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A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Lagoa do Sino, está com inscrições abertas, até 21 de outubro, para o concurso que selecionará três professores adjuntos para a área de Engenharia de Alimentos. O campus fica no município de Buri, a 130 km de Sorocaba, e inicia suas atividades em 2014 com os cursos de graduação em Engenharia de Alimentos, Engenharia Agronômica e Engenharia Ambiental.

Os docentes serão contratados em regime de dedicação exclusiva e receberão remuneração mensal de R$ 8.049,77. A subárea de Engenharia de Processos tem duas vagas em aberto e os candidatos deverão possuir graduação em Engenharia de Alimentos ou Engenharia Química e doutorado em Engenharia de Alimentos.

Já a subárea Ciência de Alimentos oferece uma vaga aos candidatos que possuam graduação em Engenharia de Alimentos, Engenharia Química ou Ciência dos Alimentos e doutorado em Engenharia ou Ciência dos Alimentos.

O concurso prevê a realização de provas escrita e de didática, arguição do projeto de pesquisa e análise do curriculum vitae. A prova escrita terá duração de quatro horas e avaliará a apresentação, o conteúdo e a linguagem.

A prova didática será realizada em sessão pública, terá duração de 40 a 50 minutos e nela os candidatos poderão usar lousa e material digital, caso julguem necessário.

Somente os aprovados nas provas escrita e didática estarão classificados para a fase de arguição do projeto de pesquisa e análise do Curriculum vitae. A classificação final dos candidatos será em ordem decrescente da soma de pontos obtidos na prova escrita, didática, na arguição do projeto de pesquisa e na análise do curriculum vitae.

A inscrição deve ser feita exclusivamente pela internet e a documentação, enviada aos cuidados do Departamento de Provimento e Movimentação/DiDP/ProGPe, na Rodovia Washington Luís, km 235, Caixa Postal 676, Bairro Monjolinho, CEP: 13565-905, São Carlos-SP.

Engenharia Química

O Departamento de Engenharia Química da UFSCar também está com inscrições abertas, até 21 de outubro, para o processo seletivo que busca preencher uma vaga de professor adjunto na área de Engenharia Química em São Carlos.

O docente será contratado em regime de dedicação exclusiva, receberá remuneração mensal de R$ 8.049,77 e atuará na área de ensino em operações unitárias e pesquisa em Engenharia Química.

O candidato deve possuir título de doutor em qualquer área e graduação em Engenharia Química ou título de doutor em Engenharia Química e graduação em qualquer área.

O concurso é composto por provas escrita e didática, ambas de caráter eliminatório e classificatório. Haverá também, em caráter classificatório, a arguição do projeto de pesquisa e a análise do curriculum vitae.

Os editais podem ser lidos em: http://www.concursos.ufscar.br/home.php

Fonte: Agência Fapesp




A gestão de recursos hídricos no Brasil representa um problema crítico, devido à falta de mecanismos, tecnologias e, sobretudo, de recursos humanos suficientes para gerir de forma adequada as bacias hidrográficas do país. A avaliação foi feita por pesquisadores participantes do “Seminário sobre Recursos Hídricos e Agricultura”, realizado no dia 2 de outubro, na Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).

“O Brasil tem problemas de gestão de recursos hídricos porque não há mecanismos, instrumentos, tecnologias e, acima de tudo, recursos humanos suficientemente treinados e com bagagem interdisciplinar para enfrentar e solucionar os problemas de manejo da água”, disse José Galizia Tundisi, pesquisador do Instituto Internacional de Ecologia (IIE), convidado a participar do evento.

“É preciso gerar métodos, conceitos e mecanismos aplicáveis às condições do país”, avaliou o pesquisador, que atualmente dirige o programa mundial de formação de gestores de recursos hídricos da Rede Global de Academias de Ciências (IAP, na sigla em inglês) – instituição que representa mais de cem academias de ciências no mundo.

