Pandemia escancara e amplia desigualdade Enquanto 40 milhões de pessoas vivem na extrema pobreza no Brasil, cresce em 40% número de bilionários na América Latina. Desde o início da pandemia do coronavírus, além do drama de mais de 3,5 milhões de mortos em todo o globo, ficou ainda mais evidente o abismo social existente no mundo, notadamente na América Latina. E muito embora essa realidade tenha sido apresentada como nefasta, nada aconteceu para mudá-la; pelo contrário, a desigualdade se ampliou no último ano. Alguns dados chamam a atenção para a magnitude desse fenômeno. O primeiro diz respeito ao recorde de 14,5 milhões de famílias, ou 40 milhões de pessoas, que se encontram na extrema pobreza no Brasil, ou seja, com renda per capita de até R$ 89,00 mensais. As informações dizem respeito a abril deste ano, conforme o CadÚnico, cadastro do governo federal, que aponta ainda 2,8 milhões de famílias, somando mais cerca de 7,5 milhões de cidadãos, vivendo em pobreza, com ganhos de R$ 90,00 a R$ 178,00. Integra o quadro da tragédia social o alto desemprego no País, que chegou a 14,7% no primeiro trimestre, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e…