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06/12/2009

CANTEIRO

SEESP apóia Programa Benchmarking Ambiental
     
Iniciativa independente que identifica e compartilha práticas de excelência da gestão socioambiental brasileira, em sua sexta edição, o Programa Benchmarking Ambiental, realizado pela Mais Projetos Gestão e Capacitação Socioambiental, conta com diversos apoios, entre os quais o do SEESP.
      Nesta versão, inclusive, integra sua comissão técnica o vice-presidente desse sindicato, Carlos Alberto Guimarães Garcez. O objetivo é selecionar o ranking benchmarking, integrado pelas práticas consideradas as melhores aplicadas pelas empresas e instituições de diferentes segmentos de atuação, nas várias esferas e regiões do País. Sua apresentação está prevista para 25 de setembro próximo, na Capital paulista. Inscrições de cases estão abertas e vão até 31 de julho, podendo ser feitas no site www.benchmarkingbrasil.com.br.

Congresso de Engenharia de Segurança acontece em setembro
       O SEESP abrigará, em sua sede na Capital paulista, entre 11 e 13 de setembro próximo, o 11º Conest e 4º Coniest (Congressos Nacional e Ibero-americano de Engenharia de Segurança do Trabalho), realizados pela Apaest, Anest, Andest e Aiest (Associações Paulista, Nacional, de Docentes e Ibero-americana de Engenharia de Segurança do Trabalho). O evento conta com o apoio de diversas organizações, tais como FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), SEESP, Mútua Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo), Confea (Conselho Federal) e Unilins (Centro Universitário de Lins). O tema principal dessa iniciativa que visa discutir a eliminação dos riscos de modo a impulsionar melhores condições de trabalho e vida é “Construindo o futuro”. Mais informações no site www.apaest.org.br.

Dia Nacional de Mobilização e Luta pela redução da jornada
      As manifestações em todo o território brasileiro realizadas em 28 de maio, Dia Nacional de Mobilização e Luta, foram um sucesso completo. Assim considerou o cientista político e sindical João Guilherme Vargas Netto. Com iniciativas desde as primeiras horas da manhã em vários pontos das diversas cidades do País, tais como passeatas, protestos em frente a lojas, assembléias diante de fábricas e atos públicos, as centrais sindicais deram mais um passo em sua campanha pela redução da jornada semanal de 44h para 40h sem diminuição dos salários. Além de levantarem essa bandeira histórica do movimento dos trabalhadores, clamaram pela ratificação no Congresso Nacional das convenções 151 e 158, que referem-se respectivamente à garantia de data-base ao funcionalismo público e proibição de demissão imotivada.
      Para Vargas Netto, o êxito absoluto deve-se a cinco características: o evento ter sido unitário, reunindo todas as forças sindicais; nacional, ao varrer todo o País e não ter ficado restrito às capitais; reconhecido pela sociedade; maciço, ao reunir milhões de trabalhadores e angariar mais de 2 milhões de assinaturas em favor da redução da jornada; e ordeiro, com raras exceções devido a “prepotência policial que será punida”.

Campanhas salariais
     Metrô – Estava programada Assembléia Geral Extraordinária da categoria no dia 29 de maio para deliberar sobre contraproposta da empresa, em vias de ser formalizada ao SEESP com vistas à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2008.
     Sabesp – Na mesma data, estava também marcada assembléia dos engenheiros da Sabesp para deliberar sobre os próximos passos da campanha salarial. Frente a impasse motivado pela intransigência da empresa, demonstrada até o presente momento nas negociações, a categoria poderá inclusive declarar greve para o dia 3 de junho a partir da zero hora.
      Cetesb – Face ao impasse nas negociações com a empresa, os engenheiros da Cetesb estavam com assembléias agendadas para os dias 29 de maio e 2 de junho para avaliação da campanha salarial e deliberação sobre os próximos passos.