De acordo com Tundisi, as bacias hidrográficas foram adotadas como unidades prioritárias de gerenciamento do uso da água pela Política Nacional de Recursos Hídricos, sancionada em 1997. Todas as bacias hidrográficas do país, contudo, carecem de instrumentos que possibilitem uma gestão adequada, apontou o pesquisador.

“É muito difícil encontrar um comitê de bacia hidrográfica [colegiado composto por representantes da sociedade civil e responsável pela gestão de recursos hídricos de uma determinada bacia] que esteja totalmente instrumentalizado em termos de técnicas e de programas para melhorar o desempenho do gerenciamento de uso da água”, afirmou.

Modelagem hidrológica

Segundo Tundisi, alguns dos instrumentos que podem facilitar a gestão e a tomada de decisões em relação ao manejo da água de bacias hidrográficas brasileiras são modelos computacionais de simulação do comportamento de bacias hidrográficas, como o desenvolvido por Beskow, professor do Departamento de Engenharia Hídrica da UFPel, ganhador da atual edição do Prêmio Fundação Bunge Juventude na área de Recursos Hídricos e Agricultura.

Batizado de Lavras Simulation of Hidrology (Lash), o modelo hidrológico foi desenvolvido por Beskow durante seu doutorado, realizado na Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Minas Gerais, com um período na Purdue University, dos Estados Unidos.

“Há vários modelos hidrológicos desenvolvidos em diferentes partes do mundo – especialmente nos Estados Unidos e Europa –, que são ferramentas valiosíssimas para gestão e tomada de decisões relacionadas a bacias hidrográficas”, disse Beskow.

“Esses modelos hidrológicos são úteis tanto para projetar estruturas hidráulicas – pontes ou reservatórios –, como para fazer previsões em tempo real de cheias e enchentes, como para medir os impactos de ações do tipo desmatamento ou mudanças no uso do solo de áreas no entorno de bacias hidrográficas”, afirmou.

De acordo com o pesquisador, a primeira versão do Lash foi concluída em 2009 e aplicada em pesquisas sobre modelagem de chuva e vazão de água para avaliação do potencial de geração de energia elétrica em bacias hidrográficas de porte pequeno, como a do Ribeirão Jaguará, em Minas Gerais, que possui 32 quilômetros quadrados.

Em razão dos resultados animadores obtidos, o pesquisador começou a desenvolver, a partir de 2011, a segunda versão do modelo de simulação hidrológica, que pretende disponibilizar para os gestores de bacias hidrográficas de diferentes dimensões.
 

Fonte: Fapesp




O PL 4.330/04, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que pretende regulamentar o trabalho terceirizado no País tem novo relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Ele foi designado para a função nesta terça-feira (8/10). Trata-se de importante vitória para o movimento sindical, que agora poderá debater o projeto em bases mais equilibradas.

A mudança de relatoria ocorreu porque o deputado Arthur Oliveira Maia (BA) se filiou ao partido Solidariedade (SDD), fundado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SP), e a vaga na Comissão teve de ser devolvida ao PMDB. A previsão é que o novo parecer deva ser apresentado somente no plenário da Casa tendo em vista que o tempo definido pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para apreciação na CCJ deve expirar em breve.

Perfil

Ricardo Berzoini (PT-SP), 4º mandato, bancário. Parlamentar com origem no movimento sindical, foi coordenador da executiva nacional dos bancários, presidente da Confederação dos Bancários da CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Filiado ao PT desde a fundação, foi secretário-geral, membro do diretório nacional e presidente nacional do partido.

Especialista em finanças públicas, atua com desenvoltura no Parlamento, especialmente em temas relacionados à área de tributos e finanças. Foi vice-presidente da Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública. Crítico do modelo econômico neoliberal tem sido um defensor da necessidade de o Congresso Nacional promover um amplo debate sobre o desafio da questão fiscal para o enfrentamento da crise econômica mundial.

