A Delegacia Sindical do SEESP, no Grande ABC, e as associações de Engenheiros e Arquitetos do ABC, Santo André e São Caetano do Sul, e a Faculdade Anhanguera de São Caetano do Sul celebram o Dia do Engenheiro em cerimônia na Câmara Municipal de Santo André, no dia 12 de novembro próximo, às 19h, quando prestarão homenagem ao engenheiro Antonio Sérgio Liporoni. A data em comemoração ao profissional, que atua em diversas áreas, é 11 de dezembro, quando, em 1933, o decreto 23.569 regulamentou as profissões de engenheiro, arquiteto e agrimensor no País.
Hoje, no Brasil, depois de décadas de desvalorização, a engenharia recupera seu espaço nos grandes projetos de desenvolvimento nacional e é apontada como fundamental para o crescimento brasileiro.
A Câmara Municipal de Santo André fica na Praça IV Centenário, 1, Centro).
O programa Jornal do Engenheiro (JE) na televisão, do SEESP, entrevista o professor Oswaldo Horikawa, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), sobre o desenvolvimento, no país, do primeiro coração artificial totalmente implantável, numa parceria entre a universidade e o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. No Brasil, as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de óbito, correspondendo a quase 300 mil mortes por ano. Entre essas, as por insuficiência cardíaca somam aproximadamente 32 mil. Horikawa falará sobre o andamento da pesquisa do dispositivo, qual o seu custo e quando ele poderá estar acessível no país.
A reportagem da semana mostra o Projeto Experimentário, feira itinerante de ciências que abrange no total 1.300 experimentos. Criador da iniciativa há dez anos, o engenheiro civil Claudionor Rodrigues de Assis enfatiza que o interesse da criança pela engenharia se forma no ensino fundamental. Sob essa ótica, o objetivo é “despertar a criança para esse conhecimento”. E assim, preparar as futuras gerações a contribuírem ao desenvolvimento do País.
No quadro “No Ponto”, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fala sobre a importância do fortalecimento do sindicato para garantir importantes e boas lutas e vitórias da categoria.
Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV que é exibido às segundas-feiras, às 19h30, na capital paulista, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet (neste link) no mesmo dia e horário. O programa é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP
A Prefeitura de Sorocaba, em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Sindicato Rural e o Conselho Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Comapa) realizam nesta quinta-feira (7/11), o III Seminário de Agricultura, Urbanização e Meio Ambiente. Mais uma vez o tema será "Sensibilização sobre a importância da integração agricultura, urbanização e meio ambiente para o desenvolvimento e qualidade de vida".
Nos últimos anos a região de Sorocaba vem registrando crescimento econômico e industrial significativo. O desenvolvimento acontece de maneira difusa e sem a discussão da ocupação do espaço possibilitando seu desenvolvimento econômico com diferenças sociais e elevado custo ambiental. Surge, dessa maneira, uma discussão natural do processo de desenvolvimento: a qualidade de vida.
O objetivo do evento é a discussão sobre a interação agricultura, urbanização e meio ambiente, para o desenvolvimento da cidade. A exemplo do ano passado, quando mais de 100 pessoas participaram, o evento acontece no Anfiteatro da Unesp, na Avenida 3 de Março, 511- Alto da Boa Vista.
O Seminário começa às 9h com palestra do agrônomo e extensionista Afonso Peche Filho, tendo como tema "Agricultura Urbana: Contexto e Desafios"; às 10h30, a agrônoma Ana Teresinha Maranha Peche faz a apresentação do projeto de Agricultura Urbana: Delícia de Reciclagem, uma alternativa para gestão de resíduos sólidos difusos nos centros urbanos.
Fonte: Prefeitura Municipal de Sorocaba
Estão abertas as inscrições para o Simpósio Organização e Garantias Sindicais, que o Tribunal Superior do Trabalho promove em 25 de novembro. O encontro reunirá entidades sindicais patronais e de empregados, advogados, juristas, magistrados, especialistas em relações de trabalho e membros do Ministério Público para discutir temas polêmicos ligados à questão sindical. Quatro painéis já têm temas definidos. O tema do último painel será definido em votação pela internet.
