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Confira o vídeo do evento

       Em 29 de outubro último, ocorreu na sede do SEESP, na Capital paulista, o Dia da Engenharia Alemã. Promovido pela VDI (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha), entidade com que o sindicato firmou convênio de cooperação para intercâmbio de conhecimento e realização de uma série de atividades conjuntas, o evento incluiu seminário e exposição de empresas multinacionais alemãs. Reuniu aproximadamente 250 participantes. Clique aqui para conferir o vídeo da atividade.

 

 

      O emprego na construção civil deve crescer 8% em 2010. Isso significa que serão criadas 180 mil vagas com carteira assinada em todo Brasil, 52 mil delas no Estado de São Paulo. Assim, o setor encerrará o ano que vem com mais 2,4 milhões de trabalhadores contratados, 700 mil atuando nas obras paulistas, estima o Sinduscon-SP (Sindicato das Indústrias da Construção Civil). “O crescimento da construção em 2010 será comandado pela ampliação dos investimentos públicos e privados”, afirma o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe. As obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o programa governamental ‘Minha Casa, Minha Vida’, a construção de infraestrutura para o País sediar a Copa do Mundo em 2014 e, principalmente, a perspectiva de expansão do mercado imobiliário garantirão um bom ano para os trabalhadores do setor.
       Melhor até que 2009. O emprego no ramo foi um dos mais atingidos pela crise, mas também um dos primeiros a reagir. Numa demonstração de força, bateu recorde na criação de vagas: 212 mil pessoas foram contratadas nos primeiros nove meses do ano. O número de trabalhadores que atuam hoje na construção civil (2.296.899) nunca foi tão alto. Por tudo isso, a projeção de crescimento de 8% para 2010 pode até ser considerada tímida.
       “Eu acho que podemos superar essa estimativa”, avalia Antonio Ramalho, presidente do Sintracon-SP (Sindicato dos trabalhadores da construção civil). “Haverá vagas para todo tipo de profissional, do pedreiro ao engenheiro, porque a cadeia toda vai se movimentar.”

 

Jornal da Tarde
3/12/2009
http://www.jt.com.br

 

 

       Às vésperas do Carnaval 2009, os trabalhadores da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), em São José dos Campos, receberam um comunicado da companhia cujo teor nada tinha a ver com a alegria do feriado que se seguia. Alegando ter sido atingida pela “crise sem precedentes que afeta a economia global, em particular o setor de transporte aéreo”, anunciou o corte de 20% do seu efetivo de 21.362 funcionários.
      Arredondados os números, perderam seus empregos 4.200 trabalhadores, entre eles cerca de 300 engenheiros, embora o anúncio oficial tenha assegurado que “a expressiva mão-de-obra da engenharia mantém-se engajada nos programas de desenvolvimento de novos produtos e tec­nologias, que prosseguem inalterados”.
      É inegável que a companhia, cuja receita provém em sua maior parte do mercado externo, é mais impactada pela situação econômica que outras indústrias. No en­tanto, também é fato que, até pela sua importância, não é aceitável que a Em­braer simplesmente ponha na rua milha­res de trabalhadores de uma hora para outra. É necessário que a companhia reflita sobre seu compromisso com a so­ciedade brasileira, que, inclusive, muito se orgulha de ter uma empresa nacional reconhecida pela excelência num setor de ponta da indústria mundial, que é o aeroespacial. Em seus quadros, calculam--se 8 mil profissionais do setor tecno­ló­gico, sendo 5 mil engenheiros de alta qua­lificação, inclusive devido ao elogiado programa de formação próprio dessa mão-de-obra que a indústria mantém.
      Assim, embora já tenham sido anuncia­das, é preciso ainda discutir tais demis­sões e buscar formas de reverter o qua­dro que se configura desastroso. Em todo o Brasil, a maturidade do movi­mento sin­dical e a postura correta das empresas têm permitido acordos que mantenham os empregos, numa aposta realista na superação da crise.
      Essas medidas são essenciais, não só para evitar que milhares mantenham seus pos­tos e possam garantir seu sus­tento e o de suas famílias, mas também à proteção da economia como um todo, já que, obviamente, sem salário não é possível consumir. Claro está que o im­pacto da decisão da Embraer não atin­girá apenas os que foram dispen­sa­dos, mas provavelmente o comércio e servi­ços locais, considerando que 4.200 en­genheiros, técnicos e operários de alto padrão ficaram sem renda. 
      Nessa empreitada, há tarefa para todas as instâncias de Governo – federal, esta­dual e local. E, sobretudo, será funda­mental a uni­dade de ação do movimento sindical e sabe­doria para agir em defesa dos trabalhadores.