Político articulado, foi ministro da Previdência no primeiro mandato do presidente Lula, tendo conduzido a Reforma da Previdência. Assumiu também o Ministério do Trabalho, quando fiscalizou a primeira etapa do Fórum Nacional do Trabalho (FNT), colegiado criado para promover o diálogo e a negociação sobre a Reforma Sindical e Trabalhista.

O FNT chegou a enviar ao Congresso Nacional, a PEC 369/05, que trata da Reforma Sindical, mas a proposta não obteve consenso de todo o movimento sindical e sua tramitação está para na Câmara. Berzoini também foi presidente do Conselho Curador do FGTS.

No governo Dilma, além de aliado, tem sido designado para importantes missões, como a relatoria da MP 509/10, transformada na Lei 12.400/11, que prorroga o prazo de funcionamento das franquias postais. Já presidiu a CCJ, uma das mais importantes da Câmara dos Deputados. Integra pela décima vez a relação dos "Cabeças" do Congresso Nacional. Excelente negociado, destaca-se como debatedor.


Fonte: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)




“O aumento da escolaridade foi o principal fator de expansão da renda do trabalho”, afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE), Marcelo Neri, na divulgação, em 7 último, do Comunicado do Ipea nº 160 – Um retrato de duas décadas do mercado de trabalho brasileiro utilizando a PNAD. O presidente acrescentou, por outro lado, que há grande procura por trabalhadores com menos anos de estudo e citou o exemplo das empregadas domésticas e dos trabalhadores da construção civil.

“A PNAD 2012 mostrou que o rendimento médio real cresceu 6,3%, sendo que o Nordeste apresentou o maior aumento, de 8,7%”, informou o coordenador da área de trabalho e renda do Ipea, Gabriel Ulyssea, que também apresentou dados da pesquisa na coletiva. A taxa de desemprego voltou a cair e atingiu seu menor nível nos últimos 17 anos. Contudo, o ritmo de redução da desigualdade de rendimentos arrefeceu, abandonando a tendência observada em anos anteriores.

Mão de obra qualificada

A partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012 (PNAD), o Comunicado constatou ainda que a oferta de mão de obra qualificada vem aumentando continuamente, especialmente na última década, e o custo relativo dessa mão de obra vem caindo, o que contraria a tese da escassez de trabalhadores com qualificação no Brasil.

Apesar de a indústria ter perdido espaço no total de ocupações a partir de 2008, os resultados mostram também que os números de trabalhadores formais no setor seguiram crescendo substancialmente. A redução no total de vagas na indústria ocorreu por causa da queda do emprego informal (sem carteira assinada). Além disso, a tendência de redução da participação da indústria no emprego tem sido mais intensa em países altamente desenvolvidos, tal como EUA e Alemanha. O Brasil tem hoje o mesmo percentual de emprego na indústria que a Alemanha (em torno de 21%) e maior que os EUA (15%).

“Esses dados trazem novas evidências para o debate e de certa forma relativizam a magnitude da desindustrialização no Brasil”, concluiu Ulyssea.

* Vídeo: entrevista com Marcelo Neri, presidente do Ipea, e Gabriel Ulyssea, coordenador de Trabalho e Renda

* Leia o "Comunicado do Ipea nº 160 - Um retrato de duas décadas do mercado de trabalho brasileiro utilizando a Pnad"

 

Fonte: Ipea





Tudo começou em setembro de 2010, quando foi aclamada a chapa “Compromisso com os profissionais”, dando início ao nosso trabalho à frente do Senge Alagoas. Em 2013, conseguimos nos reeleger, firmando o compromisso com os profissionais por mais três anos.

Os engenheiros, arquitetos, agrônomos, tecnólogos e demais sindicalizados ou que desejam associar-se poderão contar com uma diretoria que busca defender principalmente a valorização e o reconhecimento dos profissionais. Assim, entre outras lutas, manteremos aquela que busca a isonomia salarial na administração estadual.

