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O coordenador de atendimento técnico sindical do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Airton Santos, é o entrevista, desta semana, programa de televisão do SEESP, o Jornal do Engenheiro (JE). Santos falará sobre as principais conquistas dos trabalhadores, nos últimos anos, como ganho real e a participação nos lucros e resultados (PLR), e também o número de postos de trabalho no País.

Santos falará sobre pesquisa recente do Dieese que traça um perfil econômico brasileiro, mostrando que o Nordeste foi a região que mais cresceu e se desenvolveu, nos últimos anos, numa velocidade maior que o resto do País. Outra situação abordada é a da industrialização. Segundo ele, dos países do Hemisfério Sul o Brasil é o que tem a economia mais industrializada e diversificada, abrangendo setor têxtil, energia, química etc.. Todavia, observa, a mesma perdeu, nos últimos dez anos, a competitividade.

A reportagem do JE na TV mostra como foi a comemoração ao Dia do Engenheiro, realizada em 11 de dezembro último, na Capital paulista. Na ocasião, foi entregue o prêmio Personalidade da Tecnologia 2014 a seis profissionais que se destacaram durante o ano. O evento foi encerrado com um grande show do cantor Erasmo Carlos.

Confira essas e outras atrações no JE na TV que é exibido às segundas-feiras, às 19h30, na Capital paulista, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet  no mesmo dia e horário neste link. O programa é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.

 


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP







Em ato solene, nesta quinta-feira (18/12), será instalado o Escritório de Representação da Baixada Santista (ERBS) da Fundacentro, nesta quinta-feira (18/12), em Santos, com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, da presidenta da Fundacentro, Maria Amelia Souza Reis, e do chefe do escritório, Josué Amador Bueno e lideranças sindicais da Baixada Santista. Já no dia seguinte, 19, ocorre reunião de grupo formado por sindicatos da região e do Conselho Sindical Regional da Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira para discutir as principais ações que foram realizadas no ano de 2014 e o planejamento para 2015.

A futura sede do ERBS-Fundacentro será na avenida Ana Costa, 21, Vila Mathias, em Santos.

 

Imprensa SEESP







Uma grande gincana mobilizou 145 escolas da região de São Carlos durante três meses em prol do incentivo ao consumo consciente da água. Resultado: 2 milhões de litros foram economizados no período com o projeto Usa e Reduza.

Realizado por meio de uma parceria entre o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, a Diretoria Regional de Ensino de São Carlos e o Instituto EPTV, o projeto consistiu em uma competição entre classes do sexto ano do ensino fundamental de escolas das redes municipal, estadual e particular. Ao longo de três meses – agosto, setembro e outubro – cada estudante levou à escola a conta de água de sua residência. O professor responsável inseriu esses dados em um sistema desenvolvido pelo ICMC (http://usaereduza.icmc.usp.br).

Após a inserção das informações de todos os estudantes da classe, a planilha calculava a média do consumo do mês daquela turma. A classe que obteve o primeiro lugar nessa competição foi o sexto ano A da escola municipal Senador Carlos José Botelho, de Dourado, que alcançou a melhor média no período, economizando 3,5 metros cúbicos de água.

De acordo com a professora Roseli Romero, do ICMC, ao participar de projetos como esse, o Instituto estende à sociedade uma parcela do conhecimento técnico inerente à sua área de atuação. “Inicialmente, desenvolvemos uma planilha para o cálculo do consumo”, explica a professora. “Depois, construímos uma base de dados para armazenar as informações cadastradas pelas escolas na planilha e desenvolvemos o site utilizando software livre”, completou Erick Previato, da Seção Técnica de Informática do ICMC. Segundo Romero, a grande vantagem do site é ter possibilitado que os professores inserissem as informações e pudessem acessá-las de qualquer cidade, facilitando a participação de um maior número de escolas. Para o próximo ano, a professora adianta que a meta é alcançar cerca de 800 escolas.

Para a dirigente regional de ensino, Débora Gonzalez Costa Blanco, o sucesso do projeto está relacionado à união das forças dos três parceiros do projeto. “Apenas com o trabalho em equipe conseguimos fazer algo melhor para o mundo. Os números comprovam que aconteceu uma mudança de hábitos e que a educação é o caminho para alcançarmos isso”, finalizou.


