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O SEESP e a Delegacia Sindical em Campinas foram homenageados durante a abertura da 8ª Semana Tecnológica da Engenharia Civil da Metrocamp – IBMEC, no dia 11 último, por completarem, este ano, respectivamente, 80 e 34 anos. O evento termina nesta sexta-feira. Além de vários diretores do sindicato, a delegacia esteve representada pelo engenheiro Luiz Carlos de Souza, que ministrou uma palestra sobre “Sindicalismo Brasileiro e a Engenharia”, para cerca de 200 alunos da universidade.


Foto: Metrocamp-IBMEC
Campinas 12AGO2014 dentro SEESP e delegacia sindical de Campinas recebem homenagem em evento de engenharia


Souza reafirmou o compromisso da entidade em defesa dos interesses da categoria, explicando que o estatuto permite a sindicalização gratuita do estudante de engenharia e a inclusão em diversos benefícios como planos médicos, odontológicos, previdência privada, dentre outros.

Primeira a ser fundada no interior, Campinas faz atendimento a cerca de 2500 profissionais associados, além de milhares de engenheiros atuantes na cidade e 47 municípios que integram sua base. As delegacias do SEESP atendem a categoria por meio de vários serviços como sindicalização, homologações de contrato de trabalho, convênios médicos, informações sindicais, atendimento jurídico, dentre outros.


 

Marta Adriano
Delegacia Sindical do SEESP em Campinas









 

Foi sancionado com três vetos o projeto que regulamenta o funcionamento das farmácias de todo o País. Com a rejeição de um dos dispositivos, as novas regras passam a valer em 45 dias, e não mais imediatamente, como previa o texto aprovado pelo Congresso.

A Lei 13.021/2014 define farmácia como "unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva". Os estabelecimentos são classificados em "farmácia sem manipulação ou drogaria" e "farmácia com manipulação". 

Passa a ser exigida a presença permanente de um farmacêutico, tecnicamente habilitado e exclusivo, durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. Hoje, a legislação prevê apenas a presença de "técnico responsável inscrito no Conselho Regional de Farmácia" e admite, em algumas situações, a substituição por "prático de farmácia" ou "oficial de farmácia".

Vetos
Além da vigência imediata, a presidente Dilma Rousseff vetou artigos que proibiam a atuação de "postos de medicamento", "dispensários" e "unidades volantes" - todos previstos na Lei 5.991/1973 - no fornecimento de medicamentos, cosméticos com indicações terapêuticas e fórmulas magistrais, entre outros produtos.Segundo as razões apresentadas ao Congresso, a restrição poderia colocar em risco a assistência farmacêutica à população de diversas regiões, principalmente nas localidades mais isoladas.

Também foi vetado artigo que reservava a atividade de fiscalização das farmácias ao fiscal farmacêutico. De acordo com a presidente, a previsão poderia interferir em competências dos entes federativos, além de atribuir competência indevida para os fiscais farmacêuticos dos Conselhos Regionais de Farmácia, responsáveis apenas pela fiscalização do exercício profissional.

O projeto da regulamentação das farmácias (PLS 41/1993), que tramitou mais de 20 anos no Congresso, foi aprovado pelo Plenário do Senado em julho.

* Confira a Lei 13.021/2014 aqui.

 

 

Fonte: Agência Senado

 

 

 

 

 

 

 

 

Na manhã desta quarta-feira (13/8), o candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) abriu a reunião de diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), em Teresina (PI).

Em uma saudação rápida aos dirigentes, comprometeu-se a investir em ciência e tecnologia (C&T), visando crescimento econômico. Outro ponto destacado pelo candidato foi a necessidade de ampliar os acordos bilaterais firmados pelo Brasil. “O governo atual não tem condições de viabilizar e executar um projeto de um país", criticou.

 

Foto: Rita Casaro
Murilo Aécio 2 Candidato do PSDB, em reunião da FNE, comprometeu-se em investir em C&T

 

Na ocasião, afirmou que irá fazer "as reformas que esse governo preferiu adiar". Defendeu, ainda, a melhoria dos serviços públicos, dizendo que “em Minas, 100% dos servidores são avaliados por desempenho".

Em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), a FNE convidou todos os candidatos a presidente para apresentar suas propostas aos profissionais e ouvir sugestões desses.