Continuaremos também a denunciar todas as irregularidades encontradas no exercício da profissão, especialmente por parte dos poderes executivos municipais, estaduais e federal, quando esses entregam cargos técnicos a leigos indicados politicamente. Tais funções devem ser exercidas por profissional habilitado e o Senge, ao receber a informação, notificará os órgãos responsáveis para que sejam tomadas as devidas providências e corrigida a situação.

Outro ponto que será priorizado em nossa gestão será a interiorização do Senge-AL, uma vez que os salários pagos aos profissionais que atuam nos municípios alagoanos vão de encontro ao que preconiza a Lei 4.950/A-66. Essa garante remuneração base de seis e nove salários mínimos vigentes para seis e oito horas de trabalho diárias, respectivamente. Dessa forma, o sindicato defenderá e atenderá os interesses dos profissionais da categoria em âmbito estadual em uma ação coletiva e em parceria com os Conselhos de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) e Arquitetura (CAU), a Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra), o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e o presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), Marcelo Beltrão. Este será nosso primeiro passo para estender as ações do Senge-AL aos profissionais que atuam no interior.


* Disneys Pinto da Silva, presidente do Senge Alagoas e diretor da FNE. Artigo publicado originalmente no jornal Engenheiro, da FNE




No País, as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de óbito, correspondendo a quase 300 mil mortes por ano, segundo dados de 2010 do Ministério da Saúde. Entre essas, as por insuficiência cardíaca somam aproximadamente 32 mil. “Muitos desses pacientes poderiam ter sobrevivido se submetidos a transplante de coração, mas perto de 30% não conseguem esperar na fila e acabam falecendo”, observa o engenheiro mecânico e professor Oswaldo Horikawa. Uma alternativa a esses seria um coração artificial que lhes desse mais tempo. No entanto, a solução é para poucos, tendo em vista o alto custo, de cerca de US$ 200 mil. A cifra é inacessível à grande maioria da população brasileira, e o avanço tecnológico não é coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por planos de saúde privados.

Essa realidade, todavia, poderá mudar com o primeiro coração artificial em desenvolvimento no País que será totalmente implantável – diferencial em relação a iniciativas similares existentes. O dispositivo nacional deverá custar aproximadamente R$ 20 mil. O projeto está a cargo de pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), que trabalham na criação de uma bomba cardíaca que permite maior tempo e qualidade de vida aos pacientes.

Segundo o professor José Roberto Cardoso, diretor da Poli e coordenador da pesquisa, o dispositivo de assistência ventricular (DAV) ainda precisa passar por mais testes em animais, antes de chegar à fase com humanos. Horikawa acrescenta que essa etapa deverá ocorrer em dois ou três anos e que as experiências em animais serão repetidas para obter a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De maneira simplificada, o dispositivo em pesquisa é uma bomba hidráulica acionada por um motor elétrico, que será integralmente implantável no interior do corpo do paciente, com uma vida útil longa e um funcionamento robusto com riscos mínimos de falha. “Um dos aspectos que torna esse dispositivo especial é o fato de bombear sangue e, portanto, há uma série de cuidados para não causar danos às células vivas e eliminar o risco de formação de coágulos”, acrescenta Horikawa.

Eliminando riscos

Deverá existir uma forma de transmitir a energia elétrica, necessária ao funcionamento da bomba, a partir do meio externo, e de armazenar energia no interior do corpo. “Isso tudo é engenharia, envolvendo tecnologias referentes à hidráulica, acionamento eletromagnético, mancais, processos de fabricação, controle e sistema supervisório”, relaciona o professor. Uma vez construído o dispositivo, continua ele, inicia-se uma série de estudos relacionados à medicina, que vão desde técnicas cirúrgicas de implante do coração até métodos de avaliação do desempenho do dispositivo no corpo do paciente.

