Brasil, Sergio Rezende, e da Ministra alemã de Educação e Pesquisa, Prof. Dra. Annette Schavan que aprovaram e elogiaram a ação. "Um dos pontos fortes da cooperação Brasil-Alemanha é o interesse dos engenheiros brasileiros. Por isso, é muito importante que essas entidades que estejam engajadas nessa iniciativa. Estou muito satisfeito com a proposta e a engenharia brasileira tem muito a ganhar com essa cooperação", enfatizou Rezende.

 


         Para a ministra Schavan, a parceria atenderá uma das principais preocupações da Alemanha que é a formação de mais engenheiros para combater o déficit nos dois países e garantir mão de obra qualificada para o desenvolvimento.
        O lançamento do "Ano Brasil-Alemanha de Ciência, Tecnologia e Inovação 2010-2011" contou também com uma exposição de diversas organizações alemãs e um seminário que durante todo o dia abordou temas como o sistema brasileiro de inovação, sistemas de pesquisa e inovação sobre sustentabilidade e as perspectivas para cooperação bilateral, por especialistas dos dois países.
       O Ano Brasil-Alemanha foi idealizado para celebrar 40 anos de relacionamento em ciência e tecnologia e será marcado por iniciativas conjuntas de inovação.

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       Na abertura do Fórum Acadêmico Índia-Brasil e África do Sul (Ibas), que promove em Brasília "Um Diálogo de Políticas Públicas", o presidente do Ipea defende mudança de mentalidade nas relações entre países ricos e pobres.
       O resultado do esforço dos países em desenvolvimento para superar a crise mundial iniciada no final de 2008 mostrou a "necessidade de mudança de mentalidade” no que diz respeito à submissão que havia no terceiro mundo “às orientações dos países do Norte", segundo afirmou na manhã de hoje (12) o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann.
       Ele falou na abertura do Fórum Acadêmico Índia-Brasil e África do Sul (Ibas), que vai discutir em Brasília Um Diálogo de Políticas Públicas. Segundo ele, os países do Norte "tradicionalmente receitavam fórmulas para serem seguidas pelas nações do Sul, mas, nas duas últimas décadas, não apoiaram estes para saírem da pobreza".
       Como exemplo da mudança de mentalidade, Pochmann afirmou que "os países em desenvolvimento saíram da última crise seguindo receitas próprias".
       Ele defendeu a criação de "uma nova visão para fazer face a essa realidade global", lembrando que as nações ricas trabalharam exclusivamente para apoiar seus bancos e suas empresas" e nada fizeram pelos países emergentes, desde 2008.
       Desde a Grande Depressão, na década de 30, reiterou Pochman, "não tínhamos visto um processo de recuperação de países em crise que não partisse dos países ricos". Ele lembrou que o Brasil, no ano passado "conseguiu equilibrar a situação da economia interna sem afetar a pobreza".
       A criação de uma nova ordem econômica mundial foi apontada por Pochman como solução para construir um novo mundo a partir de novas ideias convergentes nos campos econômico e ambiental.

 