 

Fonte: Agência USP de Notícias

 

 

 

 

 

 

 

A Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), com 81 anos de existência, realizará até o dia 15 de fevereiro as provas por agendamento do processo seletivo para a turma de 2015, do novo curso da Faculdade de Administração. Em razão disso, celebra um aditivo ao convênio já existente com o SEESP ampliando o percentual de desconto para 20% e estendendo-o aos dependentes dos associados ao sindicato. Esse benefício se aplica aos cursos de graduação em Administração, Sociologia e Política, Biblioteconomia e Ciência da Informação e cursos de pós-graduação.

A instituição também oferece, além do desconto, um sistema de acompanhamento do processo de aprendizagem que estimulará a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos em suas áreas de trabalho.

Complementarmente serão oferecidos serviços tais como: o Coach do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) e Orientação de Projetos Aplicativos ou de Planos de Negócio.

 Conheça mais sobre a FESSP e o Curso de Administração em nosso site www.fespsp.org.br.


 

Imprensa SEESP








Um dos grandes esforços da sociedade brasileira é o de aumentar a qualificação dos trabalhadores. Para aumentar a qualificação é preciso aumentar a escolaridade formal e melhorar a composição da mão de obra empregada que exerce a atividade produtiva.

Uma pesquisa encomendada ao DIEESE pelo sindicato dos Engenheiros em São Paulo ajuda a compreender o que está acontecendo com a categoria em sua inserção no mundo produtivo.

Baseada em uma análise criteriosa da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) ela informa que, de 2003 a 2013, o número de engenheiros contratados com carteira assinada em São Paulo foi de aproximadamente 41 mil, com um aumento em relação a 2003 de 80% (para comparação, no período, o aumento do emprego no Brasil foi de 20% e do emprego em São Paulo foi de 60%), embora tenha havido uma redução porcentual do emprego de engenheiros na indústria e a rotatividade também seja alta na categoria.

Além destes dados, que foram disponibilizados pela publicação de um folheto do sindicato, muitas outras evidências confirmam a qualificação crescente, embora lenta, da mão de obra, apesar da desindustrialização e da rotatividade.

Em matéria assinada por Mariana Sanches, o jornal O Globo informou em 7/12 que “se nos anos 1980 a maior parte dos metalúrgicos tinha pouco mais de quatro anos de escolaridade, (...) hoje, um em cada dez, já cursa faculdade”.

Chego a suspeitar que, dependendo do setor e do Estado, a porcentagem de universitários pode ser bem maior.

Todos sabemos que a qualificação melhora a produtividade e que esta tem que ser medida levando-se em conta todos os fatores da produção e não apenas a mão de obra.

Assim, começaremos a valorizar na luta pela produtividade, a volta dos engenheiros ao mundo produtivo e o aumento da escolaridade formal dos metalúrgicos.

Enquanto isto acontece, pergunto quantos dos gerentes ou executivos nas empresas brasileiras aprenderam mais que um idioma, ferramenta indispensável para garantir bons negócios no mundo e despertar o “espírito animal” do empresário.

 

* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

 

 

Foram empossados os novos conselheiros membros do Conselho Consultivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). A cerimônia ocorreu durante a 7ª Jornada CNTU, na tarde de sexta-feira (12/12), no auditório do SEESP, na Capital paulista. Desde dezembro de 2013, o número de conselheiros saltou de 600 para 764.

Allen Habert, diretor de Articulação Nacional da CNTU, que presidiu a mesa formada especialmente para a posse e 4ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU para debater o projeto “Brasil 2022”, que ocorreu simultaneamente à posse, enfatizou o objetivo da Confederação em formar uma rede de lideranças altamente qualificadas para atuarem de forma voluntária no debate e na formulação de proposições que atendam aos interesses dos profissionais universitários regulamentados e à sociedade brasileira, conhecido pelo “Conselho das 1.000 cabeças”. 
 
“Hoje completamos quase 800 conselheiros entre lideranças sindicais, associativas, empresariais, parlamentares, pesquisadores. São quase oitocentas inteligências que forma o maior conselho do movimento sindical brasileiro, tanto do ponto de vista do trabalhador, quanto do ponto de vista empresarial. Em 2015 vamos trabalhar para chegar nas mil cabeças”, disse Habert.

