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Os petroleiros se mobilizam, em todo o País, e voltam a cruzar os braços na próxima sexta-feira (30/06) contra as reformas do governo Temer e o desmonte da Petrobras. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informa que haverá paralisações em plataformas, áreas administrativas e terminais, para reforçar o dia de mobilizações convocado pelas Centrais Sindicais.

O coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel (Zé Maria), disse à Agência Sindical que a mobilização envolve diversos setores da estatal. “Aprovamos em todas as bases a participação na Greve Geral. Nas refinarias, a greve começa no dia 30 e não há previsão de cessar”, explica.

Zé Maria alerta que a situação é crítica. “A atual gestão da Petrobras sucateia as refinarias propositalmente, para entregá-las às multinacionais”, denuncia o dirigente petroleiro.

“A greve geral mobiliza os trabalhadores contra esse governo ilegítimo e corrupto, que entrega a Petrobras às multinacionais e destrói nossa soberania, usando o velho discurso de combate à corrupção. Somente os trabalhadores na rua poderão pautar novas eleições presidenciais”, diz.

Para Fábio Mello, diretor de Comunicação do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), os trabalhadores estão se preparando para a greve na região. “Há uma intensa mobilização. Os petroleiros, em sua grande maioria, são favoráveis à paralisação”, relata.

O dirigente informou que nesta quarta (28) haverá uma plenária ampliada em Santos (SP), com participação das centrais sindicais, para definir os últimos detalhes da mobilização. O encontro será na sede do Sindipetro.

 

Informação da Agência Sindical
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

A empresa Rumo recebe, até 4 de julho próximo, inscrições para seu programa de estágio de 2017. Serão selecionados estudantes das áreas de Administração, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Engenharias (automação, civil, elétrica, eletrônica, mecânica, produção), Estatística, Finanças e Química. Os contratados iniciarão estágio em setembro deste ano.

O processo seletivo inclui entrevista gravada e prova online de lógica e inglês. A etapa de dinâmica de grupo, que inclui entrevista com gestores, será entre a última semana de julho e a primeira de agosto. A contratação está prevista para agosto e o início do estágio para o mês seguinte. Os detalhes do programa e todos os prazos podem ser conhecidos no site rumo.across.jobs.

Entre os estudantes de todas as áreas, serão valorizadas características como proatividade, colaboração, disciplina e comunicação. A Rumo busca profissionais capazes de atuar em grupo, de promover confiança mútua e compromisso com resultados. Os estagiários terão oportunidade de desenvolver capacidade de mobilização de suas equipes e de liderança para execução de tarefas e projetos.

O estágio será de 30 horas semanais (seis horas diárias), com 17 vagas em cinco municípios: Apucarana e Curitiba, no Paraná, além de Santos, Araraquara e Itu, no estado de São Paulo. Os candidatos devem estar cursando o último ou o penúltimo ano de graduação, com previsão de conclusão entre julho de 2018 e julho de 2019.

 

Comunicação SEESP
Informação da assessoria de imprensa da Rumo

 

 

 

 

 

Os resultados das caracterizações físicas e gravimétricas de resíduos domiciliares realizadas nos nove municípios da Baixada Santista, que fazem parte do projeto de criação do Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PRGIRS), apontaram que as cidades com maior geração de resíduos úmidos (ou seja, orgânicos, rejeitos e sobras) foram Santos (72%), São Vicente (65%), Cubatão (64%), Mongaguá (63%) Peruíbe (61%) e Praia Grande (60%). O estudo que está sendo realizado pelo Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas do IPT apontou ainda as cidades de Bertioga (55%), Guarujá (55%) e Itanhaém (54%) como aquelas de menor geração de resíduos úmidos.

A caracterização da composição gravimétrica é feita para conhecer o percentual de cada componente presente em uma massa de resíduos e avaliar o potencial regional de reciclagem. A composição gravimétrica da geração média dos municípios da Baixada Santista apontou ainda uma predominância de materiais orgânicos (42%), vindo a seguir plástico (19%), rejeitos (17%), têxteis em geral (5%), papel (5%) e papelão (4%). Estes números representam a campanha de amostragem realizada pelo IPT na coleta regular de lixo durante a alta temporada (fevereiro de 2017).

