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O presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Barretos, Luiz Antônio Moreira Salata, foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Olímpia, vencendo por folgada diferença de seis votos a quatro o outro candidato, para o biênio 2015-2016. A votação foi nesta semana. O primeiro mandato à frente da Casa foi entre 1993 e 1994.



Imprensa SEESP











A Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) realiza a 7ª Jornada Brasil Inteligente, nesta sexta-feira (12/12), a partir das 14 horas, no auditório SEESP, na Capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista). Entre os temas em debate nesta edição, o projeto “Brasil 2022”, que propõe avanços essenciais ao País tendo como horizonte a comemoração do Bicentenário da Independência.

* O evento terá transmissão ao vivo online neste link

Logo após a abertura do evento, será feito o lançamento da publicação “A CNTU e a luta das mulheres”, que faz um resgate dessa discussão e aponta caminhos para a confederação, assim como para suas federações e sindicatos filiados buscarem avanços na luta pela emancipação feminina. Também serão apresentados os 15 departamentos temáticos da confederação e dada posse aos novos membros do conselho consultivo, dando início à plenária geral desse importante fórum da confederação.

A partir das 19 horas, acontece a entrega da quarta edição do prêmio “Personalidade Profissional”, que homenageia uma figura de destaque em cada um das categorias ligadas à CNTU, além de uma em “Excelência na gestão pública”. Os profissionais são indicados pelas federações e entidades que integram a entidade, por suas contribuições destacadas à sociedade durante o ano.

Os agraciados são: em economia, Gilson de Lima Garófalo; na engenharia, o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre Aguiar; em farmácia, Waltovânio Cordeiro de Vasconcelos; em medicina, Eleuses Paiva, em nutrição, a coordenadora do programa nacional de alimentação escolar, Albaneide Peixinho; em odontologia, José Tadeu de Siqueira; em excelência na gestão pública, o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto.

Confira a seguir a programação completa aqui.



Fonte: CNTU









O jornalista João Franzin, da Agência Sindical, escreveu certa vez que ninguém conhece mais de sindicalismo do que João Guilherme Vargas Netto. Cientista político, consultor da CNTUe da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), articulista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Agência Sindical, sites e publicações ligadas ao mundo do trabalho, ele é de fato considerado o maior especialista em história do movimento sindical brasileiro e analista sempre consultado sobre estratégias em defesa dos interesses dos trabalhadores a cada variação de conjuntura.


Foto: Beatriz Arruda
Joao Guilherme CNTU João Guilherme, em mais de 40 anos de atuação, sempre lutou pela
unidade do movimento sindical brasileiro


Vindo da direção do Partido Comunista Brasileiro (PCB), perseguido pela ditadura militar, João Guilherme chegou ao movimento sindical há mais de 40 anos, fazendo do mundo das lutas trabalhistas sua área de atuação e passando a contribuir para orientar, apoiar e dar visibilidade as agendas e reivindicações das entidades sindicais das quais se aproximou nas décadas de 1970 e 1980.

Foi sócio e diretor da Oboré Editorial, empresa criada em 1978 como uma cooperativa de jornalistas e artistas que queriam colaborar com os movimentos sociais e de trabalhadores urbanos na montagem de seus departamentos de imprensa, produção de jornais e planejamento de comunicação. A empresa atraiu para suas atividades de apoio às lutas sindicais artistas como os cartunistas Laerte e Henfil, que traduziram em charges e personagens as reivindicações, mobilizações e aspirações dos trabalhadores.

Aliando vasta erudição à compreensão profunda do povo e da cultura brasileira, é um arguto observador da realidade nacional e referência obrigatória ao debate qualificado sobre o País. Para a CNTU e entidades a quem oferece consultoria, e para o público que lê seus artigos regulares, João Guilherme é um inspirador das lutas pelas pautas unificadas dos trabalhadores, analisando acertos e erros nos momentos de maior efervescência da sociedade brasileira, como foram os protestos de 2013 e as disputas eleitorais de 2014, apontando estratégias para o avanço das pautas sindicais na política nacional.

Em seu mais recente artigo, recomenda aos trabalhadores  sangue-frio e firmeza para que nenhum direito sindical seja violado, com as mudanças pós-eleitorais. Ele destaca os temas fortes prometidos durante a campanha vitoriosa de Dilma Rousseff para que sejam abordados: a discussão sobre uma alternativa ao fator previdenciário, a manutenção da política de valorização do salário mínimo, a correção da tabela do imposto de renda e os direitos sindicais do funcionalismo.