Também compuseram a mesa representantes das categorias que compõem a CNTU: Vera Allegro, da Federação Nacional dos Médicos (Fenam); José Carlos Rauem , da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE); Welington Moreira Mello, da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO); Nancy Gorgulho Braga, do Sindicato dos Economistas de São Paulo (Sindecon-SP); Célia Chaves, da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar); e Darlene Ramos, vice-presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas dos Estados de Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco e São Paulo (Febran).

A engenheira Clarice Maria de Aquino Soraggi, da FNE; a socióloga Maria Sidneia Rodrigues, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e o advogado  Luis Carlos Moro, da Associação dos Advogados de São Paulo; que são conselheiros, fizeram uma saudação simbólica aos novos conselheiros. “Conte com mais esse elo dentro dessa linda confederação”, exclamou Clarice Soraggi.

Rumo à 2022
Logo após a cerimônia simbólica, Allen Habert convidou alguns desses conselheiros a realizar o que chamou de “uma jornada laboratorial” para “projetar um Brasil 2022 aqui nesta sala”. O “Brasil 2022” é um dos departamentos criados recentemente pela CNTU para melhorar a gestão de seus projetos e ampliar o envolvimento de seus diretores e conselheiros consultivos na vida da entidade.

Para a Confederação, 2022 será um marco de uma nova etapa na construção da sociedade brasileira. Será quando o Brasil completará o bicentenário de sua Independência e o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

“A CNTU poderá exercer um papel fundamental na discussão ambiental. Abrir um pouco o Itamarati, para que nossas cabeças possam opinar sobre essa questão mundial. Acredito que ainda tem muitos aspectos da Amazônia que ainda precisam ser conhecidos pelos brasileiros. Até mesmo quem mora lá na região não tem esse conhecimento sobre o grande potencial que possui a Amazônia brasileira”, destacou Sebastião Fonseca, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Acre (Senge-AC), que esteve representando a CNTU no encontro da Organização das Nações Unidas (ONU), para debater as propostas ambientais, a COP-20, em Lima, no Peru.

Ainda sobre sustentabilidade, Claudia Saleme, gestora ambiental, enfatizou que a solução para a crise ambiental que se anuncia é a diversidade. “A característica individual de cada ser humano é o ponto prioritário para a transformação da sociedade. Qualquer que sejam os comentários e abordagens dos aspectos intrínsecos ao meio ambiente é importante observar os significados éticos sobre a manutenção da vida e da biodiversidade nas suas mais diferentes formas”, destacou Saleme.

O professor e economista Paulo Elias, de Brasília, enfatizou as dificuldades que o mundo vem enfrentando nos últimos anos por conta de crises conjunturais, principalmente a partir de 2008, que evidenciaram a impossibilidade do modelo neoliberal para solucionar problemas de ordem mundial. Esse modelo que já se demonstrou ineficaz está sendo novamente adotado pelo Brasil para o próximo mandato presidencial que se inicia em 2015. “Estamos vendo nesta mudança de 2014 para 2015, uma espécie de consenso econômico brasileiro de que a solução da crise econômica passa em aumentar juros e cortar despesas publicas”, lamentou Elias que ironizou: “Eu chamo isso de política do ´austericídio´, que é cortar na carne elementos importantíssimos do orçamento público como saúde, educação, previdência”.

Para Elias, é fundamental ocupar esse tipo de espaço oferecido pela CNTU para debater alternativas e mostrar que “fazer política econômica é pensar de uma maneira ampla e diversa e que dá para fazer de maneira diferente do que essa forma conservadora e ortodoxa que a gente tem trilhado nos últimos anos”.

Além da questão ambiental, também foram destacadas ações em segurança alimentar, industrialização, mobilidade urbana com sustentabilidade, investimento em novos modais, uso racional dos medicamentos, universalização da banda larga, educação continuada, políticas sociais como a valorização permanente do salário mínimo e de fortalecimento da rede pública de saúde (SUS), reformas estruturantes como a política e a tributária, entre outros.

 

 

Deborah Moreira
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em homenagem a destaques em cada uma das categorias ligadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), além de um em “Excelência na gestão pública”, a entidade entregou a sete personalidades, pelo quarto ano consecutivo, o prêmio Personalidade Profissional. O justo reconhecimento fechou com chave de ouro a 7ª Jornada Brasil Inteligente, no dia 12 de dezembro, no auditório do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), na capital paulista. A premiação teve início após a apresentação do Coral Martin Luther King. Em 2014, foram agraciados Gilson de Lima Garófalo  (na área de Economia),  Marcus Alexandre Aguiar (Engenharia, na ocasião representado por sua esposa, Gicélia Viana da Silva Melo Aguiar), Waltovanio Cordeiro de Vasconcelos (Farmácia), Eleuses Paiva (Medicina), Albaneide Peixinho (Nutrição), José Tadeu de Siqueira (Odontologia) e João Guilherme Vargas Netto (Excelência na gestão pública).  