 

 

Imprensa SEESP









 

Que traços melhor caracterizam o mundo contemporâneo? Entre as grandes mudanças ocorridas no cenário global quais são aquelas que de maneira mais completa definem o tempo presente? Como transitar da perplexidade que essas mudanças inspiram para sua inteligibilidade em grandes quadros interpretativos? Essas foram, resumidamente, as principais indagações que o sociólogo Craig Calhoun procurou responder em palestra realizada, em julho último, na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), em São Paulo.

Nascido em 1952, o norte-americano Calhoun tornou-se diretor da prestigiosa London School of Economics and Political Science (LSE) em setembro de 2012. Antes disso, dentre várias atividades, desempenhou, nos Estados Unidos, as funções de professor de Ciências Sociais na New York University e de presidente do Social Science Research Council (SSRC), organização independente dedicada ao avanço da pesquisa em Ciências Sociais e áreas afins. Mesmo com o importante cargo que ocupa atualmente, Calhoun faz questão de manter um posicionamento intelectual crítico e um trato pessoal informal e acessível.

A pergunta feita no início desta apresentação foi assim respondida por Calhoun e Wieviorka em seu manifesto: “Dentre as mudanças que obrigam as Ciências Sociais a transformar seus modos de aproximação, as mais espetaculares podem ser resumidas a duas expressões: a globalização e o individualismo. São duas lógicas que, em conjunto, balizam o espaço no interior do qual a pesquisa cada vez mais é chamada a se mover.”

“A palavra ‘globalização’, em sentido amplo, inclui dimensões econômicas, mas também culturais, religiosas, jurídicas etc. Hoje, numerosos fenômenos abordados pelas Ciências Sociais são ‘globais’, ou suscetíveis de serem observados sob esse ângulo”, prossegue o texto mais à frente.

Quanto ao individualismo, o manifesto o caracteriza como “um segundo fenômeno, não menor, porém mais difuso”. E afirma: “Seu impulso traduziu-se desde cedo na pesquisa por um interesse sustentado pelas teorias da escolha racional, mas também, e principalmente, em tempos mais recentes, pela consideração, cada vez mais frequente, da subjetividade dos indivíduos.”

Depois de sua palestra, Calhoun concedeu a seguinte entrevista à Agência Fapesp, destacamos alguns trechos dela:

Teorias sociais clássicas
Algumas das principais diferenças entre o período histórico atual e os anteriores incluem a intensificação da globalização e, nessa intensificação, o maior papel desempenhado pelas finanças. Trata-se não apenas de uma nova configuração do capitalismo em geral, mas, especificamente, do capitalismo financeiro. Outro item é o retorno da geopolítica. Vemos nos conflitos mundiais uma mistura de questões geográficas, políticas, culturais e civilizacionais, que apresentam padrões diferentes daqueles que caracterizavam o período da Guerra Fria. A Guerra Fria, de certa maneira, bloqueava esse tipo de geopolítica, que vemos hoje nas crises da Síria, do Iraque, da Ucrânia e tantas outras.

Outra diferença é a emergência de um capitalismo informal em larga escala. Quando pensamos no setor informal, geralmente pensamos em pequenas unidades produtivas, localizadas em residências, favelas etc. Mas, hoje, a economia informal atingiu uma escala gigantesca, incomparavelmente maior do que aquela que havia antes. Existe, nesse segmento, o narcotráfico e o tráfico humano, mas não apenas isso. Há muitas outras atividades, movimentando grandes somas de dinheiro.

O mundo contemporâneo também é moldado por questões ambientais, em um grau que jamais vimos: as mudanças climáticas globais, a questão dos recursos hídricos e de outros recursos, a poluição e a degradação das periferias das grandes cidades, questões relacionadas com justiça ambiental, quem ganha e quem perde em relação ao meio ambiente.

Finalmente, sublinharia a questão do déficit institucional. Muitas instituições que ajudavam as pessoas a manejar riscos em sua vida ordinária foram corroídas ou perderam financiamento ou enfrentam problemas. Construir e fortalecer instituições que ajudem as pessoas a resolver os problemas em suas vidas são grandes questões em todo o mundo.

Meio ambiente
De fato, sabemos que as mudanças climáticas tendem a provocar mais eventos extremos, com furacões e outros desastres. Há uma geografia desses eventos que mostra que as áreas costeiras e outras regiões específicas são particularmente vulneráveis. Um importante aspecto dessa geografia diz respeito ao planejamento urbano. Na grande maioria dos casos, não construímos cidades levando em conta como elas poderiam enfrentar eventos desse tipo.

