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Entre as diretrizes estabelecidas no projeto está a promoção da concorrência nas atividades econômicas de produção, comercialização, distribuição, transporte, armazenagem e revenda

       A Comissão de Infraestrutura do Senado encaminhou hoje (4) à Mesa Diretora da Casa um projeto de lei que regulamenta a Política Nacional para os Biocombustíveis. A proposta reúne uma série de projetos em tramitação no Senado e também acolhe sugestões de representantes de vários segmentos do setor apresentadas em audiências públicas realizadas no ano passado.
       Entre as diretrizes estabelecidas no projeto está a promoção da concorrência nas atividades econômicas de produção, comercialização, distribuição, transporte, armazenagem e revenda de biocombustíveis. O mesmo princípio, pela proposta, será aplicado nas atividades econômicas de produção e comercialização de matérias-primas.
       Outro objetivo do projeto é incentivar o aumento da participação do produto na matriz de combustíveis brasileira. Também foram sugeridos incentivos a ações, nacionais e internacionais, de certificação dos biocombustíveis. Isso seria feito a partir do reconhecimento de sustentabilidade da produção.
       O projeto de lei da comissão cria um conselho interministerial a quem caberá estabelecer planejamentos estratégicos de longo prazo para o setor. O texto prevê que a produção de biocombustíveis terá que obedecer a diretrizes socioambientais como a proteção do meio ambiente, a conservação da biodiversidade e a utilização racional dos recursos naturais.
       Também estão previstos critérios como o respeito à função social da propriedade, o cumprimento da legislação trabalhista em vigor e o respeito à livre concorrência.
       A matéria será encaminhada pela Mesa para debates nas comissões temáticas.

 

www.fne.org.br

 

 

Europa e Estados Unidos vão aplicar US$ 5 bilhões até 2013. O Brasil só investiu R$ 150 milhões até agora

       Se não correr, o Brasil pode perder a corrida na produção de energia a partir da biomassa. Esse é o alerta político que escapou em meio a palestras essencialmente técnicas e científicas, apresentadas dia 29, em Natal, na 62ª Reunião Anual da SBPC, na mesa-redonda "Etanol de 2ª geração".
       Sob coordenação da pesquisadora Gorete Ribeiro de Macedo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os palestrantes enfocaram temas específicos ao processo de produção de etanol utilizando bagaço e palha de cana-de-açúcar.
       Esse combustível (etanol de segunda geração) deriva da celulose extraída do bagaço e da palha da cana. A biomassa é toda a matéria ou produto originário do reino vegetal. O professor Jakson de Moraes, da Escola de Engenharia de Lorena, ligada à USP, mostrou o "pré-tratamento como etapa essencial na obtenção do etanol de 2ª geração".
       Elba P. S. Bon, do Instituto de Bioquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), enfocou as pesquisas realizadas há mais de 20 anos para melhorar os processos de fermentação para a produção do etanol sem gerar resíduos. Já Boris Juan Carlos Ugarte Stambuk, professor associado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e membro do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, abordou "a biodiversidade de novas espécies de leveduras" capazes de acelerar a fermentação.
       Essas pesquisas estão sendo realizadas de forma interdisciplinar e mobilizando várias instituições, inclusive do exterior. O importante, alertou Elba Bon, é que tenham continuidade. "As atividades científicas não podem ser interrompidas. Quando isso acontece, agimos contra o país", advertiu.
       A favor da alternativa energética genuinamente brasileira, a pesquisadora assinalou tratar-se de uma "energia barata, fácil e abundante". Correndo em raias paralelas ao pré-sal, Elba afirmou que "está passando da hora de o Brasil fazer a transição do petróleo para a biomassa". Os pesquisadores defendem investimentos maciços na área. Segundo eles, a Europa e os Estados Unidos aplicarão R$ 5 bilhões até 2013. "O Brasil até hoje, somando tudo, cerca R$ 150 milhões nesse ramo estratégico do conhecimento", lamenta Elba.
       Os pesquisadores demonstraram ainda preocupação com os riscos de multinacionais tomarem à frente do processo, embora a ciência brasileira já tenha as respostas e domine o conhecimento relacionado à biomassa.
       Boris Stambuk revelou que das 165 espécies de leveduras conhecidas, apenas algumas cumprem a função de incrementar o trabalho de fermentação da glicose. Mesmo produzindo 28 bilhões de álcool combustível por ano, Stambuk informou que o Brasil perdeu a liderança mundial para os EUA. "A vantagem nossa é que a indústria brasileira aprendeu a fabricar álcool a baixo custo", acrescentou.
       Com trabalhos científicos publicados em revistas indexadas e conhecimento acumulado em várias universidades, os pesquisadores brasileiros defendem uma política mais agressiva e permanente para o aproveitamento da biomassa em prol do desenvolvimento sustentável do país. "Não basta fazer a jogada, é preciso fazer o gol", arremata a coordenadora do Instituto de Bioquímica da UFRJ.