 

Foto: Beatriz Arruda
Joao premiado 
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical, foi premiado na categoria Excelência na gestão pública 

Ao receber o prêmio, Gilson Garófalo falou de sua emoção e contou um pouco de sua extensa trajetória de dedicação à profissão. Lembrou ainda o esforço para alcançar o título de economista e o estímulo da família para tanto. Vindo de São Manoel, interior de São Paulo, chegou à capital em 1962, quando iniciou os estudos na Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP). “Ao final do primeiro semestre, escrevi ao meu pai dizendo que ia desistir do curso. Professor de ensino básico, ele veio a mim e disse que não admitiria isso. Afirmou: ‘Não esmorecer para não desmerecer.” Dali em diante, deu sequência aos estudos na área e ascendeu na carreira, atuando tanto como docente como no mercado e aposentando-se como economista-chefe do então Banespa, após 32 anos de serviços prestados. Participando de diversas entidades, entre elas da diretoria do Sindicato dos Economistas de São Paulo (Sindecon-SP), Garófalo – que foi indicado por essa organização para como Personalidade Profissional 2014 na área – enfatizou ainda que essa “é a mais antiga entidade da categoria no Brasil, prestes a completar 80 anos, ao iniciar de 2015”.

Engenheira civil, Gicélia Aguiar recebeu a homenagem na categoria Engenharia em nome de seu cônjuge e colega de profissão. “Estou muito feliz e honrada pelo prêmio tão importante e de reconhecimento nacional. Em menos de 15 anos, Marcus Alexandre Aguiar deixou de ser um adolescente carente da periferia de Rio Branco e se tornou prefeito da cidade. Isso nos mostra o quão importante é a formação universitária.” No ensejo, ela leu mensagem do agraciado, que salientou a parceria com o Sindicato dos Engenheiros no Acre (Senge-AC) e a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) – que o indicaram como Personalidade Profissional 2014 na área – na busca do desenvolvimento sustentável do Acre e do Brasil.

A luta por assistência farmacêutica digna e eficaz foi destacada por Waltovânio Vasconcelos, ao ser homenageado como Personalidade Profissional 2014 na categoria em que atua. Indicado pela Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), ele frisou: “Vejo a responsabilidade aumentar para continuar a luta por um sistema de saúde pública de qualidade, ao que o medicamento é insumo essencial para a garantia desse direito integral à população brasileira.” Entre as campanhas nesse sentido, nas quais foi atuante, ele citou a pela instalação dos genéricos na década de 1990, pelo uso racional dos medicamentos e pela aprovação da Lei 13.021, que define a farmácia como estabelecimento de saúde. “Faço dessa a homenagem aos colegas que fizeram da profissão de farmacêutico um sacerdócio para a melhoria de vida das pessoas.”

Vindo do Sertão da Bahia e caçula de sete filhos, Albaneide Peixinho foi outra premiada a lembrar sua trajetória de 32 anos de militância na área, assim como o apoio da família. Ao optar pela carreira em nutrição e na busca pela compreensão da necessidade alimentação saudável, ela lembrou que seus pais revolucionaram tais hábitos em sua casa. Sindicalista e ativista dos movimentos sociais dos trabalhadores sem-terra e da agricultura familiar, Peixinho alçou postos até chegar ao governo, em que implantou o programa de alimentação escolar. Esse inclui a obrigatoriedade da compra de 30% de produtos advindos de agricultura familiar, segundo salientou. Conhecida como “defensora dos frascos e comprimidos”, como brincou, observou que a profissão ainda é muito estigmatizada. “É preciso um conjunto de políticas públicas integradas e integradoras se queremos mudar o Brasil”, concluiu. A nutrição – área em que foi indicada como Personalidade Profissional 2014 pela Federação Interestadual de Nutricionistas (Febran) – é parte disso.