 

 

Maria do Carmo Arenales

      As atribuições definem as atividades que o profissional pode desenvolver, a partir da formação técnico-científica. Essas estão previstas de forma genérica nas leis e, de forma específica, nas resoluções do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia). Ao propor resoluções, o órgão toma por base os currículos e programas fornecidos pe­las universidades e, para efeito de fiscalização, discrimina todas as atividades técnicas que se pode desenvolver, de acordo com cada modalidade.
       Assim, o artigo 5º da Resolução nº 218, de 29 de julho de1973, descreve as competências rela­tivas ao engenheiro agrônomo, como: recursos naturais renováveis; ecologia; defesa sanitária; química agrícola; microbiologia agrícola. Logo, temos a competência de atuar com técnicas sustentáveis em agroecologia, pois corresponde a cadeira de nossa grade curricular, e também com os defensivos químicos.
      Como engenheira agrônoma, tenho diversas comprovações científicas das eficácias da ho­meopatia em uso agronômico para o controle de pragas e doenças. Comprovadamente, não ne­cessitamos de defensivos químicos que causam impacto ambiental para a produção de alimentos vegetais ou mesmo de origem animal. Por isso mesmo, gradativamente moléculas de defensivos químicos são retiradas do mercado devido ao fato de gerarem resíduos e resistência às pragas-alvos. Conceitos sustentáveis como o manejo in­tegrado de pragas e doenças são cada vez mais divulgados entre agricultores, agrônomos, estu­dantes de agronomia, produtores orgânicos e pela própria indústria de defensivos. A homeopa­tia agronômica é uma ferramenta para o agri­cultor otimizar o que ele faz de melhor: produzir alimentos. A proposta é gradativamente reduzir os controles químicos, incrementar os predado­res naturais, reduzir o impacto ambiental e re­síduo em alimentos.
       No entanto, os engenheiros agrônomos estão impedidos de praticar essa terapia devido à não-regulamentação e, por extensão, ao não-cumpri­mento da Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Em seu artigo 9º, essa estabelece que: “Os insu­mos com uso regulamentado para a agricultura orgânica deverão ser objeto de processo de re­gistro dife­renciado, que garanta a simplificação e agilização de sua regularização.” No parágrafo único, afir­ma que “os órgãos federais compe­tentes defi­nirão em atos complementares os procedimentos para a aplicabilidade do disposto no caput deste artigo”. Na prática, como isso não é feito, pode­mos utilizar receituário agronô­mico controlado, porém não temos a permissão legal para pres­crever, produzir e comercializar produtos agro­nômicos homeopáticos.


Maria do Carmo Arenales é médica veterinária, bióloga e engenheira agrônoma,
especialista em homeopatia pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária

 

 

       Como primeiro ato no comando da Casa Branca, Barack Obama assinou, logo após assumir o cargo em janeiro último, a Lei Lilly Ledbetter, que proíbe a discriminação salarial de gênero. Nos Estados Unidos, segundo notícia divulgada pela Agência Reuters em 2 de fevereiro, em geral, eram pagos 23% menos a mulheres em relação aos homens em igual função.
       E no Brasil, qual a situação? Segundo a pesqui­sa­dora e professora associada da UFF (Universida­de Federal Fluminense), Hildete Pereira de Melo, elas ganham em média 70% do que um funcionário do sexo masculino, na mesma atividade. E quanto maior a escolarida­de, maior a desigualdade. “Por incrível que pareça, desde a década de 70 até hoje, o movimento femi­nista tem como bandeira ‘salário igual para traba­lho igual’.” Ela acrescenta: “As mu­lheres não ocu­pam os mesmos lugares, ficam nas atividades menos protegidas, com menor pre­sença de sin­dicatos, nas pequenas e médias empresas.”
       É bem verdade que tem havido conquistas, graças à mobilização em torno de direitos. O cha­mado “sexo frágil” entrou o século XX praticamen­te sem saber ler e escrever e agora já é maioria nos cursos superiores. “Mudou muito a situação nos últimos 25 anos. A matrícula feminina em 2005 totalizava 55,89% na graduação, ante 44,11% de homens.” Todavia, recorte da engenharia, em espe­cial, não deixa dúvidas de que há muito a avançar. No que diz respeito a cargos de chefia na área, como destaca a pesquisadora da Fundação Carlos Cha­gas, Maria Rosa Lombardi, elas enfrentam uma difi­culdade a mais: em geral, comandam equipes de homens, com igual formação e num ambiente em que “o conhecimento, a expertise sempre foram associados ao masculino”.
       Na área, retrospecto aponta que a trajetória das mulheres tem exigido garra, determinação e perse­verança. A terceira engenheira formada no Brasil, Carmen Portinho, contou em entrevista à professora da UFF que, contratada pela Prefeitura do Distrito Federal, foi destacada para vistoriar pára-raios propositalmente, porque teria que subir nos telhados. Ela não teve dúvidas: foi ao Rio de Ja­neiro, então Capital Federal, queixar-se com o Presidente da República. Com isso, conseguiu ser alocada em outra função. Isso aconteceu em 1926. Nove anos depois, era a vez de outra mulher atraves­sar as barreiras de seu tempo: a engenheira química Frida Ana Maria Hoffman foi a primeira pesqui­sadora do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), entre 300 funcionários, segundo seu Departamento de Acervos e Informação Tecnológica.