 

Moacir Loth, para a SBPC
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        Enquanto o setor de serviços registrou taxa de rotatividade de 3,6 pontos em junho, inferior à taxa geral, os trabalhadores de construção civil e do setor agropecuário tiveram taxa de rotatividade de 7,5 e 6,1 pontos. O comércio também apresentou resultado acima da média, obtendo 4,3 pontos.
       Ao lado da redução da jornada de trabalho, a aprovação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a principal bandeira do movimento sindical brasileiro. As centrais pressionam o Congresso para que a convenção seja aprovada, algo que dificilmente ocorrerá ainda neste ano. 
       A Convenção 158, que impede as empresas de demitirem seus funcionários sem justa causa, foi aprovada pela OIT em Genebra (Suíça) em 1982, mas o acordo foi rompido pelo governo brasileiro após o Decreto 2.100, de 1996, assinado pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Primordialmente, a Convenção 158 visa atenuar a rotatividade no mercado de trabalho.
       Em junho, a taxa de rotatividade auferida pelo Ministério do Trabalho foi a maior para o mês desde 2005, atingindo 4,1 pontos, superior aos 3,9 pontos registrados em junho de 2008, quando a economia passava por expansão semelhante. Mas alguns setores, como construção civil e agropecuária, tiveram taxas de rotatividade muito superiores à média.
       "A Convenção 158 inibe exatamente isso, quer dizer, que empresas troquem de funcionários como forma de diminuir seus custos com mão de obra", diz Sérgio Mendonça, assistente da coordenação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
        Enquanto o setor de serviços registrou taxa de rotatividade de 3,6 pontos em junho, inferior à taxa geral, os trabalhadores de construção civil e do setor agropecuário tiveram taxa de rotatividade de 7,5 e 6,1 pontos. O comércio também apresentou resultado acima da média, obtendo 4,3 pontos.

 

Fonte: Valor Econômico
www.cntu.org.br

 

 

 

       Gilda Almeida, representante da Fenafar na CNTU e participante do ESNA, diz nesta entrevista sobre o encontro que "sem a unidade a classe trabalhadora não conquistará o protagonismo necessário para que a sociedade passe por transformações mais profundas"

Como foi o Encontro Nossa América?
       A terceira edição do Encontro Sindical Nossa América (ESNA) se realizou entre 21 e 23 de julho, em Caracas. Participaram cerca de 300 delegados internacionais, de 29 países, além de outros 200 delegados venezuelanos. Foi um encontro muito rico, realmente vitorioso para a classe trabalhadora da região, tanto pela qualidade dos debates quanto pela reafirmação de certos princípios, como a unidade e a necessidade de um sindicalismo classista. 

Qual foi a metodologia do encontro?
       Após os trabalhos iniciais do primeiro dia, os delegados do ESNA foram divididos em três grupos: um para elaborar o documento político do Encontro, outro para tratar de seu aspecto organizativo e um terceiro para discutir a criação de um instituto de formação, pesquisa e assistência técnica que abrangesse as centrais de todo o continente. 
       As discussões nos três grupos foram muito proveitosas. O único ponto que ainda precisará ser mais bem discutido, ainda este ano, é o que diz respeito à criação desse instituto. Conseguimos definir uma comissão para dar continuidade a essa futura entidade, que terá o papel fundamental de subsidiar os trabalhadores e as trabalhadoras do nosso continente em inúmeras demandas.

Entraram em pauta assuntos pertinentes às categorias ligadas à CNTU? 
       Houve uma série de reuniões bilaterais, que não fizeram parte da pauta oficial do 3º ESNA. Trabalhadores ligados ao setor de saúde, diversos profissionais da educação e também engenheiros, entre outras categorias, se sentaram para discutir temas relacionados às suas áreas de atuação, tendo como pano de fundo a discussão política que norteou todo o Encontro.

