logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 69

MiltonLourenco2dentrocertoNunca como agora ficou tão evidente a necessidade de investimentos em infraestrutura logística. E não só em obras para facilitar o acesso de caminhões aos portos. É preciso também repensar a matriz de transporte brasileira, o que inclui a construção de uma rede de armazenagem para a produção agrícola no interior do País capaz de evitar que caminhões virem silos e as rodovias e vias de acesso aos portos se transformem em pátios de estacionamento.

Sabe-se que há investimentos na rede ferroviária e que, a partir de 2015, com a conclusão das obras do Ferroanel, será possível encurtar distâncias. Por exemplo: a distância ferroviária entre a região de Campinas e o Porto de Santos, que hoje chega a 280 quilômetros, vai cair para 180 quilômetros, pois a concessionária deixará de ser obrigada a usar no trecho que corta São Paulo a mesma linha de trens urbanos, sem limites de horário.

Tanto uma infraestrutura capaz de armazenar supersafras de soja, milho, açúcar e farelo como uma melhor distribuição de linhas férreas que transportem também contêineres e celulose podem tirar milhares de caminhões das rodovias. Mas não é só. Com mais de 9 mil quilômetros de costa, o País pode desenvolver também o seu sistema de cabotagem, estimulando o transporte de cargas entre os portos nacionais. Até porque o Brasil, ao contrário dos países do Hemisfério Norte, tem a vantagem de desfrutar de condições favoráveis de navegação durante todo o ano.

Sem contar que a cabotagem apresenta, em média, um custo 20% mais barato do que o modal rodoviário, além de oferecer mais segurança a determinadas cargas que exigem a presença de escolta, o que encarece o frete. É óbvio que se existissem só vantagens grande parte das cargas já teria mudado para esse modal.

Acontece que há obstáculos que impedem a cabotagem de se tornar competitiva, a começar pela pouca oferta de navios. Um dos maiores entraves é a burocracia aduaneira e portuária que, praticamente, dobra o tempo de entrega da carga. É verdade que a adoção do sistema Porto 24 Horas pela maioria dos complexos portuários do País pode ajudar a minorar o problema, mas, de antemão, já se sabe que a Receita Federal não dispõe de quadro de funcionários suficiente para atender a contento essa determinação. Aliás, o que se tem visto é a Receita diminuir a equipe que costumava atuar durante o dia para atender ao horário noturno. Dá-se o que popularmente é conhecido como “descobrir um santo para cobrir outro”.

Além disso, a cabotagem está sujeita, praticamente, às regras e ao mesmo tratamento dado ao transporte de longo curso. Ora, se a carga é doméstica, foge à luz da razão que tenha de ser submetida a uma fiscalização mais rigorosa ou demorada.  Para piorar, há ainda a questão do bunker, o combustível usado pelos navios. Incompreensivelmente, o bunker é mais barato para as embarcações de longo curso do que para os navios de cabotagem, já que aqueles estão isentos de impostos.

Por tudo isso, a cabotagem, historicamente, tem-se mostrado um modal sucateado e pouco atraente. Se houve nos últimos tempos um despertar para a questão da infraestrutura portuária, está na hora de o governo dedicar à cabotagem a atenção que o modal merece.

* por Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)


Imprensa - SEESP




Esta semana o programa de televisão do SEESP, o JE (Jornal do Engenheiro), traz entrevista com o engenheiro Allen Habert, diretor de articulação nacional da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados). Ele destaca a importância da educação para um Brasil que quer ser forte nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, desenvolvimento cujo condutor é o profissional, por isso, durante a jornada de trabalho precisar ter tempo para se requalificar. Nesse sentido, a CNTU elaborou projeto de lei que prevê 5% dos dias trabalhados para que o trabalhador liberal tenha condições de fazer cursos. “Isso dá um dia por mês, ou seja, 12 dias por ano. Temos hoje, no país, 10 milhões de profissionais com diploma, isso significa 10% da população economicamente ativa (PEA). É um patrimônio nacional, uma coluna vertebral decisiva para ganhar o campeonato da civilização”, defende.

Habert aborda, ainda, a importância da implantação, em todo o território nacional, da internet em locais públicos e discorre sobre as várias campanhas nacionais que os integrantes da CNTU desenvolvem este ano. Ele observa que a entidade, no esforço de pensar o Brasil e fazer o país pensar também, tem como objetivo unir as culturas das diversas categorias, economistas, médicos, farmacêuticos, engenheiros, e outras, para poder quebrar as diferenças e, eventualmente, os “muros” em torno de um projeto comum para o bem da sociedade brasileira.