Com ele, o movimento sindical segue atento ao futuro do ministério do Trabalho e Emprego, cobrando seu fortalecimento e o compromisso da próxima gestão com a vontade unitária dos trabalhadores. Por ter ajudado a difundir essa pauta, nas diversas atividades e ações da CNTU e do movimento sindical ao longo do ano, João Guilherme será merecidamente homenageado como Personalidade Profissional 2014, em Excelência de Gestão Pública.

 

 

Fonte: CNTU









Espaço de cultura e convivência, e também de conflitos e interesses diversos, a cidade é hoje palco de fenômenos urbanos distintos e diferenciados, e compreendê-los exige um aporte teórico que extrapola a arquitetura e o urbanismo. A partir desta percepção e buscando tensionar os limites disciplinares, estudiosos do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), em São Carlos, e do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), ambos da Universidade de São Paulo (USP), uniram-se a pesquisadores de outras áreas para formar o Núcleo de Pesquisa em Urbanização e Mundialização: novos processos de produção do espaço urbano, o NAPUrb.

O professor Manoel Rodrigues Alves, coordenador do NAPUrb, destaca que “o objetivo do núcleo pode ser sintetizado na ideia de que a confluência entre os campos disciplinares da arquitetura e urbanismo, geografia, sociologia, antropologia e filosofia, permitem a construção de uma análise mais profunda do fenômeno urbano contemporâneo em suas escalas, níveis e dimensões”. Nesse contexto, o Núcleo procura analisar as transformações que se constatam nas cidades contemporâneas, em particular São Paulo e cidades brasileiras, objetivando a compreensão do papel do espaço na acumulação, dominada pela financeirização, e a orientação das políticas públicas neste horizonte.

A produção do espaço urbano assume importância central no mundo moderno do ponto de vista da acumulação, principalmente sobre as formas de empresariamento da cidade, explica o professor. Assim, a pesquisa orienta-se no desvendamento do mundo a partir da análise de fenômenos urbanos, enxergando não só as tendências mundiais, mas também as singularidades de cada local. “Fundamentalmente, discutimos a produção do espaço urbano contemporâneo numa postura crítica”, explica o coordenador no NAPUrb. “Nossa base de reflexão é absolutamente contraposta à tendência atual, isto é, aos termos em que o neoliberalismo promove a produção do espaço urbano, por exemplo, em relação a processos de exclusão socioespacial ou de sectarização”, completa.

O grupo se organiza em torno de três grandes temáticas: a produção contraditória do espaço urbano; novas formas de consumo e espaço público contemporâneo; e empresariamento da produção da cidade. Desses subgrupos originam-se diversos temas, desenvolvidos por pesquisadores do IAU, da FFLCH, da FAU, da Unesp, além de colegas de outros países, como Espanha e Argentina.

Cidade em transformação
Fenômenos como os megaempreendimentos, intervenções urbanas, os parklets e programas de habitação social ajudam a entender o que caracteriza a produção da cidade hoje. Os estudos do NAPUrb, assim, envolvem o trabalho em campo, a pesquisa e coleta de dados em órgãos públicos e privados, o cruzamento de indicadores socioeconômicos e mapeamentos diversos. Alves explica que, ainda que perpassem os aspectos técnicos, a essência do trabalho é interpretativa, de reflexão, que pode, gerar novos conhecimentos sobre as transformações urbanas.

“Acreditamos que forçando esse diálogo entre distintos campos disciplinares podemos obter uma abordagem distinta, não necessariamente nova, mas que cria a possibilidade de uma análise teórica inovadora”, afirma Alves.


 

Fonte: Agência USP de Notícias








Uma grande festa irá marcar a comemoração ao Dia do Engenheiro, nesta quinta-feira (11/12), na Capital paulista. O evento encerrará o ano que foi muito especial para a categoria: os 80 anos da fundação do SEESP e as cinco décadas de existência da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Na data, o sindicato homenageia, como faz anualmente desde 1987, os profissionais da área com o prêmio "Personalidade da Tecnologia 2014".