Estrada longa
       De lá para cá, o número dessas profissionais cresceu. Mas ainda estão longe de ser maioria ou alcançar a igualdade de direitos que Portinho sonhava, com respeito às diferenças. No IPT, que conta pela primeira vez em sua história com uma diretora – Denise Andrade Rodrigues (Política Industrial e Tecnológica) –, elas são 205 nas áreas técnicas, sendo 145 pes­quisado­ras, das quais 44 engenheiras. Ao todo, o instituto conta com 1.500 colaboradores. No geral, em 2002, segundo Lombardi, eram 14% dos pro­fissionais da categoria emprega­dos no Brasil. “Não mudou muito desde então”, acredita. Melo atesta e informa que a exceção está na mo­dalidade de química, em que há hoje quase igual­dade de gênero. Nessa, afirma, “cres­ceu muito a parti­cipação feminina, porque traba­lhar em bancada é mais aceitável ao mercado”. E complementa: “Está claro que essa é uma área árida para as mulheres. Nos anos 20, eram duas, três; em 2005, havia 53.946 frequentando os cursos de enge­nharia, ante 212.217 homens.” Por mais que tenha havido avanços, vaticina, ainda é um universo predo­minantemente masculino.
        Resultado dessa inserção, ainda que mais lenta do que o desejado, é a abertura de espaços antes restritos às mulheres. O tradicional ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), por exemplo, man­tinha até 2005, conforme a pro­fessora da UFF, suas portas cerradas para elas, com a “desculpa de que não havia alojamento próprio”. Hoje, podem, enfim, disputar vaga de igual para igual. Na Marinha, de acordo com Lombardi, estão incorporadas ao quadro de oficiais, diferente­mente do que ocorria há 25 anos, quando atua­vam no que se denomina­va “Corpo Auxiliar Fe­minino da Reserva”. Áreas eram restritas a elas e o regime de traba­lho e evidentemente salários, diferen­ciados. Entretanto, ainda são apenas 12% do total de engenheiros.
       Para Melo, um dos obstáculos é a desigual­dade na divisão social do trabalho. “Noventa e um por cento das mulheres ocupadas decla­raram que fazem uma jornada de afazeres do­mésticos, ante somente 55% dos homens.” Ela conclui: “Se o sonho é uma sociedade com igualdade de oportunidades para todos, essa ainda é uma estrada a ser percorrida.”
       Dando passos nesse sentido, o IPT realiza em março, em parceria com a Assipt, associação dos trabalhadores do instituto, seu “Mês da Mu­lher 2009”. A finalidade, segundo a pesquisadora Ros Mari Zenha, vice-presidente da entidade, é “retomar a discussão de gênero nesse espaço” – o que foi feito de 2002 a 2005, com as semanas da mulher. Neste ano, estão entre os temas “A história da creche do IPT: desafios e conquistas”, no dia 3; “Violência contra a mulher”, no dia 5, por Luiza Nagib Eluf, procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo; “Construin­do a igualdade de gênero: o impasse da violência contra a mulher”, pela professora-doutora Eva Blay, do Núcleo de Estudos da Mulher e Rela­ções Sociais de Gênero da Universidade de São Paulo. Além de ciclo de cinema, exposições e painéis.