Campanhas salariais
O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, no quadro “No Ponto”, fala sobre as campanhas salariais dos engenheiros em andamento, destacando que o sindicato, nas mesas de negociação, luta não apenas por reajuste ou ganho salarial, mas desenvolvimento tecnológico que valorize o profissional dentro das empresas, sejam elas públicas ou da iniciativa privada.

Ainda no JE na TV, desta semana, você confere como foi a homenagem do SEESP aos 120 anos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), que reuniu diferentes gerações de profissionais formados pela instituição criada em 1893.

O programa vai ao ar para a cidade de São Paulo sempre às segundas-feiras, às 19h30, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet (neste link) no mesmo dia e horário. Outros 40 municípios paulistas e de outros estados têm grade variada (veja aqui).


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP

Apesar do crescimento, a internet ainda não pode ser vista como um instrumento de inclusão social e digital. De acordo com números apresentados pelo Cetic (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) durante a 7a edição do evento “Desafios e Oportunidades para os Provedores de Internet SVA e SCM”, realizado entre os dias 16 e 17 de maio, em São Paulo, os acessos e os provedores brasileiros ainda estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste.

De acordo com o gerente do Cetic, Alexandre Barbosa, a medição iniciada pelo órgão em 2005, em parceria com o IBGE, mostra que a concentração continua. Os dados apresentados nesta quinta-feira, 16, são ainda de 2011, mas o especialista afirmou que as tendências apontadas não estão muito longe dos dados de 2012, que serão divulgados em junho.

“A internet reflete a concentração econômica do País. Hoje, 43% dos cerca de dois mil provedores de internet brasileiros estão concentrados na região Sudeste”, disse. Na outra ponta, a região Norte responde pela menor concentração, com apenas 120 provedores.

A mesma discrepância, ressaltou Barbosa, se reflete nas tendências de acesso: 49% dos domicílios brasileiros conectados à internet estão na região Sudeste, sendo a grande maioria já com banda larga. Os percentuais altos continuam na região Sul (45%) e Centro-Oeste (39%). Mais uma vez, as regiões Norte e Nordeste respondem por 22% e 21%, respectivamente.

“E a concentração não é apenas geográfica. Ela também existe nas classes sociais”, ressaltou. Não por acaso, 96% da classe A brasileira tem acesso à internet. Na B, esse índice é de 76%, e na C, 35%. Mais uma vez, as classes D e E surgem distantes, com 5% de seus membros com acesso à internet. “O custo é a principal barreira apontada por esses usuários. É algo sobre o que precisamos pensar nos próximos anos”, disse Barbosa.

 

Fonte: Convergência Digital - por Fabio Barros - 16/05/2013




Após duas rodadas de negociações, a direção do Metrô tem demonstrado inflexibilidade às reivindicações de aprimoramento do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria. Não obstante os nossos argumentos, a empresa mantém-se irredutível sob justificativas de impedimentos engendrados pelo Governo do Estado, inviabilizando qualquer avanço substantivo nos itens até aqui abordados.

Mesmo diante desse quadro, o SEESP conseguiu que a empresa se dispusesse a discutir alguns assuntos da pauta e apontasse para a viabilização de canais de comunicação para tratarmos dessas demandas. Acompanhe, a seguir, cada um dos itens discutidos na mesa de negociação:

Plano de Carreira
O SEESP luta pela implantação no plano de carreira da progressão em Y, valorizando o engenheiro e permitindo-lhe perspectivas de crescimento profissional, salarial e de futuro na companhia. Nessa direção, os representantes da empresa informaram que o Metrô está desenvolvendo um novo plano de carreira, no qual os engenheiros serão enquadrados dentro de parâmetros que contemplem as suas características profissionais. Nesse sentido, a empresa afirmou, também, que esse plano será devidamente apresentado ao SEESP e aos engenheiros.

Plano de Saúde
Diante dos argumentos apresentados pelo SEESP para que o Metrô aumente a sua participação nos recursos destinados ao Metrus Instituto de Seguridade para o aprimoramento do plano de saúde, bem como a destinação, na sua totalidade, dos 2% hoje descontados dos salários para o Plano de Saúde e Odontológico dos Aposentados, o diretor do instituto, presente à reunião, se comprometeu a expor e debater o assunto com os engenheiros na próxima rodada de negociação a ser marcada na sede do SEESP. Trata-se de uma das principais preocupações dos engenheiros. Por isso, vamos continuar lutando para o seu aprimoramento e condições de acesso a todos.

