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NPC agenda 2016 dentroO Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) foi criado há mais de vinte anos com o intuito de colaborar à formação dos trabalhadores brasileiros. Para cumprir esse objetivo, todos os anos a entidade produz um livro-agenda especial, recheado de informações e notícias de lutas variadas que ocorreram no Brasil e no mundo.  

Para 2017, o NPC preparou a edição "Mulheres de luta". A cada página da agenda, são apresentadas lutadoras que sonharam com a construção de uma sociedade justa e solidária e batalharam por isso nos mais variados espaços: no campo, nas fábricas, nas manifestações de rua, na guerrilha, nos sindicatos, nas salas de aula, na ciência, na produção intelectual e em muitas outras formas de mobilização.   

Memória e inspiração
O rico material foi todo revisto e atualizado até meados de 2016. Além de servir para a recuperação da memória de tantas lutadoras brasileiras e estrangeiras, a agenda deve servir de inspiração para os desafios que se apresentam no tempo presente. Flora Tristan, Frida Kahlo, Mercedes Sosa, Ana Montenegro, Clara Zetkin, Patrícia Galvão (Pagu), Laura Brandão, Dona Penha, Violeta Parra, Clarice Lispector, Letícia Sabatela, Dandara dos Palmares são alguns nomes recuperados. Também são lembradas as tantas mulheres que resistiram à ditadura brasileira, muitas chegando a participar diretamente da guerrilha do Araguaia.    

Para a abertura dos meses, foram convidadas escritoras e militantes de diversas áreas para apresentar uma forma de luta específica. Dessa forma, assinam textos a defensora dos direitos humanos Amelinha Teles; a professora de história Virgínia Fontes; a militante do MST Marina dos Santos; as feministas da Marcha Mundial de Mulheres; entre outras. A revolucionária Rosa Luxemburgo, polonesa de nascimento e internacionalista convicta, estampa a capa do material. Os cem anos da Revolução Russa também são lembrados na publicação, pelo marco desse acontecimento na conquista e na defesa dos direitos das mulheres.  

O livro-agenda do NPC de 2017 permite conhecer operárias, comunistas, escravizadas, camponesas, estudantes, feministas, anarquistas, professoras e tantas outras mulheres de luta. O material custa R$ 25,00 e está à venda na Livraria Antonio Gramsci, no Rio de Janeiro (Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia). Mais informações e encomendas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Comunicação SEESP
Informação do NPC

 

 

 

 

 

 

 

Vistas a partir de São Paulo as eleições municipais apresentam tendências preocupantes, mais até que os próprios resultados.

Refiro-me à acachapante proporção de eleitores que recusaram participar das escolhas, seja por abstenção, por voto branco ou nulo. Este alheamento é antessala para propostas retrógradas da não obrigatoriedade do voto e alimenta o discurso antidemocrático: o povo não quer votar.

Mas tenho que me referir também ao endosso dado pela maioria do eleitorado votante ao apelo propagandístico contra a política e os políticos, com o endeusamento da “gestão” e, o que é pior, da gestão privada.

O candidato eleito em primeiro turno – privatista, fiscalista, controlador de gastos e administrativista – conseguiu aglutinar um campo de força (com base no fundo do quadro) que lhe dará impulso (e aos seus aliados) para a tomada de medidas que privilegiam o corte de gastos públicos, a reforma previdenciária e as privatizações. Sob este ângulo esta surpreendente vitória reforça as propostas que o movimento sindical tem apontado como negativas e aumenta as dificuldades para a resistência. O vitorioso pode se fazer passar por “trabalhador”, mas é essencialmente contra o movimento dos trabalhadores.

Mais uma vez comprovou-se a dificuldade do movimento sindical em se inserir com êxito no processo eleitoral; esta é uma tendência antiga que já vinha se manifestando antes e se confirma nessas eleições.

Os resultados foram muito precários em uma situação na qual o impulso organizado dos sindicatos foi diluído, com raríssimas exceções (registro apenas a vitória eleitoral do presidente do sindicato dos professores municipais, que já havia sido vereador).