Segundo Horikawa, a engenharia também desenvolve o estudo de suportes ao rotor da bomba para que tenha uma longa vida útil, analisando, inclusive, formas de levitar o rotor magneticamente. “Outra contribuição importante está no sistema de controle do coração artificial, que deverá exercer papel similar à aviônica [tecnologia que garante um voo seguro aos aviões modernos], prevendo e contornando eventuais falhas ou situações de risco.” Por fim, a engenharia desenvolverá um sistema eletromagnético que transmite energia elétrica para o interior do corpo do paciente através da pele. “Isso elimina a necessidade de fios elétricos saindo do corpo do paciente, expondo-o a infecções.”

A pesquisa foi integralmente financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na modalidade de Projeto Temático, com aporte de aproximadamente R$ 1,3 milhão. Antes da parceria com a Poli, o IDPC já vinha desenvolvendo um coração artificial de diferente modalidade – com bomba que pulsa tal qual o coração natural. Também o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo vem desenvolvendo coração artificial similar. (Por Rosângela Ribeiro Gil)

 

Fonte: Jornal Engenheiro, da FNE, Edição 137

 

 

 

 

Esta semana o Jornal do Engenheiro (JE) na televisão, programa do SEESP, entrevista o economista e professor universitário Odilon Guedes sobre a importância da participação da sociedade na discussão e definição dos destinos dos recursos públicos. Recentemente, ele lançou o livro “Orçamento público e cidadania”, da LF Editorial. A reportagem traz como a Semana Mobilidade 2013, realizada pela Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, as discussões das faixas exclusivas para ônibus na cidade, entre outros temas importantes para garantir uma cidade mais voltada para as pessoas, e menos para os carros.

No quadro “No Ponto”, o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fala sobre a polêmica gerada pelas notícias de que o governo federal preparava um programa para trazer engenheiros de outros países para o Brasil. Para o dirigente sindical, é importante, antes de tudo, que o governo estabeleça um diálogo com os representantes da categoria para saber quais os problemas da mão de obra nacional. “O que falta não é engenheiro, é valorizar esse profissional”, defende.

Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV que é exibido às segundas-feiras, às 19h30, na capital paulista, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet (neste link) no mesmo dia e horário. O programa é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP




Defensora de uma política consistente para garantir a formação de mais engenheiros no País, o que considera medida estratégica ao desenvolvimento, a FNE incluiu a proposta no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, ainda em 2006. A entidade vem também alertando para o equívoco de se importarem esses profissionais como saída a suposta escassez que já existiria hoje. Em correspondência à presidente Dilma Rousseff, em 12 de agosto último, o presidente da federação, Murilo Pinheiro, ressaltou: “É preciso aproveitar a mão de obra qualificada disponível no País.” A posição da entidade é corroborada por levantamento a partir de estudos sobre o tema e dados de empresas contratantes.

Dos 663.583 profissionais da categoria ativos no País, 1.029 registrados são diplomados no exterior, com a devida revalidação. A informação, relativa a 2013, é do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), segundo o qual houve um aumento de mão de obra importada nos últimos cinco anos. O dado acompanha o quadro geral em relação a autorizações concedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego a trabalhadores temporários e permanentes. Entre janeiro e outubro de 2012, teria havido incremento de 5%. Até 30 de junho último, foram 29.486 estrangeiros que receberam o aval para atuar no Brasil, não apenas em setores tecnológicos, mas nas diversas áreas. O pano de fundo a explicar a vinda de profissionais seria a crise financeira global inaugurada em 2008 e as boas perspectivas com a expansão econômica nacional, que, contudo, agora se estabilizou.

Para José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), “estamos ajudando a resolver os problemas especialmente em Portugal e Espanha”. Ele critica: “Tem havido a participação de engenheiros que captam serviços aqui e os levam para serem feitos fora. Não somos contra a vinda dessa mão de obra, não é xenofobia, fechar fronteiras, mas é preciso haver transferência de conhecimento e tecnologia.” Na sua opinião, seria melhor que empresas brasileiras contratassem via consórcios essa mão de obra ou recrutassem profissionais experientes, mas não é o que está acontecendo. Hoje, estrangeiros concorrem com recém-formados e não há nenhuma contrapartida ao País, lamenta.