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       Os Presidentes da Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil) e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) assinarão acordo inédito de cooperação tecnológica nesta segunda-feira, dia 12 de abril, para a criação de uma Instituição de Ensino Superior (IES), pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), entidade que representa mais de 200 mil profissionais no Estado.
       A assinatura acontecerá com a presença do Ministro de Ciência e Tecnologia do Brasil, Sergio Rezende, e da Ministra alemã de Educação e Pesquisa, Prof. Dra. Annette Schavan, por ocasião da abertura do Ano Brasil-Alemanha de Ciência, Tecnologia e Inovação 2010/2011. O apoio dos governos dos dois países é demonstrado pelo grande interesse em intensificar as relações bilaterais na área científico-tecnológica.
       Como a Alemanha é o único país a participar da parceria com a instituição de ensino, a VDI-Brasil terá o papel de facilitar os contatos entre ela e as empresas alemãs, tanto sediadas na Alemanha quanto as instaladas no Brasil, contribuindo para o aumento da representatividade da tecnologia e da inovação alemãs no Brasil.
       A parceria será voltada para a troca de conhecimentos e experiências entre o Brasil e a Alemanha, o estudo e a pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias, o intercâmbio de profissionais, professores e estudantes, além do estabelecimento de novas cooperações no ensino e na pesquisa, entre outras iniciativas voltadas à engenharia de inovação.
       A Federação Nacional dos Engenheiros possui representação em 18 estados brasileiros por meio dos Sindicatos de Engenheiros em cada um deles. A Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha foi fundada em 1956 em São Paulo. Desde março de 2008, a Associação trabalha em parceria com a Câmara Brasil-Alemanha e, desde então, seu escritório está ali localizado. Na Alemanha, a VDI, com quase 140 mil associados físicos, é a maior associação científico-tecnológica da Europa, sendo reconhecida mundialmente. São 17 departamentos específicos e cinco áreas de competência que servem de plataforma para o trabalho científico-tecnológico.

 

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        São Paulo - As cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro assistem ao crescimento de protestos de moradores atingidos pelas chuvas e suas consequências, como enchentes e deslizamentos. As críticas voltam-se a dois pontos: ausência da Defesa Civil e obras malfeitas.
       Na comunidade de Manguinhos, a acusação é de que obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entregues em dezembro do ano passado foram alagadas nos últimos dias. Para os moradores, isso demonstra que a escolha do terreno foi inadequada, acrescentando que, antes das enchentes, os apartamentos já sofriam com infiltração de água.
       Outra queixa é de que as obras do PAC não realizaram os correspondentes trabalhos de contenção de encostas, que podem ser decisivos em momentos como estes. “Nas ruas em que estão fazendo obras, o esgoto foi destruído. A gente queria uma solução porque a situação se complica com as chuvas. Tem pedra para rolar, tem morador sem caminho para sair de casa”, afirma Lúcia Cabral, de uma ONG do Complexo do Alemão, na capital fluminense.
       A ausência de agentes do Estado é mais um motivo para preocupação. Lúcia afirma que nenhuma equipe da Defesa Civil passou pelo local e, se não fosse pelo trabalho dos bombeiros entre segunda e terça, pessoas teriam morrido. Os moradores do complexo fizeram nesta quinta-feira (8) um protesto pedindo atenção aos problemas.
       As críticas são parecidas em Niterói, cidade que sofreu, na noite de quarta-feira (7), o maior dos deslizamentos de terras ocorrido nos últimos dias. São mais de 150 mortes confirmadas no estado. Apesar de o foco estar voltado ao Morro do Bumba, onde ainda não se pode calcular o número de pessoas presas sob a terra, as demais comunidades alertam que também necessitam ajuda.
       No Largo da Batalha, a população afirma estar sem energia elétrica desde os temporais de segunda-feira (5). “Os bombeiros estiveram aqui na terça-feira e disseram que não podiam fazer nada porque não tinham carros. Eles devem ter mandado todos para a casa do velejador Torben Grael, que vive na parte rica de Niterói”, critica a cientista social Luane Bento dos Santos.
       No local, os moradores reclamam que, sem auxílio público, estão se organizando para promover a remoção de vítimas debaixo de escombros. O posto de saúde da comunidade, que normalmente serve de abrigo nestes casos, ruiu. Uma escola municipal que seria utilizada com a mesma finalidade corre o risco de desabar.
       A população do Morro do Estado reclama que há anos sofre com os mesmos problemas. Uma assembleia organizada nesta tarde definiu que o Ministério Público Estadual será acionado para que force o Poder Executivo a realizar obras e a fornecer serviços públicos, evitando a repetição do episódio. “Não podemos receber apenas luto dos governos. Precisamos de coisas mais concretas. Fizemos uma lista com mais de cem famílias desabrigadas. Queremos que os afetados tenham direito ao aluguel social”, afirma Sebastião de Souza, integrante da Associação de Moradores do Morro do Estado.
       O governo federal liberou R$ 200 milhões para gastos emergenciais no Rio de Janeiro. Kits de emergência com colchões, filtros de água e cestas básicas foram liberados em quantidade suficiente para atender a 75 mil desabrigados. A Casa Civil analisa o pedido do governo estadual para receber outros R$ 370 milhões.
       “Enviamos um documento à Anistia Internacional mostrando que a situação só se resolve com política de habitação. Não podemos ficar todo ano com o pires na mão. Se a comunidade não se mobilizar, esse dinheiro vai parar em cueca, em meia”, adverte Sebastião de Souza, que confirma para a próxima semana um ato reunindo várias comunidades de Niterói para cobrar medidas por parte da prefeitura.