Se alongarmos as vistas para o Estado, pode-se elogiar o relativo sucesso no interior, da Corrente Comerciária, que conseguiu ampliar a presença de dirigentes sindicais em câmaras de vereadores.

 

* João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical

 

 

 

 

 

 

Em 23 de setembro último, o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo SEESP, realizou em suas dependências, na capital paulista, o III Seminário de Inovação: inovação na educação”. Entre os palestrantes, no período da manhã, Jesulino Bispo dos Santos, do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), discorreu sobre as ferramentas e materiais para desvendar o universo; e Marcelo Hashimoto, professor adjunto do Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia (Insper), falou sobre a harmonização entre o físico e o digital no ensino. Na sequência, foram realizadas oficinas com os dois especialistas.

Abrindo o evento, Santos disse que se sentia animado em trazer o mundo da astronomia para o público mais jovem e que está entrando no mercado de trabalho, informando que a área de sua atuação construía instrumentos muito grandes, alguns com mais de 10 toneladas. “Chega um momento da nossa vida em que temos de escolher uma profissão”, avisou, e essa decisão, prosseguiu, determina o lugar em que você vai trabalhar. “Eu escolhi o maior local de trabalho, o céu, o universo”, brincou. E completou: “Uma das grandes vantagens dessa escolha é que o céu é realmente democrático, cabe todo mundo nele: o biólogo, o astrônomo, o engenheiro, o matemático, o físico e até o maluco beleza que está sempre no mundo da lua.”


Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Isitec Seminario 2016 2 
Jesulino Bispo dos Santos (à esquerda) mostra equipamentos, em miniatura,
aos participantes do seminário.

 

Todavia, essas atividades demandam o desenvolvimento de diversas ferramentas. “O setor precisa inovar sempre, o que vale dizer criatividade, capacidade, adaptação, inovação e muita sorte também.” De acordo com o especialista, os equipamentos utilizados são os mais diversos possíveis e explicou que não existe uma nave igual à outra que pode perseguir estrelas ou asteroides e que são criados tipos de robôs os mais diferentes etc.. “Até onde essas ferramentas nos levam?”, perguntou ao público. Ele mesmo respondeu: “Estamos falando em 30 milhões de quilômetros, em naves que viajam uma distância 150 vezes entre a Terra e o Sol. Estamos falando num universo com 150 bilhões de estrelas que existem na nossa galáxia – que ultrapassa os 250 bilhões –, sendo que o nosso planeta é uma delas.”

Santos informou que o setor está sempre construindo novos equipamentos e que o Brasil faz parte de alguns consórcios desenvolvedores de grandes telescópios, por exemplo, e foi taxativo: “Empreendimentos que necessitam de profissionais da engenharia.” E acrescentou: “Na astronomia nada tem modéstia.”

Cooperação
Na palestra seguinte, o professor do Insper agradeceu o convite do Isitec se sentindo honrado em participar da semana de inovação da instituição de ensino pela segunda vez. “É bom e importante que nos relacionemos sem rivalidade e façamos as coisas de forma mais integrada e em cooperação.” Ele falou sobre a ‘explosão’ dos cursos online, mas que acredita numa associação entre o digital e o presencial, e não em exclusão. “Um pode complementar o outro”, asseverou.


Isitec Seminario 2016 3Hashimoto apresenta experiências que desenvolve com os seus alunos no Insper.
 

Para ele, o desafio colocado à educação, nos tempos atuais, é como o físico (ou presencial) e as novas tecnologias digitais devem interagir, buscando a harmonização em prol do saber e do conhecimento. Para tanto, ensinou Hashimoto, deve-se identificar detalhes e os comportamentos humanos “que fazem toda a diferença para produzir uma ação”. “Isso significa prestar mais atenção nas pessoas e como resolver os problemas de verdade delas.”

Hashimoto acredita que o mais importante é entender as necessidades humanas mais do que produzir tecnologias e inovação. Essas, ressaltou, são consequências da primeira ação.