 

 

     Realizado entre os dias 30 de maio e 1º de junho, na cidade de Barra Bonita, o VIII Cetic (Congresso Estadual Trabalho-Integração-Compromisso) é um marco para o SEESP e para a organização dos engenheiros. Com uma agenda extensa, muitos participantes, presença de autoridades da região e lideranças do setor tecnológico, o evento abarcou um importante leque de interesses da categoria. Entrou em pauta o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que desde 2006 incorpora o nosso esforço pela retomada do desenvolvimento nacional, de forma sustentável e com inclusão social.
      Um retrospecto de todo o projeto, des­de o seu lançamento até os eventos mais recentes, que colocam foco nas regiões metropolitanas, mostrou a re­levância da iniciativa, que tem con­tribuído para os avanços que se vêem hoje no País. An­terior ao PAC (Pro­grama de Aceleração do Crescimen­to), o “Cresce Brasil” ou­sou apontar um rumo corajoso para tirar o País da pasmaceira em que se encontrava.
      No campo da organização da categoria, o VIII Cetic contou com o anúncio da criação da CNTU (Confederação Na­cional dos Trabalhadores Liberais Uni­versitários Regulamentados), feito pelo secretário Nacional das Relações do Tra­balho, Luiz Antonio de Medeiros. Instituída pelas federações dos econo­mistas, nutricionistas e engenheiros, a nova entidade deverá abrigar muitas outras categorias de nível superior. Nasce com o objetivo de aprimorar a luta pelos interesses dos profissionais e garantir a participação efetiva das entidades ligadas a ela para que tenham oportunidade real de atuação em defesa de seus representados. 
      O congresso foi ainda uma oportunida­de para que os engenheiros apresentas­sem suas sugestões para um melhor funcio­namento do Confea/Creas, ela­boradas por uma equipe de dirigentes do SEESP. Entre as mais de 50 propos­tas, uma funda­men­tal: a democratiza­ção do Sis­tema, com eleições também pela Internet para au­mentar a possibilidade de par­ticipação dos profissionais. De­fendi­das na pre­sença dos então can­didatos e hoje elei­tos ao Conselho Fe­deral, Marcos Túlio de Melo, e ao Re­gional, José Ta­deu da Silva, as pro­postas receberam sua ade­são e são ago­ra compromissos para um programa de trabalho.

 

 

Rubens Lansac Patrão Filho

       A criação dos conselhos tecnológicos regionais, apoiada num projeto consistente que é o “Cresce Brasil + Engenharia + De­senvolvi­mento”, permitiu ao SEESP resgatar um papel importante de suas atribui­ções como entidade. Além disso, possibilitou, com a reali­zação dos semi­ná­rios temáticos, incorporar como participantes ativos a ini­ciativa privada, sociedade civil organizada, universidades e órgãos públicos.
      Em Campinas, procuramos realizar esses debates em instituições cujo foco de trabalho ou vocação estivessem voltados ao tema em discussão. Assim, desde o mês de março, a Delegacia Sindical do SEESP realizou quatro seminários com os temas “Energia e trans­porte” (na CPFL – Companhia Paulista de For­ça e Luz), “Saneamento e meio ambiente” (na Sanasa – Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.), “Emprego e rela­cionamento empresa-universidade” (na Me­trocamp – Faculdades Integradas Me­tropoli­tanas de Campinas) e “Inovação e produtivi­dade” (no Ciesp – Centro das In­dústrias do Estado de São Paulo).
      Prestes a se completar esse ciclo de deba­tes, acontece no próximo dia 23, no IAC (Instituto Agronômico de Campinas), o úl­timo da série, intitulado “Agricultura e soberania alimentar”, juntamente com a co­memoração dos 120 anos da entidade. 
      Em todos os eventos, houve uma participa­ção ampla de um público formado por membros do Conselho Tecnológico Regional de Campinas, engenheiros, pesquisadores, téc­nicos, estudantes, representantes de diversas entidades, assim como da Câmara Municipal de Campinas e da Assembléia Legislativa.
      Acreditamos que os objetivos propostos têm sido atingidos. As palestras, ministradas por integrantes do próprio conselho ou por outros especialistas (que após os eventos inte­gram-se a ele), têm sido muito qualifi­cadas. Esses encontros de discussão têm permitido ampliar o conhecimento quanto a nossos pro­blemas regionais e indicar possíveis soluções, bem como articular e inte­grar as ações de todo o conjunto de forças de nossa economia regional, de modo a evitar a dispersão de esforços.
      O produto final desses seminários temá­ticos permitirá fazer uma pequena radio­grafia das principais questões da Região Metropolitana de Campinas e a sistemati­zação e apresentação de propostas que po­derão servir de projetos para as platafor­mas de governo e poderão ser aplicadas nos próximos mandatos municipais.


