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O Instituo de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Prefeitura de Bertioga assinaram, em dezembro último, um convênio para um projeto-piloto que deverá auxiliar as prefeituras municipais do estado de São Paulo a reduzirem custos de investimentos e de operação no gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e também incorporarem avanços tecnológicos no aproveitamento energético dos materiais e na minimização da massa e do volume destinados à disposição final.

O projeto denominado ‘RSU – Energia’ é resultado de uma demanda feita ao IPT pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, que visa estruturar uma plataforma de conhecimentos para apoiar os municípios na avaliação de rotas alternativas de tratamento de resíduos sólidos urbanos, levando-se em conta os aspectos socioambiental e econômico – segundo a Lei 12.305, que instituiu em agosto de 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos sólidos urbanos são aqueles originários de atividades domésticas em residências urbanas (resíduos domiciliares) e também da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana (resíduos de limpeza urbana).

A previsão de duração do projeto é de 24 meses. Os pesquisadores do IPT irão avaliar o impacto dos processos de coleta seletiva, separação e pré-tratamento na eficiência das tecnologias (conteúdo energético dos resíduos), aplicar uma ou duas tecnologias em escala de demonstração em um bairro de Bertioga, estabelecer a infraestrutura (competências técnicas e laboratoriais) necessária para que o IPT possa apoiar os municípios nas decisões relativas aos resíduos e desenvolver ou adaptar novas tecnologias. “Os resíduos sólidos urbanos são uma matéria-prima complexa, pois incluem materiais heterogêneos, úmidos e variáveis em função do consumo e estações de ano. Na Baixada Santista, por exemplo, aproximadamente 54% do total coletado são materiais orgânicos”, explica Cláudia Echevenguá Teixeira, pesquisadora do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas do IPT e coordenadora do projeto.

 



Escolha de Bertioga
Com 55.660 habitantes, a cidade foi selecionada pela sua localização na Baixada Santista, região de alta suscetibilidade à contaminação (geologia local) e limitada quanto às opções de áreas de disposição de resíduos, assim como em razão da previsão de encerramento nos próximos anos da atual área destinada aos resíduos de Bertioga, que é o aterro sanitário Sítio das Neves na cidade de Santos.

Além disso, foram identificadas ações na gestão de resíduos da cidade que vão ao encontro dos objetivos do projeto, como a prática da coleta seletiva em 100% da área municipal, a instalação em maio de 2015 de um centro de gerenciamento e beneficiamento de resíduos e a existência de uma equipe técnica disponível. Segundo Marisa Roitman, secretária de Meio Ambiente de Bertioga, o município produz cerca de 2.100 toneladas de resíduos sólidos urbanos mensalmente, mas na alta temporada o volume aumenta de seis a oito vezes.

O projeto interdisciplinar será coordenado no IPT pelo Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas e contará com a participação de outras seis unidades do Instituto: o Laboratório de Processos Metalúrgicos, o Laboratório de Engenharia Térmica, oLaboratório de Combustíveis e Lubrificantes, o Laboratório de Análises Químicas, oLaboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental e o Laboratório de Biotecnologia Industrial, que abordarão os processos de pré-tratamento físico dos resíduos, seguido de tratamento por biodigestão e/ou térmico de maneira integrada.

Os resultados do projeto deverão permitir a consolidação de um programa de atendimento na busca de soluções para os resíduos, o qual estará disponível a qualquer município paulista. “Este programa pretende que o IPT se torne um canal direto e permanente de apoio tecnológico aos municípios paulistas, para auxiliar a encontrar as soluções mais viáveis dos pontos de vista técnico, econômico e ambiental para os resíduos, prestando serviços como a avaliação das tecnologias de tratamento e dos limites de aplicação e demonstração de novas tecnologias”, explica Cláudia. “Além disso, será possível o treinamento de técnicos das prefeituras em tratamento de resíduos, além do apoio na implantação e monitoramento desses sistemas”.