Participaram da abertura do evento, o diretor geral do Isitec, Saulo Krichanã Rodrigues; o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro; e o coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica Mantiqueira (NIT), órgão ligado à Subsecretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, João Júnior. Antes da primeira palestra, alunos do quarto semestre do Isitec apresentaram o projeto Apprimore que, no momento, desenvolve aplicativos para duas cartilhas do NIT, uma sobre inovação e outra sobre propriedade intelectual.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP







Uma revisão do potencial eólicoonshore (“em terra”) do Brasil, realizada em resposta ao aumento da altura das torres de geração energética, aponta que o País pode ter uma capacidade seis vezes maior de produzir energia a partir dos ventos do que o estimado no último grande levantamento nacional, o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, lançado em 2001.

A conclusão é de um estudo do subprojeto Energias Renováveis do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-Clima), apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e foi apresentada durante a Conferência Internacional do instituto, realizada em São Paulo entre os dias 28 e 30 de setembro.

“O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi feito com a estimativa do uso de torres de 50 metros de altura. Hoje, temos torres acima de 100 metros, que ampliam o potencial tecnicamente viável de exploração de 143 gigawatt para 880 gigawatt”, disse o coordenador da pesquisa, Ênio Bueno Pereira, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Além disso, consideramos uma expansão das áreas que se tornam economicamente viáveis para a instalação das torres.”

Embora no Brasil a produção de energia eólica ainda seja restrita, Pereira aponta que o país é o quarto no mundo em termos de expansão da capacidade eólica instalada, perdendo apenas para China, Estados Unidos e Alemanha.

“É um movimento importante, em um momento em que se busca a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, menor dependência de combustíveis fósseis e garantia de segurança energética”, disse.

No campo da energia eólica, o subprojeto Energias Renováveis também estuda o potencial offshore (“em mar”), buscando avaliar a zona costeira brasileira, particularmente na região Nordeste; a viabilidade de exploração em áreas de reservatórios hidrelétricos; a previsão da capacidade de geração, visando aprimorar as estimativas calculadas em dias e horas de antecedência; e a densidade de potência estimada até o final do século.

Sobre esse último tema, modelos revelam tendência de aumento dos ventos em determinadas porções do norte da região Nordeste. “Embora pareça uma notícia interessante, ventos intensos e rajadas nem sempre são bons para o sistema de geração de energia eólica, que pode sofrer danos estruturais”, disse Pereira.

Outro aspecto ressaltado pelo pesquisador foi o potencial de geração de energia elétrica a partir da irradiação solar. “O pior nível de irradiação no Brasil – na região litorânea de Santa Catarina e do Paraná – é comparável aos melhores níveis de irradiação que se tem na Alemanha, o país que mais explora a energia fotovoltaica [na qual células solares convertem luz diretamente em eletricidade] no mundo.”

A Rede Sonda, financiada parcialmente pelo INCT-Clima, coleta dados de irradiação no território nacional. Uma edição atualizada do Atlas Brasileiro de Energia Solar, com informações obtidas pela Rede nos últimos 15 anos, deve ser lançada ainda neste ano.

“São necessários mais estudos sobre a variabilidade solar, mas já sabemos que, se fossem usadas áreas como aquelas que são alagadas por hidrelétricas ou as que estão em estado avançado de desertificação, teríamos uma grande geração de energia fotovoltaica no Brasil”, disse Pereira.

Segundo o pesquisador, em temos de potencial teórico, fontes eólicas e solares seriam capazes de suprir toda a demanda energética nacional. Contudo, ainda é necessário ultrapassar obstáculos financeiros e de conhecimento.

“O problema do custo vem sendo superado pela evolução tecnológica, tanto que esses dois tipos renováveis já são competitivos com a energia termelétrica. Já a barreira do conhecimento é aquela que ainda impede investidores de ter mais interesse na geração eólica e solar. É o que o nosso projeto tenta enfrentar, investigando e disseminando dados científicos sobre os verdadeiros potenciais dessas energias”, disse.

