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Luciana Tegon EngXXI DivulgaçãoA tecnologia da informação veio para ficar e mudar muitas relações, pessoais e profissionais. Nesta última, como informa a headhunter Luciana Tegon, sócio-diretora da Consultants Group by Tegon – empresa especializada em recrutamento, seleção, outplacement e recolocação –, a entrevista online, por exemplo, é usada há pelo menos dez anos nos Estados Unidos. “Ferramentas de comunicação, no computador, tablet ou celular, se tornaram grandes aliadas das empresas para recrutamento.” Nesta entrevista ao Jornal do Engenheiro, ela aborda o tema e dá algumas dicas importantes aos profissionais.

O que é entrevista digital?

Essa solução começou a ser utilizada para otimizar o tempo, conhecer candidatos que estão a longas distâncias e também por conta dos atrasos das grandes metrópoles. Hoje, no Brasil, o número de entrevistas digitais está em ascensão, mais usualmente pelas videoconferências ou hangouts, justamente para reduzir o tempo de busca de profissionais, que chega a cair de 25 para apenas sete dias. Além disso, podemos entrevistar bons candidatos que estão atualmente empregados e não conseguiriam deixar o local de trabalho para participar.

Como o profissional deve se preparar?

Como qualquer processo seletivo, há regras de comportamento, mesmo que se esteja no conforto de casa. As dicas são:

1. Ambiente da entrevista

É importante ter bom isolamento acústico, silencioso e arrumado. Não é interessante a câmera captar uma cama desarrumada, roupas pela casa – caso seja um quarto – ou brinquedos das crianças em desordem.

2. Conexão de internet e equipamentos

A conexão precisa ser regular para que não afete a entrevista. Há casos em que a videoconferência é interrompida por falha de conexão e isso compromete o tempo do candidato. Equipamentos de som e microfone devem ser conferidos antes.

3. Não atrase

Como qualquer entrevista, combine um dia e horário e seja pontual.

4. Imagem é importante

Estar bem apresentado, assim como numa entrevista presencial, é importante para passar uma boa impressão e responsabilidade.

5. Naturalidade

Treine seu discurso e haja naturalmente com o recrutador. Evite falar demais ou ser disperso. Estar preparado para as perguntas é a melhor opção. Estude e seja você mesmo!

6. E-mail e foto

Certifique-se que seu e-mail é adequado e que a foto de perfil não está informal demais. Além do vídeo, recrutadores observam o comportamento virtual dos candidatos.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Matéria publicada no Jornal do Engenheiro, do SEESP, Edição 500, de fevereiro de 2017

 

 

 

 

 

Sob o já conhecido argumento de déficit, a Proposta de Emenda à Constituição 287/2016 feita pelo Governo Temer entra em discussão novamente com o retorno das atividades no Congresso. O texto, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça em dezembro, aguarda agora a criação de comissão especial que debaterá a matéria. Para a vice-presidente da Associação Paulista dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Apafisp), Margarida Lopes de Araújo, o argumento é falacioso e a proposta de reforma, uma afronta aos direitos dos trabalhadores. “Com essa história de resolver problemas, o governo ataca direitos já consagrados aos trabalhadores brasileiros. A Previdência Social pública é um patrimônio, temos que preservá-la”, afirma a diretora.


Foto: Beatriz Arruda
Margarida Previdência 600
Margarida Lopes de Araújo em defesa da Previdência: "Ela é patrimônio dos trabalhadores e deve ser preservada."

A Apafisp, braço estadual da Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), atua há 50 anos na defesa do servidor público e do profissional em regime regular. Em entrevista ao Engenheiro, Araújo mostra as contas feitas pela entidade que desmentem o saldo negativo do caixa previdenciário. “Nós queremos que toda a sociedade saiba e discuta os seus interesses, os seus benefícios, os seus direitos”, diz.

A principal justificativa à reforma da Previdência é de que a conta não fecha. Mas essa conta está correta?

O governo apresenta a Previdência Social de uma forma deficitária porque mostra os gastos com benefícios e programas sociais custeados apenas pela receita da Previdência. Porém, ela faz parte da Seguridade Social, que é um pacote composto também por assistência social e saúde. A Seguridade, por sua vez, tem recolhimento na folha de pagamento do trabalhador, em receitas ou faturamentos, no lucro, em loterias federais e oriundas de importadores de bens e serviços, segundo o artigo 195 da Constituição Federal. E no trabalho da Anfip mostramos claramente que essa é a visão correta, a de pacote. Quando a vimos assim, a Previdência Social não apresenta déficit, e sim superávit.

Como é a conta correta?