Em abril de 2017 foi também realizada pelo IPT mais uma campanha de amostragem na Baixada Santista, que possui uma área de 2.420 quilômetros quadrados e abriga 1.765.431 habitantes, segundo dados da Fundação Seade de 2016. Essa segunda campanha foi realizada nas cooperativas de reciclagem, para os resíduos provenientes da coleta seletiva: os principais materiais presentes foram papelão (17%), vidro (15%), papel (11%) e metais ferrosos (6%).

A segunda caracterização não foi feita em Mongaguá porque um processo de transição de gerência da cooperativa estava em tramitação, com a implantação de um novo sistema de coleta seletiva; para Bertioga, foram aproveitados os dados do Projeto RSU Energia, tanto da caracterização da coleta regular quanto da seletiva feitos em janeiro e em abril de 2016, respectivamente.

Os critérios adotados para a caracterização em cada município foram adequados conforme a disponibilização de infraestrutura de trabalho, o espaço disponível para a homogeneização das amostras e a setorização dos municípios. A equipe do IPT procurou obter amostras que fossem representativas da geração de resíduos em todos os municípios. “Com exceção de Cubatão e São Vicente, que não possuem áreas de transbordo, foram obtidas amostras representativas de todos os setores, atingindo assim, uma abrangência de 100% da coleta”, explica a pesquisadora Fernanda Peixoto Manéo, do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas.

Os municípios com áreas de transbordo, que foram disponibilizadas para a execução do levantamento, foram Bertioga, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e Santos – além disso, em Peruíbe, a caracterização ocorreu no aterro municipal. Em Praia Grande e em Mongaguá, houve dificuldade nos trabalhos devido à presença de catadores na área de transbordo – ainda assim, foi possível obter amostras intactas, mas de uma quantidade menor de caminhões. Em Itanhaém e em Peruíbe, uma quantidade menor de amostragem de caminhões foi obtida, mas também de todos os setores.

A caracterização física e gravimétrica faz parte da segunda etapa da elaboração do PRGIRS que deverá ser finalizada no próximo mês de julho. Esta semana, três oficinas microrregionais serão realizadas: a primeira acontece hoje, 21 de junho, na Praia Grande, e as outras duas amanhã, dia 22, no Guarujá, e no dia 23 em Peruíbe, para apresentar e discutir os primeiros dados levantados. Audiências públicas acontecerão no início de julho, quando os dados consolidados serão apresentados e avaliados pela sociedade de maneira participativa.

 

Reprodução de notícia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Nos dias 19 e 20 de junho último, foram apresentados e discutidos os resultados dos projetos do programa de pesquisa sobre mudanças climáticas globais, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Um desses é o projeto bilateral envolvendo a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a The Ohio State University (OSU).

O projeto bilateral tem como objetivo geral avaliar como as mudanças climáticas, sobretudo o aquecimento e acidificação oceânica costeira, afetarão os organismos costeiros, tendo como organismo modelo os caranguejos conhecidos como violinistas ou chama-maré. Esses crustáceos possuem ampla distribuição e densidade em áreas estuarinas, sobretudo nas regiões tropicais e subtropicais. Em sua fase adulta eles são estritamentes estuarinos, enquanto na fase larval se desenvolvem em oceano aberto, alcançando mais de 25km da Costa até retornar novamente para o estuário ao completar seu desenvolvimento. Devido a esses fatores, os caranguejos chama-maré se tornam bons modelos para o entendimento dos futuros e atuais efeitos das mudanças climáticas em animais costeiros e marinhos.

Mais especificamente serão avaliados os efeitos da redução do pH e aumento da temperatura nas duas primeiras fases larvais dos caranguejos chama-maré, Zoea I e II. Para isso, experimentos laboratoriais com diversas respostas morfólogicas, comportamentais e fisiólogicas a esses estressores estão sendo realizados. Um segundo objetivo será a avaliação dos parâmetros físico-químicos da área em que as larvas permanecem durante o seu desenvolvimento, ao qual vem sendo realizado por meio de cruzeiros marítimos para mensuração de temperatura, salinidade e pH, além da coleta de zooplâncton, em zonas próximas (1 km) e afastadas (> 25km) do Estuário de Santos (SP).