Três fases, dois anos
O projeto está dividido em três etapas. A primeira é a criação de um projeto de planta de avaliação/demonstração, com mapeamento das alternativas tecnológicas, definição da escala de instalação, elaboração de layout das unidades e definição de prazo e custo. A previsão de duração é de três meses. 

A segunda fase será a montagem e o desenvolvimento da planta, com memorial descritivo detalhado e contratação de fornecedores de máquinas e equipamentos que serão instalados. Estão incluídas nessa etapa, cuja previsão é de duração de 15 meses, a criação de um protocolo de coleta de amostras de resíduos, com mobilização e integração da população para o caso escolhido, o lançamento do programa de auxílio aos municípios, com um evento e divulgação dos mapeamentos, e a inauguração das unidades e realização de testes de monitoramento.

A terceira e última etapa será colocar em prática o programa pelo IPT, com operação, monitoramento e avaliação da planta instalada em Bertioga e a proposta de solução para o município. A previsão é de duração de seis meses, totalizando dois anos de projeto.

“O estudo pode ser considerado inédito porque está inserido na realidade local, considerando variáveis técnicas, econômicas e sociais, e também prevê a integração de diferentes rotas tecnológicas em escala piloto e laboratorial, assim como a sensibilização da população na responsabilidade compartilhada da geração dos resíduos, o que irá contribuir para a melhoria da qualidade da matéria-prima a ser usada para suprir os sistemas de tratamento e aproveitamento que serão montados”, afirma Cláudia.

 

 

 

Fonte: IPT

 

 

 

 

 

 

 

 

Um dos principais fatores que determinam como a renda se altera é o mercado de trabalho. Partindo desse pressuposto, a pesquisadora do programa de pós-graduação em economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Ana Barufi, procurou entender, em sua tese de doutorado, como o mercado de trabalho se relaciona com o desenvolvimento local. Barufi estudou de que maneira o tamanho da cidade afeta a produtividade local, e a relação do mercado de trabalho nos municípios, considerando as dinâmicas entre cidades maiores e menores. O estudo apontou que as economias de aglomeração geram incentivos para ampliar a desigualdade espacial.

Na primeira parte da pesquisa, foram analisados quais setores se beneficiam por estarem localizados em um centro maior ou menor. Em cidades maiores, existem vantagens, como mais oferta de mão de obra e a possibilidade de interação com outras empresas, mas também custos maiores, denominados “custos de congestionamento”, decorrentes do trânsito nas grandes cidades ou dos preços mais elevados dos imóveis, por exemplo. “As vantagens precisam se sobrepor aos custos. Setores que exigem mão de obra mais qualificada, como os de alta tecnologia, têm mais vantagem ao estar em grandes centros”, explica Ana Barufi. “Para determinado setor, é bom estar em uma aglomeração em que existam diversas empresas parecidas, enquanto para outros setores é melhor ser o único a produzir determinado produto”. Para chegar a essas conclusões, Ana comparou a produtividade — que, segundo diz, tem como medida indireta os salários — dos setores quando localizados em municípios maiores ou menores, usando dados do painel da Rais.

Em seguida, a pesquisa acompanhou a trajetória dos trabalhadores, observando quem migrou, os fatores que os fizeram decidir migrar, e o que aconteceu depois dessa primeira migração — se houve retorno, permanência ou nova migração para outro centro. Ana percebeu um processo de seleção positiva de trabalhadores mais qualificados para migrar: “Quem decide migrar geralmente são as pessoas que estão mais propensas a correr riscos, mais empreendedoras; você vê isso pela posição que elas tinham anteriormente no mercado de trabalho e por sua qualificação”, afirma a pesquisadora. “Das cidades menores para as maiores, você tem um fluxo de gente mais qualificada”. De acordo com Ana, no segundo movimento de migração, quem decide voltar são as pessoas menos qualificadas, que podem ter tido uma experiência negativa.