João Peres, Rede Brasil Atual
Com informações da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência.
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       A Câmara Municipal de Maceió realizou hoje, 08 de Abril, sessão especial para a entrega do título de cidadão honorário de Maceió ao presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), o engenheiro eletricista Murilo Celso de Campos Pinheiro.
       A sessão especial contou com a presença do presidente do Senge Alagoas, José Ailton Ferreira Pacheco, dos vereadores da casa, além de outras autoridades políticas e representantes de sindicatos e associações da área de engenharia de Maceió e outros estados.

 

 

      A homenagem foi realizada em cumprimento ao Decreto Legislativo concedido pelo vereador Francisco Holanda Costa, que defendeu a entrega do título de cidadão honorário ao presidente da FNE por sua história de trabalho em defesa do crescimento econômico do Brasil, de forma sustentável e com inclusão social. Essa é grande característica do programa Cresce Brasil, com propostas da Engenharia brasileira para o desenvolvimento do país e cuja segunda edição foi lançada pela FNE durante o VII Conse - Congresso Nacional dos Engenheiros (foto).
       A sessão especial foi realizada no plenário da câmara, na praça Marechal Deodoro da Fonseca, Centro.

 

 

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       O prefeito de Niterói, Jorge Roberto da Silveira, informou hoje (7) que precisará de pelo menos R$ 14 milhões para recuperar os prejuízos causados pelas últimas chuvas no município e retirar cerca de de 320 famílias de áreas de risco.
       Niterói é o município com o maior número de mortos em decorrência das chuvas. O último balanço do Corpo de Bombeiros contabiliza 54 das 113 vítimas no estado.
       “Vamos precisar de cerca de R$ 14 milhões para retirar ou indenizar as pessoas para que possam procurar um lugar melhor para ficar”, afirmou Roberto da Silveira, após reunião com o governador Sérgio Cabral e o ministro da Integração Nacional, João Santana.
       O prefeito voltou a pedir que pessoas desabrigadas ou que se encontram em áreas com risco de desabamento procurem escolas municipais até que possam ser tomadas outras medidas. “Nossa preocupação é pedir para que saiam. Sabemos das dificuldades das escolas, mas é provisório.”
       Roberto da Silveira e mais representantes de onze municípios da região leste e da Baixada Fluminense, como São Gonçalo e Duque de Caxias, voltaram a se reunir há pouco. O objetivo é entregar ao ministro João Santana um relatório da situação, nas próximas horas.
       A prefeitura de Niterói prepara os documentos para decretar estado de calamidade. O município teve diversas ruas alagadas ou interditadas por causa da chuvas. Encostas desabaram e fizeram vítimas em toda a cidade, inclusive, em áreas nobres, como o bairro de São Francisco.
       Pelo menos 1,1 mil pessoas estão desabrigadas. O prefeito decretou luto oficial de sete dias, ontem (6), e organizou uma força-tarefa para ajudar a resgatar vítimas. Cerca de 300 bombeiros trabalham em resgates no município.