Na manhã do dia 29 de setembro, a Conferência Internacional do INCT-Clima também teve apresentações de Luiz Pinguelli Rosa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tratou sobre os atuais desafios da política energética no Brasil e no mundo, e de Christovam Barcellos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que falou sobre a relação mudanças climáticas e impactos na saúde humana. 

 

 

Comunicação SEESP
Da Agência Fapesp/Noêmia Lopes
Leia a reportagem completa aqui

 

 

 

 

 

 

 

Um grupo internacional de especialistas alerta que, caso não sejam adotadas medidas mais drásticas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa do que as estabelecidas no âmbito do Acordo de Paris, o teto considerado seguro para o aquecimento global – de 2 ºC acima dos níveis pré-industriais até o final do século – pode ser alcançado já em 2050.

A conclusão está no relatório The Truth About Climate Change. “A verdade sobre a mudança climática”), divulgado no dia 29 de setembro. A análise foi coordenada por Robert Watson, ex-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os autores do documento está José Goldemberg, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da FAPESP.

“O documento é um alerta de que não podemos ficar confortáveis apenas com os compromissos assumidos no Acordo de Paris. Mostramos que mesmo se todas as metas para 2030 forem cumpridas não será suficiente para evitar o aquecimento acima de 2 °C. E parte dos compromissos assumidos pelos países depende de condições externas, como financiamento”, disse Goldemberg.

Em entrevista coletiva concedida pela internet, Watson ressaltou que, além de pressionar governos e empresas para adotarem medidas que visem reduzir as emissões, cada cidadão dever rever seus hábitos e dar sua contribuição. “Precisamos avaliar como estamos usando a energia em nosso dia a dia, aumentar a eficiência energética de nossa casa, preferir formas alternativas de transporte em detrimento dos carros individuais”, afirmou.

No relatório, os especialistas disseram haver ainda muitos mal-entendidos sobre o tema – e também muita desinformação disseminada de forma deliberada –, o que leva um grande número de pessoas a entender as mudanças climáticas como algo “abstrato, distante e até mesmo controverso”.

Para os cientistas, no entanto, não restam dúvidas de que o planeta está aquecendo – e ainda mais rápido do que se previa. Apesar das evidências científicas incontestáveis, afirmam, iniciativas para minimizar a mudança do clima têm sido postergadas e as emissões de gases-estufas continuam a crescer, o que torna o combate ao problema cada vez mais caro e difícil.

“O apoio da sociedade será crucial para acelerar as medidas de combate ao aquecimento global. Portanto, as questões seguintes têm como objetivo esclarecer mal-entendidos sobre as mudanças climáticas e sobre o Acordo de Paris”, apontaram os cientistas no relatório.

O documento reconhece que o Acordo de Paris foi bem-sucedido e representa um “passo decisivo para que sejam tomadas medidas coletivas relacionadas ao clima global”. O objetivo de longo prazo é manter o aquecimento global abaixo de 2 ºC – o mais perto possível de 1,5 ºC – até o final do século. Acima desse teto, segundo estimativas feitas pelo IPCC, cresceriam rapidamente os riscos associados a eventos climáticos extremos e à elevação do nível dos oceanos.

Em 2015, a temperatura média do planeta já superou a marca de 1 °C acima dos níveis registrados na época pré-industrial. Para não extrapolar o limite proposto para o fim do século, seria necessário reduzir em 22% a emissão de gases de efeito estufa até 2030.

O relatório ressalta, contudo, que, no melhor dos cenários, se todas as metas propostas pelos 195 países forem totalmente cumpridas, as emissões devem se manter nos níveis atuais: 54 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (ou CO2eq, medida usada para comparar as emissões de diversos gases de efeito estufa baseada na quantidade de CO2 que teria o mesmo potencial de causar aquecimento global) por ano.

Se apenas forem cumpridos os compromissos assumidos de forma incondicional pelos países, ou seja, aqueles que não dependem de financiamento externo, transferência de tecnologia ou capacitação, as emissões devem crescer 6% até 2030. Sem o Acordo de Paris seria ainda pior: o aumento seria de 30%.