A proposta principal do simpósio é reunir a pluralidade de ideias, sobretudo sobre situações ainda não sedimentadas tanto na legislação quanto na jurisprudência. Entre eles, estão as disputas sobre representatividade, o impacto das mudanças nas formas de produção sobre a estrutura sindical brasileira, competência da Justiça do Trabalho em relação aos conflitos intersindicais – tema recente sobre o qual ainda não se tem jurisprudência consolidada – e critérios para desmembramento de categorias. Vários desses temas vêm sendo trazidos ao TST pelas próprias entidades da sociedade civil, o que sinaliza a necessidade de discussão.
Painéis
Ao longo do dia, os expositores participarão de cinco painéis. Os temas já definidos são: perspectivas das organizações sindicais em face das mudanças do modo de produção; garantias dos dirigentes sindicais e proteção em face dos atos antissindicais; conflitos de representatividade sindical: critérios para a definição da legitimidade; e negociação coletiva e atuação judicial.
Para ver a programação completa, clique aqui.
Para fazer a inscrição, clique aqui.
Fonte: Notícias do TST
A previsão foi feita por Guilherme Quintella, da Chairman da UIC International Union of Railways, durante a cerimônia de abertura da NT Expo – Feira, que acontece até 7 de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. Segundo ele, nos próximos 15 anos o mundo investira US$ 1 bilhão por dia em transporte sobre trilhos. "É um desafio enorme que no Brasil ainda é incipiente e temos um vasto território a ser explorado. Temos que trazer essa cultura ferroviária para o país e aqui é o grande momento de você encontrar o que é melhor, mais moderno e mais adequado para as demandas atuais.”
E a 16ª edição, a feira traz uma novidade: 120 rodadas de negócios com as concessionárias de carga e passageiros, por meio das empresas associadas da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), no caso de cargas, e da ANPTrilhos, para passageiros. "Isso vai permitir que a indústria mostre as inovações tecnológicas, fomente o encontro entre os empresários do setor dentro de um âmbito de negócios”, explica Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).
Para João Gouveia, diretor de Operações da concessionária Supervia, o contexto atual não poderia ser mais propício, tendo em vista que há três anos os governantes começaram a olhar com mais atenção o segmento trilhos. "Isso faz todo o sentido, porque o modelo de mobilidade atual está esgotado, não funciona mais”. Por isso, ele considera que o NT Expo 2013 se transformou na voz dos trilhos, uma voz uníssona que fornece a oportunidade imperdível para os ferroviários externarem suas opiniões.
Os 10 mil visitantes previstos poderão conferir o que a indústria ferroviária nacional tem a oferecer entre os mais de 200 expositores, entre carros de passageiros, vagões de cargas, locomotivas, materiais de via permanente entre outros tanto pela indústria nacional como pelos estrangeiros.
"O grande resultado dessa feira será colocar a indústria nacional e estrangeira em contato com os clientes, as operadoras e a cadeira produtiva brasileira, aponta Luiz Ferrari, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre). Para ele, a troca de informações homogeneizadas proporcionará o entendimento das necessidades do setor metroferroviário brasileiro, fornecendo subsídios para que a cadeia produtiva possa planejar seus próprios investimentos internos e, assim, tornarem-se mais competitivos.
Fonte: Assessoria da NT Expo - 16ª feira Negócios nos Trilhos (NT 2013)
Com o objetivo de aprimorar as ações em sua área de atuação, garantindo o correto exercício das profissões da área tecnológica no Estado, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) realiza no próximo dia 9, em Santos, o terceiro encontro regional do Seminário de Fiscalização do Conselho.
Conselheiros, Inspetores e Agentes Fiscais das 4ª, 5ª e 6ª Regiões Administrativas do Conselho estarão reunidos, das 8h30 às 17h, no Auditório do Bloco 5 da Universidade Paulista – UNIP, situado à Av. Francisco Manoel s/nº, Vila Mathias.