Ganhos no futuro
Analisando a experiência de trabalhadores em cidades maiores ou menores, a pesquisadora verificou ainda qual seria seu ganho salarial no futuro. “Em ganho salarial, geralmente, se beneficiou quem mudou para uma cidade com, pelo menos, o mesmo tamanho da cidade onde ela morava anteriormente”, resume Ana Barufi.

Na última parte da pesquisa, ela se dedicou a demonstrar como o tamanho da cidade afeta a relação de barganha entre trabalhadores e empresas, e criou uma curva de salários (wage curve) detalhada para o Brasil. A curva de salários relaciona taxa de desemprego com nível de salários. Ela explica que, se a taxa de desemprego sobe, os salários tendem a cair.

Ana Barufi destaca que o Brasil tem algumas particularidades que afetam esse poder de barganha, tal como a existência de um forte setor informal e os diferentes níveis de urbanização. “No setor informal, como é de se esperar, é mais fácil ajustar os salários. Em centros menores, as firmas têm maior poder sobre os salários, o que também geraria mais flexibilidade”, segundo Ana. Ela diz que as economias de aglomeração, ou seja, os grandes centros, geram custos mais altos para as firmas, sendo que parte deles se devem ao fato de que os trabalhadores conseguem barganhar melhor seus salários..

“Dado que, em cidades maiores, se concentram empresas de setores mais tecnológicos — que exigem maior qualificação dos trabalhadores — e de que os trabalhadores se auto selecionam para esses centros, onde conseguem barganhar maiores salários, as economias de aglomeração geram incentivos para ampliar a desigualdade espacial”, conclui a pesquisadora. Ela entende que nesses centros há incentivos, senão para crescer em tamanho, pelo menos para se tornarem cada vez mais qualificados em relação ao restante do País, e com salários mais elevados. “Se você deixar o mercado atuar da maneira que bem lhe aprouver, sem impor limites, você tem indicativo de crescimento de desigualdade regional”, pontua.

Para combater essa desigualdade, Ana destaca a necessidade de iniciativas para desenvolvimento local, com o intuito de atrair trabalhadores mais qualificados e, principalmente, para reter a mão de obra em centros menores. A criação de focos de alta tecnologia, como o Porto Digital em Recife, e de Universidades dispersas dos grandes centros, seriam algumas delas. Além disso, ela cita a importância da criação de centros consumidores: “Isso não vai atrair as empresas maiores, mas pode começar a gerar centros um pouco maiores em oportunidades”.

O estudo Economias de aglomeração e mercados de trabalho no Brasil foi orientado pelo professor Eduardo Amaral Haddad. Durante o doutorado, Ana Barufi fez parte dos estudos na Arizona State University e na Vrije Universiteit Amsterdam, onde teve extensa orientação do professor Peter Nijkamp, que é coautor dos três papers da pesquisa. O professor veio à FEA para participar da banca, no dia 24 de novembro. Além disso, realizou encontros com alunos e apresentou palestras junto ao Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo (NEREUS). O período em que Barufi ficou na Holanda ainda lhe rendeu um convite para participar da recém fundada Regional Science Academy.

 

 

Fonte: Agência USP de Notícias

 

 

 

 

 

 

 

Uma pesquisa realizada com 179 moradores do bairro de Vila Medeiros, na região noroeste da cidade de São Paulo, mostrou que 105 dos entrevistados manifestaram oscilação entre mal-estar e bem-estar, conforme o logradouro pelo qual passam, enquanto 38 pessoas declaram sentir frustração e tristeza com a paisagem encontrada nas ruas da região onde moram. Dentre os pesquisados, 57 eram adultos, 62 jovens que cursavam o ensino médio, e outros 60 jovens cursando o ensino fundamental.

Os números da pesquisa acabam de ser publicado em um artigo assinado pelos professores Adilson Citelli e Sandra Pereira Falcão, ambos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), veiculado na revista Comunicação & Educação. Intitulado Comunicação e Educação: um contributo para pensar a questão ambiental, o texto propõe estratégias educativas com apoio de intervenções próprias da comunicação como “um campo de intervenção social para se compreender a importância da ação comunicativa para o convívio urbano, elaborando e implementando projetos colaborativos de mudanças sociais”.