Qual a importância desse evento para o movimento sindical do Continente?
       As edições anteriores do ESNA foram realizadas em Quito (2008) e em São Paulo (2009), com objetivo de formar uma unidade para o sindicalismo classista de toda a América, a partir de uma agenda comum. Durante esta terceira edição, seu prestígio para o continente foi corroborado com a presença do Comandante Hugo Chávez no encerramento do evento. O próximo encontro deverá ser realizado em julho do ano que vem, na Nicarágua.

Qual a sua avaliação do encontro deste ano?
       Creio que o grande espírito combativo do Encontro é algo que merece ser destacado, assim como a unidade de classe demonstrada pelos trabalhadores que lá estiveram. Reafirmamos que sem a unidade a classe trabalhadora não conquistará o protagonismo necessário para que a sociedade passe por transformações mais profundas. Creio que o “Manifesto de Caracas”, documento final do Encontro, resume perfeitamente todos os trabalhos que realizamos.

O evento, que se realizou em Caracas, coincidiu com a crise entre Venezuela e Colômbia. Que impressão foi possível ter desta situação?
       Durante os dias que passamos em Caracas foi possível ver o compromisso do povo venezuelano com a paz, bem como sua estima pelo povo colombiano. Não podemos confundir a bela relação existente entre os dois povos com a política submissa do governo Uribe, muito bem rechaçada pelo presidente Chávez.

 

       Em seu discurso no encerramento do ESNA, Chávez falou aberta e longamente sobre esse tema. Ele reafirmou que seu governo e os povos dos dois países querem a paz, mas caso essa não seja a saída natural da crise, o imperialismo terá que enfrentar uma guerra de cem anos na região, pois os venezuelanos lutarão até o último homem por sua soberania.

 

Entrevista a Rita Casaro
www.cntu.org.br

 

 

       O mês de agosto traz o início efetivo das campanhas eleitorais em todo o País, com a propaganda gratuita no rádio e na TV a partir do dia 17. O período de cerca de um mês e meio até a votação em primeiro turno traz uma grande oportunidade para que seja feito um debate sério sobre qual projeto se deseja para o Brasil e para São Paulo. A democracia brasileira, abalada por inúmeros golpes ao longo da história, vem se consolidando e amadurecendo desde as eleições de 1989. A cada pleito, nota-se um avanço em relação não só à legislação, mas também à conscientização das pessoas.
       Em disputas recentes, já ficou claro que lançar mão de denúncias e agressões gratuitas não garante votos, pelo contrário, pode tirá-los. Para a população, importa saber o que pretendem fazer aqueles que querem governá-la.
       Ainda que práticas lamentáveis, como a compra de votos e abuso do poder econômico nas campanhas continuem a existir, a opção na urna é feita de forma cada vez mais consciente. O cidadão dirige-se a ela para escolher o projeto político com o qual mais se identifica, o candidato que avalia como o mais sério ou competente ou mesmo para defender melhores condições de vida para si e sua família.
       Àqueles que disputam uma vaga na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados ou no Senado, ou ainda o cargo de governador ou presidente, cabe contribuir para que essa tendência positiva se fortaleça. Ou seja, para conquistar a preferência popular, devem apresentar projetos, propostas de trabalho e demonstrar como realizarão suas ideias se vitoriosos.
       O SEESP dará sua colaboração discutindo com os candidatos as sugestões contidas no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 e atualizado em 2009. Uma oportunidade para tanto será o ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País”, que, a partir do início de agosto, levará à sede da entidade os candidatos a senador, a governador e a presidente. Todos os inscritos para a disputa já foram convidados, e os eventos acontecerão de acordo com a disponibilidade de agenda de cada um, sendo previamente divulgados neste site.