O primeiro encontro regional aconteceu em Bauru no final de setembro e o segundo em Piracicaba, no começo de outubro. O encontro em Santos antecede o Seminário Estadual, que acontecerá na capital paulista em 30 de novembro. Ao fim de todo o processo, terão se reunido mais de 2.200 participantes.
Em cada um desses encontros os participantes são divididos por salas, considerando-se as oito Câmaras Especializadas do Conselho (Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Metalúrgica, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Engenharia de Agrimensura, Engenharia de Segurança do Trabalho, Agronomia e Geologia e Minas), para discutir detalhadamente questões pontuais de fiscalização.
Nesse processo é criada uma dinâmica de trabalho para a discussão e contínua atualização do manual de fiscalização de cada Câmara Especializada do Crea-SP. De acordo com o Presidente do Crea-SP, Eng. Francisco Kurimori, no seminário estadual serão apresentados os resultados dos encontros prévios, mostrando para que pontos convergiram as discussões e estabelecendo as ações prioritárias de cada Câmara para as providências da área de Fiscalização. Mais informações em www.creasp.org.br/sefisc.
Fonte: Crea-SP
Não há o risco de um “apagão” generalizado de mão de obra de Engenharia no Brasil, ainda que se reconheçam alguns sinais de pressões de curto prazo no mercado de trabalho. Esta é a conclusão de um dos artigos que subsidiaram o debate sobre escassez de engenheiros no Brasil, promovido nesta terça-feira, dia 5, em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
O texto, de autoria dos pesquisadores da USP Mario Sergio Salerno, Leonardo Melo Lins, Bruno Cesar Pino Oliveira de Araujo, Leonardo Augusto Vasconcelos Gomes, Demétrio Toledo e Paulo Meyer Nascimento, do Ipea, indica que, em termos quantitativos, estas pressões tendem a ser resolvidas com a ampliação da oferta de novos engenheiros, uma vez que os cursos da área voltaram a atrair os alunos.
O artigo aponta quatro dimensões que podem explicar a percepção de alguns agentes econômicos sobre escassez de mão-de-obra em Engenharia: a qualidade dos engenheiros formados, uma vez que a evolução na quantidade não foi acompanhada pela mesma evolução na qualidade; o hiato geracional, o que dificulta a contratação de profissionais experientes para liderar projetos e obras; os déficits em competências específicas; e, os déficits em regiões localizadas.
Por outro lado, os autores alertam para o fato de que a inexistência de gargalos não significa a falta da necessidade de ampliação dos investimentos no ensino de Engenharia, particularmente nas universidades públicas. Para eles, a Engenharia está profundamente ligada ao desenvolvimento econômico e à inovação. E neste aspecto o Brasil apresenta baixo índice de engenheiros por habitante ou por formados no ensino superior.
Demanda
A demanda por engenheiros e profissionais afins no mercado de trabalho formal foi o tema levantado pelos técnicos de Planejamento e Pesquisa do Ipea Aguinaldo Nogueira Maciente e Paulo A. Meyer M. Nascimento. O artigo faz uma projeção da demanda por engenheiros, trazendo estimativas para diferentes cenários de crescimento da atividade econômica e para diferentes setores de atividade.
A expectativa é de que, até 2020, o número de engenheiros requeridos pelo mercado de trabalho formal, a depender do cenário de crescimento da economia, atinja entre 600 mil e 1,15 milhão de profissionais. Isto demonstraria a importância do crescimento econômico sustentado sobre a configuração de longo prazo do mercado de trabalho.
O texto traz ainda a evolução do salário médio dos engenheiros em relação aos dos demais profissionais com educação de nível superior. “Os engenheiros e profissionais afins recebem salários sistematicamente acima dos demais empregados com escolaridade superior”. Entre 2000 e 2009, os setores que mais apresentaram elevação do salário pago a engenheiros foram os de cimento, álcool, artefatos de couro e calçados, serviços imobiliários e aluguel e Construção.