Rubens Lansac Patrão Filho é presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas

Serviço – O seminário “Agricultura e soberania alimentar” é dirigido a engenheiros e ao público em geral. Acontece dia 23 de junho, às 14h, no IAC. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelos telefones (19) 3251-8455 e 3251-8996 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .

 

 

     Dois grandes projetos dos engenheiros deram a tônica do VIII Cetic (Congresso Estadual Trabalho-Integração-Com­promisso), realizado nos dias 30 e 31 de maio, na cidade de Barra Bonita: o “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolv­i­mento” e a CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Universi­tários), criada oficialmente em 4 de junho.
      Já na abertura solene, feita pelo pre­sidente do SEESP, Murilo Celso de Cam­pos Pinheiro, entrou em pauta a batalha pela volta do crescimento econômico que vem sendo travada pelos engenheiros. A iniciativa mereceu elogios das autoridades locais, dirigentes do SEESP, da FNE (Fe­deração Nacional dos Engenheiros) e de outras entidades que prestigiaram o evento. “Demos um passo fundamental, que foi sair da discussão meramente sa­larial para a que contempla a construção de um pro­jeto nacional”, resumiu o presidente do Senge-AC (Sindicato dos Engenheiros do Acre), Sebastião Fonseca.
       O tema também foi abordado pelo con­sultor sindical João Guilherme Vargas Netto em sua palestra, que deu início aos trabalhos no segundo dia do congresso. Destacando a conjuntura positiva e o mo­mento favorável ao movimento sindical, ele comemorou a inserção dos engenheiros nessa dinâmica e o acerto do “Cresce Bra­sil”. “A mobilização pela redução da jor­nada do dia 28 de maio  só houve porque o Brasil está cres­cendo e isso acontece porque nós ajudamos com a nossa discussão”, afirmou.
       Vargas Netto lembrou ainda que a ex­pansão proposta pelos engenheiros visa um modelo que não repita os erros do pas­sado. “Agora queremos que isso venha com distribuição de renda, respeito ao meio ambiente, reorganização urbana e dem­ocracia”, salientou.

Histórico
       Lançado em 2006, o “Cresce Brasil” par­te exatamente dessas premissas, afirmou o coordenador do projeto, Fernando Pal­mezan Neto, que apresentou um histórico da iniciativa. “Quando começamos, estáva­mos diante da seguinte situação: cresci­mento pífio, grande concentração de ren­da, falta de planejamento e de propostas. Então, pensamos como nós poderíamos interferir positivamente nessa situação”, lembrou. Segundo ele, traçou-se assim o cenário desejado: um crescimento de 6% ao ano. Para tanto, seria necessário investi­mento produtivo, estatal e privado, de 25% do PIB (Produto Interno Bruto), o que exi­giria redução da taxa de juros. O objetivo último seria gerar os postos de trabalho necessários.
      Assim, relatou Palmezan, foram eleitos os te­mas considerados essenciais ao desen­vol­vimento – energia, comunicações, trans­portes, ciência e tecnologia, sanea­mento, meio ambiente e recursos hídricos e agri­cultura. Como método de trabalho, a partir de uma nota técnica elaborada por um especialista, realizaram-se 14 seminá­rios em cidades paulistas e capitais brasilei­ras das cinco regiões, com a participação de milhares de profissionais. Após essa etapa, um manifesto final foi aprovado du­rante o VI Conse (Congresso Nacional dos En­genheiros) e passou a ser o instrumento de debate com a sociedade e convenci­men­to da necessidade e possibilidade de mudar o quadro socioeconômico brasileiro. “Esse documento foi entregue a todos os candi­datos ao governo federal, inclusive o presi­dente Lula, e a inúmeros que disputavam o governo em vários estados”, concluiu.
      Segundo Palmezan, o primeiro sinal de que o “Cresce Brasil” encontrara eco na sociedade foi o lançamento do PAC (Pro­grama de Aceleração do Crescimento), que trouxe inúmeras propostas convergentes com as dos engenheiros. “Nosso próximo passo foi elaborar uma análise comparativa e sugerir aprimoramentos ao plano governamental”, contou. Entre os bons resulta­dos desse esforço, ele contabiliza o lançamento do PAC da C&T e a inclusão da Usi­na Nuclear Angra 3 no programa.
      “Se fizermos um levantamento do que está acontecendo em termos de realização de projetos, o nosso esforço é vitorioso”, corroborou o coordenador técnico do “Cresce Brasil”, Carlos Monte. Ele citou como exemplos as hidrelétricas previstas para o Rio Madeira e os avanços da Pe­trobras com a descoberta de novos poços, que representam importante contribuição ao setor energético brasileiro.
      Na etapa atual, informou Palmezan, o Cresce Brasil voltou-se às questões das re­giões metropolitanas e já realizou debates em São Paulo, Florianópolis, Palmas, Maceió, Teresina e São Luís. Como resul­tado das dis­cussões realizadas na Capital paulista, produ­ziu a publicação “Desenvol­ver a metrópole e garantir qualidade de vida”.