Depois do Katrina, tivemos, em 2012, o furacão Sandy, que impactou fortemente a costa de Nova York. Isso fez com que as pessoas percebessem que o desenvolvimento futuro da cidade de Nova York precisa incluir preparações para eventos desse tipo. Algumas providências, como a instalação de geradores alternativos para produzir eletricidade, não dizem respeito diretamente às Ciências Sociais. Mas outras, como a criação de sistemas de evacuação ou sistemas de atendimento a pessoas desabrigadas, são questões de Ciências Sociais.

Trabalhos como os realizados por agências humanitárias em várias partes do mundo, dando assistência a refugiados por causa de guerras ou desastres naturais, tendem a se tornar cada vez mais importantes, inclusive em países ricos.

Aprendemos com esses eventos que a pobreza e a desigualdade são fatores definidores dos impactos de furacões ou outros desastres. Quando existe água por todos os lados, quem vive nas áreas mais baixas e alagadiças? Os pobres. Quando existe vento por todos os lados, quem vive em construções mais vulneráveis e sujeitas a desabar? Os pobres. A importância das desigualdades foi claramente evidenciada em New Orleans por ocasião do Katrina.

Temos outra importante questão social, que diz respeito às pessoas que vivem sozinhas. Na sociedade contemporânea, há mais pessoas vivendo sozinhas do que em qualquer época anterior. E essas pessoas são especialmente vulneráveis no contexto de desastres.

Capitalismo
Do meu ponto de vista, uma das primeiras condições para as Ciências Sociais, especialmente para as Ciências Sociais críticas, que eu acredito serem as ciências reais no caso, é reconhecer que “Tina” (acrônimo para “There is no alternative” – “Não há alternativa”) não é verdade. Quase sempre há alternativas, algumas melhores, outras piores. Se acreditarmos que aquilo que existe atualmente é natural, necessário, inevitável, seremos incapazes de entendê-lo. Não apenas não entenderemos os futuros possíveis, mas também não entenderemos a realidade corrente, porque não entenderemos por que esse conjunto específico de condições existe e não outros. Eu acho que este ponto de vista crítico não é propriedade de nenhuma corrente de pensamento específica. Mas precisamos reconhecer que aquilo que existe é apenas parte do possível, se quisermos entender tanto a realidade corrente como as realidades futuras.


 

Fonte: Agência Fapesp/Por José Tadeu Arantes








 

Considerado uma das maiores invenções do setor portuário, o contêiner – também conhecido como contentor em Portugal e nos demais países de expressão portuguesa –, criado na década de 1930 nos Estados Unidos, é hoje responsável pela movimentação de 95% das cargas que são transportadas pelos mares do planeta. Seu aparecimento revolucionou não só o transporte por navio como requalificou o modal ferroviário que, no Brasil, na década de 1970, parecia com os dias contados, o que levou imprudentes gestores públicos a sucatear a malha que existia, a ponto de hoje várias antigas estações terem virado centros de convivência ou de exposição de artes populares.

Ao mesmo tempo, a caixa metálica ressuscitou o transporte por rios e bacias hidrográficas, com a utilização de barcaças que em comboio chegam a carregar até 200 contêineres de uma só vez, o que significa menos 200 veículos pesados nas rodovias e mais segurança para a carga, além de redução do consumo de combustível e de emissão de gases de efeito estufa.

Embora seja invenção do norte-americano Malcom Mc Lean, que criaria a Sea-Land (depois Maersk-Sealand), o contêiner é hoje praticamente um produto chinês. De 2 milhões a 2,5 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) fabricados no mundo, 90% saem com a chancela made in China. Calcula-se que no planeta existam mais de 33 milhões de TEUs, o que equivale a 3 TEUs para cada TEU de capacidade no transporte marítimo.

Como é o país-líder na exportação de cargas manufaturadas, a China tratou de se consolidar também como a maior fabricante de contêineres, pois passou a depender majoritariamente dessa caixa metálica para garantir a distribuição de seus produtos a preços competitivos. É por isso que os fabricantes chineses de contêineres concentram suas plantas em locais próximos às zonas portuárias e exportadoras, especialmente em Xangai, o mais importante porto do mundo.