De acordo com os autores, quando se pensa em criar e manter valores socioambientais, esbarra-se em fatores externos à questão. Segundo o texto, “como um ‘jogo de esconde’ protagonizado pelo poder econômico característico do capitalismo de alto consumo, no qual criam filtros com características mais publicitárias do que propriamente dirigidas à resolução de adversidades que matizam a realidade e a vida social”.

Desgaste
Apesar da declaração de desgaste e desconforto dos moradores, a maioria revela, entretanto, nunca ter acionado o poder público por meio dos canais de comunicação da prefeitura em busca de melhorias socioambientais para o seu distrito, como citam os autores.

Essa situação pode mudar com a ajuda da conexão comunicação-educação, já que é um canal para se compreender melhor o tema do meio ambiente. De acordo com o artigo, “é possibilitar questionamento e posicionamento mais direto do cidadão perante os órgãos públicos em relação às agressões ao meio ambiente”.

As cidades precisam criar condições necessárias para garantir aos cidadãos uma nova cidadania ambiental. E esta envolve diretamente a participação do cidadã. Para os professores, este é o principal obstáculo a ser vencido. No distrito estudado, observou-se uma abordagem conservadora e reducionista na educação ambiental para os jovens. É necessário que a informação ambiental urbana seja capaz de “construir ou restaurar os elos que possibilitem aos moradores refletir e agir sobre ‘desvios’ redutores da qualidade de vida”.

Com essa pesquisa, os docentes querem estimular um debate de maior alcance “voltado à internalização de valores capazes de realimentar a proatividade cidadã no plano socioambiental”, destacando a importância de “desenvolver na universidade e nas co munidades urbanas projetos que permitam resgatar, reorganizar, reconectar e redistribuir saberes a respeito de comunicação ambiental [...]“. A ideia é fornecer subsídios para redimensionar a participação e o empoderamento do cidadão por meio dos multidispositivos comunicacionais.

 

 

 

Fonte: Agência USP de Notícias

 

 

 

 

 

 

 

 

Dilma 18DEZ2015 3Como resultado direto e imediato do movimento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, do qual a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e o SEESP são integrantes, a presidente Dilma Rousseff assinou, na tarde desta sexta-feira (18/12), em solenidade no Palácio do Planalto, a Medida Provisória (MP) do Acordo de Leniência. Tal ação é uma das sete diretrizes apresentadas à mandatária do País, em audiência na última terça-feira (15/12), pelas entidades sindicais e associações empresariais – encontro que contou também com a participação dos engenheiros. “O propósito maior é diminuir a incerteza e preservar empregos”, disse Dilma.

A MP permite a participação do Ministério Público em acordos de leniência firmados com empresas privadas acusadas de corrupção e dá a essas empresas o direito de continuar participando de contratos com a administração pública caso cumpram penalidades e demais condições legais. O diretor Edilson Reis, que participou da solenidade pelo SEESP, ressaltou a importância de se punir quem cometeu irregularidades e crimes, mas sem penalizar as atividades econômicas das empresas.

O vice-presidente da FNE, Carlos Bastos Abraham, que também esteve no Palácio do Planalto, disse que o objetivo da MP é destravar a economia, atendendo tanto aos trabalhadores como aos empresários. Segundo ele, Dilma destacou dois pontos da medida: reparação integral dos danos causados até agora à sociedade e adoção de um programa de integridade. “A presidente deixou claro que a preservação do emprego é tarefa fundamental para evitar que o País entre num processo recessivo.” E acrescentou: “Agora a pressão e o nosso trabalho se voltam ao Congresso Nacional para que a MP seja aprovada o quanto antes.”

A proposta, que será enviada para apreciação do Congresso Nacional, já passa a vigorar com força de lei.