Conselho Tecnológico
      Outra ação é a implantação de conselhos tecnológicos, formados por representantes dos profissionais e da sociedade civil, do setor produtivo, da academia e dos poderes públicos, que trabalhem para implantar as pro­postas do “Cresce Brasil” em cada re­gião do País. “Trata-se da formatação de uma aliança com lideranças das cidades”, explicou Allen Habert, que coordena a criação desses fóruns. A idéia é que essas lideranças montem uma agenda para dis­cutir os problemas regionais e buscar so­luções a eles, mobilizando a sociedade e persuadindo Executivo e Le­gislativo a tomar as providências cabíveis. Para orga­nizar o trabalho, a proposta é que seja divi­dido em sete comitês: emprego e relacio­namento universidade-empresa; qualifica­ção e requalificação profissional; inovação e produtividade; urbano e da memória da engenharia e arquitetura; energia, trans­portes e comunicações; saneamento, meio ambiente e mudanças climáticas; e agri­cultura e soberania alimentar.
      “Cada sindicato da FNE deve lançar o seu conselho”, enfatizou Habert, lembran­do que já existem no Piauí, no Acre e em Santa Catarina. Em São Paulo, são 18 im­planta­dos em cidades do Interior em que o SEESP tem Delegacias Sindicais e esse nú­mero deve chegar a 25.

CNTU e Portaria 186
      O segundo grande destaque do VIII Ce­tic ficou por conta da participação do se­cretário Nacional das Relações do Traba­lho, Luiz Antonio de Medeiros Neto, que anun­ciou a criação da CNTU. “A aprova­ção da nossa confederação é um marco. Essa é uma vitória de todos nós”, come­mo­rou o presidente do SEESP, Murilo Pinhei­ro. “Recebi um convite quase com­pulsório para estar aqui e fazer esse comu­nicado”, declarou Medeiros, lembrando o empenho do dirigente para que a nova entidade re­cebesse a aprovação do Minis­tério do Tra­balho. “Vocês estão muito bem represen­tados. É uma satisfação estar com pessoas que querem trabalhar e têm von­tade”, completou.
       Instituída pelas federações dos econo­mistas, nutricionistas e engenheiros, a nova entidade deverá abrigar muitas outras cate­gorias de nível superior. Nasce com o objetivo de aprimorar a luta pelos interes­ses dos profissionais e garantir a partici­pação efetiva das entidades ligadas a ela para que tenham oportunidade real de atuação em defesa de seus representados.
      Medeiros aproveitou ainda a oportu­nida­de para conclamar os participantes a defenderem a Portaria 186, editada em 10 de abril último pelo governo e que torna mais objetivas as regras para registro de entidades. “Era preciso melhorar, deixan­do claro quais os passos necessários. O objetivo é que sindicatos, federações e confederações sejam representativos, até porque não há democracia sem sindica­lis­mo forte”, afirmou ele. A CNTU, lem­brou Medeiros, é a primeira organi­zação a ser instituída seguindo os novos crité­rios. Ao final de sua fala, os partici­pantes do VIII Cetic aprovaram por aclamação uma mo­ção de apoio à portaria.