Soraya Misleh

 

 

      Após enfrentar turbulência no segundo semestre do ano passado, em decorrência da crise financeira global, as vendas no setor foram retomadas ainda em 2008. Balanço sobre o período é feito pelo presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automo­tores), Jackson Schneider: “Até setembro de 2008, o mercado interno de veículos de passeio demonstrou vigor.” Nos dois meses subsequentes, como informa ele, houve queda na produção média mensal de 300 mil unidades.
      “Em outubro, foram 297,3 mil; em novembro, 197,5 mil; em dezembro, o ponto mais baixo, devido a férias coletivas e outros instrumentos legais, 96,6 mil.” Com a recuperação a partir daquele mês, continua ele, em janeiro, a produ­ção voltou a subir, “chegando a 186,1 mil veícu­los”. Apesar de ressaltar que a retomada não se compara às notícias auspiciosas no período anterior (janeiro-setembro) e se aplica a veí­culos de passeio, visto que o mercado de cami­nhões vem apresentando fraco desempenho, Schneider admite: o breve período de baixa não impediu que a indústria automotiva fechasse o ano com resultados positivos. Segundo ele, 2008 findou com dois recordes em relação a 2007: de produção, com expansão de 8% (3,21 milhões de veículos), e no mercado interno, de 14,5% (2,82 milhões). Já as exportações não acompa­nha­ram esse crescimento, pelo contrário. “Ter­minamos 2008 com embarques de 727,3 mil unidades, queda de cerca de 8% em relação a 2007.”
       A recuperação no setor foi impulsionada por medidas como a liberação pelo Governo paulista de linha de crédito ao setor de R$ 4 bilhões em novembro, além da suspensão do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros 1.0 novos e diminuição na alíquota para outros mo­delos, que integraram pacote anticrise anunciado pelo Executivo Federal em 11 de dezembro último. Fora a desoneração de tributos, este injetou, conforme publicado na Gazeta Mercantil de 16 de fevereiro, R$ 8,2 bilhões em recursos na indústria automotiva. Agora, a expectativa é que se prorrogue a vigência da redução/isenção do IPI, cujo prazo de validade é 31 de março. Para Miguel Torres, pre­sidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, todavia, a manutenção da medi­da deve vir atrelada à exigência de preservação do em­prego por parte das montadoras.

Pagando a conta
      Ele observa que como isso não foi feito em dezembro, mesmo após começar a se recuperar, o setor não poupou os trabalhadores. Os enge­nheiros que atuam no segmento sentiram a tur­bulência e o aumento das consultas no De­partamento Jurídico do SEESP reflete isso.
       Na região de São José dos Campos, uma das mais afetadas, foram, no conjunto dos funcio­nários, 802 demissões na General Motors, se­gundo o Sindicato dos Metalúrgicos local. Para o seu secretário-geral, Luiz Carlos Prates, o Man­cha, apesar da crise, não seria preciso demitir. “Poderia se resolver com a redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário.” Ade­mais, de acordo com ele, o ano de 2008 foi o melhor da história da GM no Brasil, que pro­duziu mais de 500 mil carros e investiu em novas plantas US$ 1,5 milhão.
       Representando cerca de 260 mil trabalhadores, em torno de 80 mil do segmento de autopeças, o sin­dicato de São Paulo e Mogi estima que o “fa­cão” atingiu aproximadamente 4 mil funcionários da sua base, 700 deles devido ao fechamento das portas de duas fábricas de autopeças. O quadro começou a ser revertido em novembro, a partir de acordos feitos pela entidade com montadoras, os quais garantiram a abertura de processo de negocia­ção. Entretanto, na sua opinião, preservar os postos de trabalho passa por medidas estru­turais a serem tomadas pelo Governo Federal. “Para com­bater os efeitos da crise é preciso baixar juros, reduzir a taxa selic e spreads bancários, abrir mais linhas de crédito para o setor e assegu­rar alívio fiscal para o segmento de autopeças, principal atingido.” Feita a lição de casa pelo Executivo, Torres está otimista e espera cresci­mento no setor de 3% a 4%. Mancha, entretanto, acredita que a pressão sobre os direitos e em­pregos dos traba­lhadores vai continuar.
       Aparentemente, ele tem razão em manter a guarda, uma vez que as perspectivas para o setor por parte da Anfavea não são das mais animado­ras. Num juízo conservador, destaca seu presi­dente, o mercado deverá retomar sua dinâmica em caráter gradual, porém, em níveis menores que os verificados anteriormente. “A produção acompanhará sua evolução. As exportações serão afetadas em 2009, em função da queda de vendas nos nossos tradicionais mercados, como América do Sul, México, África, Europa. Neste momento, não é possível quantificar essas ten­dências. O cenário das exportações é realmente preocupante e será necessária a adoção de me­didas que venham a fortalecer nossa compe­titividade externa.”


