Os 50 anos do primeiro chip brasileiro e a necessidade de avanços O feito admirável do professor João Antônio Zuffo cinco décadas atrás é motivo de orgulho para a engenharia nacional. O retrocesso vivido em C,T&I, com a falta de recursos para pesquisa e a desindustrialização, causa grande preocupação quanto ao futuro do País. Em maio de 1971, o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) João Antônio Zuffo desenvolveu, no Laboratório de Microeletrônica (LME) que havia sido criado em 1968, o primeiro circuito integrado da América Latina. Conforme ele relata em publicação da universidade, “era um circuito de acoplamento de emissor; continha seis transistores, três entradas e duas saídas”. Pesquisador brilhante, Zuffo abriu o caminho, com o aperfeiçoamento da tecnologia, para o surgimento de processadores, máquinas de calcular, supercomputadores e a realidade virtual. O professor, que recebeu do SEESP o prêmio Personalidade da Tecnologia em 1991 na categoria “Informática”, construiu um legado fenomenal de conhecimento e possibilidades ao Brasil nessa área. Tem ainda como mérito o fato de seus passos serem seguidos pelo filho Marcello Knörich Zuffo, também professor da Poli, pesquisador de ponta nesse setor, e merecidamente agraciado com a mesma homenagem…