Por fim, objetivamos aumentar a qualidade das predições de pH e temperatura em nossa área de estudo. Para isso, utilizaremos simulações numéricas do clima futuro com modelos climáticos regionais e técnicas estatísticas downscaling para gerar predições locais baseadas nos modelos climáticos globais. Esses resultados serão posteriormente comparados com os dados obtidos em campo através dos cruzeiros.

Em suma, o projeto conta com observações de parâmetros físico-químicos, experimentos laboratoriais e redução de escala regional das previsões climáticas futuras para compreender e predizer como esses organismos corresponderão a essas mudanças ambientais.

 

 

Reprodução de notícia publicada pela Unesp Agência de Notícias (UnAN)
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Em 2010, cerca de 40 mil engenheiros se formavam por ano no Brasil em campos tão diversos quanto Computação, Elétrica, Mecânica, Eletrônica, Aeronáutica, Naval e Civil - para citar algumas das mais de 30 engenharias disponíveis no País. Em 2015, esse número já tinha saltado para mais de 80 mil, de acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Embora pareça uma grande quantia, o Conselho Nacional de Engenharia e Agronomia (Confea) aponta que outras nações têm muito mais desses profissionais essenciais para o desenvolvimento nacional: Índia e China formam, respectivamente, 220 mil e 650 mil novos engenheiros por ano.

Mesmo em tempos menos auspiciosos, quando há empresas encerrando milhares de vagas e gigantes nacionais sob investigação, ainda são muitas as possibilidades para engenheiros qualificados no mercado - o que se torna especialmente para quem também está disposto a aplicar seus conhecimentos de outras maneiras.

Isso porque um engenheiro é treinado para entender e solucionar problemas, e sua capacidade de raciocínio lógico e analítico é muito bem-vinda tanto no mercado financeiro quanto num hangar de aviões, numa ONG (Organização Não-Governamental), em uma startup, na gestão pública ou em uma consultoria estratégica, por exemplo.

"A engenharia é basicamente a arte de engenhar, ou seja, pensar e desenvolver soluções baseadas em conhecimentos pré-existentes ou no desenvolvimento de nova tecnologias", resume Carlos Marmorato, professor e coordenador associado da graduação da Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma das melhores do País. Prosseguindo: "O curso oferece ao aluno um conhecimento amplo em diversas áreas. Evidentemente, o profissional acaba se especializando, mas todo conteúdo adquirido propicia ao engenheiro uma visão mais abrangente e importante no exercício profissional."

Carreira em engenharia: destaque para os bons profissionais
Esse não é, porém, o único fator em jogo para quem se forma agora: o salto brasileiro no número de formandos não se reflete necessariamente na qualidade dos profissionais que chegam ao mercado.

O setor privado, responsável por ampliar em quase 600% a quantidade de formandos na área entre 2000 e 2015, acabou inundando o mercado com novos profissionais - mas nem todos são cursos bem qualificados pelo Ministério de Educação.

Os diversos rankings de melhores universidades de engenharia do País costumam ser dominados pelas universidades públicas (federais e estaduais), com exceções de instituições particulares como PUC, FEI, Unisinos, Mackenzie e Mauá.

Num cenário como o atual, destaca-se com facilidade o jovem que estiver bem preparado. Para Marmorato, o engenheiro mais valioso é aquele que detém o conhecimento e "zela pelo bom exercício profissional, com ética e profissionalismo".

Ou seja, o ideal é que o profissional busque ampliar seus conhecimentos sempre que possível, investindo em estudos e especializações que estão em alta no mercado, como análise de dados e desenvolvimento de negócios, para conquistar empresas cada vez mais exigentes.