 

 

Comunicação SEESP
Notícia da Agência Fapesp/Karina Toledo
Leia a reportagem completa aqui 

 

 

 

 

 

 

 

A revista CartaCapital traz, na edição desta semana, grande reportagem de Carlos Drummond sobre o desaquecimento da indústria naval brasileira. “Em um ano e oito meses, o número de trabalhadores ativos nos estaleiros brasileiros diminuiu 36,5%, de 71,5 mil para 45,4mil, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). E quase a metade dos 82,5 mil empregados no auge do setor, em 2014”, informa.

Segundo a reportagem, além da queda do preço internacional do petróleo e da recessão sem fronteiras, causas locais sobressaem no corte de 26 mil postos de trabalho entre dezembro de 2014 e o mês passado. E salienta que quatro entre dez "demitidos trabalhavam em estaleiros atingidos pela Lava Jato e três ficaram desempregados em consequência do desinvestimento da Petrobras. O restante das dispensas deve-se a problemas comerciais entre contratante e contratado. As estimativas são do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, no Rio de Janeiro, estado com o maior parque industrial naval e o mais atingido pela crise”.

Petrobras
Responsável por cerca de 80% das encomendas à indústria naval local, a Petrobras transferiu para a China a construção das plataformas P69 e P70, do estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul e das P75 e P77, do Inhaúma, no Rio de Janeiro, mostra levantamento do Sinaval. Na divulgação do plano de negócios para o período de 2017 a 2021, na terça-feira 20, a empresa pública anunciou a contratação fora do País de mais sete plataformas, entre as 11 previstas para entrar em operação até 2019.

Segundo Pedro Parente, presidente da Petrobras, a contratação externa se impõe por causa de atrasos nas entregas dos estaleiros locais e da ineficiência provocada pela exigência legal de conteúdo local mínimo, de 60% para automação e 40% para instrumentação.

Entidades patronais discordam. "Os atrasos alegados para explicar a ida dessas encomendas ao exterior não foram culpa da indústria, mas de algumas empresas e, de certa forma, de fatores conduzidos pela própria Petrobras, até mesmo por problemas de gestão que estão sendo investigados pela Lava Jato", critica Alberto Machado Neto, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos para o setor de Petróleo e Gás e coordenador do MBA Gestão Petróleo e Gás da Fundação Getulio Vargas. Há casos, diz, de firmas que entraram em recuperação judicial. Muitos editais tinham dados incompletos, que depois ensejariam várias revisões contratuais com aumento do valor, algumas vezes até com má-fé, ou seja, havia o propósito inicial de elevar o valor lá na frente. Houve contratação de estaleiros que não estavam prontos, nem existiam quando da encomenda. "São todas situações anormais que não podem hoje ser consideradas argumentos para desqualificar a indústria", pondera o executivo.

Acreditar que a contratação no exterior é uma garantia de cumprimento dos prazos é redondo engano. "Segundo a própria Petrobras informou em palestras, 12 sondas de perfuração compradas entre 2008 e 2009 foram entregues com quase dois anos de atraso, em média, e tinham zero de conteúdo local. Então, esse não é o motivo principal, não é o foco", destaca Machado Neto.



Comunicação SEESP
Informação da revista CartaCapital









A Delegacia Sindical do SEESP em Campinas e o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) promoveram o seminário gratuito “Engenharia de Segurança do Trabalho na área rural”, na terça-feira (4/10), das 18h30 às 21h30. A atividade foi realizada na sede da delegacia, atraindo profissionais da área.

O presidente da delegacia Francisco Alvarenga e Denésio Carvalho, do Isitec, fizeram a apresentação. Na sequência, o vice-presidente do sindicato, Celso Atienza, falou sobre os desafios e as oportunidades da área de segurança do trabalho. Já o especialista Clóvis Meirelles, da Fundacentro, discorreu sobre prevenção de riscos nas atividades rurais.


Fotos: Marta Adriano
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Vice-presidente do SEESP, Celso Atienza fala sobre os desafios da área.