Cenário estável
Além disso, ao contrário do que comumente é veiculado na mídia convencional, não há necessidade de trazer engenheiros do exterior para suprir a demanda no mercado de trabalho nacional. A avaliação é compartilhada por entidades patronais e pelo Confea. Segundo esse órgão, a análise fundamenta-se nos seguintes fatores: crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) menor do que o sinalizado há dois anos, o que teria estabilizado a demanda por essa mão de obra. Por outro lado, houve maior número de matriculados nas engenharias nas universidades e reintegração à área de profissionais que passaram a atuar, sobretudo nas “décadas perdidas” de 1980 e 1990, em segmentos como o financeiro.

Relativo a 2012, o estudo “Tendências e perspectivas da engenharia no Brasil”, publicado pelo Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), confirma: de 2001 a 2011, houve elevação da oferta de cursos de engenharia em todas as regiões do País, na média, de 12% ao ano. “As matrículas passaram de 180.497 no ano 2000 para 596.416 em 2011. Isso representa um crescimento de 230% no período, ou 10,5% ao ano, um aumento muito expressivo frente ao crescimento populacional (13% no período)”, indica. O documento aponta ainda tendência de queda na evasão em engenharia: de 21% em 2001 para 17% dez anos depois. Embora o mercado de trabalho continue demandante, segundo o estudo, a evolução na formação de profissionais da categoria teve comportamento similar, “com uma tendência de crescimento sustentado”. Censo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aponta que entre 2011 e 2012 houve aumento de 16,6% nas matrículas em engenharia no País.

Análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de fevereiro de 2011 também não teria vislumbrado escassez generalizada dessa mão de obra.

“Em 2010 se cogitou bastante a vinda de engenheiros de fora, havia um volume grande de empreendimentos e falta de pessoal qualificado. Na construção civil, pelo menos nesse instante, não se percebe isso”, corrobora Haruo Ishikawa, vice-presidente de relações capital-trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP). Ele complementa: “Não existe restrição em termos de formação técnica a estrangeiros, os países desenvolvidos estão alinhados com nossas tecnologias. Mas o número de engenheiros formados nos últimos anos, a mão de obra que foi qualificada e a economia propiciaram estabilização.”

Sem impedimentos
Os estrangeiros, independentemente da nacionalidade, não encontram objeção por parte do Confea à entrega do registro, atesta o órgão. Basta seguir os critérios legais vigentes no País. Segundo Marcelo Cerri, gerente de projetos da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, o trâmite abrange ser admitido por empresa brasileira, apresentar documentação no Consulado do Brasil no país de origem para legalização e enviá-la à contratante, a qual a apresentará com tradução juramentada à Coordenação-Geral de Imigração (CGIg) do Ministério do Trabalho e Emprego, que tem 30 dias para analisar o processo. “Em caso de aprovação, a CGIg concede a autorização de trabalho e informa o Ministério das Relações Exteriores. Por sua vez, o Itamaraty envia ao Consulado a autorização para emissão de visto de trabalho.” Conforme ele, caso a profissão a ser exercida seja engenharia, é preciso entrar com reconhecimento de diploma e, posteriormente, filiar-se ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do respectivo estado em que atuará.