A premiação presta reconhecimento aos profissionais que se destacam pela ousadia e criatividade na execução de seus trabalhos a serviço do desenvolvimento, avanço técnico-científico e bem estar da população. Nesta edição, serão agraciados: Alberto Issamu Honda (categoria Educação); Demi Getschko (categoria Internet); Roberto Pereira D’Araujo (categoria Energia); Luciano Galvão Coutinho (categoria Reindustrialização); Fernando Santos-Reis (categoria Reuso da água); e José Aldo Rebelo Figueiredo (categoria Valorização Profissional). O evento será realizado no Teatro Maksoud Plaza, a partir das 18h30.


Foto: Beatriz Arruda
Prêmio 2 Prêmio Personalidade da Tecnologia homenageia profissionais que se destacaram em suas áreas


Ao mesmo tempo, o sindicato divulga estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que mostra uma expansão de 80% nas contratações de engenheiros, no período de 2003-2013, no Brasil. O resultado é muito superior ao crescimento do emprego geral no País, que foi de 20%, e em São Paulo, de 60%, no mesmo período. Com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a pesquisa mostra que o número de empregados sob contrato regido pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) ou estatutários subiu de 51.312 para 92.478. O "Perfil Ocupacional dos profissionais da engenharia com vínculo formal no Estado de São Paulo" demonstra que a evolução do emprego formal na engenharia foi contínua, com maior aceleração em 2007 (8,89%), 2008 (9,65%) e 2010 (8,98%). 

O estudo detalha também a principal área de atuação dos engenheiros: a indústria de transformação, que associada aos serviços industriais responde por 40% dos engenheiros ocupados. Em seguida, vêm serviços (30%) e construção civil (13%). 

Destaque também para os engenheiros de computação que registraram crescimento de 208% neste período. A análise do Dieese demonstra ainda uma maior igualdade de gênero na profissão. As mulheres continuam sendo minoria, mas em 2013 chegaram a 19% dos empregados formais, somando 17.875. Em 2003, eram 7.829 e representavam 15%. Além disso, a remuneração feminina, que correspondia a 75% da masculina, passou a 81%. O crescimento do emprego teve também impacto positivo sobre o salário da categoria, que obteve ganhos reais médios de 17% entre 2003 e 2013, subindo de R$ 7.722,60 para R$ 9.023,80.

Recuperar a indústria nacional
Esses são também os anos de melhor desempenho da economia nacional, quando várias iniciativas defendidas pela FNE foram postas em andamento. "Esse apanhado geral demonstra o acerto em se optar pelo desenvolvimento. É, portanto, o caminho que deve ser mantido, com a necessidade óbvia de aprimoramentos. Por exemplo, é urgente recuperar a indústria nacional para que continuemos a gerar empregos e ampliar a renda dos trabalhadores. Também está claro que precisamos garantir o controle fiscal e da inflação, mas jamais ao preço de paralisar o País. É necessário seguir adiante", declarou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP e da FNE.


 

Imprensa SEESP










O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) vai dobrar a capacidade para receber estudantes de graduação em São José dos Campos. A partir do próximo ano, a instituição dará início a um projeto de expansão e vai ampliar, de maneira gradativa, o total de vagas na graduação, que deve chegar a 1.200 alunos. O edital para licitação da primeira etapa da obra foi publicado nesta semana no Diário Oficial da União. A primeira fase do projeto de expansão prevê investimentos de R$ 49 milhões pelo governo federal. O prazo para conclusão do primeiro módulo é de 12 meses, mas as novas vagas só devem ser abertas a partir de 2017.

Ao todo, o projeto prevê a construção de três novos prédios que devem abrigar novas salas de aula, laboratórios, biblioteca, auditório e alojamentos para os estudantes. De acordo com o pró-reitor de extensão e cooperação Anderson Correia, a expansão do instituto atende a necessidade de oferecer maior número de profissionais ao mercado de engenharia e aeronáutica no país. Os alunos do ITA têm muita facilidade para entrar no mercado de trabalho e as empresas têm cobrado mais alunos do ITA. “O mais importante é formar uma boa mão de obra para provocar o impacto na indústria que o instituto sempre provocou", afirma.

Segundo Correia, um dos principais desafios do ITA é manter a qualidade de ensino. Atualmente, o vestibular da instituição é um dos mais concorridos do país e conta com 170 vagas para quase 8 mil concorrentes por ano. Com as obras de expansão, as vagas pela seleção devem chegar a 240. Para garantir o reconhecimento no ensino, também está previsto aumento nas vagas de pós-graduação, mestrado e doutorado. A partir de 2015 também deve haver contratação de novos professores para a instituição. A previsão é que o total de docentes passe de 147 para 300 até 2019. Atualização do ensino Paralelo ao projeto de expansão, a instituição vê a necessidade atualizar a grade curricular, com a proposta de desenvolver habilidades que garantam maior independência dos estudantes no mercado.