Campinas 04OUT2016 3 edit                                       Clóvis Meirelles, da Fundacentro, discorreu sobre prevenção de riscos nas atividades rurais.


 

Comunicação SEESP
Com informações de Marta Adriano, da Delegacia Sindical de Campinas
Notícia atualizada às 12h50 do dia 5 de outubro de 2016. 






Em reunião com o diretor José Roberto Castilho Piqueira e a vice-diretora Liedi Légi Bariani Bernucci, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), em 23 de setembro último, na capital paulista, o diretor de Articulação Nacional da CNTU, Allen Habert, apresentou o Projeto Brasil 2022 e a proposta de se fazer uma iniciativa específica com a comunidade politécnica e seus formados para integrar a Rede Brasil 2022. Também na ocasião foi feito o convite para a posse dos dois dirigentes, em 2 de dezembro próximo, no Conselho das 1000 Cabeças da confederação. Piqueira gostou da proposta e disse que vai criar uma comissão para proceder à criação da “Poli Brasil 2022”. Segundo Habert, a CNTU está estimulando as entidades e instituições a criarem suas iniciativas dentro do objetivo das diretrizes da Rede Brasil 2022.


Foto: Divulgação CNTU
Allen CNTU 23SET2016 SEESP 
Dirigentes da CNTU ladeados pela vice-diretora (à esquerda) e diretor da Poli-USP, no dia 23 de setembro.
 

Em documento entregue aos diretores da Poli-USP, a entidade apresentou, em linhas gerais, o projeto “Brasil 2022: O País que Queremos para comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil e os 100 anos da Semana de Arte Moderna”. Está colocado que “desde já apresenta-se como uma oportunidade para a realização de um movimento cívico, de gestão descentralizada de instituições das mais diversas naturezas, que se mobilizam para que o nosso país reafirme e aprofunde sua condição de nação livre, soberana, pacífica e em permanente processo de construção de seu desenvolvimento sustentável e da democracia”.

O projeto “O País que Queremos” foi criado pela CNTU e vem sendo debatido por ela desde 2013, buscando traçar indicações básicas que possam animar a sociedade brasileira a transformar a comemoração dos 200 anos de Independência do Brasil em manifestações dinâmicas, amplas e plurais que possam iluminar os caminhos como povo e estado-nação. Para tanto, foram traçadas três diretrizes que esboçam um método de trabalho com o objetivo de construir uma unidade mínima das forças sociais, culturais e políticas, que paulatinamente, construam um caminho com orientações básicas.

Diretriz 1
Debate do papel e os instrumentos dos profissionais universitários no projeto de futuro do País, especialmente nas seguintes questões: 1.1) Democratização do Estado e universalização dos serviços públicos: debater a reforma do Estado e da administração pública objetivando a profissionalização e a democratização dos serviços públicos, rompendo com as culturas de privilégio, partidarização, corrupção e descontinuidade das políticas públicas; 1.2) Democratização da economia e valorização do trabalho: diversificação e descentralização da economia brasileira, gerando mais oportunidades, melhores empregos, valorização das micro, pequenas e médias empresas e outras formas sociais e colaborativas de produção e inovação; 1.3) Prospecção da educação e do trabalho no futuro: contribuir com a juventude e as futuras gerações de profissionais universitários através da prospecção das transformações do trabalho e da educação; 1.4) Fortalecimento do sindicalismo: valorizar e fortalecer as entidades sindicais dos profissionais universitários para potencializar a defesa da democracia, do desenvolvimento socioeconômico, da justiça social, do emprego, das rendas do trabalho e da educação continuada.

Diretriz 2
Motivar a participação das diversas instituições democráticas (poder público, empresas, entidades, escolas etc.), cada uma com seu projeto, mas buscando-se unidade entre elas para o desenvolvimento de grandes ações cooperadas como: 2.1) Portal: um sítio comum na web para todos os projetos Brasil 2022; 2.2) Certificação e selo: para distribuir aos parceiros do projeto Brasil 2022; 2.3) Publicações: produzir livros, cartilhas, folhetos e outras publicações; 2.4) Curso Cidadania Brasil 2022; 2.5) Arte moderna e contemporânea: organizar e estimular atos culturais e artísticos.Estimular a economia da cultura, a economia criativa, auxiliando a valorizar e integrar as regiões do País.