A SAE está formulando uma proposta de mudança na legislação de imigração, como informa Cerri, para “agilizar, desburocratizar e simplificar o processo de emissão de vistos de trabalho, além de estender os direitos do imigrante no Brasil”. Atualmente, explica, “como 96% dos estrangeiros que vêm trabalhar o fazem por meio de visto temporário (dois anos), é praticamente inviável que venham para atuar como engenheiros, já que o prazo para reconhecimento de diploma muitas vezes supera um ano de espera”. (Por Soraya Misleh)

 

Fonte: Jornal Engenheiro da FNE, Edição 137




Qualidades relacionadas ao espaço público, como a diversidade, a permeabilidade, a legibilidade e o conforto, podem influenciar na duração da estadia dos visitantes e a qualidade de vida dos moradores das grandes cidades. Essa ideia é abordada na tese de doutorado Hospitalidade urbana em grandes cidades. São Paulo em foco, escrita pela pesquisadora Valéria Ferraz e orientada pela professora Heliana Comin Vargas. O estudo, elaborado entre março de 2009 e abril de 2013, aponta a importância de gerir o espaço público de modo a torná-lo mais agradável para quem o habita ou o visita.

A hospitalidade urbana diz respeito ao conjunto de fatores capazes de fazer com que a pessoa se sinta à vontade e pertencente a um determinado local. Segundo Valéria, essa sensação de acolhimento se apoia no sistema da dádiva, baseado na tríade Dar – Receber – Retribuir, que, no caso do espaço público, manifesta-se da seguinte maneira: a administração da cidade oferece vários fatores que a tornam hospitaleira e aquele que recebe essa infraestrutura, seja o visitante ou o morador, sente a necessidade de retribuir o oferecimento, por meio do zelo e da preservação dos elementos que constituem o local.

São Paulo em foco

Partindo desse ponto de vista, a pesquisa traz a necessidade de incluir a hospitalidade urbana entre as preocupações relacionadas à gestão das cidades. Tendo São Paulo como estudo de caso, analisando a Rua São Bento, a Avenida Paulista e a Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, o estudo discute o fato de que as metrópoles, ainda que sejam muito procuradas, não são necessariamente locais acolhedores que garantem ao visitante a sensação de estar em casa, o que reflete na maneira como seus habitantes se relacionam e cuidam do espaço público. Além disso, no caso dos visitantes, ainda que sejam naturalmente atraídos pela imponência das grandes cidades, as quais são repletas de atividades nos mais variados âmbitos, nem sempre eles estendem seus períodos de estadia. Caso optassem por permanecer por mais tempo, aumentariam-se as chances de se estabelecer um vínculo, uma relação de empatia, com o local onde estão.

A partir da análise das três vias da capital paulista, o estudo concluiu que São Paulo ainda está longe de ser considerada uma cidade hospitaleira. Entre os pontos que reforçam essa afirmação, está o fato de que a cidade possui casas e condomínios rodeados por muros muito altos, o que reduz a convivência com a vizinhança e, consequentemente, um vínculo entre os moradores. Além disso, a infraestrutura das ruas não é adequada, apresentando, por exemplo, calçadas irregulares, o que compromete o deslocamento de pessoas com dificuldades de locomoção.

A hospitalidade começou a ser estudada recentemente no Brasil e a temática ainda é pouco abordada pelos profissionais brasileiros, principalmente quando se trata de analisar a hospitalidade pelo viés urbanístico. Há, inclusive, estudiosos que afirmam não existir, no Brasil, uma Política de Hospitalidade. No entanto, há uma crescente valorização do tema, de modo que as questões relacionadas à hospitalidade urbana estão sendo cada vez mais discutidas e trabalhadas. No caso paulistano, elas estão presentes no plano SP 2040 – A cidade que queremos, citado por Valéria como um dos exemplos da preocupação de oferecer espaços públicos de qualidade e de promover o sentimento de pertencimento à capital paulista.

Uma questão educacional, cultural e política

Porém, não são necessárias apenas boas vias de circulação de transporte ou uma boa prestação de serviços, por exemplo. É preciso que haja, fundamentalmente, uma mudança educacional e cultural, de modo que a sociedade entenda o porquê da preservação do espaço público e desenvolva valores relacionados ao exercício da cidadania, prática que é um dos pilares para o sucesso das políticas de planejamento urbano. Além disso, também faz-se necessária uma reforma na maneira de ver a política, visto que grande parte dos planejamentos urbanos são executados a longo prazo e não atendem ao imediatismo dos governos, os quais visam à realização e conclusão de obras e planos no intervalo de apenas quatro anos.
 