Negociação e assembleia
No dia 22 de maio, às 15h, no Hotel Excelsior, localizado na Avenida Ipiranga, 750, Centro, será realizada mais uma rodada de negociação salarial, onde a empresa apresentará as contrapropostas as nossas reivindicações de natureza econômica. Destacando-se, entre outras: reposição salarial; aumento real de salário; salário mínimo profissional; PR (Participação dos Resultados) 100% proporcional, inclusive com o ATS (Adicional por Tempo de Serviço); remuneração adicional de férias; e vale-refeição.

Nessa mesma data, às 19h, na sede do SEESP, realizaremos Assembleia Geral Extraordinária para deliberarmos sobre as contrapropostas do Metrô e os encaminhamentos que daremos a nossa campanha salarial, lembrando que a empresa tem se mostrado bastante intransigente em conceder avanços. Assim, é fundamental a presença de todos à assembleia, pois os resultados que objetivamos alcançar dependem de nossa mobilização e disposição de luta.Compareça.

 

Fonte: Ação Sindical/SEESP




O SEESP manteve várias reuniões com a direção da CET-SP com o objetivo de estabelecer indicadores que caracterizem um desafio, mas que sejam resultados possíveis de serem atingidos pelos empregados. Com muito empenho, conseguiu-se manter a conquista antiga, prevalecendo o sistema N-1, que desconsidera o pior resultado nas metas a serem atingidas, com exceção do absenteísmo que é individual. Nessa negociação foi importante a participação, pelo SEESP, dos delegados sindicais que puderam apresentar suas considerações sobre cada indicador. Na negociação do dia 8 último, empresa e sindicatos fecharam acordo com as seguintes metas:


Indicadores Gerais (para todos os empregados)

a)       Acidente do Trabalho: inclui acidentes típicos e de trajeto.    
         Apuração: de junho a novembro de 2013
         Meta: Até 103 acidentes

b)       Velocidade nos Corredores (medição semanal pela CET)
         Apuração: de junho a novembro de 2013
          Meta: 14 Km/h no mínimo

Indicador individual

         Absenteísmo (medição do absenteísmo de cada empregado)
         Apuração: de 11/05/2013 a 10/11/2013
         Meta: até 3,5%

Indicadores por Diretoria

a)       DA – Disponibilidade de frota (será considerada a indisponibilidade
         quando ultrapassada a reserva  técnica de veículos)
         Apuração: de junho a novembro de 2013
         Meta: 85%

b)       DO – Tempo de disponibilidade da Equipe de Campo
         Apuração: de junho a novembro de 2013
         Meta: 05h10

c)       DS – Reprogramação do tempo semafórico
         Apuração: de junho a novembro de 2013
         Meta: 890 cruzamentos

d)       DP – Atividades de educação para mobilidade sustentável
         Apuração: de junho a novembro de 2013
         Meta: 12.495 atendimentos

 

Fonte: Ação Sindical/SEESP




Diretores do SEESP mantiveram reunião com o presidente da Fundação Cesp, Martin Glogowsky, no dia 6 de maio último. Na ocasião, trataram do plano de saúde, do risco iminente, das ações 4.819 e da saúde financeira da entidade. Após as discussões, foram apresentadas as principais conclusões:

1- Plano de Saúde

- O sistema de saúde tem reservas para cumprir todas as exigências da ANS (Agência Nacional de Saúde);

- Serão intensificadas ações para a migração do PES para o Nosso Plano, visando atender melhor o associado, inclusive será realizada uma campanha para esclarecer as vantagens dessa migração;

- A fundação realizou uma pesquisa sobre o grau de satisfação dos associados com relação aos planos de saúde e se diz empenhada em adotar medidas necessárias para atender às necessidades dos participantes e aumentar ainda mais os índices de satisfação;

- Foram tratados ainda os seguintes assuntos: autorizações dos exames e procedimentos operatórios, que, ultimamente, têm causado problemas ao associado.