Para os próximos anos, o ITA também estuda a viabilidade de centros de inovação dentro do instituto e no Parque Tecnológico de São José. "Queremos trazer mais cooperação internacional, com mais alunos passando tempo em universidades reconhecidas no exterior e novos conteúdos para serem ministrados nas salas de aula. Conteúdos de inovação, empreendedorismo e liderança", explica o pró-reitor.


 

Imprensa SEESP
Com informação do G1-Globo








A Câmara Municipal de Bauru, por requerimento do vereador Fernando Francelosi Mantovani (PSDB), prestou homenagem aos 80 anos do SEESP, em sessão ordinária da Casa, nesta segunda-feira (8/12). O parlamentar observou que a entidade, ao longo de sua existência, organiza, com sabedoria e ética, as lutas da categoria no Estado.


Fotos: Paula Bortolini
Bauru homenagem 3 editado 
Presidente do SEESP, Murilo Pinheiro (segurando a placa), ao lado do vereador
autor da homenagem Fernando Francesoli Mantovani 


Em sua apresentação, Mantovani falou sobre o sindicato desde a sua fundação, em 21 de setembro de 1934, até os dias de hoje quando representa uma base com mais de 200 mil profissionais e tendo ultrapassado os 50 mil associados, a entidade está presente em todo o Estado por meio de suas 25 delegacias sindicais, além da sede na Capital. “Assim, é com orgulho que o sindicato chega aos seus 80 anos de existência neste ano”, ressaltou o parlamentar.


Bauru homenagem 2Diretores do sindicato e vereadores prestigiam homenagem aos 80 anos do SEESP


Nos tempos mais recentemente, nos anos 2000, o vereador destacou uma nova etapa da história do sindicato, com o engajamento ainda maior ao debate sobre o desenvolvimento nacional e a busca de saídas à estagnação que impedia o Brasil de prosperar. Também observou que uma das grandes lutas da entidade é em defesa do piso da categoria previsto na Lei 4.950-A/66, estipulado em nove salários mínimos vigentes no País para jornada diária de oito horas.

O vereador mostrou, ainda, a atuação sindical nacional do SEESP, engajando-se na Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e na atuação decisiva para a constituição e fortalecimento da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), que reúne cinco profissionais liberais em todo o Brasil.

Por fim, o parlamentar lembrou que o SEESP criou e mantém o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), credenciado pelo Ministério da Educação em 2013 para oferecer o primeiro curso de Engenharia de Inovação do Brasil, consolidando a contribuição da nossa entidade ao esforço de formar mão de obra qualificada de primeiríssima linha.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP








 

O povo brasileiro aguarda, com a respiração suspensa, a entrega à presidência da República do relatório da CNV.

Instituída em maio de 2012 teve até agora o tempo de prepará-lo, com audiências, entrevistas, depoimentos e investigações cobrindo o período de 1946 a 1988, mas concentrando-se em apurar as violações dos direitos humanos com a anuência do Estado durante a ditadura: assassinatos, sequestros, torturas, ocultamento de cadáveres, intervenções em sindicatos e outros terrores.

Além de produzir o relatório, os trabalhos da CNV deram força a uma série de iniciativas de comissões estaduais, comissões setoriais e ensejaram na grande mídia esclarecedoras coberturas sobre os crimes da ditadura.

No âmbito da CNV foram criados inúmeros grupos de trabalho.

Em cerimônia realizada segunda-feira, 8 de dezembro, na sede do sindicato dos Engenheiros, o grupo de trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical” entregou à comissária Rosa Cardoso suas recomendações à CNV. Das 43 recomendações apresentadas pelo GT, a CNV incorporou em seu relatório final, 18, o que demonstra, seja a seriedade do trabalho da CNV, seja a efetiva contribuição do GT.

Estimuladas pela regência da doutora Rosa, que como uma maestrina afinou os instrumentos das centrais sindicais e conseguiu executar a unidade de ação das dez centrais sindicais participantes (pela ordem em que assinam o folheto: CGTB, CSB, CSP, CTB, CUT, FS, Intersindical I, Intersindical II, NCST e UGT) inúmeras entidades apresentaram trabalhos sobre a memória da repressão; cito os do Centro de Memória Sindical, os do sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e os do sindicato dos Bancários de Santos.