No que diz respeito à evolução da formação de engenheiros e profissionais técnico-científicos no Brasil, os pesquisadores do Instituto Divonzir Gusso e Paulo Meyer Nascimento revelam que as áreas de Engenharia, Produção e Construção e de Ciências, Matemática e Computação apresentaram expansão tanto no volume total de matrículas como no de conclusões de curso, além de passar por grande diversificação de habilitações e por um considerável aumento da participação do setor privado. Por outro lado, ‘é necessário mobilizar o sistema de educação superior de que o país já dispõe para que sejam satisfeitas as demandas emergentes, que se expressam no debate cotidiano sob termos como “escassez”, “apagão” e semelhantes’.
Fonte: Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Os participantes do 2º Encontro Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), que acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, no auditório do Sindicato dos Engenheiros (SEESP), em São Paulo, terão a oportunidade de fazer uma reflexão fundamental. O evento coloca em pauta os desafios do sindicalismo de profissionais universitários no Brasil. “Somos 12 milhões de brasileiros que temos um diploma universitário, constituindo um segmento importante da sociedade. Contribuir para fortalecimento de uma organização ativa, combativa e democrática é o objetivo do tema escolhido para este segundo encontro”, explica o diretor de Articulação Nacional da confederação, Allen Habert.
A programação começa no dia 5, às 9 horas, com a abertura solene do evento. Depois, às 10h30, entra o tema “Camadas médias, sindicalismo e desenvolvimento nacional: a necessidade de inovar”, sobre o qual falarão o cientista político Armando Boito Jr e o economista Waldir Quadros. Ambos são pesquisadores sobre as classes médias, sendo o primeiro destacado estudioso do sindicalismo e o segundo do trabalho.
Às 14h30, falam o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Clemente Ganz Lúcio, e o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto. Os dois têm desempenhado papel central, não só na análise do movimento sindical, mas na contribuição prática e decisiva para o seu avanço.
Após as discussões, às 17 horas, será debatida e aprovada a Carta do 2º Encontro Nacional da CNTU. Às 18 horas, encerrando o primeiro dia, acontece a apresentação do Coro Luther King. No programa, orquestra e madrigal com canções de Dom Pedro II, Carlos Gomes, Heitor Villa Lobos, Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Tom Jobim.
Mobilização e homenagem
O segundo dia do encontro nacional, 6 de dezembro, será um chamado à mobilização por uma nação justa, desenvolvida e soberana. Às 9 horas, a diretoria da CNTU apresenta a iniciativa “Brasil 2022: um projeto estratégico para o País que queremos”. Para debater a proposta foram escalados convidados de peso: o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães e o secretário de Cultura do Município de São Paulo, Juca Ferreira.
Às 14 horas, tem lugar a 3ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU e a posse dos novos membros de importante fórum de discussões.
Finalmente às 18 horas, chega o momento da cerimônia de entrega do Prêmio Personalidade Profissional 2013. Em sua terceira edição, a homenagem é feita a sete profissionais de destaque na luta por um país melhor (veja relação abaixo). São seis das categorias abrangidas pela confederação (Economia, Engenharia, Farmácia, Medicina, Nutrição e Odontologia) e um em “Excelência na gestão pública”.
Ao final da jornada acontece um coquetel de confraternização.
Premiados 2013
Economia Antonio Corrêa de Lacerda
economista, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP)
Engenharia Delcídio do Amaral
engenheiro, senador pelo Mato Grosso do Sul
Farmácia Maria do Socorro C. Ferreira
farmacêutica-bioquímica, professora da Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Medicina Paulo Roberto Davim
médico, senador pelo Rio Grande do Norte
Nutrição Élido Bonomo
nutricionista, presidente do Conselho Federal de Nutrição
Odontologia Maria Helena Machado de Souza
socióloga, professora da Fiocruz
Excelência na Gestão Pública Rosa Maria Cardoso da Cunha
advogada, integrante da Comissão Nacional da Verdade
Fonte: CNTU
Integrando o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), as perspectivas para a Copa 2014 foram objeto de palestra do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em 1º de novembro. Convidado da entidade brasileira, ele falou a cerca de 200 engenheiros na sede do SEESP, na Capital paulista.
Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Ministro Aldo Rebelo (à direita) fala sobre o legado da Copa para o País, em evento da FNE,
presidida por Murilo Celso de Campos Pinheiro (à esquerda). Confira mais fotos aqui
Rebelo iniciou sua preleção destacando as contribuições do “Cresce Brasil” aos rumos do desenvolvimento nacional e lembrando que o País sediará os dois maiores eventos globais: a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. “São os mais esperados e acompanhados do planeta.” Sobre o primeiro deles, conforme sua fala, em sua 20ª edição, ocorrerá no Brasil pela segunda vez (a primeira foi em 1950), reunindo 32 seleções. Já as Olimpíadas, que abrangem mais de 200 países e mais de 20 modalidades esportivas, acontecerão pela primeira vez na América do Sul.
Centrando sua apresentação na Copa 2014, Rebelo citou o termo de cooperação técnica que o Ministério do Esporte firmou com a FNE para acompanhamento pela entidade das obras do mundial. Sua assinatura se deu em 30 de março de 2012, durante debate realizado em Manaus (AM).
Impactos socioeconômicos
Para o palestrante, a Copa será uma grande oportunidade. “Os impactos socioeconômicos de grandes eventos já foram estudados. Somente a Copa garantirá a geração de 3,6 milhões de empregos no País, mais do que um Uruguai.” De acordo com ele, para cada um real em inversões públicas, o retorno será de 3,4 ao investidor privado. “Vinte e nove bilhões de pessoas serão impactadas diretamente com a imagem do Brasil. São 19 mil jornalistas credenciados e 350 redes de TV cadastradas.”
Destacando que “poderia discutir a importância da Copa sobre vários pontos de vista”, Rebelo enfatizou que “o futebol é uma instituição internacional”. Assim, citou “estudioso francês segundo o qual o conceito moderno de país ultrapassa o conceito clássico de que tem que ter povo, território, governo. É necessário ter uma seleção nacional de futebol – e que participe de algum torneio internacional”. Nesse sentido, o ministro apontou alguns exemplos na história para salientar como o esporte e o mundial estão atrelados ao nacionalismo e têm importância política para a unidade do povo após guerras e conflitos. Entre eles, a África do Sul pós-apartheid, que sediaria a Copa de 2010, e mesmo a Alemanha, em que o mundial teria lugar quatro anos antes. Até então, por conta do papel desempenhado pelo país na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), havia uma espécie de constrangimento em erguer a bandeira e cantar o hino – o que foi corroborado na ocasião por Christian Müller, presidente da Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil).
No Brasil, Rebelo observou que “o futebol tem raízes muito profundas”. De passatempo das elites no século XVIII, seria transformado em “esporte de massas”. “Deu a jovens pobres e negros oportunidades que a escola, num país muito desigual, não garantiu. Talvez por isso o futebol seja uma das poucas instituições que se consolidou à margem do Estado e do mercado, sendo construído por seus adeptos.” Para o ministro, a Copa é a projeção do valor que tem esse esporte no mundo e não há nenhuma dificuldade ao Brasil realizá-la. “Difícil foi construir Manaus por volta do ano 1600, construir Cuiabá, o forte Príncipe da Beira no interior de Rondônia e outro no Amapá séculos atrás.” O mundial, reiterou Rebelo, “é uma grande oportunidade que temos que celebrar como uma vitória. As obras de mobilidade urbana, viadutos, metrôs, VLTs, toda a infraestrutura, boa parte oriunda do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) mediante empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ficarão aqui. E a taça também tem tudo para ficar”, concluiu.
Soraya Misleh
Imprensa – SEESP
O processo para assegurar a oferta do curso de graduação em Engenharia da Inovação pelo Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) foi concluído na sexta-feira (1º/11). O credenciamento junto ao MEC consta da Portaria nº 1.068, assinada pelo ministro Aloizio Mercadante e publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (4/11). Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP, entidade mantenedora da nova escola, comemora: “Vamos agora poder dar nossa contribuição efetiva para formar mão de obra qualificada. A ideia é oferecer aos estudantes um ensino de excelência, focado na inovação.” Ele destaca ainda que “somos o primeiro sindicato a criar uma instituição de ensino superior. Isso aconteceu devido à crescente necessidade de profissionais especializados nessa carreira, hoje tão promissora”.