 

 


 

Cid Barbosa Lima Júnior

       O Estado de São Paulo tinha, até março último, 227 pontos de pedágio e cerca de 120 praças. Essas – todas concedidas à iniciativa privada – são 51% do total de 239 existentes no Brasil, que se distribuem por apenas mais 11 unidades da federação. Ou seja, os paulistas são os campeões do pagamento para trafegar em suas estradas.
       Os governos tucanos também colocaram o Estado na liderança de preços. Segundo o Sindicato Nacional dos Transportadores, chegam a ser os maiores do planeta. As concessões em São Paulo aconteceram em duas etapas e começaram em 1997, com 3.500km de estradas. A arrecadação gerada até o primeiro trimestre deste ano foi de R$ 22,6 bilhões. Desses, foram para os cofres públicos cerca de R$ 3 bilhões. A segunda etapa abarcou 1.700km de estradas, e os contratos foram feitos mediante concessões onerosas. Nesse modelo, quando se pagam R$ 10,00, cerca de R$ 1,33 vão para a Fazenda Estadual, além de remunerar – e bem – o capital privado. Somados os três anos em que governou o Estado, José Serra aumentou em 26,70% o preço do pedágio. Quando assumiu, em 2007, as praças da Anchieta e da Imigrantes custavam R$ 14,60, contra os R$ 18,50 atuais.
       Agravante é o fato de a tarifa ser definida pelo número de eixos dos veículos, portanto, mais cara para os que transportam mercadorias. Assim, além de pesarem diretamente no bolso do usuário da estrada, os pedágios também encarecem o custo final de produtos como alimentos e materiais básicos de construção.
       O pedágio estadual paulista é também bem mais caro que o federal. Para se ir de São Paulo a Limeira, em um trecho de 150km, os motoristas pagam R$ 0,12/km. Nas rodovias Anchieta e Imigrantes,
que ligam São Paulo a Santos, gastam-se R$ 0,30/km. Já o custo na Fernão Dias e na Régis Bittencourt é de R$ 0,02/km.
       Antes de ceder ao impulso de argumentar que as rodovias paulistas citadas apresentam melhores condições de tráfego, é preciso lembrar que em muitos países mais desenvolvidos o pedágio só é permitido quando há uma estrada alternativa de qualidade sem essa cobrança. É o caso dos EUA e da França, por exemplo. Já na Alemanha, o Estado cuida das rodovias sem tarifação para automóveis. Para os caminhões, existe com valor bem inferior ao praticado em São Paulo. E, no entanto, as rodovias são verdadeiros tapetes.

Cid Barbosa Lima Júnior é engenheiro

 

 

 

 

 

Soraya Misleh

       Atendendo a demanda da sociedade, um novo serviço passa a ser oferecido a esses profissionais pelo SEESP, por intermédio de sua área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional. O objetivo é propiciar aos autônomos um canal para a divulgação de seu portfólio a empresas e à população em geral. Portanto, não apenas a pessoas jurídicas, mas ao cidadão comum que precisa de um engenheiro para tocar uma obra ou assisti-lo na reforma ou ampliação de sua casa ou escritório.
        A categoria agora conta, neste site, em Ao Profissional – Portfólio, Serviços e Projetos, com a possibilidade de se cadastrar e inserir seus dados, ampliando as chances de contratação para uma empreitada, um free lancer, a elaboração de um laudo. Ou ainda para a busca de uma parceria à execução de um projeto ou negócio. O sistema, intitulado “Engenheiro Online”, a exemplo do que já ocorre na captação e intermediação de vagas para a admissão de engenheiros com carteira assinada, permite ao profissional de qualquer modalidade a inserção de dados gratuitamente, assim como aos possíveis contratantes. A comunicação entre ambos é, desse modo, amplamente facilitada e maximizada, em um único espaço virtual. Para pesquisa de engenheiros e projetos, bem como navegação pelas seções do hotsite, não é preciso se cadastrar. Todavia, nesse caso, o usuário não poderá fazer inserções de conteúdo e não receberá informações de atualização e novidades do sistema. Também não terá a opção de utilizar o gerenciador de mensagens para contatos, bem como não terá retornos sobre propostas, por exemplo.
       Além de sua formação, conhecimento e outros dados gerais, o engenheiro pode inserir informações sobre a cidade em que será executado o projeto ou serviço, o valor previsto para investimento, descritivo básico, imagens e data limite para recebimento de propostas/contatos. Cada interessado pode cadastrar até dez anúncios, sendo necessário preencher um formulário para cada publicação, que ficará disponível no sistema por 180 dias. Após esse prazo, as informações serão automaticamente excluídas, sendo necessário reinseri-las, caso se deseje mantê-las no sistema.