À espera de um novo boom
No início dos anos 2010, muito se falava sobre um possível "apagão de engenheiros" no Brasil, que apresentava então fortes índices de crescimento e investia pesado em obras de infraestrutura, preparando-se para sediar uma série de eventos e aquecendo a economia. O medo era de que faltassem engenheiros.

Com a recessão e operações como a Lava Jato, que paralisaram projetos e atingiram construtoras e fontes de financiamento, o quadro mudou de figura.

Não deixam de ser dois lados da mesma moeda - a demanda impulsionada pelo setor público -, e o cenário tende a se tornar menos sombrio conforme o País se recupera.

Marmorato explica o por que: há uma dependência de investimentos públicos para que grandes obras aconteçam aqui, o que acaba causando ansiedade entre alunos de Engenharia que se formam em tempos de crise. Mas o aumento da demanda é questão de tempo.

Ao comparar o Brasil de hoje com aquele de seu tempo de estudante, nos anos 1990, ele vê os mesmos gargalos de infraestrutura em áreas como saneamento, transporte e habitação, entre outras, onde há muito trabalho ainda por fazer e que eventualmente terá que ser feito - especialmente por engenheiros.

"É um segmento que pode ter ciclos que demandam mais ou menos profissionais", diz o professor. "A questão do mercado de trabalho depende mesmo da época na qual o aluno vai se inserir no mercado."

Segundo especialistas, há hoje setores em alta que merecem atenção de engenheiros, como energia, telecomunicação e tecnologia, que investem constantemente em soluções inovadoras e na criação de processos mais eficazes - perfeito para profissionais curiosos e capazes de se adaptar.

Com crise ou sem crise, uma coisa é certa: um bom engenheiro, que se esforça constantemente para aprender mais e melhor, sempre encontra espaço no mercado.

 

Reprodução de artigo do site Fundação Estudar
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Um dia depois de ser o primeiro presidente da República a ser denunciado na Justiça por um crime comum, Michel Temer (PMDB) recorreu a aliados de pouca expressão política como claque de seu pronunciamento de defesa, no início da noite desta terça-feira (27/06). Entre os cerca de 80 deputados presentes ao evento, estavam legisladores da estirpe de Paes Landim (apelidado de Decrépito na planilha de receptores de propina da Odebrecht), Raquel Muniz (que discursa contra a corrupção, mas viu o marido preso sob a suspeita de desvio de verbas públicas) e dois parlamentares tão anônimos que jornalistas que cobrem o dia a dia do Congresso Nacional tiveram dificuldades em identificá-los. Sem contar a bancada de investigados no Supremo Tribunal Federal.

Nenhuma liderança expressiva do PSDB, seu principal aliado, apareceu. Estavam apenas dois deputados, Izalci Lucas (DF) e Nilson Leitão (MT), o senador Paulo Bauer (SC) e o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy.

Nos 16 minutos em que esteve à frente do púlpito com o brasão da República, Temer usou um antigo artifício de quem é denunciado: ao se ver acuado, atacou seus acusadores. A estratégia era a mesma que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usava no tempo em que ele era presidente da Câmara dos Deputados e se defendia de uma série de acusações. Temer alegou que é vítima de “infâmia de natureza política” e que a acusação do procurador Rodrigo Janot é uma “ficção”, uma “trama de novela”.

O presidente afirmou que a denúncia de Janot, de que ele seria o receptor de R$ 500 mil em propinas da empresa JBS por intermédio de seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), é baseada em ilações. “Onde estão as provas concretas de recebimento desses valores? Inexistem. Aliás, examinando a denúncia, eu percebo - e falo com conhecimento de causa - eu percebo que reinventaram o Código Penal e incluíram uma nova categoria, a denúncia por ilação. Se alguém cometeu um crime, e eu o conheço, ou quem sabe se eu tirei uma fotografia ao lado de alguém, logo a relação é que eu sou também criminoso”, afirmou.

Em seu pronunciamento, ele ainda sugeriu que o procurador Rodrigo Janot pode ter recebido milhões de reais ao concordar com os termos da delação dos executivos da J&F, a controladora da empresa de alimentos JBS. A lógica dele é que um antigo assessor de Janot, o ex-procurador Marcelo Miller, pediu exoneração do cargo público e passou a atuar em uma banca de advocacia que defende a JBS.