Um contêiner de 20 pés fabricado na China sai em média por US$ 2 mil, mas um de 40 pés pode custar US$ 3 mil, o que representa uma economia significativa. Mesmo assim, o contêiner de 20 pés é o mais utilizado, principalmente para o transporte de cargas mais pesadas e de menor valor agregado. Já o de 40 pés é reservado para cargas mais volumosas e de maior valor agregado.

Com preços tão altos, obviamente é mais vantajoso recorrer ao leasing, o que ficou claro a partir da década de 1970. Com isso, muitas empresas de transporte marítimo não precisaram investir tanto em contêineres, o que permitiu o crescimento da indústria do leasing. Atualmente, o aluguel de um contêiner dry está na faixa de US$ 1 a US$ 1,5 por dia.

Hoje, cinco empresas de leasing dominam boa parte do mercado e mantém frotas de 1,5 milhão de TEUs cada. Unidas, representam 40% da frota mundial. Já as empresas de transporte marítimo têm procurado aumentar sua própria frota de contêineres, ficando com 60% do mercado.

Como a China domina esse mercado, o frete para aquele país é mais baixo do que para outros lugares, ainda que a distância seja maior. É que o frete é calculado em função da escala e do imediato retorno que o contêiner pode obter, fator fundamental para suprir a forte demanda no mercado asiático.



* Por Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)









 

Há uma forma de jornalismo baseada em estatística que, se oferece às vezes ao leitorado informações pertinentes, possibilita ao dono do veículo ou ao editor tomar partido sem se posicionar claramente. Tira as castanhas do fogo com mão de gato.

Isto porque a estatística pode ser manuseada e produzir confirmação de qualquer coisa ... e de seu contrário. Transforma-se em entimema, a comprovação de uma tese a partir de um exemplo único.

Basta notar os malabarismos que são feitos na divulgação das pesquisas eleitorais, mesmo daquelas com resultados considerados acachapantes. Quando há “margem de erro”, então, a dança fica frenética.

Matérias estatísticas servem como luva às operações de intoxicação. Há uma tese a ser difundida, torturam-se os números e, sem explicitá-la, ela emerge dos “fatos”.

Como há, em regra geral, um pessimismo mentiroso nos grandes veículos, nada mais natural que usar esse método para tentar desconstruir aquela que é - do ponto de vista dos trabalhadores - a característica mais positiva da conjuntura, qual seja a situação do mercado de trabalho e do emprego.
É o que grandes veículos vêm fazendo, um deles tendo indicado com alarde que “menos qualificado sustenta boom de empregos no país”. E como poderia ser de outra maneira em se tratando, como é o caso, da criação de quase dez milhões de empregos com carteira assinada em sete anos?
A própria matéria estatística se encarrega de mostrar que na explosão (e não boom) destes empregos menos qualificados, a média de remuneração é apenas 20% inferior à média geral das remunerações e pouco mais de 20% superior ao salário mínimo, digo eu.

Os salários são baixos no Brasil, isto é certo, porque enfrentamos ainda uma das heranças malditas da ditadura militar. Mas, na contramão de uma estratégia “chinesa”, de compressão de salários, temos avançado na criação de empregos formais e de sua melhor remuneração, a começar pelo ganho real do salário mínimo que impulsiona toda a grade salarial e qualifica os empregos.

 


* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

 

 

 

O diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas, Luiz Carlos de Souza ministrará palestra sobre o sindicalismo brasileiro e a engenharia, nesta segunda-feira (11/8), a partir das 19h30, na 8ª Semana Tecnológica da Engenharia Civil. A atividade, que termina no dia 15 próximo, acontece em Campinas (SP), e é uma realização da Faculdade Metrocamp e o Grupo IBMEC Educacional, com o apoio institucional da Federação Nacional dos Técnicos Industriais (Fentec) e do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado de São Paulo (Sintec-SP). Confira, neste link, a programação completa do evento.

Na ocasião, a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas receberá  homenagem pelos seus 34 anos de existência.

A 8ª Semana Tecnológica da Engenharia Civil acontece na Rua Sales de Oliveira, 1661 – Vila Industrial.