A parte emocionante do evento correu por conta dos depoimentos de Mello Bastos (em filme), Clodesmidt Riani e Raphael Martinelle, dirigentes do Comando Geral dos Trabalhadores.

A luta continua.

 

* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical do SEESP e da FNE

 

 

 

 

 

 

 

 

Na manhã desta segunda-feira (8/12), na sede do SEESP, na Capital paulista, foi realizado ato sindical unitário para a apresentação do relatório final, com 43 recomendações, do Grupo de Trabalho nº 13 da Comissão Nacional da Verdade (CNV), “Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical”. À abertura, o presidente do sindicato dos engenheiros, Murilo Celso de Campos Pinheiro, destacou a importância dos trabalhos da comissão e disse que a entidade estava honrada por sediar tal evento. “Esse é um debate que deve ser elogiado e estar presente na memória do povo brasileiro”, realçou.


Fotos: Beatriz Arruda
CNV 1 GT 13 da CNV apresenta relatório final dos trabalhos, em São Paulo, no dia 8 de dezembro


Rosa Cardoso, integrante da CNV e coordenadora do GT dos trabalhadores, fez uma breve digressão das investigações da comissão, criada pela Lei 12.528/2011 e instituída em maio de 2012, afirmando que o relatório final – que será entregue, oficialmente, a presidente Dilma Rousseff no próximo dia 10 – da comissão resgata não apenas a verdade sobre diversos fatos ocorridos a partir do golpe civil-militar em 1964, mas traz imbuída a necessidade de se fazer justiça e reparação às vítimas da ditadura. Para ela, deve-se lutar, agora, pela responsabilização civil, administrativa e criminal de todos os envolvidos, sejam eles da esfera pública ou privada. “Nós não nos contentamos apenas com a verdade. Queremos justiça”, conclamou, emocionada, a um público formado por sindicalistas e ex-dirigentes perseguidos, demitidos e torturados, como os remanescentes da executiva do lendário Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), da década de 1960, Clodismidt Riani, de 95 anos de idade, e Raphael Martinelli, de 90 anos, e do ex-presidente da Federação de Condutores de Veículos Rodoviários do Estado de São Paulo, Alcídio Boano, de 87 anos.


CNV 3Da esquerda para a direita: Boano, Martinelli e Riani, sindicalistas perseguidos pela
ditadura civil-militar de 1964


Segundo Cardoso, o levantamento de documentos e os muitos depoimentos confirmam que o golpe civil-militar teve como alvo primordial a classe trabalhadora, interrompendo os avanços democráticos conquistados por essa durante o governo João Goulart. “Desvendamos os interesses das elites militares e civis.” E explica: “As primeiras queriam obter hegemonia militar na região, seguindo as determinações norte-americanas, criando e se engajando em guerras, e construindo uma indústria bélica poderosa no País. Já os empresários queriam estabelecer um modelo ainda mais concentrador de capital, com um caráter ainda mais selvagem, atraindo as multinacionais.” Pelos trabalhos do GT 13 foram levantados que 114 trabalhadores urbanos foram assassinados – 53 operários, 16 bancários, 11 jornalistas e mais 34 entre auxiliares de escritório, comerciários, mecânicos, técnicos e vendedores.

Entre as recomendações do GT 13 estão: a reparação coletiva às vítimas; investigar, denunciar e punir os autores de crimes de morte, tortura e desaparecimento forçado, sejam eles militares ou civis; extinguir a Lei de Segurança Nacional (LSN); impulsionar a reforma do judiciário com a extinção da Justiça Militar; democratizar o ensino e o conteúdo curricular das escolas públicas e privadas, visando promover os valores democráticos e os Direitos Humanos; entre outras. Na oportunidade também foi entregue ao Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, requerimento solicitando ao órgão governamental o levantamento rigoroso das intervenções em sindicatos de trabalhadores entre os anos de 1946 e 1988, período coberto pelas investigações da CNV.