A conta errônea que estamos acostumados a ver é a que contabiliza apenas o que se recolhe de receita da Previdência Social, subtraindo o que se paga em benefícios. Em 2015, por exemplo, a Previdência Social recolheu R$ 353 bilhões aproximadamente e pagou R$ 437, gerando o saldo negativo de R$ 84 bilhões. Mas, por se tratar de um conjunto, a Seguridade Social deve ser contabilizada como única. A nossa conta soma todas as contribuições, com base nos dados disponibilizados pela própria União em sites governamentais. A receita total da Seguridade em 2015 foi de R$ 694,4 bilhões. Em benefícios e outras despesas, foram gastos R$ 683,2 bilhões, apresentando assim um superávit de R$ 11 bilhões. Essa sobra é frequente. Em 2014 foi de R$ 53 bilhões, em 2013, de R$ 76 bilhões e em 2012, R$ 82 bilhões. Nesse sentido, não há o que mexer na Previdência Social. É muito triste saber que toda vez que o governo quer resolver seus problemas de caixa ele acaba atacando os direitos dos trabalhadores.

O caixa da Seguridade Social, portanto, tem uma boa receita?

Sim, mesmo com as desonerações perniciosas. Por exemplo, diminui-se a contribuição do empresário com a justificativa de que é para gerar mais emprego, mas isso não é verdade. Tudo mostra que quando ele desonera a folha de pagamento de grandes empresários, isso se transforma em lucro para a empresa, e nunca em novos empregos. Outra coisa que não poderia acontecer é Desvinculação das Receitas da União (DRU), que permitia que 20% da arrecadação da Seguridade fosse usada para quitar outras dívidas da União. Hoje, são 30%. Se a Previdência é deficitária, se a Seguridade Social não supre os gastos, como é que o governo tira esse valor? Ele não deveria fazer isso, mas faz. E isso tudo infelizmente não é divulgado. Para a população só é passado o discurso de que a Previdência vai quebrar, que não dá para pagar benefícios, o que não é real.

Como a reforma prejudica os trabalhadores?

A reforma é injusta, a começar pela idade mínima proposta de 65 anos, tanto para homens como para mulheres. Não é justo, porque a mulher pode ter um tempo menor de contribuição, além do salário inferior e o trabalho doméstico. E, tratando-se do Brasil, sabemos que em muitos estados e cidades mais humildes, onde o trabalhador têm condições precárias, a expectativa de vida diminui. Muitos vão correr o risco de morrer sem se aposentar. Outra injustiça é o tempo de contribuição para o valor integral do benefício. Serão 49 anos. Isso desestimula o trabalhador, que não vai querer contribuir, já que poderá receber muito pouco. No modelo de transição, a idade não será levada em conta, mas o tempo de contribuição será calculado segundo as regras novas. Ele não prejudica o trabalhador que já está para se aposentar, mas pode reduzir seu valor de benefício por direito. Assim, quem já tem 50 anos e já tem um tempo de contribuição entra na regra de transição, tendo que trabalhar mais um ano ou dois, conforme a situação para o cálculo. Tudo isso ainda são propostas em discussão. Mas aí temos outro problema, pois com a chance de mudar a regra, o trabalhador corre para se aposentar e, se não lhe cabe a fórmula 85/95 para receber 100% da aposentadoria, ele vai ter que se sujeitar ao fator previdenciário, o que não é interessante para ninguém.

Qual é a visão da Apafisp sobre a reforma?

Na nossa visão, o governo não tem que reformar a Previdência Social, mas sim criar políticas públicas para melhorar a situação dos trabalhadores. É preciso elevar o nível de emprego, de escolaridade, para que todas as pessoas tenham possibilidade de trabalhar melhor, ganhando mais, e também se aposentar por regras decentes e factíveis.

 

Jéssica Silva e Fábio Pereira
Entrevista publicada no jornal Engenheiro, da FNE, Edição 177, de fevereiro de 2017

 

 

 

 

O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), instituição pioneira a oferecer a graduação em Engenharia de Inovação, preparou um programa de pós lato sensu para 2017 que tem o objetivo de atender demandas do mercado e oferecer formação qualificada. No total, serão 15 cursos oferecidos ao longo do ano, na capital paulista, no interior do Estado e também no Rio de Janeiro e em Fortaleza. As atividades atendem profissionais de diversas áreas para capacitação em setores estratégicos ao desenvolvimento do País. A marca da inovação está em todos eles.

“Pretendemos formar para inovar e empreender, em benefício da sociedade. Queremos transferir para a pós-graduação o que acumulamos na graduação. Ou seja, oferecer cursos com características diferenciadas, adicionando um ingrediente a mais, uma disciplina ou atividade, que acrescente uma nova visão, gerando novos conteúdos”, explica Antonio Octaviano, diretor de Extensão e Serviços de Consultoria do Isitec.

Foto: Beatriz Arruda
Isitec FNE FEV2017
Equipe do Isitec e parceiros, da esq. para a dir.: Antonio Octaviano, diretor; João Gaspar, da TI Lab; Rosângela Castanheira,
da Triade Engenharia de Custos e professora do curso de BIM; Angélica Perez, da comunicação;
Denésio Carvalho, Meire Garcia e Regina Ruschel, coordenadores.