Rosângela Ribeiro Gil
Com informações de Renata Dias (InPress) e da Agência Brasil
Foto desta página: Carlos Bastos Abraham
Foto da home: Wilson Dias/Agência Brasil 











 

Qualquer que seja o desfecho da crise política, depois de mirabolantes episódios do barata voa, o ano de 2016 será muito difícil para os trabalhadores e para o movimento sindical.

Ele será difícil por duas razões principais.

A primeira delas é a recessão econômica, com seu cortejo fúnebre de demissões, perdas salariais, falta de crescimento e pessimismo. A escada rolante parou de subir e agora desce arrastando todo mundo.

A segunda é a onda conservadora que, qualquer que seja o desfecho fulanizado da crise, empurra a sociedade para uma forte regressão. Para o governo, acossado pelos rentistas, tornam-se quase naturais medidas econômicas de ajuste que não conseguem impedir a depressão e a alimentam. Para os que golpistamente querem a substituição da presidente eleita pelo voto popular por um governo de transição, a plataforma de ação está consolidada como uma ponte para o futuro que é, na verdade, um túnel para o passado neoliberal.

O movimento sindical deve, para enfrentar esses dois monstros (a recessão e a pauta conservadora), resistir, buscar representatividade e garantir unidade de ação.

Um bom caminho tem sido o do “Compromisso pelo Desenvolvimento”, que aponta medidas concretas capazes de, ao mesmo tempo, enfrentar a recessão e neutralizar a onda conservadora.

Boas lutas em 2016!

 

* João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical

 

 

 

 

 

 

 

 

Hoje o Brasil inteiro está comentando o mesmo assunto: o bloqueio do WhatsApp. Por uma decisão judicial que partiu da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e que corre em segredo de justiça em uma ação criminal, o aplicativo foi suspenso, por 48 horas, desde às 0h de hoje. O bloqueio tem relação com o fato de o aplicativo não ter colaborado com a investigação, não aceitando quebrar o sigilo da sua rede para fornecer informações privilegiadas. O caso muito se assemelha ao de um juiz de Teresina, Piauí, que em fevereiro, determinou que as operadoras suspendessem temporariamente o acesso ao aplicativo. Na época, a determinação não chegou a ser cumprida. Dessa vez, a determinação judicial já está sendo executada pelas operadoras Vivo, Claro, Tim, Oi, Sercomtel e Algar. 

O fato é que o WhatsApp não colabora com a justiça por um motivo simples: tem dificuldade em resgatar as informações porque elas ficam armazenas em metadados. Dessa forma, dificilmente deve haver uma integridade de todos os dados, lembrando que estamos falando de uma população de 900 milhões de pessoas em todo o mundo que usam o aplicativo. A exemplo do ocorrido em fevereiro, provavelmente a decisão será cassada, pois é desproporcional e destemperada. Não é aceitável que toda uma sociedade seja prejudicada por conta de uma investigação pontual. 

Não é à toa que a decisão incomoda tanto. De todos os aplicativos de conversações rápidas, o WhatsApp ganhou a preferência do usuário brasileiro em tempo recorde. O principal motivo é o fato de ser gratuito e, além disso, funcionar bem transmitindo voz e dados em tempo real, dependendo de uma conexão de internet fixa ou móvel. Não é exagero afirmar que a história das mensagens de textos se dividem em antes e depois do WhatsApp. Explico. Antes de estar disponível em smartphones, os usuários de serviços de telefonia móvel, pagavam pelo mesmo serviço prestados pelas operadoras quando enviavam mensagens de texto - serviço que com a popularização dos smartphones caiu drasticamente. 

Não obstante a todos os benefícios que o aplicativo presta à população em geral, reitere-se de abrangência mundial posto que você pode mandar mensagens via WhatsApp de qualquer parte do mundo. Soma-se a isso o fato de que a sede da empresa controladora do WhatsApp fica em território estrangeiro, não devendo estar sujeita à decisão judicial.  Outro ponto a ser considerado na decisão é a incrível soma que os consumidores em todo o Brasil terão que pagar para utilizar os serviços de SMS ou mesmo fazer ligações. A meu ver, proferir uma decisão obrigando um terceiro (operadoras, que são meio) a praticar um ato extremamente complexo e oneroso, não é o melhor caminho. 