2- Risco iminente

Foi explicado que o assunto deve ser tratado com as patrocinadoras, pois a Fundação não tem outra alternativa a não ser cumprir as determinações das mesmas. Várias tentativas de acordos foram feitas no passado, porém sem sucesso. A Cesp teria de depositar na Fundação uma quantia muito alta para resolver a questão de seus empregados e, tempos atrás, a Cteep aceitou negociar um aporte de uma parte do valor da época para resolver suas pendências. Mas tal acordo não foi aceito pelas demais patrocinadoras.

3- Ações 4.819

O presidente da Fundação mostrou-se preocupado com o problema, que pode afetar os participantes da mesma. Tais ações, movidas pela Associação dos Aposentados da Cesp-AAFC, são contra a Secretaria da Fazenda Paulista, a Cteep e a Fundação como parte solidária. As ações principais datam do período de 1980 a 1985. O SEESP, contrário a essas ações e visando preservar o patrimônio do Plano Suplementar de Aposentadoria, que efetivamente foi constituído pelos empregados admitidos posteriormente a revogação da Lei Estadual n° 4.819, entrou na Justiça solidário à fundação e contrário à AAFC.

4- Saúde financeira

A Fundação é considerada uma das melhores instituições de previdência privada do País e está imune à possíveis reduções dos quadros das Patrocinadoras e aos saques de 25% da reserva matemática da parte do associado, quando este solicita sua aposentadoria.

 

Fonte: Ação Sindical/SEESP




HelioGuerraPoliA homenagem que o SEESP prestou, na noite do dia 15 último, na capital paulista, pelos 120 anos de criação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), reuniu diferentes gerações de politécnicos que se mostraram emocionados e agradeceram a iniciativa do sindicato. Com 60 anos de formado em engenharia elétrica, Antonio Hélio Guerra Vieira [foto ao lado], também ex-reitor da USP, na década de 1980, falou de sua opção pelo curso numa época, em 1940, onde a “moda” era estudar Direito. “Vim do interior [paulista] com a missão de seguir uma tradição”, referindo-se à advocacia. No entanto, lembra, foi “contaminado” por alunos de uma escola do Estado, que ficava na Rua São Joaquim, em São Paulo, que estavam se direcionando para a área de exatas. Vieira falou, ainda, do privilégio de ter feito todos os seus cursos escolares, desde o primário, em instituições públicas.

O diretor do SEESP e também formado pela Poli, Allen Habert, em sua exposição,  ressalvou que, quando se comemora os 120 anos de uma instituição, parabenizam-se muitas gerações de alunos, professores e funcionários e lembrou que o sindicato nasceu, também, a partir do esforço de politécnicos, e que quatro dos seus presidentes, entre 1934 e 1960, foram oriundos dessa escola. Habert agradeceu o pioneirismo dessa empreitada, que começou no final do século XIX, com o engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, formado em cursos na Alemanha na área ferroviária. A implantação da Poli, observa, mudou, definitivamente, a trajetória de desenvolvimento brasileiro, já que o país importava grandes projetos de engenharia da Inglaterra e da França. “Ou seja, a nossa Poli nasce da boa política.”

HabertPoliPara melhorar e estreitar a relação entre o sindicato e a Poli, o dirigente [foto ao lado] apresentou seis itens propositivos, entre eles: lutar por políticas públicas nas áreas de tecnologia e de inovação, como a internet pública em todo o Estado de São Paulo; estabelecer parceria com o Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), instituição cujo mantenedor é o SEESP e entrará em atividades em 2014; defender um sistema nacional de educação continuada, conforme proposta da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados); e estimular a filiação dos estudantes ao sindicato.

Metrô e pré-sal
O nascimento da indústria de informática brasileira na Poli foi destacado pelo seu diretor e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, José Roberto Cardoso, assim como outros importantes processos e intervenções de inovação e tecnologia. “Em 1970, um aluno da Poli, do curso de engenharia eletroeletrônica, criou o primeiro call center no País, o 0900. O Buscapé, um site de busca, também nasceu na Poli.” Cardoso falou com orgulho que a escola é quem faz toda a análise de segurança do metrô de São Paulo, desde sua implantação. Falando sobre os novos desafios da instituição, o diretor disse que a Poli busca outros horizontes, por isso se instalou na cidade de Santos para ajudar na pesquisa do pré-sal e na formação de profissionais para o setor.

MurilhoCardosoO professor, com muito orgulho, agraciou o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, com uma medalha comemorativa dos 120 anos da Poli-USP [foto ao lado].