 

Um exemplo desse objetivo é o curso “European Energy Manager: Gestão de Energia”, voltado à eficiência energética, que possui dupla certificação. Isso porque o aluno que passa por ele também tem direito a fazer parte de uma rede global de engenheiros especialistas em eficiência energética, por meio da qual pode trocar informações e conhecimento tecnológico.

De origem alemã, a formação chegou ao País em parceria com o Intelligent Energy Europe Programme (IEE), da União Europeia. Com duração de 18 meses (380 horas), está na quinta turma. Duas novas iniciam-se em 17 e 24 de março, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, respectivamente. As aulas serão quinzenais, sempre às sextas, das 19h às 23h, e aos sábados, das 8h às 17h.  Denésio de Andrade Carvalho, consultor de pós-graduação do Isitec, lembra que, nesse curso, profissional e empresa saem ganhando. “Ao final, o aluno produz um projeto no ramo que ele escolher, geralmente para seu local de trabalho. Ou seja, a empresa que investir nessa formação receberá um projeto de eficiência energética, obtendo redução de custos com novas tecnologias. Além disso, retém esse funcionário, oferecendo formação qualificada.”

A partir de março, cinco cidades paulistas oferecerão o curso “Engenharia de Segurança do Trabalho”, com duração de dois anos (680 horas). A formação tem um módulo extra de 40 horas, voltado à necessidade específica de cada localidade ou região. Assim, em São Paulo, Itapetininga, Bauru e São José do Rio Preto, o foco será na agricultura. Em Campinas, o tema a ser acrescido na grade, provavelmente ligado à indústria, será decidido pelos alunos que formarem a turma.

Para o coordenador pedagógico do curso, o professor Celso Atienza, diretor da FNE, é urgente atender as diversas especificidades da Engenharia de Segurança: “A agricultura demanda conhecimentos tanto no plantio, quanto na parte industrial. Os riscos desse setor são diferentes, como por exemplo o uso correto de produtos agrícolas, a mecanização do campo, além de práticas inovadoras de agroecologia.”

Parcerias
As parcerias têm sido fundamentais para a formatação dos currículos. “Temos um corpo docente que se dedica à graduação. Por isso, toda a pós-graduação é feita a partir de parcerias com instituições e profissionais qualificados e renomados no mercado. E essa fórmula tem se mostrado exitosa”, observa Octaviano.

Algumas delas renderam novidades, como o curso “Modelagem da informação da construção”, para atualizar profissionais no uso da ferramenta Building Information Modeling, conhecida pela sigla BIM, que tem coordenação pedagógica da professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Regina Coeli Ruschel.

A arquiteta Meire Garcia, coordenadora administrativa desse e de outros cursos da pós-graduação do Isitec, lembra que essa será a ferramenta mais utilizada nos escritórios em um prazo de dez anos. “Os projetos saíram da prancheta e foram para o AutoCad e assim permanecem na grande maioria dos escritórios. Porém, uma evolução está ocorrendo, que é a mudança para o BIM,  uma plataforma digital em 3D para planejar e unificar todos os projetos que envolvem uma obra, como de construção, elétrica e arquitetura”, explica.

Outras duas propostas do Isitec foram pensadas para atender recém-formados que pretendem atuar em escritórios ou montar o seu próprio: “Gestão eficaz de escritórios de engenharia e arquitetura”, coordenado e ministrado pelo professor Ênio Padilha, que atua no mercado há 20 anos; e “Engenharia da lucratividade”, coordenado e ministrado pelo professor Mozart Bezerra da Silva. “Montada exclusivamente para o Isitec, a formação pretende dar aporte aos profissionais que saem das faculdades sem essa noção de empreendedorismo”, conta Garcia.

Outra opção é “Gestão ambiental sustentável”, coordenado pelo professor João Sergio Cordeiro, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com início previsto em abril (em São Paulo) e setembro (em Marília). Um diferencial nessa proposta é o módulo sobre “Valoração do dano ambiental”. “Vimos o desastre que ocorreu em Mariana. Quais os critérios, as ferramentas, como você mensura o que foi perdido em uma tragédia como essa?”, indaga Octaviano.

Também atual é o curso de “Gestão de TI com ênfase em inovação”, em que seu coordenador, Ricardo Gedra, que tem 20 anos de experiência profissional e há dez coordena cursos de pós-graduação, inclui o aspecto social na implementação ou aperfeiçoamento de um sistema de gestão de TI, visando a integração dinâmica dos diversos departamentos de uma empresa.

Serão oferecidas no segundo semestre, ainda sem data definida, especializações em “Energia solar fotovoltaica” e “Excelência operacional”.

Interessados podem obter mais informações e se inscrever nos cursos no Site, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone (11) 3254-6850.

 

Deborah Moreira
Matéria publicada no jornal Engenheiro, Edição 177, de fevereiro de 2017

 

 

 

 

A produção do Jornal do Engenheiro (JE) na TV já retomou as atividades e oferecerá assuntos importantes para o dia a dia do profissional e também sobre a conjuntura nacional. No primeiro programa inédito de 2017, que irá ao ar no dia 6 de fevereiro, o âncora Fábio Pereira entrevista o procurador Wiliam Bedone sobre a reforma que poderá mudar, radicalmente, e para pior, as relações de trabalho no País.