O Estado Democrático de Direito, base da democracia, só funciona de fato se as instituições forem sólidas e agirem em conformidade com a lei, sendo a prestação jurisdicional algo muito sério no que tange a efetividade da lei. Dessa forma, o bloqueio e a sua inevitável suspensão fragilizará a Justiça, que ao perder seu poder de coercitividade nos apequena enquanto nação e sociedade. Isso sem falar no consumidor, que precisará voltar a pagar por um serviço ao qual se acostumou a ter de graça. 

* Dane Avanzi é empresário, advogado e presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil.

O Tribunal Superior do Trabalho estará de recesso de 20/12/2015 a 6/1/2016, conforme o artigo 62, inciso I, da Lei 5.010/1966. Neste período, o atendimento da Secretaria-Geral Judiciária, da Coordenadoria de Processos Eletrônicos, da Coordenadoria de Cadastramento Processual e da Coordenadoria de Classificação, Autuação e Distribuição de Processos será em regime de plantão.

Os prazos recursais ficam suspensos a partir do dia 20/12/2015, recomeçando a contagem a partir de 2/2/2016, conforme prevê o artigo 183, parágrafos 1º e 2º, do Regimento Interno do TST. As férias coletivas dos magistrados estão previstas no artigo 66, parágrafo 1º, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Lei Complementar 35/1974).

 

 

Fonte: Notícias do TST

 

 

 

 

 

 

O computador quântico poderá deixar de ser um sonho e se tornar realidade nos próximos 10 anos. A expectativa é que isso traga uma drástica redução no tempo de processamento, já que algoritmos quânticos oferecem soluções mais eficientes para certas tarefas computacionais do que quaisquer algoritmos clássicos correspondentes.

Até agora, acreditava-se que a chave da computação quântica eram as correlações entre dois ou mais sistemas. Exemplo de correlação quântica é o processo de “emaranhamento”, que ocorre quando pares ou grupos de partículas são gerados ou interagem de tal maneira que o estado quântico de cada partícula não pode ser descrito independentemente, já que depende do conjunto (Para mais informações veja agencia.fapesp.br/20553/).

Um estudo recente mostrou, no entanto, que mesmo um sistema quântico isolado, ou seja, sem correlações com outros sistemas, é suficiente para implementar um algoritmo quântico mais rápido do que o seu análogo clássico. Artigo descrevendo o estudo foi publicado no início de outubro deste ano na revista Scientific Reports, do grupo Nature: Computational speed-up with a single qudit.

O trabalho, ao mesmo tempo teórico e experimental, partiu de uma ideia apresentada pelo físico Mehmet Zafer Gedik, da Sabanci Üniversitesi, de Istambul, Turquia. E foi realizado mediante colaboração entre pesquisadores turcos e brasileiros. Felipe Fernandes Fanchini, da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de Bauru, é um dos signatários do artigo. Sua participação no estudo se deu no âmbito do projeto Controle quântico em sistemas dissipativos, apoiado pela FAPESP.

“Este trabalho traz uma importante contribuição para o debate sobre qual é o recurso responsável pelo poder de processamento superior dos computadores quânticos”, disse Fanchini à Agência FAPESP.

“Partindo da ideia de Gedik, realizamos no Brasil um experimento, utilizando o sistema de ressonância magnética nuclear (RMN) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos. Houve, então, a colaboração de pesquisadores de três universidades: Sabanci, Unesp e USP. E demonstramos que um circuito quântico dotado de um único sistema físico, com três ou mais níveis de energia, pode determinar a paridade de uma permutação numérica avaliando apenas uma vez a função. Isso é impensável em um protocolo clássico.”