Por uma metrópole boa de viver
      Durante o VIII Cetic (Congresso Estadual Tra­balho-Integração-Compromisso) foi lançada a nova publicação do projeto “Cresce Brasil + En­genharia + Desenvolvimento”. Intitulada “De­senvolver a metrópole e garantir qualidade de vida”, a revista traz as conclusões do seminário que discutiu a Região Metropolitana de São Paulo, realizado em 24 de março, com as pro­postas para a reorganização urbana das cidades que a integram. Tem ainda o manifesto “Por uma metrópole desenvolvida e boa de viver”, no qual estão as medidas que os engenheiros consideram urgentes.
      O documento está disponível para download no site da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), no seguinte endereço: http://fne.org.br/fne/index.php/fne/participe/projetos_e_campanhas/cresce_brasil_rmsp


Rita Casaro

 

 

      Durante o VIII Cetic (Congresso Estadual Trabalho-Integração-Compromisso), realizado pelo SEESP em Barra Bonita, os então candidatos à reeleição para a Presidência do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Marcos Túlio de Melo, e do Crea-SP (Conselho Regional), José Tadeu da Silva, reafirmaram seus compromissos com as propostas elencadas pelo sindicato e FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) ao Sistema.
       Ambos foram reconduzidos aos cargos no pleito que ocorreu em todo o Brasil no dia 4 de junho e agora terão o desafio de levá-las a cabo. Os resultados ainda pre­cisarão ser ho­mologados pela Comissão Eleitoral Fede­ral em 2 de setembro próxi­mo e a posse, para mandato de três anos, acon­te­ce­rá no dia 1º de janeiro de 2009. Elabora­das no SEESP por sua Caep (Co­mis­são de Assuntos do Exer­cício Pro­fissional), as propostas integra­m “Progra­ma de Gestão e Atua­ção para os Creas”.
       Nas eleições ao Sistema, participaram em torno de 67 mil profis­sionais no País, sendo 16 mil no Estado de São Paulo. Tadeu e Me­lo venceram por ampla margem. “Tive­mos expressiva vitória em 24 estados da Federa­ção”, comemora o presidente eleito do Confea. Ele destaca que essa é “uma vitória de todas as entidades que parti­ciparam na construção desse projeto, como o SEESP e FNE, parceiros desde o início”.
       Segundo Melo, seu programa de gestão foi montado pensando no papel crucial das áreas tecnológicas ao desenvol­vimento na­cio­nal sustentável. O que vai ao encontro do pro­jeto “Cresce Brasil + En­genharia + Desen­vol­vimento” – lança­do pela federa­ção em 2006 com a ade­são dos sindicatos a ela filiados –, o qual se alinha a iniciativa do Confea chamada “Pensar o Brasil”.
       Ainda em consonância com o trabalho que vem sendo desenvolvido pela FNE e sindi­catos, a valorização profissional tam­bém está nos seus planos. Assim como o resgate da en­genharia pública nos estados e maior eficiência dos órgãos regionais e federal, com ações voltadas à fiscalização preventiva e educativa. A pretensão, inclusive, é duplicar o orçamento a essa área, passando dos atuais 20% do total aplicado para 40%. Melo promete ainda atuar em prol da democratização do Sistema.