Bedone, do Ministério Público do Trabalho em São Paulo, explica aos telespectadores por que o Projeto de Lei 6.787, anunciado no final do ano passado pelo governo federal, trará  mudanças que significarão ainda mais demissão e a precarização do trabalho. “A matéria aponta no sentido inverso ao da geração de emprego. Teremos jornadas maiores e menos direitos”, critica. Entenda melhor o tema assistindo à entrevista exclusiva com o procurador.

JEN 06FEV2017Procurador Bedone (à esq) é entrevistado por Fábio Pereira, no primeiro programa de 2017.

A reportagem especial do JE na TV mostrará como foi a entrega do prêmio Personalidade Profissional concedido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) aos profissionais que se destacaram no seu campo de atuação em prol da sociedade brasileira.

Tudo isso e muito mais você confere na exibição do programa do SEESP, que vai ao ar às segundas-feiras, na capital paulista, pela TV Aberta SP, às 19h30, nos canais 9 (NET), 8 (Fibra 8) e 186 (Vivo TV). Ou pela internet no mesmo dia e horário neste link. O JE é transmitido também para 50 cidades de todo o Estado em dias e horários diversos, confira a grade aqui.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

 

Em mais um esforço pela qualificação e aprimoramento dos profissionais da região, a Delegacia Sindical do SEESP em Taubaté realizou, no dia 31 de janeiro último, em sua sede, a palestra “Aspectos introdutórios ao licenciamento ambiental” com os especialistas Gerson de Freitas Junior e Karla Conceição Pereira. O minicurso abordou breve histórico, conceitos e princípios e exemplos reais.

Conforme informaram os especialistas, o licenciamento ambiental é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938 de 31 de Agosto de 1981) fundamentado no Princípio da Precaução. Suas características, importância e continuidade têm sido muito discutidas e interessam a toda sociedade brasileira, em especial aos estudantes e profissionais que atuam na área ambiental. Verificam-se, de forma resumida, duas posições distintas: aqueles que defendem sua permanência e fortalecimento e aqueles que defendem o fim do licenciamento.

Acompanhe as atividades da regional de Taubaté aqui no site do SEESP. Também mais informações sobre os eventos realizados na região podem ser obtidas diretamente pelo telefone (12) 3633-5411 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A sede fica na Rua Venezuela, 271, no Jardim das Nações.

Fotos: Valéria Ferreira/Delegacia Sindical de Taubaté
Taubaté 31JAN2017 600
Profissionais participam de palestra sobre licenciamento ambiental.

Taubaté 31JAN2017 600 3Da esquerda para direita: Francisco Oiring (diretor).Karla Conceição Pereira (palestrante),
Breno Botelho Ferraz do Amaral Gurgel (presidente da delegacia), Gerson Freitas Junior (palestrante),
Carlos Takeshi Azuma (tesoureiro), Jorge Luiz Monteiro (1 º Secretário) e. Sebastião Melin Aburjeli (2º vice-presidente).

 

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

As negociações com o Metrô sobre a forma de distribuição do Programa de Participação e Resultados (PPR) estão em andamento desde maio de 2016 e até agora não houve acordo entre a companhia e os sindicatos, porque a empresa propôs alterações e se nega a revê-las.

O Metrô encerrou as negociações em dezembro último e buscou mediação junto ao Núcleo de Conciliação de Conflitos do Tribunal Regional do Trabalho (NCC-TRT), que agendou reunião com os dois sindicatos para esta quarta-feira (1º/02), às 10h.

O ponto polêmico da discussão com o SEESP é a não garantia de um salário nominal aos engenheiros.

PPR 2017
No próximo dia 6 de fevereiro, está agendada reunião, às 10h, no auditório do Edifício Cidade I (Rua Boa Vista, 170, no Centro de São Paulo), com a participação do Metrô, do SEESP e do Sindicato dos Metroviários para apresentação da proposta do PPR pela companhia para 2017.

 

Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

O trabalho do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), por meio do seu diretor Carlos Augusto Kirchner, contra o “emaranhado” de fios nas ruas das cidades tem ganhado boa repercussão na sociedade. Tanto que no dia 29 de janeiro último, o JCNet.com.br publicou a matéria “Fiação aérea: novas resoluções da Aneel trazem esperança para o fim da bagunça”, que reproduzimos a seguir:

“Desde fevereiro de 2013, quando o JC fez a matéria "De quem são estes fios e cabos baixos?", que iniciativas vêm sendo tomadas para regularizar a situação. O emaranhado, além de esteticamente ruim, pode ocasionar diversos acidentes, o que é constantemente registrado em Bauru.