Isabela Vieira, ABr
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       A preocupante inflação mundial desapareceu quando a economia mundial implodiu no final de 2008, mas aumentos de preços estão novamente sendo temidos em todo o mundo. A diminuição das preocupações quanto à deflação estimulou a Austrália a elevar os juros, ontem, pela quinta vez desde outubro. Os motoristas britânicos certamente sabem que os preços estão em alta. No mês passado, a compra um litro de gasolina passou a custar 28% mais do que no ano anterior. E o que está incomodando os motoristas londrinos está começando a causar preocupação em outras partes do mundo.
       Uma estimativa preliminar para a zona do euro mostrou que a inflação saltou de 0,9% em fevereiro para 1,5% em março; para o consumidor chinês, a subiu de 1,5% em janeiro para 2,7% em fevereiro. Na Índia, o Banco Central elevou os juros em resposta ao principal indicador inflacionário aferido em fevereiro, que registrou forte alta, ficando pouco abaixo de uma taxa de dois dígitos, em 9,89%.
       Mas para cada caso de aumento da inflação existem contra-exemplos, sugerindo que o mundo está longe de entrar num período inflacionário. A mediana anual da inflação nos EUA, mensurada pelo Fed de Cleveland, caiu para 0,8% em fevereiro, recorde de mínimo na série. E no Japão, os preços, excluindo alimentos e energia, ficaram, em fevereiro, 1,1% abaixo do ano passado, uma taxa de deflação pior do que em 2001, no auge das preocupações.
       A despeito da preocupação com a alta nos preços, as autoridades econômico-financeiras nas nações desenvolvidas não estão preocupadas, e tampouco os investidores. Eles veem o pequeno aumento nas taxas de inflação plena como ajustes não recorrentes no nível de preços, refletindo aumentos nos preços de commodities ou altas nos preços de importações, e não um processo autorreforçado dos aumentos de preços que alimente as percepções de inflação por parte de famílias ou empresas.
       Escrevendo a Alistair Darling, ministro das Finanças britânico, para explicar a elevada taxa de inflação em fevereiro, Mervyn King, presidente do Banco da Inglaterra, insistiu em que o problema da inflação é temporário e que os preços estão mais propensos, no médio prazo, a exceder, para baixo, sua meta de 2%. "O esfriamento nos gastos criou uma substancial margem de capacidade ociosa na economia, que, ao longo do tempo, espera o comitê (de política monetária), pressionará para baixo as pressões inflacionárias." Sua visão sobre a atual evolução da inflação é compartilhada pelos dois principais bancos centrais.
       Preocupações sobre a inflação nos países ricos são manifestadas principalmente por economistas preocupados com a enorme expansão da atividade dos bancos centrais em cada economia e que acreditam que isso tenha relações com a inflação no médio prazo. Esses economistas são, no entanto, uma pequena minoria, em meio a uma recuperação tão frágil.
       Mesmo assim, a ausência de pressões inflacionárias fundamentais na economia mundial não impede que a inflação se manifeste em economias individuais. A rápida recuperação nos mercados emergentes, que agora já dura um ano, está começando a criar uma ameaça de inflação - da China à Argentina. O Fundo Monetário Internacional está ficando cada vez mais enfático em suas advertências de que as políticas fiscal e monetária precisam conter a demanda em muitas economias emergentes. No mês passado, Murilo Portugal, vice-diretor gerente do fundo, disse: "Em algumas importantes economias emergentes na Ásia e na América Latina, hiatos de produto estão estreitando rapidamente, e os riscos de superaquecimento aumentaram". Ele elogiou os esforços da Índia e da China no sentido de conter a demanda, mediante o início da reversão do estímulo monetário.
       A divergência entre economias emergentes e avançadas em termos de inflação deverá crescer, no médio prazo, se a demanda continuar a crescer nos países mais pobres, ao mesmo tempo em que permanecer fraca na Europa, nos EUA e no Japão.