Laboratório da repressão
A CNV levantou o nome de pelo menos 25 empresas da região do Vale do Paraíba que, por meio de suas chefias de segurança em colaboração com militares do Exército e da Aeronáutica e com as polícias civil, militar e federal, monitoraram ferozmente os operários, culminando com demissões, prisões e até desaparecimentos. Rosa relacionou, entre essas, a Avibras, Cartepillar, Confab, Embraer, Engesa, Rhodia, Ford, General Motors, Erickson, Petrobras, Johnson, Kodak, Philips, Villares, Telesp, Volkswagen e Vibrasa. Ainda nos trabalhos da CNV, levantou-se que a Petrobras e outras estatais, à época, viraram um “laboratório de repressão”, fazendo indicações de procedimentos repressivos a outras indústrias. “Portanto, tivemos, também, uma ditadura fabril”, observou.

Até o momento, explicou, a responsabilização que existe se dá pela Lei da Anistia que é apenas para os agentes do Estado. “Agora estamos falando da interpelação civil das empresas”, disse, lembrando que se está falando de um conjunto de violações que demitiu, cassou lideranças, torturou, matou, ocultou cadáveres e impingiu o desaparecimento forçado de muitas pessoas. “Nós somos muito mais que os generais que fizeram o golpe.”

Ao final de sua exposição, Cardoso rendeu homenagem ao consultor sindical do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), João Guilherme Vargas Netto, dizendo que ele ajudou-a não apenas a entender o papel da classe trabalhadora na história do mundo e do Brasil, mas a amá-la dentro das suas virtudes, grandezas e equívocos. “Quem me ensinou isso foi ele.”

Compuseram a mesa do ato unitário dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Intersindical, Central Sindical e Popular Conlutas, Nova Central e o presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva, o deputado estadual Adriano Diogo.

* Apresentação do GT 13 da CNV


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP











Depois de muitos anos sem investimentos significativos em infraestrutura, o Porto de Santos prepara-se para se tornar um grande complexo, adaptando-se aos novos tempos que virão a partir de 2015, quando estarão concluídas as obras de ampliação do Canal do Panamá, que permitirão a circulação na costa brasileira de embarcações de grande porte, com 366 metros de comprimento e 51 metros de largura, acirrando a competição com os portos do Norte e Nordeste, que têm a seu favor a menor distância.

O Terminal de Contêineres (Tecon), da empresa privada Santos Brasil, o maior do País, por exemplo, tem investimentos previstos de R$ 1,1 bilhão durante quatro ou cinco anos que incluem a compra de oito novos portêineres de 52 metros, a expansão do cais e aprofundamento do berço de atracação para 17 metros, além do aumento da capacidade do seu ramal ferroviário de 5% para 30% do total movimentado. É de se lembrar que o Tecon-Santos já apresenta um índice médio de 108 contêineres movimentados por hora, o que o coloca entre os mais produtivos do mundo.

Na área dos investimentos públicos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de anunciar a formalização até o final de novembro de um acordo do financiamento parcial para a construção do túnel submerso entre Santos e Guarujá. Ao todo, o túnel custará R$ 3,2 bilhões durante os 44 meses de obra, cujo início está previsto para janeiro de 2015.

Além disso, o Governo do Estado pretende definir também em 2015 a viabilidade econômica de uma terceira ligação entre a Baixada Santista e a Região Metropolitana de São Paulo, com a abertura de uma rodovia que interligaria o trecho Leste do Rodoanel ao Porto de Santos, cuja construção está avaliada em R$ 15 bilhões. A conexão terá 36 quilômetros formados por túneis e viadutos para transpor a Serra do Mar por Bertioga. O acesso começará nas proximidades da Estrada dos Fernandes, em Suzano, e irá até a área continental de Santos, a apenas 15 minutos da entrada de Guarujá. Nesse ponto, um túnel servirá de rota para os veículos de carga que seguem em direção ao Porto.

Além disso, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) promete publicar em breve o edital de licitação para a construção do segundo trecho da Avenida Perimetral da Margem Direita do Porto, no trecho entre o Canal 4, no Macuco, e a Ponta da Praia. As obras levarão 24 meses e incluem a construção de um viaduto nas proximidades do Canal 5. O primeiro trecho compreende a área entre a Praça Barão do Rio Branco e o Canal 4.

Concluído o segundo trecho, ainda haverá mais duas etapas: o trecho entre a Alemoa e o Saboó e a implantação do chamado Mergulhão, passagem viária subterrânea em frente aos armazéns do Valongo. Com isso, haverá uma significativa melhora no trânsito de veículos pesados em direção ao Porto e a redução do atual conflito rodoferroviário. O que se espera é que as obras não demorem muito para sair do papel.


* por Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)









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