"Se antes ninguém sabia quem eram os donos dos cabos, hoje, com a lei municipal, já se sabe que a notificação deve ir para a distribuidora (CPFL Paulista), que, por sua vez, tem 15 dias para renotificar o dono do cabo baixo. Se ela fizer isso, não recebe multa", lembra o diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), Carlos Augusto Kirchner.


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Kirchner JN
A luta do diretor Kirchner contra o emaranhado de fios nos postes das cidades também foi tema de telejornal.

Sugestão do Seesp, a lei municipal que pune as empresas que descumprirem as normas de instalação dos cabos é de abril de 2016 e estabelece prazo de um ano para que a prefeitura inicie a aplicação da multa de 1.000 UFIRs (cerca de R$ 3.500) por cada irregularidade não corrigida após notificação.

"Outros municípios da região adotaram a mesma lei. Nacionalmente, podemos citar como exemplos de sucesso as cidades de Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Recife, onde foram feitas faxinas de cabos nas ruas. Somente no Recife, foram retiradas cerca de três toneladas em um ou dois meses. A sociedade precisa reagir. Sempre entendemos que o município pode legislar sobre isso", exemplifica o diretor do Seesp.

Para Kirchner, a lei contribui para acabar até mesmo com o empurra-empurra sobre a responsabilidade dos cabos. "O município vai notificar a CPFL, que avisará as empresas de telefonia, TV e Internet donas dos fios. Se elas não se adequarem, pagam a multa. Se a concessionária de energia não fizer essa renotificação, a sanção recai sobre ela", explica o engenheiro.

Ele ainda ressalta que a lei municipal não vai contra a distribuidora, ao contrário, já que esses emaranhados existentes por toda a cidade criam uma condição insegura para os funcionários que precisam subir nos postes.

Aneel e Anatel
Em dezembro de 2014, uma nova resolução conjunta entre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) resultou em uma boa evolução e deixou bem claro que há a figura do detentor da infraestrutura, no caso a empresa de energia elétrica, e os ocupantes, que assinam contrato com a empresa de energia e assumem o compromisso de cumprir as normas técnicas.

"A evolução ocorreu, mas ainda há um "Calcanhar de Aquiles". Quando a Aneel e a Anatel criaram novas regras, ficou estabelecido que a empresa detentora tem um ano para cumprir o exigido, mas pode regularizar apenas 2.100 casos por ano. O Seesp até enviou um documento criticando essa postura da Aneel e Anatel. Mas é inegável que as coisas estejam evoluindo", grifa Kirchner.

Postes
Ainda segundo Kirchner, tanto o município quanto a federação tratam de dois assuntos: o emaranhado de cabos e a questão dos postes, tanto das estruturas em estado precário quanto das posicionadas inadequadamente.

Quando uma estrutura estava em posição errada, a CPFL cobrava para mudá-la de lugar, porém, se a empresa a colocou em lugar errado, então, neste caso, ela deve agora recolocar o poste sem cobrança, segundo a Aneel.

"Outra resolução diz que se a empresa de iluminação vê uma irregularidade no poste, ela deve mandar uma notificação para o responsável pela irregularidade. Caso essa empresa não atenda, a empresa de energia pode arrancar os cabos e mandar a conta. Isso é uma mudança de postura violenta se formos analisar a situação antes de 2013. Mas vale lembrar que isso é uma minuta de uma resolução, que ainda irá se confirmar", finaliza.

Município
Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Bauru disse que o secretário de Obras, Ricardo Zanini Olivatto, solicitou o levantamento de todos os dados relativos ao processo e discute ainda nesta semana os próximos passos para a aplicabilidade da legislação.

CPFL Paulista
Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Bauru disse que o secretário de Obras, Ricardo Zanini Olivatto, solicitou o levantamento de todos os dados relativos ao processo e discute ainda nesta semana os próximos passos para a aplicabilidade da legislação.

Para arquiteto, fiação subterrânea seria solução ideal
Para o arquiteto Cláudio Ricci, a melhor solução para acabar com os problemas gerados pelo cabeamento e fiação nos centros urbanos seria tirar tais estruturas da sua tradicional instalação (fiação aérea) e transformá-las em subterrâneas, o que vem sendo feito já há algum tempo nas vias públicas de diversos países, como os Estados Unidos. Em Bauru, isso já foi aplicado em alguns condomínios residenciais.

"Fiação de energia, telefonia, internet, entre outros, são todos instados por canaletas subterrâneas interligadas nessas construções. Tal solução acaba com a poluição visual, além de reduzir os gastos com manutenção da rede elétrica e diminuir a incidência de acidentes e furtos envolvendo a fiação", enumera.

O arquiteto acredita que a tendência das cidades é caminhar para esta direção. "As pessoas colocam tudo nos postes e sobrecarregam a estrutura. Em épocas de chuva e vento, o problema piora".