Diretriz 3
Constituinte do Saber visa mobilizar a sociedade brasileira através de conferências municipais nas principais cidades do País, elegendo partícipes e propostas para uma Conferência Nacional do Brasil 2022 que aponte rumos e prioridades para o País nos mais importantes aspectos nacionais, como: 3.1) Estado e serviço público: desenvolver um Estado com ampliação da democracia e serviços públicos com crescente qualidade e gestão participativa; 3.2) Educação: desenvolver proposições para a educação brasileira, acolhendo suas expectativas de autonomia, liberdade e criatividade; 3.3) Ciência, tecnologia e inovação: propostas para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovacional, rompendo com as abordagens elitistas, distanciadas da vida real e excludentes da produção e acesso de todos ao conhecimento mais avançado; 3.4) Economia e empreendedorismo: traçar propostas de políticas nacionais e regionais de fortalecimento da capacidade empreendedora da sociedade, de geração de emprego, trabalho e renda e de proteção da economia brasileira nas crises cíclicas do capitalismo. Investir na implantação de cidades inteligentes, reforçando a soberania cidadã; 3.5) Cultura e civilização: desenvolver a economia criativa. Propor formas de incremento do potencial criativo do País, musical, audiovisual, literário, plástico, teatral, arquitetônico, ambiental, urbano, agrário, científico e esportista.

 

Comunicação SEESP
Da Redação da CNTU

 

 

 

 

 

 

Com merecida repercussão nas redes sociais a poderosa manifestação dos metalúrgicos no dia 29 teve pouco destaque nas mídias grandes. Mas, insisto em afirmar, contrariando o ditado de que o que não é publicado não ocorreu, os metalúrgicos deram uma forte manifestação de presença nos tabuleiros sindical, social e político.

O campo metalúrgico manifestou-se em todo o país com paralisações temporárias seguidas de manifestações; isto aconteceu em São Paulo, no Paraná, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, na Bahia e em muitos outros estados.

A jornada mobilizou milhares de trabalhadores em repúdio às pretendidas reformas da Previdência e trabalhista, contra a PEC dos gastos e pela retomada do desenvolvimento. Em algumas cidades, como em Guarulhos, por exemplo, a estes temas associou-se à campanha salarial em curso e os manifestantes marcaram presença na Câmara Municipal.

Ninguém deve se iludir: para a classe operária e seu movimento continua importante a “rádio peão” (agora multiplicada nas redes), ou seja, a divulgação interpessoal entre os trabalhadores do acontecido e de suas motivações. Os que manifestaram se orgulham; os que não puderam se manifestar apoiam quem o fez e todos se agregam na direção afirmada.

Das três características que assinalo para a jornada, a saber, seu caráter unitário (que precisa ser aprofundado), sua abrangência nacional e a combatividade dos participantes, esta última chama a atenção. Todos os balanços realizados constatam que não houve uma adesão burocrática de “laço de ouro”, mas uma verdadeira adesão combativa. Os metalúrgicos sabem o que não querem e sabem também o que querem; sabem querer.

Na etapa atual da luta sindical o exemplo dos metalúrgicos frutificará, por percolação em outras categorias, ou seja, pelo sadio espírito de emulação das coisas boas e sua absorção molecular. Com isto se prepara, mais que com pregações ideológicas na cúpula, o movimento amplo de resistência dos trabalhadores, que deve passar, talvez, pela realização de uma nova Conclat.