Vagas, currículos e outros
      Além da novidade, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional reformulou o serviço para inserção de currículos e vagas, também a partir deste site, em Ao Profissional.  Foi feita mudança no design e abertura para cadastramento de profissionais da área tecnológica em geral e não somente de engenheiros. Mas a principal alteração é que agora o setor compartilha as oportunidades que gerencia com as de uma comunidade virtual, incrementando sensivelmente o leque de possibilidades à categoria (confira aqui as vagas ofertadas).
       A área oferece ainda emissão de carteira profissional, graças a parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego; e facilidades às companhias cadastradas à contratação de estagiários, mediante convênio com o Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola). Entre as vantagens, desconto de 36% sobre o valor da contribuição institucional vigente, que ficará em R$ 60,16 (mensal). O Ciee auxiliará no recrutamento, na contratação e na administração do programa, oferecendo atendimento personalizado.
       Orientação para elaboração de currículo e vocacional (profissional) também compõem o rol de serviços disponibilizados pelo sindicato. Esta última tem por objetivo auxiliar jovens entre 14 e 19 anos na escolha da carreira, bem como pais de adolescentes preocupados com o futuro de seus filhos. São oito sessões com duas horas cada de duração. Além disso, o engenheiro pode optar pelo coaching, técnica que visa auxiliar na solução de questões internas do indivíduo, de modo a contribuir ao seu crescimento profissional e à colocação no mercado de trabalho. Ambos atendimentos são individuais e feitos pessoalmente, mediante agendamento prévio pelos telefones (11) 3113-2670/2669, em horário comercial. O e-mail é Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Aos sócios do sindicato e seus dependentes, essas sessões são gratuitas.

 

 

 

 

Soraya Misleh

       A cidade poderá agora contar com novo instrumento à elaboração de suas políticas públicas: um Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação. O tema é objeto da Lei nº 15.247/2010, cujo projeto de autoria do vereador Eliseu Gabriel (PSB) foi aprovado no Plenário da Câmara Municipal em 7 de julho e sancionado pelo Prefeito no dia 26 do mesmo mês. 
       O próximo passo é o Secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho de São Paulo – a cuja pasta estará vinculado esse fórum – convidar entidades que terão assento no conselho a indicarem nomes para compô-lo. Este precisará ser implantado em 40 dias a partir de 27 de julho, data da publicação da lei no Diário Oficial do Município, como explica Eliseu Gabriel. 
       Para ele, é uma conquista fundamental, após três anos e meio de luta. Preenche lacuna em uma localidade que se configura como o maior centro produtor de ciência e tecnologia do Hemisfério Sul. Ele explica: “Embora abrigue aqui as instituições de ensino e pesquisa mais importantes do Brasil e organizações como o SEESP, que tem todo um conjunto de técnicos voltados ao desenvolvimento da C, T & I, a cidade aproveita pouco toda essa produção de conhecimento para a sua gestão. Queremos, com esse conselho, incentivar a aplicação desse potencial científico-tecnológico e de inovação, aprimorando as condições de atuação do poder público municipal. Isso pode influenciar decisivamente a melhora da qualidade de vida, de saúde, do transporte, da habitação e até do meio ambiente.”
       Com esse mote, estão entre suas competências, segundo consta da lei: identificar demandas, analisar e opinar sobre os planos gerais e específicos relacionados ao desenvolvimento da C, T & I em território paulistano e sua aplicação; cooperar na concepção, implementação e avaliação de políticas públicas para a área; contribuir com iniciativas da Secretaria de Desenvolvimento por meio de programas e instrumentos que promovam a transferência de tecnologias ao setor produtivo, com ênfase em médias, pequenas e microempresas e no empreendedorismo social, para a geração de postos de trabalho e renda; estimular a geração, difusão e popularização do conhecimento, bem como de novas técnicas; e atuar em sinergia com os demais conselhos municipais.
       Na ótica de Eliseu Gabriel, o de C, T & I pode por exemplo propor debates sobre métodos construtivos para contenção de enchentes, combate a erosão, a questão dos resíduos sólidos. Pode ainda auxiliar na avaliação do plano diretor, em processo de revisão no Legislativo. E mesmo sugerir que a Prefeitura, em parceria com o Estado e/ou a União, monte uma faculdade de tecnologia mais voltada às demandas e questões locais. “Acho que poderia também indicar a ampliação da Secretaria de Desenvolvimento, incluindo Ciência, Tecnologia e Inovação”, complementa.
       O vereador pondera que o novo instrumento terá que dialogar com as propostas apontadas na 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação – convocada por decreto presidencial e coordenada pelo Ministério da C&T e pelo seu Centro de Gestão e Estudos Estratégicos –, que neste ano realizou-se entre 26 e 28 de maio, em Brasília, e teve como foco o desenvolvimento sustentável. Até porque essa teve como objetivo central a elaboração de diretrizes para a consolidação de um sistema nacional articulado que promova a cooperação entre as esferas federal, estaduais e municipais para consolidar uma política de Estado para a área. Para tanto, Eliseu Gabriel observa que o conselho poderia formatar e propor a realização de conferência municipal.