Soraya Misleh

 

 

      Entre 2 de março e 30 de abril, 25 milhões de contribuintes deverão entregar sua declaração de IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física). Ainda sem o alívio fiscal trazido pelas novas alíquotas criadas em dezembro do ano passado, o imposto com ano-base em 2008, a ser declarado em 2009, será calculado pelas regras antigas. São isentos os trabalhadores que ganharam até R$ 1.372,00 por mês. Entre esse valor e R$ 2.743,00, a alíquota é de 15%. Para quem ganha acima, é de 27,5%.
       Já a partir deste ano, cujos ganhos serão decla­rados em 2010, a mordida do leão deverá ser mais suave. Pelo novo formato com a tabela corrigida em 4,5% – fruto do acordo entre o Governo e o movimento sindical, firmado em dezembro de 2006 –, fica isento quem recebe até R$ 1.434,59 mensais. Entre esse valor e R$ 2.150,00, foi criada uma alíquota menor de 7,5%. De R$ 2.150,01 até R$ 2.866,70, a alíquota é de 15%. Para rendi­mentos entre R$ 2.866,71 e R$ 3.582,00, o contribuinte vai pagar 22,5%. Acima de R$ 3.582,00, a alíquota será de 27,5%. Mas mesmo para esses a alteração será benéfica. Isso porque, pela regra atual, tudo o que ultrapassasse R$ 2.866,70 pagaria esse percen­tual de imposto em 2009. Agora, os valores de R$ 2.866,70 a R$ 3.582,00 serão descontados em 22,5%. Apenas o que superar esse teto conti­nua na tributação de 27,5%. Assim, um engenhei­ro que receba o piso profissional, hoje em R$ 4.185,00 (segundo a Lei 4.950-A/66), pagará menos R$ 89,43 em imposto a cada mês.
       Ao todo, segundo o Ministério da Fazenda, a Receita Federal deixará de arrecadar R$ 4,9 bilhões no próximo ano. A intenção é que esse incentivo fiscal volte à economia em forma de consumo. Na opinião de José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a medida é positiva por aliviar a carga fiscal de um modo geral, mas principalmente porque deixa de penalizar os trabalhadores de baixa renda, além de servir como um instrumento contra a crise. “O Governo também vai ganhar com essa medida. Pode deixar de arrecadar impostos, mas com certeza tem como recompor essa tributação, principalmente quando a economia está crescendo. O dinheiro pode voltar em forma de consumo ou pela poupança. De qualquer modo, será injetado positivamente na economia.” Embora aprove a alteração, ele defende mais avanços, com a introdução de outras alíquotas para que a tabela fique cada vez mais progressiva, de modo que quem tem maior renda pague mais.

As novidades deste ano
       Ao fazer a declaração de IR de 2009, o contribuinte encontrará algumas novidades. Uma delas será a extensão do prazo para entrega até a meia-noite do último dia, e não mais até as 20h. Outra mudança é que o fisco não mais exigirá que o contribuinte informe o número do recibo do ano anterior, o que será opcional. Há ainda a alternativa de transmissão da declaração com o uso do certifi­cado digital e-CPF, mais seguro, uma vez que impede que o procedimento seja feito por outras pessoas.
       O contribuinte que transmitir sua declara­ção até 31 de março terá a opção de agendar o débito em conta corrente da primeira cota; após esse prazo, só será possível programar a partir da segunda parcela. Além disso, pen­dências com a Receita serão notificadas no momento da entrega da declaração.
       O programa gerador da declaração final de espólio também sofreu mudanças e agora está inte­grado ao do IR, o que possibilita que suas informa­ções sejam apresentadas também até 30 de abril do ano seguinte ao trânsito em julgado da sentença.
       Mais informações e os programas do IRPF 2009 podem ser encontrados no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br)