 

* João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical

 

 

 

 

 

No último debate do ciclo “A engenharia e a cidade”, o SEESP recebeu o vereador Ricardo Young, candidato à Prefeitura de São Paulo pela Rede, em 28 de setembro último, na sede da capital paulista. O presidente do sindicato, Murilo Pinheiro, destacou a importância do espaço criado pelos engenheiros no sentido de discutir unicamente ideias e propostas para a cidade, levando em conta todos os vetores urbanos – transporte, mobilidade, saneamento, sustentabilidade, habitação, gestão etc. O dirigente destacou ao proponente que o sindicato compreendia uma grande estrutura de organização e trabalho, com 400 diretores, 800 delegados sindicais nas diversas empresas da base e representava um contingente profissional de mais de 200 mil pessoas em todo o Estado, além de 25 sedes regionais no interior paulista.


Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Young 2 
Candidato apresenta duas ideias para a cidade de São Paulo em debate no SEESP.
 

O candidato iniciou sua apresentação salientando que acompanhou de perto a luta da categoria por salário e carreira própria na prefeitura paulistana e falando sobre sua agremiação política, a Rede. Segundo ele, o partido pela qual concorre está imbuído em criar uma nova maneira de “fazer política”, com atenção especial ao público jovem. “Queremos um partido que consiga conciliar a defesa da sustentabilidade e a ética.” Ao mesmo tempo, disse que a “Rede não se autodenomina um partido porque se considera uma agremiação de pessoas que protagonizam a luta pela sustentabilidade”. Explicou ainda o candidato que o partido não tem um presidente, mas porta-vozes e que é vedado aos participantes se perpetuarem em cargos eletivos e institucionais.

Na sequência, em plano geral, falou sobre suas propostas para a administração municipal de São Paulo, explicando que o conjunto de ações pretendido tomava como base que “vivemos no século XXI numa civilização urbana, tecnológica, globalizada e em crise de modelo de desenvolvimento”. Nesse sentido, Young acredita que os engenheiros talvez sejam os profissionais mais desafiados por essas questões, já que os esforços mundiais são para a criação de novos modelos de desenvolvimento.

Uber, um fenômeno da cidade tecnológica
No Brasil, realçou o candidato da Rede, 87% das pessoas vivem nas cidades e, no mundo, são 50% residindo nos espaços urbanos. “Vivemos em megacidades e em rede, e com avanços tecnológicos”, apontou. Por isso, citou ele, fenômenos como o Uber surgem e criam desconfortos nas relações sociais e econômicas. “A inovação tecnológica muda a face das nossas cidades.” A sua candidatura, informou, se situa numa política antenada com essas transformações e que vai atrás de modelos de atuação que compatibilizem as estruturas públicas institucionais tradicionais – Executivo e Legislativo – e as demandas da população.

Ele quer mudar a estrutura atual de governo, que se caracteriza, segundo o candidato, por repartir cargos com aliados partidários numa verdadeira “loteria administrativa”. “Proponho uma mudança bem radical, uma espécie de modelo “waze” (aplicativo de navegação que indica as condições de trânsito em tempo real, baseado nas informações de uma comunidade), com descentralização profunda, com as subprefeituras de hoje virando coprefeituras. Quero o empoderamento da população no meu governo.”

Ao mesmo tempo em que haverá a descentralização, Young disse que criará um sistema centralizado de inteligência para avaliar as ações e indicar metas para as coprefeituras. Para ele, tal estrutura é oposta ao que se tem hoje nas administrações municipais. “Governos de coalização, onde os partidos coligados fatiam as secretarias e toda a estrutura de governo, criam uma estrutura vertical, onde as secretarias praticamente não conversam e são criados feudos”, criticou. Ele acredita que o modelo proposto pela Rede criará uma estrutura horizontal.

Young defendeu, ainda, que as estruturas administrativas da prefeitura sejam ocupadas por pessoas de ilibada reputação e competência técnica. “A população precisa voltar a confiar nos governos.” Nessa perspectiva de mudanças, o proponente disse que até o diálogo com a Câmara Municipal obedecerá outra dinâmica. “Quando o administrador se move estritamente pelos interesses públicos, com ética e transparência, outro canal de comunicação é aberto com a Câmara, o que lhe dará poder de negociação naquela Casa.”

Por fim, o candidato disse que as grandes mudanças no mundo terão como protagonista as cidades. “É a gestão das cidades que vai mudar o mundo.”

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP








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