Passado e presente
O pró-reitor de Pós-Graduação da USP, professor Vahan Agopyan, acredita que São Paulo teve a sorte de ter líderes políticos com visão de futuro e vanguarda. “Apesar de ser um estado muito agrícola na época e ter poucos recursos financeiros, nossos líderes investiram na educação, criando as primeiras escolas, no País, laicas, profissionais e de engenharia. Ou seja, investimos no desenvolvimento, investimos certo.”

RafaelPoliO presidente do Grêmio Politécnico, Rafael Ganzerli Auad [foto ao lado], agradeceu ao SEESP pelo evento e disse que estava orgulhoso por participar da solenidade. Em seu discurso, mencionou que mais do que lidar com concreto, metais, eletricidade, a verdade é que o engenheiro lida com a vida, com o material humano. “Por isso, a Poli é muito mais que os seus prédios e laboratórios, ela é alma movida a pessoas.” Informou, ainda, que o grêmio, criado em 1903, alcança mais de um século de existência neste ano. “São 110 anos onde discordamos, concordamos, brigamos, mas sem perder o diálogo”, ressaltou, referindo-se à relação com a direção da escola.

Crescimento nacional
Finalizando a solenidade, Murilo Pinheiro observou que a Escola Politécnica não apenas ajudou o desenvolvimento e o crescimento do estado paulista, mas de todo o Brasil. “Não dá para medir o valor desta escola para o país, que contribuiu não apenas na parte técnica e tecnológica, mas também na política. Por isso, o meu parabéns a São Paulo e ao Brasil pelos 120 anos da Poli”, comemorou.

MesaPoliCompuseram a mesa do evento, ainda, o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes; a vice-prefeita da cidade de Diadema e presidente da Delegacia Sindical do SEESP do Grande ABC, Silvana Guarnieri; e o presidente da Associação dos Engenheiros Politécnicos, Kamal Mattar. Outras autoridades prestigiaram o ato, como o engenheiro naval e capitão-de-mar-e-guerra, Jordi Gracia Angelats.

* Veja aqui a história da Poli-USP


 


* Para ver todas as fotos desta solenidade clique aqui.


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP
Fotos: Beatriz Arruda 




Após 15 anos da privatização das telecomunicações, é preciso recuperar o atraso do setor, recuperar o papel do Estado para assegurar infraestrutura, investir pesadamente na formação de conhecimento e recursos humanos e estimular a indústria criativa nacional. Os desafios da inclusão digital são temas de uma grande campanha da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados).

A 4ª Jornada CNTU - Brasil Inteligente pretende fazer soar um alarme com a mobilização de todas as suas categorias. Se a expansão de banda larga não for assegurada para todos, com urgência, o Brasil pode perder a corrida internacional desenvolvimento das TICs (tecnologias de informação e comunicação), face aos grandes investimentos para o setor anunciados por outros países.

No Brasil, os serviços são caros e velocidade é baixa. Com as telecomunicações foram privatizadas há 15 anos houve a privatização das telecomunicações, os preços  chegam a ser cinco a dez vezes superiores aos de economias avançadas, segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações), o que impede o país de vencer um dos grandes desafios que é a  inclusão digital, de modo que todos os brasileiros estejam conectados à rede mundial de computadores  em condições  adequadas com o atual paradigma tecnológico.

A disponibilidade de infraestrutura de telecomunicações é fator-chave para tanto. Outro aspecto decisivo é transformar a expansão da internet em meio de desenvolvimento tecnológico e industrial.

Banda larga e inclusão digital
Entre as principais razões destacam-se a falta de inversões públicas e a ausência de políticas para a coordenação do setor, desde a privatização das telecomunicações, ocorrida há 15 anos. Com a falta de investimentos do Estado, o setor privado organizou-se de forma a atender seletivamente os clientes, privilegiando em  geral famílias de alta renda residentes em grandes centros urbanos. Mesmo nas cidades grandes e nos segmentos sociais contemplados, há problemas graves, pois as prestadoras de serviços expandem lentamente suas redes de alta velocidade, privilegiando a expatriação dos lucros obtidos no Brasil e relegando para segundo plano os investimentos necessários à inclusão digital. Promovê-la significa ao menos assegurar disponibilidade de acesso, conteúdo adequado e capacitação dos usuários.

O PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) promete diminuir a exclusão, especialmente no quesito acesso, oferecendo banda larga por valor mensal que varia entre R$ 29,00, nos estados que aprovarem a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e R$ 35,00, nos demais. A CNTU alerta, no entanto, que não se pode desconsiderar o enorme desafio técnico, econômico e político que é viabilizar a oferta com nível satisfatório de qualidade a esse preço.

Apesar da adesão e do entusiasmo da sociedade brasileira com a internet, o País possui uma das piores infraestruturas existentes. Exceção é a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), pública, bastante avançada e em permanente expansão. Financiada pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, é a maior do Brasil, conectando as principais universidades e institutos de pesquisa, mas ainda deixando em desvantagem regiões como o Centro-Oeste, Norte e as de fronteira.

Além de enfatizar o papel do Estado no forte investimento na infraestrutura, a CNTU defende a valorização do produto nacional. Com a privatização, a indústria brasileira de fabricantes de equipamentos de telecomunicações foi extinta. A campanha defende parcerias estratégicas com a base científica já instalada em diferentes regiões do país e investimentos bem canalizados para transformar o quadro atual.

Entre as metas imediatas da campanha da CNTU está a de implantar a infraestrutura necessária para a realização dos grandes eventos esportivos em 2014 e 2016, conectando todas as escolas e demais serviços públicos nas cidades-sede da Copa. Uma conexão total da rede de ensino seria possível até 2018, assim como todos os serviços públicos.

Até 2022, ano do Bicentenário da Independência, o Brasil pode ter a banda larga universalizada, além de uma centena de empresas brasileiras de alta capacidade inovacional e produtiva em microeletrônica e produção de componentes;  Para além da infraestrutura, o Brasil pode figurar também entre os maiores produtores mundiais de conteúdos e cultura digital, com adequadas políticas públicas de estímulo à sua inteligência.

Entre as recomendações da Campanha está a de  investir maciçamente  na formação  de conhecimento  e de recursos humanos na área de telecomunicações e na formulação de políticas públicas vigorosas que ampliem os incentivos às indústrias criativas.

A campanha "Pela Implantação da Internet Pública" será tema da edição nº 2 da revista Brasil Inteligente, que apresentará as oito campanhas da CNTU. O lançamento conjunto com um Kit das Campanhas será parte da programação da 4ª Jornada CNTU - Brasil Inteligente, que debaterá os desafios da década para que o país chegue ao Bicentenário da Independência, em 2022 com desenvolvimento e justiça social. As atividades terão início às 9h de 24 de maio (sexta-feira), no Auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.

Saiba mais sobre o evento aqui.


Fonte: CNTU




O brasileiro precisa trabalhar 5,01 horas por mês para se conectar à rede de banda larga fixa de 1 Mbps. No Japão, que aparece na última posição do ranking, a população precisa trabalhar 0,015 hora para pagar pelo acesso.

O preço médio da banda larga no Brasil é um dos que mais pesam no bolso do consumidor, considerando a relação entre o valor cobrado por 1 Mbps (megabit por segundo) e a renda da população. É o que mostra um levantamento feito com 15 países.

O brasileiro precisa trabalhar 5,01 horas por mês para se conectar à rede de banda larga fixa de 1 Mbps. O país só perde para a Argentina, onde são necessárias 5,15 horas. O Japão aparece na última posição do ranking: naquele país, a população precisa trabalhar 0,015 hora para pagar pelo acesso.

O levantamento foi feito pelo economista e professor da FGV Samy Dana em parceria com o graduando em Economia pela UFV-MG (Universidade Federal de Viçosa) Victor Candido.

Os cálculos foram feitos com base nos dados do relatório The State of the Internet (da consultoria Akamai) e do Internet World Stats Broadband Penetration (do Internet World Stats). Para se chegar à renda média per capita de cada país, foram usados dados do Banco Mundial.

Segundo esses dados, o preço médio do acesso no Brasil a uma velocidade de 1 Mbps é de US$ 25,06, ou cerca de R$ 50,52 por mês segundo a cotação de 10 de maio. Considerou-se uma renda média por hora, per capita, de US$ 5, ou R$ 10,08.

Para efeito de comparação, no Japão, o valor médio cobrado pelo acesso à internet é de US$ 0,27, ou R$ 0,55. Como a renda média per capita recebida por hora lá é mais alta (US$ 18 ou R$ 36,32), a quantidade de horas de trabalho necessárias para se fazer o acesso é bem menor.