Fonte: Agência USP de Notícias




O Dia da Engenharia Alemã, que teve sua idealização, criação e realização aqui no Brasil pela VDI-Brasil, chega este ano em sua 5ª Edição. Em 2013, o evento, que acontece no dia 17 de outubro no Club Transatlântico em São Paulo, promete muitas surpresas, novidades e revelações. Com o tema principal "A Cidade do Futuro: Viver ou Sobreviver?", a VDI-Brasil, em parceria com a Câmara Brasil-Alemanha, abre as cortinas para uma discussão que não pode mais esperar. O futuro já começou e é necessário alinhar tecnologias e necessidades para que o dia-a-dia das pessoas possa funcionar. Portanto, este ano, o evento, que faz parte da Temporada Alemanha+Brasil 2013-2014, ganha um tema de suma importância para o futuro da humanidade. Alinhando infraestrutura, sustentabilidade e tendências, ele traz o que há de mais moderno para uma vida harmoniosa entre o homem e a natureza, sem deixar de lado os avanços tecnológicos. "Os problemas nas grandes cidades são muitos, os quais são herança de sua própria história, mas os horizontes são promissores. Por isso, o Dia da Engenharia Alemã trata exatamente destes importantes assuntos e busca apresentar novas técnicas e tecnologias para melhorar a qualidade de vida, o ambiente de trabalho, a moradia, o trânsito e a forma de viver dos habitantes das cidades grandes", comenta Christian Müller, presidente da VDI-Brasil e vice-presidente da B. GROB do Brasil.

O evento conta, ainda, com a participação de renomados palestrantes e, entre os assuntos, destacam-se: "Os desafios da construção civil" (Geraldo Villin Prado, Diretor Superintendente da Odebrecht Properties), "A Cidade do Futuro" (Jaime Lerner, arquiteto e ex-prefeito de Curitiba). Na mesa redonda, importantes nomes da indústria automobilística discutem o tema "O carro tem futuro na cidade?". Entre eles: Paulo Braga, jornalista da Revista Automotive Business; Besaliel Botelho, Presidente da Robert Bosch; Arturo Piñeiro, Presidente da BMW do Brasil, Philipp Schiemer, Presidente da Mercedes-Benz; Miguel Garcia, CFO da Audi Brasil; e Thomas Schmall, Presidente da Volkswagen do Brasil e Presidente da Câmara Brasil-Alemanha. O evento terá, ainda, a participação de Murilo Celso de Campos Pinheiro, Presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e do Embaixador da República Federal da Alemanha em Brasília, Wilfried Grolig. Direto da Alemanha, teremos a presença do Diretor da VDI alemã, Dr.Willi Fuchs. A abertura e o encerramento do evento estarão nas mãos de Christian Müller, Presidente da VDI-Brasil.

O Dia da Engenharia Alemã 2013 será realizado no Club Transatlântico (Rua José Guerra, 130 – Chácara Santo Antônio, Zona Sul da capital paulista). As inscrições podem ser feitas por meio do site da VDI-Brasil (neste link).

Revista

Em 2012, o Dia da Engenharia Alemã ganhou um diferencial: foi lançada a Revista Engenharia Brasil-Alemanha, totalmente alinhada ao tema do evento e com tiragem de 20 mil exemplares. Em 2013, o evento também conta com a publicação, que aprofunda o tema central do evento "A Cidade do Futuro: Viver ou Sobreviver?". A revista ganhou um evento especial para comemorar a sua segunda edição, que aconteceu no dia 12 de setembro na CasaE da BASF. A publicação já pode ser conferida online neste link.

 

Fonte: VDI-Brasil




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