Ele ainda ressalta que isso não vai mudar em curto prazo, principalmente porque a estrutura subterrânea é mais cara. Porém, pontua que uma parceria público-privada poderia reduzir os custos e tornar uma iniciativa do tipo viável. "Bairros novos, por exemplo, já deveriam sair com uma proposta assim. Mas, antes de tudo, é preciso haver planejamento", completa Ricci.

Cobaia
Em junho de 2016, o JC trouxe matéria falando que a CPFL Paulista usaria a Avenida Getúlio Vargas como "laboratório" na tentativa de reduzir o congestionamento de fios que se emaranham nos postes de energia elétrica em Bauru. Tal iniciativa foi proposta dois meses depois que o então prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) sancionou a lei que impôs multa não só à concessionária como também às empresas de telefonia, TV a cabo e Internet que não se adequarem às normas federais acerca da ocupação do espaço aéreo.

Em reunião feita na ocasião, o consultor de negócios da CPFL, Luiz Antônio de Campos, explicou que a ideia, no momento, era a de esclarecer as normas a todas as partes interessadas para que, conjuntamente, fossem traçados os procedimentos em busca da solução do problema.

"A Getúlio Vargas apresenta condições bastante favoráveis para esse trabalho. Será uma experiência para entendermos quais serão as dificuldades e em qual prazo conseguimos agir. A ideia é, posteriormente, replicar nas demais regiões de Bauru. Não dá para resolver em um ano um problema criado nos últimos 100. Vamos criar uma regulamentação para os novos pontos e consertar os já existentes", explicou.

Porém, Campos disse que a maioria dos problemas é de natureza estética. Segundo ele, há fios, por exemplo, inutilizados e outros cuja propriedade sequer é conhecida pela CPFL, responsável pela cessão de uso dos postes.

O JC nos Bairros procurou a CPFL Paulista para saber em que pé está a experiência com a Avenida Getúlio Vargas e/ou demais regiões de Bauru, porém, não obteve resposta até o fechamento desta edição.

JC nos Bairros levantou a questão que resultou em nova norma
A reportagem especial "De quem são estes fios e cabos baixos?", publicada pelo JC nos Bairros, em 24 de fevereiro de 2013, despertou na Federação Nacional dos Engenheiros a necessidade de mostrar que cada município brasileiro precisa instituir legislação própria sobre a disposição adequada da fiação dos serviços de energia elétrica, de acordo com o diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), Carlos Augusto Ramos Kirchner.

De lá para cá, o Jornal da Cidade tem publicado diversas reportagens sobre os desdobramentos da questão (Confira abaixo). A partir do material publicado em fevereiro de 2013, passou-se a questionar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, depois de uma audiência pública da agência reguladora junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), houve a aprovação da Resolução conjunta nº 4.

Entre outras regras, tal norma estabeleceu que cada poste pode ter, no máximo, seis pontos para instalação de cabos e cada prestadora de serviço pode ocupar apenas um ponto, salvo exceções previamente justificadas.

Com base na resolução, o Seesp elaborou uma proposta de projeto de lei que foi enviada à prefeitura em 2015. Mais do que obedecer aos limites impostos pela resolução, as empresas também precisam se adequar às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Elas estabelecem a distância mínima de 5 metros entre o cabo de telefonia e o solo, de 5,5 metros para o cabo de baixa tensão de energia (220 volts) e de seis metros para o cabo de alta tensão de energia (13.800 volts).

 

Confira aqui a Resolução Normativa 797 da Aneel

 

Comunicação SEESP
Reprodução de notícia do JCnet.com.br

 

 

 

 

 

A historinha é muito conhecida e vou resumi-la de uma maneira publicável.
Alguém pisou forte no pé de alguém, que então disse:
- Dou meia hora para você tirar seu pé de cima do meu!

Alguns comportamentos de dirigentes sindicais na luta de resistência às reformas pretendidas pelo governo estão sendo muito semelhantes ao comportamento do dono do pé pisado na historinha.

Mas, a hora agora é a de organizar a resistência em massa, mobilizando a base CONTRA as reformas. Somente depois de demonstrado, à sociedade e ao governo, o nosso poder de mobilização e o nosso veto, é que se pode e se deve pensar a respeito das negociações a serem feitas no Congresso Nacional, com as lideranças partidárias e no corpo a corpo com os deputados e senadores.

Discutir hoje as mil e uma peripécias e peculiaridades da negociação futura (se ela houver, quando e como houver) corresponde a “dar a meia hora” para se contrapor à agressão.

Até mesmo porque, dos quatro eixos de ação sindical, o eixo da resistência contra as reformas é o que exige mais presteza, mais concentração de esforços, mais unidade, mais clareza e maior determinação de objetivos. É o eixo capaz de, no curto prazo, atrair, mobilizar e organizar massas de milhões de trabalhadores e trabalhadoras, dando força ao movimento sindical.

A base sindical organizada quer ouvir, para acreditar e retransmitir, o retumbante grito de “nenhum direito a menos”, que garantiu a unidade de ação das centrais sindicais, das confederações e dos dirigentes e marca o estágio atual da resistência. Não quer ouvir dos dirigentes os leguleios e as contemporizações; bastam os do governo e do Jornal Nacional.