Quem participará
       De caráter consultivo, será constituído de forma paritária por representantes do poder público e da sociedade organizada, num total de 24 titulares e 24 suplentes, com mandato de dois anos, renováveis por duas gestões. Terá assento entre as associações e sindicatos de trabalhadores o SEESP, além de membros do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo), do setor produtivo e de institutos de pesquisa e de universidades sediadas no município.
       O sindicato, que apoiou a iniciativa de elaboração da lei, tem contribuição importante a dar, inclusive porque tem propiciado o debate sobre as demandas da cidade e procurado indicar ações necessárias. Como lembra seu diretor Allen Habert, conta com a experiência da instituição de 19 Conselhos Tecnológicos no Estado. Modelo que, na sua opinião, deveria ser seguido em relação aos fóruns municipais de C&T, que podem se inspirar agora na Capital. “É importante criá-los no máximo de cidades da região metropolitana, inclusive porque há questões transversais.” Ele observa que hoje há muito poucos do gênero. Para Habert, outro trabalho a ser feito é a descentralização do conselho local, inicialmente mediante a constituição de grupos de trabalho nas subprefeituras. “Não dá para tratar este território de maneira homogênea.” 
       Esses passos podem auxiliar a que o novo espaço faça frente aos desafios que lhe estão colocados, enumerados pelo diretor do SEESP: popularizar o tema da C&T e demonstrar que pode trazer grande avanço para a sociedade; mostrar que existem condições para se criar uma cidade inteligente; e pensá-la globalmente, ao que é necessário investir em cerébros. “O sindicato tem um acúmulo, uma inteligência coletiva, que pode ajudar muito. Inclusive pretende trazer os 150 mil engenheiros que habitam a cidade para dentro desse jogo.”

 

 

Lucélia Barbosa

       Oferecer ao País um sistema de transporte de passageiros moderno, eficiente e de baixo impacto ambiental, além da oportunidade de dominar tecnologia de ponta no setor ferroviário são os principais objetivos anunciados para o projeto TAV (Trem de Alta Velocidade), que ligará São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro e teve seu edital de licitação divulgado no dia 13 de julho.
       O leilão está marcado para 16 de dezembro próximo, quando será definido o grupo responsável pela construção e operação do sistema. A escolha do vencedor terá como critério a oferta do menor valor em relação à tarifa teto de R$ 0,49 por quilômetro, para o serviço expresso de classe econômica, no trecho Rio de Janeiro-São Paulo.
       Orçada em R$ 33,1 bilhões, a implantação do TAV contará com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de até R$ 19,9 bilhões para o consórcio vencedor. Os custos de desapropriação e para liberação das licenças ambientais prévias, de R$ 3,4 bilhões, serão de responsabilidade do Governo Federal, que incorporará como capital da Etav (Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade), estatal que será criada para absorção e transferência da nova tecnologia a companhias e institutos de pesquisas nacionais e supervisão da obra. 
       De acordo com a assessoria da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o edital prevê a construção de nove estações obrigatórias. No Rio de Janeiro, ficarão no centro da capital e no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Em São Paulo, serão implantadas na cidade de Aparecida, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no Campo de Marte e duas em Campinas, no aeroporto Viracopos e no centro do município. Outras duas estações obrigatórias terão seus locais definidos pelo consórcio vencedor e devem ser instaladas no Vale do Paraíba de São Paulo e do Rio de Janeiro. 
       Pelas estimativas do edital, o preço da passagem na classe econômica para o trecho SP-RJ deve custar R$ 199,73 em horários de pico, e o percurso é estimado em uma hora e 33 minutos. Uma viagem entre São Paulo e Campinas levaria 30 minutos e sairia por R$ 31,20.
       Apesar do prazo total da obra ser de seis anos e a previsão do início ao final de 2011, o Governo Federal aposta na conclusão em meados de 2016. Conforme explica Roberto Garibe, assessor especial da Subchefia de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, seria interessante ter o TAV funcionando na Copa do Mundo em 2014 e nas Olimpíadas em 2016, mas isso não é obrigatório. “É um projeto para o País”, enfatiza.
       Entre as vantagens, indução ao desenvolvimento regional, alívio nas áreas de maior densidade urbana, redução de gargalos dos subsistemas de transporte aeroportuário, rodoviário e urbano e postergação de investimentos na ampliação e construção de aeroportos e rodovias. “Haverá também diminuição do número de acidentes em rodovias e dos tempos de viagem associados à baixa probabilidade de atrasos, bem como aumento do tempo produtivo dos usuários”, conclui Garibe.
       Outro benefício é a redução da emissão de gases poluentes. Segundo Peter Alouche, consultor de transporte do Grupo Trends Tecnologia, a viabilidade ambiental está garantida, já que o sistema ferroviário elétrico é 100 vezes menos poluidor que o avião, 50 vezes menos que o carro e 30 vezes menos que o ônibus. 
       Além disso, a estimativa do Governo Federal é que o TAV possa gerar 12 mil vagas na fase de construção, com pico de 30 mil novos postos de trabalho quando entrar em operação.