Na pesquisa, foram selecionados países que lideram o acesso à internet no mundo, entre nações desenvolvidas e emergentes.

Tributos e concorrência
Para o economista Samy Dana, o alto preço cobrado no Brasil tem relação com a alta carga tributária: enquanto o país paga 40% de impostos sobre os serviços de banda larga, no Japão os tributos representam 5% do preço.

"De um lado, existe um governo que tributa muito. Por outro lado, o setor tem poucas empresas, o que faz com que a concorrência seja pequena para a dimensão que o país tem. Um setor de pouca competição e com regulação ineficiente deixa o consumidor refém do preço. O resultado é um serviço ruim e caro, que acaba sendo um entrave para o desenvolvimento do país", diz o economista.

Preço caiu desde 2008
O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, questiona a comparação com países como o Japão.

"O brasileiro também gasta mais tempo para comprar um automóvel ou um iPad do que um japonês. Mas pesquisas mostram que o preço da banda larga fixa caiu 68% desde 2008 no Brasil", afirma. "Se o serviço fosse tão caro, não haveria tanta gente usando."

Levy afirma que a cobrança de acesso a uma velocidade de 1 Mbps por US$ 25,06, ou pouco mais de R$ 50, não é realidade no país, sobretudo por causa das promoções feitas pelas empresas.

A associação cita dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT), organismo da ONU, que mostram que o brasileiro gasta, em média, US$ 17,22 ao mês com banda larga, ou R$ 34,86. No Japão, segundo a UIT, o gasto médio mensal é de US$ 24,41, ou R$ 49,41. A pesquisa da UIT não fala em velocidade (considera apenas o valor mensal para fazer um download de 1 Gigabyte).

Os realizadores do estudo dizem que o valor usado é uma média geral, considerando cidades de todos os portes.
 

Fonte: Folha de São Paulo




“O rápido crescimento econômico nos Brics [Brasil, Rússia, Índia e China] faz com que o mundo tenha que produzir cada vez mais energia. Estima-se que a demanda de energia primária total em 2035 será 50% maior do que a atual”, disse Shuji Aihara, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade de Tóquio.

“O transporte em massa entre os países também tem se tornado mais importante para manter as atividades econômicas mundiais. Por conta de fatores como esses, um dos principais desafios atuais da engenharia está no aumento da produção de petróleo e gás e no transporte dessas fontes de energia com segurança”, disse Aihara.

De acordo com Aihara, uma grande variedade de estruturas, como dutos de transporte, navios e estruturas em alto-mar, tem sido desenvolvida e construída nos últimos anos para dar conta dessa demanda. O grupo de pesquisa que o cientista coordena investiga tecnologias e formas de fazer com que essas estruturas sejam mais seguras, tanto para o homem como para o meio ambiente.

O objetivo é diminuir as chances de que ocorram desastres em petroleiros, como no Exxon Valdez, que naufragou em 1989 na costa do Alasca derramando mais de 40 milhões de litros de petróleo que se espalharam por mais de 20 mil quilômetros quadrados. Ou acidentes em plataformas, como a explosão na Deepwater Horizon da BP, no Golfo do México, que lançou ao mar mais de 700 milhões de litros de óleo. Ocorrências como essas provocam danos enormes ao meio ambiente.

Aihara e equipe pesquisam a resistência e durabilidade de estruturas usadas atualmente para a exploração e o transporte de petróleo e gás, e, no futuro, de hidrogênio e outras fontes de energia. “A pressão e a distância de dutos têm aumentado constantemente de modo a satisfazer a demanda energética. Na ‘sociedade do hidrogênio’ [que o cientista considera o combustível do futuro], o transporte de gás continuará sendo necessário.”

Outro tipo de transporte que, de acordo com Aihara, será importante no futuro é o de dióxido de carbono. “Sistemas de transporte em massa de CO2 serão necessários para o sequestro e o armazenamento de carbono de fontes antropogênicas para locais como reservatórios subterrâneos. Por isso, dutos de longa distância continuarão em uso e novos tipos serão necessários”, afirmou.

Os pesquisadores japoneses desenvolveram um modelo computacional para simular o comportamento dessas fissuras em dutos e observaram que os dutos para transporte de hidrogênio se mostraram mais seguros do que no caso do transporte de petróleo e gás.

 

Fonte: Agência Fapesp




Receba o SEESP Notícias *

agenda