 


Chris Giles, Financial Times, de Londres - Valor Econômico
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      As siderúrgicas chinesas ameaçam declarar guerra à Vale e a outras gigantes da mineração. A Associação de Ferro e Aço da China defendeu ontem um boicote de dois meses à companhia brasileira, que detém 32,8% do mercado mundial de produção de minério de ferro, e às anglo-australianas BHP Billiton (15,1%) e Rio Tinto (18,6%), em protesto às mudanças no sistema de preços nos contratos. Em vez de os valores serem anuais, eles estão sendo fixados trimestralmente, com a cotação baseada no mercado à vista. A entidade fez a proposta às empresas associadas após calcular que as atuais reservas da matéria-prima só são suficientes para suprir a demanda por dois meses.
       O minério de ferro é um dos principais componentes do aço, insumo crucial para o setor automotivo, da construção civil e da fabricação de vários bens de consumo. Na Ásia e na Europa, as siderúrgicas criticam cada vez mais as exigências das três gigantes. Os preços acertados com as siderúrgicas japonesas e sul-coreanas geralmente servem de referência. Algumas delas, a exemplo da japonesa Nippon Steel, aceitaram em 2010 aumentos de 80% a 90%, reajuste que as chinesas não querem ratificar. Procurada pelo Correio, a Vale não comentou o assunto.
       Na Europa, as mudanças também provocaram forte reação do mercado. Na semana passada, a Eurofer, que representa as siderúrgicas do continente europeu, denunciou à Comissão Europeia, que fiscaliza a concorrência na União Europeia (UE), “fortes indícios de coordenação ilícita” entre as três gigantes da mineração para impor aumentos de preço “injustificáveis”. (Extraído de artigo do Valor Econômico)

 

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       Os dirigentes de 13 centrais sindicais da Argentina, do Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai vão se reunir entre os dias 8 e 9 de abril em Buenos Aires para debater uma pauta comum para 2010. Um dos temas em debate é a rejeição às tentativas de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. De acordo com o secretário-geral da Coordenação de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), o argentino Adolfo Aguirre, "existem mais desigualdades do que simetrias entre os dois blocos comerciais".
       O dirigente da CCSC, citado pela Agência Boliviana de Informação (ABI), disse que a possibilidade de discussão sobre um tratado de livre comércio (TLC) foi aberta por José Luis Rodríguez Zapatero, que preside a União Europeia, e Cristina Kirchner, que atualmente exerce a presidência rotativa do Mercosul. O tratado seria similar ao que foi impulsionado pela União Europeia com a Colômbia, o Peru e a América Central.
       Adolfo Aguirre disse que o debate sobre o assunto é bastante complexo porque o Sul da América Latina é uma região mais industrializada e as discussões precisam ser mais justas.
       "A União Europeia", disse Aguirre, "já existe há dezenas de anos, possui um Parlamento funcionando, um formato financeiro e uma estrutura de chefes de Estado que define as linhas comerciais. Aqui temos um Parlamento que não tem influência sobre a legislação dos países membros do Mercosul, os chefes de Estado aprovam políticas para seis meses e não existe uma estrutura financeira regional".
       As centrais sindicais que estarão reunidas em Buenos Aires também farão um balanço do encontro que ocorreu no ano passado em Montevidéu, a capital uruguaia. Outro assunto que ocupará a atenção dos líderes sindicais do Mercosul são as prioridades para a categoria em um ano marcado por uma série de situações-chaves, como é o caso da eleição do sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
       De acordo com o secretário-geral da CCSCS, Adolfo Aguirre, no próximo mês de maio o sindicalismo latino-americano, caribenho e europeu tem encontro marcado em Madri, capital espanhola, para aprofundar as discussões em torno da possibilidade de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

Luiz Antônio Alves, Agência Brasil
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