Colapso rodoviário
       Para Adriano Murgel Branco, engenheiro e consultor do setor de transportes, o projeto é avançado porque traz para o País um patamar novo de tecnologia. Ele acredita, no entanto, que há oportunidades de melhor investimento neste momento com resultados de curto prazo em favor da economia. “O transporte de cargas pede um projeto ferroviário com mais urgência. O Brasil está próximo de um colapso pelo excesso de atribuição que se deu ao sistema rodoviário. Em São Paulo, 93% das cargas são distribuídas por caminhão, meio de transporte cada vez mais caro e com menor qualidade”, opina.
       Seguindo essa linha, o coordenador do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, Carlos Monte, também acredita que a malha ferroviária brasileira precisa de muitas obras que seriam mais importantes do que o TAV. E ressalta a necessidade de se assegurar a participação de empresas nacionais na construção do trem-bala de forma a garantir a transferência de tecnologia para a engenharia brasileira.
       Para Jurandir Fernandes, diretor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e vice-presidente honorário da UITP (União Internacional de Transporte Público), alguns aspectos da obra civil podem encarecer a construção do TAV, como a impossibilidade de curvas e rampas acentuadas e a realização de novas vias e estações.
       Há preocupação também quanto à demanda. Conforme Fernandes, o trem de alta velocidade entre Paris e Londres atingiu somente metade da esperada após 12 anos de operação. “A quantidade de passageiros pode pesar na implantação do projeto. No caso do Brasil, estão falando em uma demanda de 32 milhões de usuários para 2014, seria ótimo termos certeza desse número.”

 

 

 

 

       Com foco no combate ao desperdício, será realizada, no dia 12 de agosto, a segunda edição do seminário “Uso racional da água e habitação de interesse social no Estado de São Paulo”.
       Considerada um elemento vital para os seres humanos e seu ambiente, a água torna-se cada vez mais escassa para atender as necessidades das grandes metrópoles devido ao crescimento demográfico e à mudança na intensidade de consumo.
       Nesse contexto, é fundamental conscientizar e educar os usuários para que a água seja vista como prioridade social e ambiental. Para tanto, são necessárias mudanças nos hábitos, já que pequenos cuidados fazem muita diferença na conta e na minimização do desperdício. Outro fator importante é a utilização de novas tecnologias que contribuam com esse fim.
        Com esse mote, o evento abordará a gestão e importância da água no contexto urbano, saneamento básico e a sustentabilidade, soluções ambientais e a experiência da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) na gestão da água. Além disso, apresentará programas de conservação, sistemas de medição individualizada em edifícios, gestão e manejo das águas pluviais e educação ambiental com foco no uso do recurso hídrico.
       Promovido pela Secretaria Estadual da Habitação, o seminário acontece das 9h30 às 16h, no Auditório Mezanino, localizado na Rua Boa Vista,170. As inscrições são gratuitas e permanecerão abertas até que as 280 vagas sejam preenchidas. 
       Mais informações sobre a programação e inscrições no site www.habitacao.sp.gov.br ou pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

 

 

 

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