Está na Bíblia: seja o seu sim, sim; seja o seu não, não. Todo o resto vem do Maligno.

 

* João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical



Para reforçar a organização e ação sindical dos engenheiros em 2017, a diretoria executiva do SEESP, desde 13 de janeiro, vem realizando reuniões com os dirigentes das delegacias sindicais, no interior paulista, que somam 25. No dia 30 último, no período da tarde, o presidente Murilo Pinheiro conversou com o pessoal das regionais de São Carlos e Araraquara. Nas duas ocasiões, ele destacou os eventos e ações realizados em 2016, como o encontro da Engenharia Unida, em Barra Bonita (SP), um esforço dos profissionais da área, juntamente com suas diversas representações, para propor saídas à crise por que passa o País. Por isso, Murilo conclamou os participantes das duas reuniões a atuarem fortemente na região, agregando entidades e profissionais, fortalecendo a delegacia e realizando atividades que demonstrem o papel do SEESP.

No ano que se inicia, prosseguiu a liderança, a agenda dos engenheiros já está agitada com a realização de reuniões com parlamentares, representantes do governo federal e do estado paulista. O foco, ressalva Murilo, é a retomada do crescimento econômico para a geração de emprego para os engenheiros e outras categorias. Nesse sentido, o presidente da regional de São Carlos, Miguel Guzzardi Filho destacou a iniciativa certeira da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) em criar o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, em 2006. “Um trabalho que levanta há anos importantes pontos da engenharia nacional, com projeções de crescimento e desenvolvimento, participando ativamente da sociedade”, disse Guzzardi Filho.

Já Mario Luiz Donato, à frente da delegacia de Araraquara, levantou duas vertentes que causam muita preocupação para a categoria, são eles: a ferrovia e o setor de energia elétrica, sob as quais, informou, a delegacia foi estruturada, não existem mais. “Por isso, precisamos ter novas entradas de atuação junto aos nossos profissionais e às universidades, numa aproximação importante com os jovens”, defendeu Donato.

Murilo observou que o sindicato é o instrumento legítimo para defender as reivindicações em defesa dos profissionais e da engenharia nacional. Para o dirigente, existe a necessidade de a categoria participar ativamente do planejamento e projetos nacionais, levar as ideias para que os governantes possam voltar a ver o papel protagonista da profissão. “O sistema e as entidades precisam estar presentes, atuarem realmente nas questões da área tecnológica.”

Contribuição ao Brasil
Murilo salientou a contribuição que o SEESP está dando ao País com o primeiro curso de Engenharia de Inovação oferecido pelo Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec). “Somos a primeira entidade sindical a ter uma faculdade e ajudando na formação de mão de obra altamente qualificada.” Ainda sobre qualificação e educação, Murilo lembrou que a cidade de São Carlos era o berço da tecnologia, de expertise em inovação e desenvolvimento tecnológico, um potencial, explicou, que deve ser usado pela delegacia da região.

Participaram das reuniões, pela executiva, os vice-presidentes João Carlos Gonçalves Bibbo e Carlos Alberto Guimarães Garcez e o 3º secretário Edilson Reis; e a coordenadora do Núcleo Jovem SEESP, Marcellie Dessimoni. E os diretores regionais de Araraquara José Luiz Dourado, Walter Marques Malavolta e Tiago Santiago de Moura Filho. Já em São Carlos, participaram os diretores regionais Marcos Antonio Pierri (1º vice-presidente), João Sergio Cordeiro (2º vice-presidente), José Antonio Zerbetto e Fábio de Santi; e o presidente e diretores da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (Aeasc), respectivamente, Douglas Barreto e Everton Gianlorenço e Ademir Zanota. Ainda compareceram o secretário municipal de Planejamento e Gestão de São Carlos, Roberto Paulo Valeriani Ignatios, e seu chefe de gabinete Carlos Augusto Colussi.

Abrangência
A delegacia sindical de Araraquara, que tem sede própria, abrange as cidades de Boa esperança do sul, Gavião Peixoto, Nova Europa, Rincão, Américo Brasiliense, Santa Lúcia, Tabatinga, Matão, Monte Alto e Taquaritinga. Já a de São Carlos, Ibaté, Ribeirão Bonito, Descalvado, Brotas, Pirassununga, Porto Ferreira.

Em São Carlos, reunião ampliada conta com dirigentes de associação e da prefeitura local.

 

Araraquara discutir formas para atrair mais profissionais e jovens à ação sindical.
 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações e fotos de Paula Bortolini - assessora da Presidência

 

 

 

 

 

 


Recentemente, no início de dezembro, tive o prazer de ministrar palestra sobre gestão do transporte público durante o seminário Warehouse Verdadeiro tesouro de dados do sistema de operações do transporte público, realizado pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), em São Paulo. Representantes das áreas pública, privada e acadêmica colocaram em pauta o uso de amplos conjuntos de dados armazenados (Big Data) no planejamento, controle e operação do sistema.