Lucélia Barbosa

 

 

      Estão abertas as inscrições para o curso de pós-graduação lato sensu em Negócios de petróleo, gás e biocombustíveis da FIA (Fundação Instituto de Administração). É para quem quer atuar em um mercado que vem atraindo empresas nacionais e estrangeiras, que passaram a considerar o Brasil como um dos principais agentes de inovação energética no mercado global.
      Uma tendência que se fortaleceu com a instituição do Prominp (Programa de Mobiliza­ção da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural) e com o lançamento do PNBE (Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel). É também a oportunidade de par­ticipar de um segmento da indústria que pro­move a redução das desigualdades regionais e fomenta as políticas industriais e de pes­quisa e desenvolvimento.
      Nesse setor, o Estado de São Paulo, considerado o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, conquista destaque no universo das energias renováveis e ambientalmente corretas. Esse biocombustível também contribui para a redução de emissões de carbono, podendo assim participar do seu crescente mercado de crédito, previsto no Protocolo de Quioto.
       Serão 480 horas de carga, 100 delas dedicadas à elaboração do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que resul­tam em 20 meses de estudos. As aulas serão quinzenais, às sextas-feiras, das 19 horas às 22 horas, e aos sábados, das 8h30 às 16h30. As inscrições vão até o dia 6 de março. As aulas ocorrerão na UEP (Unidade Educacional Pinheiros) - FIA, localizada na Rua Navarro de Andrade, 152. Mais informações no site www.fia.com.br, por meio do telefone (11) 3732-3535 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.  . Preço: R$ 31.800,00 a vista ou matrícula de R$ 1.800,00 mais 24 parcelas de R$ 1.250,00.

 

 

03/12/2009

CURSOS

SANTOS
Unisanta (Universidade Santa Cecília)
Site: www.unisanta.br
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Telefone: (13) 3202-7104
• Engenharia de produção. Para quem quer melhorar a produtividade, a qualidade e reduzir os custos operacionais das empresas em que atua. O curso aborda operações industriais e de serviços; pesquisa operacional e gestão de projetos; recursos produtivos e cadeia de suprimentos; engenharia do produto e projeto da fábrica; planejamento e controle da produção; qualidade e produtividade; organizações e gestão de pessoas; análise mercadológica; engenharia econômica; contabilidade e custos industriais, entre outros tópicos. Início dia 9 de março de 2009 e término previsto para 29 de maio de 2010. Com carga de 384 horas e aulas às segundas e sextas-feiras, das 19 horas às 22h30. O custo é de R$ 100,00 na inscrição, R$ 350,00 na matrícula e 14 parcelas de R$ 450,00.

SÃO PAULO
Seesp

Site: www.seesp.org.br
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Telefone: (11) 3113-2670
• A Área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP traz, para o Programa Engenheiro Completo, o treinamento Liderança orientada a projetos. O objetivo é trabalhar habilidades comportamentais e técnicas de liderança, com metodologia vivencial que favorece o aprendizado cognitivo e destina-se aos interessados em aprimorar suas habilidades na condução de equipes, incluindo engenheiros, executivos, gestores, profissionais e estudantes de áreas afins. Entre os dias 24 e 27 de março, das 19 horas às 22 horas.

Universidade Anhembi Morumbi
Site: http://portal.anhembi.br
Telefone: 0800 015 9020
Inscrições online
• Segurança de voo. Para quem quer conhecer os conceitos mais atualizados na gestão da segurança operacional no ramo aeronáutico, por meio da utilização de ferramentas de prevenção de acidentes, permitindo economia de recursos humanos e materiais em uma empresa aérea. Entre os temas, fator humano: operações, fisiológico e psicológico; investigação de acidentes; direito aeronáutico e a legislação do setor. O curso atende à Resolução CNE/CES nº 1, de 8 de junho de 2007. Com carga de 360 horas, para ser concluído em três semestres. Aulas às terças e quintas-feiras, das 19 horas às 22h40, no campus Avenida Paulista da instituição. Pagamento em 24 parcelas de R$ 590,00.