José Tadeu de Siqueira também recordou sua história profissional e pessoal ao ser agraciado em Odontologia, por recomendação da Federação Interestadual de Odontologistas (FIO). “A homenagem forçou-me a virar para o passado.” Com atuação na área temporo-mandibular, relativa ao estudo de tratamento da dor, conforme ensinou, ele apontou os dados que mostram a importância desse segmento: “Nas unidades básicas de saúde, 30% procuram atendimento devido a dor crônica; cerca de 7% especificamente em função de dor facial. Quinze por centos dos brasileiros reclamam de dor de dente.” Ainda segundo Siqueira, 25% das crianças com menos de cinco anos são acometidas por esse problema. Enfatizando que houve grandes avanços no sistema bucal de saúde pública, ele contudo ponderou:  “Apenas 10% das pessoas já receberam atendimento odontológico profissional no País que reúne o maior número de faculdades na área. Isso merece profunda reflexão. É nosso dever continuar mudando e melhorando.”

A voz dos médicos
Deputado federal pelo PSD, Eleuses Paiva é reconhecido como a voz dos médicos no Congresso Nacional, o que lhe valeu a indicação como Personalidade Profissional 2014 nessa categoria pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Na luta por 10% do PIB à saúde, ele criticou: “Setenta por cento da população precisa do sistema público, e o  Brasil investe ¼ do Uruguai, menos da metade da Argentina, 1/3 do Chile. Enquanto isso, o investimento per capita do setor privado beira o dos países europeus. Temos cidadãos de primeira e segunda categoria.” Lutar contra essa situação, que inclui a dificuldade em liberar verbas à saúde pública no Parlamento, foi o compromisso destacado pelo agraciado na ocasião.

Encerrando o rol dos homenageados do ano, o analista político e sindical João Guilherme Vargas Netto – escolhido pela CNTU como Excelência na gestão pública – emocionou a todos ao contar sua rica história de vida na luta por um País justo e democrático. “Nasci em 25 de dezembro de 1942, em Tombos, Minas Gerais. O mundo estava em greve e em Stalingrado se definia um dos futuros da humanidade, quando hordas nazistas foram cassadas. Cresci feliz em Minas Gerais. Em 1954, estava jogando bola num pátio de café quando um menino veio gritando: ‘Getúlio Vargas se matou.’ Paramos a ‘pelada’, tamanho o impacto da notícia. Em 1957, vim para o Rio de Janeiro estudar para ser engenheiro. Fui visitar minha irmã no interior e voltei de trem, o qual engavetou. Eu tinha 18 anos e comandei o salvamento. Foi quando me dei conta que era feliz, mas vivia numa redoma de vidro. Com o acidente de trem, que ocorreu por falta de conservação, descobri que existia injustiça. Entrei em crise e fiquei um ano no interior, igual a bicho do mato.” O acidente e mais os livros que foram doados à sua cidade – os quais leu todos – mudaram sua trajetória. Dali em diante, Vargas Netto iniciou sua militância por transformações sociais. “Voltei para o Rio, fui estudar matemática na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Aluguei um apartamento ao lado da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Derrubamos o diretor da faculdade e fomos expulsos sem processo. Recentemente, recebi um pedido formal de desculpas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).” Tornando-se dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e perseguido pela ditadura civil-militar, ficou anos no exílio. “Sou o único dirigente da Guanabara e em São Paulo que está vivo e não está louco.” Anistiado em 1979, voltou ao Brasil e pouco tempo depois saiu do partido. Decidiu ajudar o movimento sindical brasileiro dos trabalhadores. “Acho que só não trabalhei para a organização dos seringueiros. A maior homenagem que recebi foi da Rosa Cardoso (coordenadora do grupo dos trabalhadores na Comissão Nacional da Verdade), que disse: ‘Sou exigente, eficiente e técnica, mas quem me ensinou a amar vosso trabalho foi o João Guilherme.’” Ele finalizou: “A única verdade é que esse reconhecimento é justo, pois equilibra a relevância da CNTU com a irrelevância do premiado.” O público que o aplaudiu de pé desmente essa conclusão.

 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

 


O estudo, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para o SEESP, aponta a notável expansão de 80% do mercado de trabalho formal do engenheiro entre 2003 e 2013.  Conforme o levantamento, o número de empregados na categoria subiu de 51.312 para 92.478. Para se ter uma ideia, no mesmo período, o emprego geral cresceu 20% no País e 60% em São Paulo.