Algumas das principais propostas do SEESP e FNE ao Sistema
• Implantar programa de melhoria contínua dos processos praticados pelos Creas;
• implantar sistema integrado de tecnologia da informação, bem como de gerenciamento eletrônico da documentação existente e gerada no interior do conselho;
• realizar as eleições dos Creas através de votação pela Internet, mantendo-se o sistema de urnas;
• reestruturar o sistema de fiscalização, tendo como foco os diferentes setores da economia, prio­rizando os empreendimentos de grande porte ou de impacto socioambiental significativo;
• estabelecer políticas de combate ao exercício ilegal da profissão; ao descumprimento do salário mínimo profissional; à ocupação dos cargos e funções técnicas por pessoas não le­galmente habilitadas; bem como quanto à atuação irregular de estrangeiros no País;
• profissionalizar o sistema de fiscalização, compondo o quadro de fiscais exclusivamente com pessoal habilitado e registrado nos Creas;
• manter permanentemente informadas, de ma­neira ágil e transparente, as partes interessadas que são afetadas pelas ações dos Creas;
• apoiar ativamente esforços e iniciativas que obje­tivem o desenvolvimento e a inovação tecno­lógica brasileira, visando a diminuição das desi­gual­dades regionais, com o pleno desenvolvi­mento nacional e a promoção da competitividade da empresa brasileira em todos os mercados;
• fortalecer as entidades de classe, como or­ganismos de representação política, através de campanhas institucionais e medidas voltadas para a valorização dos profissionais da área tec­nológica, fornecendo apoio, na forma de parcerias, para a realização de programas de aperfeiçoamento técnico-cultural e cursos de educação continuada;
• tornar o exercício ilegal da profissão crime contra a sociedade, impulsionando fortemente as inicia­tivas a respeito que estão em curso, em especial a aprovação urgente do Projeto de Lei 6.699/2002;
• transformar a Comissão de Ética em Tribunal, para julgamento das infrações, mantendo a admissibi­lidade dos processos pelas câmaras especializadas;
• implantar o voto direto e obrigatório para a eleição dos cargos diretivos dos Creas, tendo todos os mandatos igual duração.


Soraya Misleh

 

 

06/12/2009

CANTEIRO

SEESP realiza seminário “Cresce Lins”
      
Sediado no campus do Uni­lins (Centro Universitário de Lins), o evento foi promovido no dia 29 de maio como parte das ativida­des relativas ao manifesto “Cres­ce Brasil + Engenharia + Desen­volvimento”, que defende uma plataforma nacional de desenvolvimento sustentável. Histórico desse projeto foi apresentado na ocasião pelo coordenador do Conselho Tecnológico de Lins, João Carlos de Campos. O presi­dente da Delegacia Sindical do SEESP em Lins, Milson Cesar Pagliarini, abriu o evento em que foram apresentados diversos assuntos relativos às oportunida­des de desenvolvimento da cida­de. Entre os temas abordados, “Relações universidade e empresa: promovendo o desenvolvi­mento regional sustentável”, pelo professor André Fassa, presi­dente da Comissão de Turismo de Lins; “Políticas públicas para o desenvolvimento sustentável em Lins”, pelo secretário de De­senvolvi­mento Sustentado de Lins, Israel Antonio Alfonso; e “Planejamen­to urbano”, pela vice-prefeita, Keiko Obara Kuri­mori. Além des­ses, “Análise so­bre a importância do saneamento no desenvolvi­mento da região”, pelo professor Ivo Nicolielo An­tunes Jr., presi­dente da Senag (Sociedade dos Engenheiros, Arquitetos e Agrô­nomos da Re­gião Administrativa de Lins); “Impactos do mercado globaliza­do no desenvolvimento da re­gião”, por Luiz Cabañas, pró-reitor de Pós-graduação do Uni­lins; e “As vantagens do pinhão manso”, por Roberto Gradella, presidente da Assenap (Associa­ção dos Engenheiros e Arquitetos de Promissão). Diretores do Uni­lins, da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação e autori­dades locais estiveram presentes, entre elas o prefeito de Lins, Waldemar Sândoli Casadei.

Mais de 1,5 milhão de assinaturas
      Esse foi o resultado da “Campa­nha pela Redução da Jornada sem Redução de Salários”, lançada pelas centrais sindicais em janeiro último. Seu ápice foi em maio, com ações no Dia do Trabalhador (1º) e Dia Nacional de Mobili­zação e Luta (28).
      Entregue ao Congresso Nacio­nal por essas organizações no dia 3 de junho, o abaixo-assinado que teve a ampla adesão pleiteia a aprovação da PEC 393/01 (Pro­posta de Emenda Constitu­cional), de autoria dos parlamenta­res Paulo Paim (PT/RS) e Inácio Arruda (PCdoB/CE) – a qual con­templa diminuição de 44h para 40h se­manais de trabalho. O objetivo agora é acompanhar a tramitação da proposta no Legis­lativo, bem como de outros pro­je­tos de in­teresse dos trabalhadores.