 

Imprensa SEESP









Nesta terça-feira (12/8), às 15h30, na sede do SEESP, engenheiros e arquitetos da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) realizam assembleia conjunta para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta: mobilização na Câmara Municipal na Audiência Pública do dia 13 de agosto; ações a serem adotadas no andamento da campanha salarial; organização e mobilização nas áreas; e informações sobre nossas atividades junto aos vereadores. As categorias reivindicam piso salarial equivalente a 8,5 salários mínimos; reposição das perdas salariais; mudança na Lei Salarial 13.303/02; e valorização profissional.

Estão em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo o Projeto de Lei Ordinária (PLO) 03/2014 e o Projeto de Lei (PL) 312/2014 que transformam a carreira e o sistema de remuneração dos engenheiros e arquitetos municipais, não contemplando um piso equivalente a 8,5 salários mínimos. Ambos, perpetuam as perdas salariais dos últimos sete anos e extinguem benefícios e conquistas históricas dos servidores, como o quinquênio e a sexta-parte. O Executivo enviou, ainda, o PL 311/2014 que cria 800 novos cargos de analistas com salários entre R$ 9 mil e R$ 21 mil. Ou seja, uma classe A de analistas ante a manutenção salarial dos atuais engenheiros e arquitetos numa classe B de profissionais.

Audiência Pública
Nesta quarta-feira (13), às 10h, será realizada audiência pública para tratar do PL 312/14, que transforma os atuais especialistas em analistas, impõe a remuneração por subsídios, subtrai benefícios e consolida as nossas perdas salariais (hoje em torno de 50%) desde 2007.

A organização e mobilização das categorias já encontram ressonância na Câmara Municipal. Em decorrência desse trabalho, todos os vereadores têm conhecimento das reivindicações. O movimento ressaltou, também, a importância dos engenheiros e arquitetos municipais na administração da cidade e, sobretudo, por sua atuação na busca de soluções para os problemas enfrentados pelos seus munícipes, sobretudo aqueles das regiões mais carentes.


 

Imprensa SEESP










O número de hortas em espaços vazios, mesmo numa grande metrópole, é uma prática comum e que gera renda a algumas famílias. “Os preços podem variar de acordo com a região e algumas pessoas chegam a viver exclusivamente desta atividade”, conta a cientista social Michele Rostichelli. Na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), ela empreendeu um estudo para saber quem são as pessoas que produzem esses alimentos, as características destas famílias e suas origens.

Na pesquisa de mestrado “Entre a Terra e o Asfalto: a região metropolitana de São Paulo no contexto da agricultura urbana”, a pesquisadora entrevistou componentes de 26 famílias que produzem hortaliças na Região Metropolitana de São Paulo, mais especificamente na região do ABC — nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema e Mauá —, e no bairro de São Mateus, na zona leste de São Paulo. Boa parte destas pessoas já teve convivência com as práticas agrícolas. “A maioria vem do nordeste do Brasil ou do interior de São Paulo e chegaram por aqui para tentar a vida”, conta.

Foram mais de dois anos de observações e entrevistas nas áreas de plantações. Estes locais são, principalmente, sob as linhas de eletricidade da Eletropaulo, que a pesquisadora denomina como “linhões”, e terrenos vazios. “Os ‘linhões’ são espaços que abrigam as grandes torres de eletricidade onde, por segurança, não se permite a construção de moradias e o plantio de árvores de grande porte”, explica. É justamente nesses terrenos que as pessoas cultivam suas hortaliças, principalmente alface e coentro. “Mas a produção se estende para outras culturas, como agrião, escarola, e até banana”, conta Michele. Segundo ela, a ocorrência de hortas nas cidades estudadas teve início nas décadas de 1970 e 1980, período em que se podiam encontrar chácaras e sítios nesses locais.

Preços de mercado
As hortaliças são comercializadas nos bairros próximos às plantações e os preços, segundo Michele, podem variar de acordo com a região. “Numa das hortas próximas a um bairro de classe média em Santo André, por exemplo, a alface chega a custar R$ 2,00. Mas em outro local onde a maioria dos moradores é de baixa renda, pode-se comprar por R$ 1,00. Dificilmente os preços praticados ficam acima dos valores comercializados nos grandes supermercados ou feiras livres”.