Segundo Fanchini, o que Gedik propôs foi um algoritmo quântico muito simples que, basicamente, determina a paridade de uma sequência. O conceito de paridade é utilizado para informar se uma sequência está em determinada ordem ou não. Por exemplo, se tomarmos os algarismos 1, 2 e 3 e estabelecermos que a sequência 1- 2-3 está em ordem, as sequências 2-3-1 e 3-1-2, resultantes de permutações cíclicas dos algarismos, estarão na mesma ordem.

Isso é fácil de entender se imaginarmos os algarismos dispostos em uma circunferência. Dada a primeira sequência, basta girar uma vez em um sentido para obter a sequência seguinte, e girar mais uma vez para obter a outra. Porém, as sequências 1-3-2, 3-2-1 e 2-1-3 necessitam, para serem criadas, de permutações acíclicas. Então, se convencionarmos que as três primeiras sequências são “pares”, as outras três serão “ímpares”.

“Em termos clássicos, a observação de um único algarismo, ou seja uma única medida, não permite dizer se a sequência é par ou ímpar. Para isso, é preciso realizar ao menos duas observações. O que Gedik demonstrou foi que, em termos quânticos, uma única medida é suficiente para determinar a paridade. Por isso, o algoritmo quântico é mais rápido do que qualquer equivalente clássico. E esse algoritmo pode ser concretizado por meio de uma única partícula. O que significa que sua eficiência não depende de nenhum tipo de correlação quântica”, informou Fanchini.

O algoritmo em pauta não diz qual é a sequência. Mas informa se ela é par ou ímpar. Isso só é possível quando existem três ou mais níveis. Porque, havendo apenas dois níveis, algo do tipo 1-2 ou 2-1, não é possível definir uma sequência par ou ímpar. “Nos últimos tempos, a comunidade voltada para a computação quântica vem explorando um conceito-chave da teoria quântica, que é o conceito de ‘contextualidade’. Como a ‘contextualidade’ também só opera a partir de três ou mais níveis, suspeitamos que ela possa estar por trás da eficácia de nosso algoritmo”, acrescentou o pesquisador.

Conceito de contextulidade
“O conceito de ‘contextualidade’ pode ser melhor entendido comparando-se as ideias de mensuração da física clássica e da física quântica. Na física clássica, supõe-se que a mensuração nada mais faça do que desvelar características previamente possuídas pelo sistema que está sendo medido. Por exemplo, um determinado comprimento ou uma determinada massa. Já na física quântica, o resultado da mensuração não depende apenas da característica que está sendo medida, mas também de como foi organizada a mensuração, e de todas as mensurações anteriores. Ou seja, o resultado depende do contexto do experimento. E a ‘contextualidade’ é a grandeza que descreve esse contexto”, explicou Fanchini.

Na história da física, a “contextualidade” foi reconhecida como uma característica necessária da teoria quântica por meio do famoso Teorema de Bell. Segundo esse teorema, publicado em 1964 pelo físico irlandês John Stewart Bell (1928 – 1990), nenhuma teoria física baseada em variáveis locais pode reproduzir todas as predições da mecânica quântica. Em outras palavras, os fenômenos físicos não podem ser descritos em termos estritamente locais, uma vez que expressam a totalidade.

 

 

Fonte: Agência FAPESP/Por José Tadeu Arantes

 

 

 

 

 

 

 

Enquanto esperam pela estreia de “Star Wars - O Despertar da Força”, o sétimo episódio da franquia, fãs novos e antigos podem aplacar a ansiedade recorrendo a lançamentos do mercado literário. A editora Seguinte, selo juvenil da Companhia das Letras, publicou neste semestre duas séries inéditas que se passam no universo de Star Wars. Uma delas traz a trilogia clássica de Star Wars recontada de uma forma totalmente diferente por grandes autores da literatura juvenil. A outra apresenta aventuras inéditas de Han Solo, da princesa Leia e de Luke Skywalker.