Campanhas salariais
Cesp –
Pendente desde o ano passado, a PLR 2007 (Partici­pação nos Lucros e Resultados) foi paga pela empresa no dia 12 de junho. Teve como re­ferência uma folha cheia (de dezembro último), sendo 52,5% distribuí­dos de forma linear e 47,5% proporcional ao salário.
Emae – Após dois anos de dis­puta judicial trabalhista, a em­presa reconheceu a data-base da categoria em 1º de junho e chamará o SEESP para a ne­gociação neste ano. Inclusive, no dia 13 de junho, os enge­nheiros da Emae receberam a PLR 2007 pendente desde o julgamento do dissídio coleti­vo econômico daquele ano. O pagamento de uma folha cheia de dezembro último foi feito com distribuição linear entre todos os profissionais da em­presa. Já neste ano as enti­dades sindicais acordaram que a dis­tribuição será feita nos mes­mos moldes da Cesp, fato já comunicado à companhia.
Cetesb – Depois de cinco dias de paralisação, os engenheiros da empresa retornaram ao tra­balho em 10 de junho, con­forme decisão do TRT-SP (Tri­bunal Regional do Trabalho) relativa ao dissídio coletivo de greve. Nesse mesmo dia, a ca­tegoria aprovou em assembléia as bases do Acordo Coletivo Judicial, apresentadas pela empresa ao SEESP na reunião de negociação ocorrida na data. Destacam-se: reajuste de 4,51% extensivo à gratificação de férias e aos auxílios-creche e excepcional; aumento de 10% do vale-alimentação e do vale-refeição comercial; ga­rantia de emprego de 95% do efetivo de pessoal e manuten­ção das cláusulas sociais com destaque para o Plano de Assistência Médico-Hospitalar e para o Parcelamento das Des­pesas Odontológicas.
Sabesp – Engenheiros da Sabesp reunidos em assembléia no dia 9 de junho mantiveram a greve suspensa, aprovaram parcial­mente a contraproposta da em­presa e encaminharam para de­cisão do TRT-SP as cláusulas do reajuste salarial, produtivi­dade e Participação nos Lucros e Re­sultados. Logo após o jul­ga­mento do dissídio será reali­zada nova assembléia para ava­liar a campanha e definir os próxi­mos passos do movimento.
Metrô – Assembléia dos enge­nheiros do Metrô ocorrida em 29 de maio aprovou a contra­proposta da empresa para as­sinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2008. Destacam-se: reajuste de 4,51% extensivo aos demais itens econômicos, aumento salarial de 1,5% a título de produtividade e reno­vação das cláusulas sociais, técnicas e sindicais em vigor.
Cosipa – Em 2 de junho o SEESP assinou acordo com a Cosipa, o qual abrange somente itens econômicos. Destaca-se rea­juste escalonado de 9% (5% a partir de 1° de maio e 4% a par­tir de 1º de junho).

SEESP no ABC na luta pela Previdência Social pública
Acontece no dia 19 de junho, a partir das 10h, em Santo André, a “Grande marcha dos trabalhadores aposentados e da ativa por uma Previdência Social digna agora e no futuro”. A concentração será no Clube dos Aposentados Casa Branca, na Rua 24 de fevereiro, 554, no bairro Casa Branca, com destino ao Paço Municipal. A iniciativa tem o apoio da Delegacia do SEESP no Grande ABC.

 

 