Apresentei projeto piloto que estamos desenvolvendo em Campinas, inédito no País, em exitosa parceria com Sebastião Amorim, da empresa Tecnométrica. Assumimos o desafio de desenvolver nova ferramenta, que possibilite maior eficiência no gerenciamento do sistema de transporte público coletivo do município, utilizando os dados do Sistema de Bilhetagem Eletrônica.

Antes de detalhar o novo projeto, vanguardista, cabem alguns esclarecimentos. O contato inicial com o professor Amorim ocorreu por meio de parceria que a Secretaria de Transportes / Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) realizou com o WBCSD (World Business Council for Sustainable Development, Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável), na construção de uma Mobilidade Urbana Sustentável para o município.

O WBCSD é uma organização internacional que desenvolve o Projeto de Mobilidade Sustentável 2.0 (SMP 2.0). Apenas seis cidades do mundo participam do projeto. Campinas é a única das Américas, junto com Lisboa (Portugal), Hamburgo (Alemanha), Chengdu (China), Bangcoc (Tailândia) e Indore (Índia). Com base na análise de 22 indicadores, foi uma resposta de planejamento para os problemas de Mobilidade Urbana da cidade. O estudo teve o principal objetivo de pensar as formas de deslocamento no município, num horizonte de 10 anos, coincidindo com o Plano Diretor. A associação com o WBCSD possibilitou a aproximação com o professor Amorim e o início do desenvolvimento desse novo trabalho.

Aqui também é bom destacar uma frase do professor Amorim: Dado não é informação. Dado é apenas a matéria bruta da qual a informação pode ser extraída . Compreendendo o conceito, iniciamos nosso projeto.

Campinas tem 1,2 milhão de habitantes, 1.071 ônibus ativos nos horários de pico, 204 linhas municipais, 650 mil validações do Bilhete Único por dia. Por ano, são 186 milhões de validações. O Bilhete Único proporciona a integração no sistema por um período de 2h, todos os dias da semana. Os cartões são emitidos por tipo de usuário (Comum, Vale Transporte, Escolar, Universitário, Idoso e Gratuito).

Com a bilhetagem temos dados como dia, mês, ano, hora, minuto e segundo do uso de cada cartão. Latitude e longitude. Tipo do cartão utilizado, linha, sentido do uso (Centro bairro), identificação do ônibus, entre outros. São 30 megabytes de dados produzidos por dia; 15 gigabytes por ano.

Então surge o desafio: como transformar esses dados em informação? E mais, informação que possibilite o melhor planejamento e gerenciamento do sistema de transporte, com a exclusiva finalidade de oferecer mais qualidade, conforto, rapidez e segurança ao usuário de ônibus.

O desafio de transformar o dado em informação ficou a cargo do professor Amorim. Utilizando uma excelente combinação de muita estatística, hardware e criatividade foi desenvolvido um aplicativo especialmente com a finalidade de transformar os dados da bilhetagem em informação clarificada e introduzir novos conceitos na gestão do transporte público.

Os dados devidamente processados são transformados em informações, como total de embarques por dia, quilometragem rodada por cada veículo, média de embarques por faixa horária, média de assentos por hora, média de vagas por hora (assentos somado ao espaço em pé), idade média da frota circulante no dia, embarques por ciclo, número de ciclos realizados, tipos de cartão utilizados, porcentagem por cada tipo de cartão, passagens pagas em dinheiro, total de passagens pelo validador do cartão, região / localidade com maior embarque, entre outras.

O meio ambiente também é lembrado. Temos informações sobre o consumo de diesel, emissão de CO², quilometragem rodada pela frota, por dia.
Também é possível calcular consumo de diesel por passageiro e emissão de CO² por passageiro.

Evidente que com toda essa fonte de informações temos mais mecanismos para gerenciar, com olhar mais apurado e atento, o sistema de transporte público coletivo do município. A nova ferramenta está em fase de desenvolvimento, com possibilidade de inserções de novas funcionalidades. Os técnicos da Emdec que atuam no nosso Núcleo de Monitoramento de Transportes (NUMT) indicam as necessidades.

Exitosamente, o resultado inicial já demonstra o grande protagonismo que Campinas tem no cenário nacional e, até, internacional, na busca e descoberta de novas tecnologias e ferramentas de gestão. O aplicativo irá contribuir para melhor planejamento e, consequentemente, qualidade do sistema de transporte público coletivo de Campinas.

Futuramente, os usuários de ônibus poderão ter, na palma da mão, informações mais completas do sistema. Sinônimo de Transparência na Gestão Pública. E a ferramenta poderá ser utilizada por outros municípios que buscam o melhor planejamento e gerenciamento do transporte público.


* Carlos José Barreiro - Engenheiro Elétrico, Consultor de gestão empresarial, Secretário Municipal de Transportes e Diretor Presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec). Contato: presidêEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

 

 

 

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