Sem uso de agrotóxicos
Outra característica das hortaliças comercializadas é o não uso de agrotóxicos ou fertilizantes químicos. “Entre os entrevistados, quase todos afirmam que não se utilizam de qualquer elemento químico. Usam adubos naturais, como torta de mamona, estercos, cinzas de madeira e, por vezes, calcário para controle do ph da terra”, descreve Michele. Mesmo assim, as hortaliças não podem ser consideradas orgânicas porque as sementes adquiridas são “tratadas”. Michele conta que são compradas, principalmente, nas cidades de Suzano e Mogi das Cruzes, região da grande São Paulo, denominada “cinturão verde”.

Michele acredita que a prática da agricultura em espaços vazios das grandes cidades deve permanecer e até crescer, visto que há incentivos para criação de hortas comunitárias pela vizinhança organizada, ONGs e até de administrações municipais. “Vale lembrar que nas áreas sob os ‘linhões’ a concessão é dada pelas prefeituras”, ressalta. Em quase todas as hortas analisadas no estudo, o espaços de plantios têm, em média, 200 metros quadrados (m2) e os agricultores não dispõem de maquinários agrícolas, o trabalho é manual, “Eles usam ferramentas tradicionais, como enxadas, pás, etc.” E de acordo com a cientista social, ainda existem muitos espaços nas cidades que podem ser utilizados para a atividade. A pesquisa de Michele teve a orientação da professora Valéria de Marcos e foi apresentada no Departamento de Geografia Humana da FFLCH.


 

Imprensa SEESP
Fonte: Agência USP de Notícias










Em 2013, ano da aprovação do novo marco regulatório portuário (Lei nº 12.815), o Porto de Santos movimentou 114 milhões de toneladas contra 33 milhões de toneladas em 1993, quando foi promulgada a antiga Lei dos Portos (nº 8.630). Para 2024, a previsão é que movimente 195 milhões de toneladas, mas há estimativas que prevêem 229 milhões.

Dentro da atual matriz de transporte, que privilegia o transporte rodoviário, será impossível dar conta de tamanha demanda. A única saída estaria em aumentar a participação das ferrovias no transporte de carga dos atuais 15% para pelo menos 60%. Para tanto, seria fundamental concluir o Ferroanel, que liga o Norte ao Sul do País, mas que, embora seja projeto da década de 1950, ainda está longe de sua conclusão.

E mais: é urgente pavimentar a BR-163, especialmente no Pará, onde a maior parte dessa estrada é de terra batida, deslocando o transporte de grãos do Centro-Oeste para o Norte, especialmente para o porto de Santarém, com o objetivo de desafogar os portos de Santos-SP, Paranaguá-PR, São Francisco do Sul-SC e Rio Grande-RS.

Para tanto, é preciso que muitas obras que exigem investimentos de longo prazo saiam do papel, como, por exemplo, a hidrovia Teles Pires-Tapajós, que facilitaria o escoamento no chamado corredor Norte. Só que o ritmo de investimento em logística no País tem sido lento demais. Basta ver que hoje o Brasil aplica 2,1% do seu Produto Interno Bruto (PIB) na melhoria da infraestrutura de transporte, ao passo que a China gasta 7,3% e a Índia 5,6%, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O problema é que as dificuldades são muitas, as obras incontáveis e os recursos não abundam num país cheio de carências em setores essenciais. Isso significa que é necessário estabelecer prioridades, já que será impossível fazer tudo de uma só vez. Uma prioridade seria investir maciçamente no potencial hidroviário do País, que hoje é subaproveitado. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), apenas 5% do que o Brasil produz são escoados por rios.

Já estudo preparado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra que de 63 mil quilômetros de extensão de rios, 41.635 são de vias navegáveis, das quais apenas 20.956 economicamente aproveitáveis, ou seja, 50,3%. Para a CNT, faltam manutenção e investimento em eclusas, abertura de canais, dragagem e outras obras imprescindíveis. No ano passado, de R$ 5,2 bilhões autorizados para investimento, o governo federal só conseguiu aplicar R$ 2,4 bilhões, ou seja, 46%.

O mesmo estudo aponta que seriam necessários investimentos estimados em R$ 50 bilhões para deixar a infraestrutura em hidrovias em boas condições.  Em outras palavras: se o governo aplicasse efetivamente o que costuma reservar em orçamento, nem em uma década essa meta seria alcançada. Como não consegue aplicar por ano sequer a metade do que prevê, nem em 20 anos o Brasil terá um sistema hidroviário eficiente.


* Por Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)








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