A proposta surgiu como reflexo do que foi apontado ainda em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) em seu projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, o qual conta com a adesão do SEESP e demais sindicatos estaduais filiados à entidade nacional. O documento, que vem sendo atualizado constantemente, indica que é preciso ampliar a demanda por engenheiros para desenvolver o País e assegurar qualidade em sua formação. Atrelada a essa necessidade, a visão de que esses profissionais devem ter perfil voltado à inovação norteou a criação do Isitec e constitui seu diferencial.
A faculdade
Com instalações habilitadas a entrar em operação, segundo avalizado há um ano por comissão do MEC, a escola, localizada no bairro da Bela Vista, em São Paulo, conta com infraestrutura, como laboratórios, biblioteca e salas de aula, aptas a assegurar ao mercado profissionais altamente capacitados. A proposta pedagógica também já havia obtido aprovação, em dezembro de 2012, com a concessão pelo Ministério de nota elevada ao curso de graduação. “Reconheceram como um projeto avançado, inovador, tanto na forma quanto no conteúdo, entendendo ser o que o País precisa do ponto de vista de formação e qualificação de engenheiros, respondendo ao que a sociedade, mercado, indústria colocam como necessidades ao desenvolvimento sustentável”, corrobora o diretor-geral do Isitec, Antonio Octaviano.
No processo para credenciamento legal do Isitec junto ao MEC, foram avalizados os documentos relativos tanto à proposta pedagógica quanto à infraestrutura adequada. O Conselho Nacional de Educação nomeou um relator que homologou a proposta do instituto. Encaminhada ao Ministro da Educação, tal foi sancionada pelas autoridades governamentais.
O curso
Além de agora estar apto a iniciar o processo seletivo à graduação, o Isitec poderá oferecer pós-graduação lato sensu – os cursos de curta duração já estão sendo disponibilizados. Segundo Octaviano, a graduação será em período integral, com carga horária de 4.600h, superior ao mínimo exigido de 3.600h pelo MEC. A primeira turma deverá contar com 60 alunos. “Na grade curricular, está previsto um elenco grande de disciplinas, matérias optativas e atividades complementares.”
A ideia, conforme José Marques Póvoa, consultor acadêmico do Isitec, é formar engenheiros “multiespecialistas, que sejam capazes de se especializar em diversas áreas” ao longo de sua carreira. A proposta audaciosa leva em conta o fato de hoje o mercado ser absolutamente dinâmico, requerendo atualização constante. Caso contrário, diante dos avanços tecnológicos, os conhecimentos adquiridos na faculdade já poderão estar obsoletos na colação de grau. O novo curso, de cinco anos, pretende fornecer uma base sólida em engenharia, recuperando o conceito original do profissional enquanto “resolvedor de problemas”. “Tendo esse domínio, e estando preparado para continuar a aprender ao longo da vida, esse conseguirá transitar nas diversas áreas.” Com aulas práticas em todos os semestres, Póvoa destaca o caráter integrador do curso. “Não haverá laboratórios separados por disciplina, permitindo ao aluno realizar projetos em várias áreas.”
Diferenciais
Além disso, o consultor acadêmico aponta outros diferenciais na grade curricular. Entre eles, a inclusão do segundo ao oitavo ano da disciplina “Design e equipe de inovação”, com a proposta de que o estudante aprenda a trabalhar em equipe desde sua entrada na faculdade, já desenvolvendo projetos. Característica que o distingue, ainda, é a preocupação em apresentar exemplos de aplicação de engenharia nas disciplinas básicas dos três primeiros semestres, numa busca por impedir a evasão. Além de nivelamento no começo do curso para avaliar possíveis dificuldades em exatas, o Isitec propiciará acompanhamento fora do horário normal de aula durante os cinco anos de graduação. Também haverá “laboratório de linguagens”, provavelmente incluindo inglês, português e plataforma Windows. O projeto foca também no relacionamento universidade-empresa, propugnado pela FNE e SEESP no projeto “Cresce Brasil”, que deve ser impulsionado via convênios com companhias.
Soraya Misleh
Imprensa – SEESP