 

 

 

03/12/2009

CANTEIRO

Lei de assistência técnica é pauta no SEESP
       A Lei Federal nº 11.888/2008, que dispõe sobre assistência técnica pública e gratuita para o projeto e construção de habitação de interesse social à população de baixa renda, foi tema de reunião realizada na sede do SEESP, na Capital paulista, em 18 de fevereiro. Entre os partici­pantes, dirigentes estaduais e regionais do sin­dicato. Na oportunidade, um deles, Carlos Au­gusto Ramos Kirchner, explanou sobre a nor­ma, que vai ao encontro de antiga luta da entida­de, pela instituição da engenharia pública, na qual estaria assegurada “a função social dos serviços de assistência técnica, necessária ao cidadão”.
       Esforço nesse sentido foi a implantação do Promore (Programa de Moradia Econômica), lançado em 1988 em Bauru e, posterior­mente, em outras cidades em que o sindicato conta com delegacias regionais, como Ribei­rão Preto, Rio Claro, Campinas e Piracicaba. Até o mo­mento, a iniciativa, feita em parceria com as prefeituras locais, já beneficiou 13 mil famílias. Uma das pos­sibilidades é de ampliação desse programa com a nova lei. Tal entrará em vigor em 24 de junho próximo, 180 dias após sua publi­cação no Diário Oficial da União. No encontro no SEESP, foi proposto um calen­dário de reuniões e seminá­rios para apro­funda­mento sobre o tema e acompanha­men­to da regulamentação da norma.

Seminário sobre campanhas salariais
       Com o objetivo principal de sedimentar o caminho do diálogo à superação dos desafios nas relações capital-trabalho, o SEESP promove em 23 de março, a partir das 15h, em sua sede, na Capital paulista, o IX Seminário sobre Campanhas Salariais. Evento que desde 2001 anualmente abre as campanhas sala­riais dos engenheiros, nesta nona edição terá como palestrantes o vice-presi­-dente da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e secretário muni­cipal do Trabalho de São Paulo, Marcos Cintra, além do secretário nacional das Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros Neto. Incluirá ainda na programação análi­ses de conjun­tura pelo coordenador de Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese (Departamen­to Intersindical de Estatística e Estudos So­cio­econômi­cos), Sérgio Mendonça, e o diretor de documentação do Diap (De­partamento Intersindi­cal de Assessoria Parla­mentar), Antônio Augusto de Queiroz (Toni­nho), os quais apresen­tarão, assim, o cenário para as negociações coleti­vas. Participarão dirigentes de entidades patronais e RHs das empresas com que o SEESP negocia, além dos seus interlocutores no sindicato.

Delegacias do sindicato em Lins e Presidente Prudente têm sede própria
       O SEESP encerrou o ano de 2008 com duas conquistas em prol dos seus represen­tados: a aquisição das sedes próprias das de­legacias de Lins e Presidente Prudente. Ambas têm área aproximada de 50m2 cada, estão loca­lizadas em edifícios no centro dessas cidades e contam com boa estrutura e instalação. Segundo Emerson Burneiko, presi­dente da delegacia do SEESP em Pre­sidente Prudente, o espaço está sofren­do adequações e a inauguração deve acontecer no fi­nal de março próximo. Além de con­tar agora com sede própria, o ganho princi­pal, afirma ele, é a possibilidade de utilização de espaço de 180m2 dis­ponível no condomínio, com capaci­dade de público estimada em 60 pessoas, para realização de reuniões e eventos.
       Já em Lins, conforme Milton Léo, vice--pre­sidente da subsede do sindicato, com a aqui­sição, o SEESP, que até então com­par­tilhava espaço com outras entida­des, passa a ter um endereço ex­clu­sivo ao desenvolvimento de suas iniciati­vas. “Criam-se condi­ções para o de­senvolvimen­to da atividade sindical na região.” Se­gundo com­plementa o presidente dessa dele­gacia, Milson César Pagliarini, a compra da sede faz parte do esfor­ço da atual diretoria do SEESP para garan­tir aproximação com a categoria nas regiões e dar mais estrutura de atendi­mento aos engenhei­ros de cada uma delas – são 25 delegacias no total, mais a sede central na Capital paulista.

Oportunidades
       Segundo levantamento feito até dia 19 de fevereiro, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de vagas para engenheiros nas seguintes modalidades e quantidades assinaladas: civil (seis), mecânica (três), química e segurança do trabalho (duas cada), produção e alimentos (uma cada). Para se cadastrar e inserir seu currículo, acesse o site www.seesp.org.br, link Oportunidade Profissional. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2666.

 

 

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