* Leia aqui a íntegra da pesquisa do Dieese

Baseado em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o trabalho inclui os registrados como engenheiros contratados sob regime de CLT (92,4%) e funcionários públicos estatutários (7,3%), além de um pequeno número com outros tipos de vínculo empregatício. Embora não abranja a totalidade dos profissionais, já que muitos atuam como autônomos ou mesmo como pessoas jurídicas, o material traz um retrato importante do que se passou na última década, especialmente a partir de 2007 com a retomada do investimento público e grandes projetos que destravaram a economia e geraram emprego. Os engenheiros, que foram os mais prejudicados durante o longo período de recessão que o Brasil atravessou nas décadas de 1980 e 1990, acabaram por ser significativamente beneficiados com o aquecimento da economia.

Esse quadro mostra a correção do que vem sendo defendido no âmbito do projeto “Cresce Brasil +Engenharia + Desenvolvimento” desde 2006 também ao se observar que a evolução do emprego formal na engenharia foi contínua durante a década, mas teve maior aceleração em 2007 (8,89%), 2008 (9,65%) e 2010 (8,98%). Esses são também os anos de melhor desempenho da economia nacional, quando várias iniciativas defendidas pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) foram postas em andamento.

O estudo do Dieese traz ainda como dado alvissareiro uma maior igualdade de gênero na profissão. As mulheres continuam sendo minoria, mas em 2013 chegaram a 19% dos empregados formais, somando 17.875. Em 2003, eram 7.829 e representavam 15%. Além disso, a remuneração feminina, que correspondia a 75% da masculina, passou a 81%. O crescimento do emprego teve também impacto positivo sobre o salário da categoria, que obteve ganhos reais médios de 17% entre 2003 e 2013, subindo de R$ 7.722,60 para R$ 9.023,80. O dado é compatível com os resultados que o SEESP vem obtendo nas negociações coletivas dos últimos anos, que registraram aumentos reais sucessivos. O destaque aqui vai para os mecatrônicos, cuja remuneração teve incremento de 74%, subindo de R$ 6 mil para R$ 10,4 mil. O maior valor do rendimento em 2013 era dos químicos, de R$ 12 mil.

Esse apanhado geral demonstra o acerto em se optar pelo desenvolvimento. É, portanto, o caminho que deve ser mantido, com a necessidade óbvia de aprimoramentos. Por exemplo, é urgente recuperar a indústria nacional para que continuemos a gerar empregos e ampliar a renda dos trabalhadores. Também está claro que precisamos garantir o controle fiscal e da inflação, mas jamais ao preço de paralisar o País.  É necessário seguir adiante.



* por Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP









O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática (NeuroMat) – um dos CEPIDs apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) – acaba de lançar o primeiro módulo do software livre Neuroscience Experiments System (NES), que auxilia na organização, controle e gerenciamento de dados neurofisiológicos clínicos e experimentais.

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Essa primeira versão da ferramenta, disponível para download no site (https://github.com/neuromat/nes), foi concebida para oferecer uma interface amigável para o armazenamento de dados clínicos e avaliações médicas de pacientes e voluntários de experimentos. Além disso, há uma interface para o gerenciamento dos questionários eletrônicos aplicados nas pesquisas.

“O software integra um projeto de construção de um banco de dados neurofisiológicos público, organizado pelo CEPID NeuroMat, uma iniciativa pioneira em Neurociência. Além disso, esperamos que essas iniciativas facilitem a cooperação entre pesquisadores”, disse Kelly Rosa Braghetto, professora do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP) e membro do grupo responsável pelo desenvolvimento do NES.

Criado em 2013 na USP, o NeuroMat reúne cerca de 50 pesquisadores de áreas como Matemática, Ciência da Computação, Estatística, Neurociência, Biologia, Física e Comunicação, de universidades brasileiras e estrangeiras. O objetivo do grupo é integrar modelagem matemática e Neurociência, em busca de uma maior compreensão do funcionamento do cérebro humano.

De acordo com Braghetto, o primeiro módulo do software NES foi construído usando como modelo os experimentos conduzidos no Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sob a coordenação da professora Claudia Vargas, uma das pesquisadoras principais do CEPID.

“O grupo da UFRJ acompanha a reabilitação de pacientes com lesão no plexo braquial [um tipo de lesão neurológica que prejudica o movimento dos braços e das mãos]. Esse primeiro módulo foi desenvolvido para cadastrar dados ambulatoriais”, disse Braghetto à Agência FAPESP.