O que muita gente talvez não saiba é que por trás de dois títulos da coleção está o trabalho de um profissional da Unesp de São José do Rio Preto: Álvaro Hattnher. Ele é responsável pela tradução para o português de “A princesa, o cafajeste e o garoto da fazenda”, de Alexandra Bracken, e de “A arma de um Jedi: uma aventura de Luke Skywalker”, de Jason Fry. O primeiro é uma versão de “Star Wars: Uma nova esperança” (episódio quatro), no qual cada parte da narrativa é contada do ponto de vista de um dos três protagonistas.

O segundo trata-se de uma história inédita que se passa entre “Uma nova esperança” e “O Império contra-ataca” (episódio cinco), protagonizada por Luke Skywalker. Hattnher é habituado a traduzir obras literárias estrangeiras famosas, como biografias de astros do pop e do rock, romances com versões para o cinema, títulos policiais, de ficção científica e de aventura fantástica. O professor afirma que, em um trabalho como esse, não basta conhecer os episódios de Star Wars, também é preciso ter familiaridade com a terminologia ligada ao seu universo.

“Há milhões de coisas novas, objetos novos, seres novos, conceitos. É uma série de termos específicos.” O professor cita como exemplo a arma de energia similar a uma espada, que recebe a denominação de sabre de luz. “Tudo isso começou a se formar com as legendas do cinema, aí vieram os livros, as obras do universo expandido, e os termos foram se cristalizando”, assinala.

Na opinião do pesquisador do Ibilce, Star Wars tornou-se um fenômeno cultural que une gerações por tratar-se de uma história fantástica muito rica, que ultrapassa o suporte do cinema, chegando a outras plataformas, como história em quadrinhos, romances, animações, ou seja, um conjunto de histórias presente em diversos suportes. “Há uma riqueza na criação de dezenas de mundos, com diferentes seres, com sua própria língua e costumes”, afirma. Hattnher acredita que a adoração em torno de Star Wars seja semelhante à da série Harry Potter, da autora britânica J. K. Rowling.

Para ele, no entanto, Harry Potter não alcança a riqueza e a eficácia da narrativa de Star Wars. O professor compara o fenômeno ao que acontece com a música dos Beatles, é atemporal. “O que é de qualidade não desaparece, tem valores estéticos que se mantém”, fala Hattnher, aficionado pela saga. “A própria forma com que a série teve início é original, pelo quarto episódio. Assisti ao primeiro filme na estreia e me lembro que todo mundo saiu do cinema extasiado”, recorda o tradutor que, naquela época, não imaginava que um dia iria traduzir uma recontagem daquela história fascinante.

 

 

 

Fonte: Agência Unesp de Notícias

 

 

 

 

 

 

 

O livro 'Envelhecimento Humano: diferentes olhares, organizado por Gilsenir Maria Prevelato de Almeida Dátilo e Ana Paula Cordeiro, publicado pela Cultura Acadêmica Editora e Oficina Universitária do câmpus da Unesp em Marília, apresenta o trabalho desenvolvido na Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) da Unesp do Câmpus de Marília, através dos diversos olhares proissionais sobre o fenômeno mundial do processo de envelhecimento as articulações com a promoção da qualidade de vida da pessoa idosa.

A obra apresenta um estilo claro e objetivo, demostrando a diversidade de óticas disciplinares e proissionais, ressaltando aspectos do envelhecimento e da velhice, enfatizando a riqueza da atuação dos proissionais de diversas áreas e além de tudo, trazendo relexões profícuas que subsidiarão tanto o trabalho interdisciplinar quanto suscitando indagações teóricas e cientíicas sobre os assuntos destacados. Cada capítulo do livro nos faz pensar nas possibilidades de intervenção, parcerias e construção histórica com o segmento idoso numa perspectiva interdisciplinar, envolvendo as diversas áreas de conhecimento existentes na universidade e a experiência de cada proissional envolvido.

* Acesse aqui o livro

 

Fonte: Agência Unesp de Notícias

 

 

 

 

 

 

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