        Um reflexo imediato da retomada do crescimento econômico no Brasil foi a carência da mão-de-obra mais intimamente ligada ao desenvolvimento: os engenheiros. Para os setores da construção civil, naval, tecnologia de ponta, de repente, faltavam profissionais que dessem conta dos novos projetos com a excelência exigida. Tal cenário era previsível. Ao longo de mais de duas décadas de estagnação, a engenharia perdeu relevância e os profissionais se viram sem espaço para atuar. O bloqueio ao crescimento restringiu seu papel, impediu-os de exercer sua vocação e aplicar sua capacidade técnica.
       Como conseqüência natural, a mão-de-obra existente e que não encontrava oportunidade migrou para outras atividades e deixou de se atualizar; para os estudantes, uma carreira na engenharia não era tão atraente. Por isso mesmo, no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, em que se propõe um crescimento anual de 6%, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) alerta para a necessidade urgente de multiplicar a mão-de-obra apta a operar o sistema empresarial e de inovação. O que se defende é dobrar, para começar a conversa, o número de 30 mil formandos por ano, claramente insuficiente.
       Longe de ser um problema a se lamentar, a atual demanda por engenheiros é um desafio que a sociedade brasileira deverá enfrentar com otimismo e determinação. É preciso agora recuperar esse prejuízo, lançando mão de todas as possibilidades: tanto requalificar os profissionais disponíveis, mas à margem do mercado, quanto garantir que mais jovens ingressem nos cursos voltados às áreas tecnológicas, assegurando a esses formação de qualidade.
       O esforço deve incluir não só o ensino superior de graduação e pós, mas também o fundamental e o médio. Nossas crianças têm de aprender e entender física, matemática, química e biologia, para que no futuro possam produzir ciência e tecnologia. Além do governo, a tarefa deve envolver as universidades, o setor produtivo e as entidades representativas dos profissionais, pois todos têm contribuição significativa a dar.
      Talvez, no futuro, sigamos até mesmo o exemplo da Alemanha, que já busca engenheiros na pré-escola, conforme matéria publicada pelo jornal Valor Econômico, de 17 de junho. Diante de uma situação em que há 95 mil vagas, frente a apenas 40 mil novos profissionais, as empresas resolveram pensar no futuro e já buscam desenvolver a vocação em crianças de três a seis anos. Entre as iniciativas, a Siemens distribuiu ao seu novo público-alvo 3 mil “caixas de descobertas” que trazem materiais para experimentos científicos. Enquanto isso, a Bosch envia aprendizes aos jardins de infância para explicar o que fazem os engenheiros e depois convidar a garotada a visitar a companhia.

 

 

       A referência inicial da história do centenário da imigração japonesa tem como cenário a chegada do navio Kasato Maru no Porto de Santos, em 18 de junho de 1908. Era o fim de uma viagem de 52 dias, que provavelmente parecera interminável aos 781 imigrantes, cujas mentes vinham povoadas com sonhos a se realizarem aqui do outro lado do mundo.
       A esperança era, colhido o fruto do seu trabalho num período de três a quatro anos nesta terra, retornarem vitoriosos à sua pátria natal, para junto de seus entes queridos.
       Porém, para a grande maioria desses aventureiros, a história se mostrou totalmente contrária. Deparando-se com costumes e língua inteiramente estranhos às suas origens, nossos pais e avós tiveram que se submeter às severas condições impostas. Às custas de muitos sacrifícios, saudades, decepções, suor e lágrimas superaram todos os óbices que o destino lhes reservou.
       Após as primeiras décadas da imigração, houve a eclosão da Segunda Guerra Mundial, gerando um pesado ônus ao Japão, que saiu do conflito totalmente destroçado após o lançamento pelos Estados Unidos das bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, talvez em retaliação ao ataque japonês a Pearl Harbor, pois praticamente já estava selada a derrota do eixo.
       Os reflexos dessa inglória contenda mundial foram sentidos pelos imigrantes aqui radicados, mas com o fim da guerra houve uma melhoria lenta e gradativa, também à medida que se dava a sua integração à sociedade brasileira.
       Os nossos antepassados nos legaram a cultura da humildade, a trilha da honestidade, o respeito ao próximo, a obsessão pelos estudos, a questão da reciprocidade, o costume do não-desperdício e a veneração aos idosos, fontes perenes de sabedoria e conhecimento.
       Na fase contemporânea, destacaria a grande atuação e formação dos nikkeys nas áreas das ciências exatas, empresarial, política, militar e artes.
       Neste ano de comemoração do centenário da imigração, sentimo-nos abençoados e agradecidos em poder compartilhar, em igualdade de oportunidades com brasileiros de todas as origens e culturas, nesta terra abençoada que se chama Brasil. Uma das qualidades marcantes da cultura japonesa é o senso de gratidão. Portanto, a comunidade nipo-brasileira, que atualmente congrega cerca de 1,5 milhão de descendentes, rende uma significativa homenagem aos nossos pais e avós que souberam integrar-se com dignidade, humildade e sabedoria à sociedade brasileira.


Carlos Shiniti Saito é diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Marília

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