Também está em fase de implementação um módulo para o registro de informações dos protocolos experimentais e das medidas fisiológicas coletadas nas pesquisas.

“Muitas vezes o pesquisador não registra todos os detalhes do protocolo adotado durante a realização do experimento, como determinados parâmetros da configuração dos equipamentos. Esses detalhes podem ter impacto na análise dos dados. O software vai evitar esse tipo de situação”, disse Braghetto.

Código aberto
Segundo a pesquisadora, como o código do programa é aberto, os interessados podem baixar e fazer adaptações para atender às necessidades de suas próprias pesquisas.

O próximo módulo a ser desenvolvido tem o objetivo de gerenciar dados coletados em exames de neuroimagem, como a ressonância magnética. Haverá ainda um módulo dedicado ao gerenciamento de dados obtidos em experimentos com animais.

A sequência de implementação dos módulos de aquisição de dados do NES será priorizada em função das demandas dos laboratórios associados ao CEPID.

A equipe do NeuroMat espera que, no futuro, as bases de dados de experimentos em Neurociência possam ser compartilhadas entre cientistas.

“O cuidado com a privacidade dos voluntários e pacientes de quem os dados são coletados é uma marca fundamental do desenvolvimento tecnológico do CEPID. A prática de disponibilização de bases de dados já ocorre em outras áreas da ciência com certa frequência, mas ainda é incomum em Neurociência”, comentou Braghetto.

Mais informações: http://neuromat.numec.prp.usp.br


 

Fonte: Agência Fapesp/Karina Toledo










Em 2014, o Brasil ganhou sua primeira medalha Fields, o maior prêmio da Matemática no mundo, recebida por Artur Ávila, pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e diretor de pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), na França.

A conquista mostra o bom momento da matemática no Brasil, como também foi evidenciado no 1º Congresso Brasileiro de Jovens Pesquisadores em Matemática Pura e Aplicada, realizado no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP), de 10 a 12 de dezembro, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp). “Há grandes trabalhos sendo feitos e certamente ouviremos falar bastante deles. A matemática está em constante evolução e os jovens pesquisadores brasileiros têm muito a contribuir”, disse Ávila, que participou do evento.

Ávila recebeu a medalha Fields por suas contribuições à área matemática dos Sistemas Dinâmicos, que estuda processos que evoluem regidos por leis da Matemática, desde o movimento de uma bola de futebol no ar até o Sistema Solar.

O matemático disse estar animado com as pesquisas apresentadas em sua área e em outros campos da Matemática durante o congresso no IME-USP. “O importante é que os caminhos da pesquisa matemática não sejam obstruídos.”

Outro jovem matemático de destaque no congresso foi Pedro da Silva Peixoto, professor do IME-USP, que se prepara para dar continuidade, no Reino Unido, aos seus estudos iniciados no doutorado – concluído no ano passado e que resultou em um teorema que identifica uma classe de erros nos métodos matemáticos de previsão do tempo.

Na University of Exeter, Peixoto integrará uma equipe internacional de pesquisadores dedicados a desenvolver modelos matemáticos para previsões do tempo mais precisas. Peixoto conduz a pesquisa “Modelagem numérica de fluidos geofísicos em malhas geodésicas”, que tem apoio da FAPESP.

“A maioria dos modelos de previsão do tempo globais usados atualmente tem baixa resolução e vai ficar obsoleta nos próximos anos. Boa parte da matemática por trás desses modelos precisa ser reformulada e preparada para os avanços computacionais da área. O Reino Unido montou um time de pesquisadores para trabalhar nessa atualização que possibilitará previsões com maior precisão – resolvendo fenômenos globais, ao mesmo tempo em que estima condições em bairros de uma cidade”, disse.

A baixa resolução a que se refere Peixoto decorre, segundo ele, dos limites dos modelos matemáticos atuais, que utilizam coordenadas de latitude e longitude para estabelecer as regiões de cobertura.

“Isso resulta em uma previsão do tempo limitada a uma resolução de até 10 quilômetros, um espaço bastante amplo. Pretendemos aprimorar a Matemática quando dividimos essa esfera em malhas geodésicas, que são unidades geométricas como hexágonos e pentágonos. Dessa forma, temos várias partes da região com maior riqueza de detalhes. Mas também temos uma Matemática mais complexa por trás”, disse.


 

Fonte: Agência Fapesp








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