“Pelas novas leis penais, que eu estou dizendo da chamada ilação, ora criada nesta denúncia, que não existe no Código Penal, poderíamos concluir nessa hipótese que estou mencionando, que talvez os milhões de honorários recebidos [pelo procurador Miller] não fossem unicamente para o assessor de confiança, que, na verdade, deixou a Procuradoria para trabalhar nessa matéria”, afirmou Temer. Na sequência, disse que não faria acusações sem provas, mas deixou no ar uma suposição para colocar em dúvida a atuação de Janot.

Em nota emitida no final da tarde para rebater as críticas do presidente, a PGR disse que a denúncia contra ele está baseada em fartos elementos de provas. E ainda acrescentou: “Rodrigo Janot cumpre à risca o comando constitucional de que ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance, cuja transgressão requer o pleno funcionamento das instituições para buscar as devidas punições. Se assim não fosse, não haveria um Estado Democrático de Direito”. O procurador-geral ainda relatou que seu ex-assessor Marcelo Miller não atuou no acordo de delação dos executivos da J&F.

No início da tarde, quando Temer anunciou que faria um pronunciamento para “defender sua honra” circulou a informação de que a declaração poderia ser sua renúncia, o que não se configurou. Pelo contrário. O presidente disse que está disposto a guerrear. “Não fugirei das batalhas, nem da guerra que temos pela frente. A minha disposição não diminuirá a ataques irresponsáveis”. Ao não responder as perguntas de jornalistas, Temer deixou no ar uma dúvida. Se os ministros que fossem denunciados no âmbito da Lava Jato seriam afastados provisoriamente de seus cargos, conforme ele delimitou como linha de corte de seu Governo, por que o próprio presidente não se afastou ao ser acusado pelo Ministério Público?

Nas próximas semanas, a denúncia de Janot deverá ser encaminhada à Câmara dos Deputados que votará se autoriza ou não o Supremo Tribunal Federal a julgá-la. Para isso são precisos 342 votos dos 513 deputados federais. Agora inicia a fase de convencimento dos parlamentares.

 

Reprodução de notícia do jornal El País
Comunicação SEESP

 

 

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, participou nesta terça (27/6), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, de audiência pública para debater o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 38/2017, que dispõe sobre a reforma trabalhista. Em sua intervenção, o magistrado afirmou que o projeto é injusto e inconstitucional e que é necessário mais tempo para reconhecer e retirar do texto diversas inconstitucionalidade nele presentes. “Sem isso, com o açodamento, o que teremos é um texto inconstitucional nas mãos de juízes, advogados e procuradores”, disse.

Feliciano fez referência à nota técnica apresentada pela Anamatra em parceria com as outras entidades, cujo teor embasou voto em separado protocolizado pelo senador Paulo Paim (PT-SP), que aponta as inconstitucionalidades formais e materiais que viciam o projeto. Na nota, as entidades afirmam que o PLC “fere de morte direitos e garantias dos trabalhadores brasileiros assegurados na Constituição Federal”, inclusive com “a criação de obstáculos de acesso à justiça pelo trabalhador que tem seus direitos descumpridos e/ou sonegados”. (Clique e saiba mais)

Entre os problemas do projeto citados por Feliciano na audiência estão a agressão ao princípio da isonomia e do livre convencimento motivado do juiz e a prevalência do negociado sobre o legislado com a previsão de flexibilização do Direito do Trabalho, fazendo com que a condição do trabalhador abrangido por aquele acordo ou convenção seja piorada em relação a lei. “Trata-se de uma possibilidade que não está autorizada pela Constituição, que prevê a alteração apenas para a melhoria da condição social”, disse.

O juiz também atacou duramente as alterações previstas no projeto quanto a questão da saúde e segurança no trabalho. Nesse sentido, Feliciano criticou o fato de a proposta não tratar questões relacionas à jornada e intervalo no escopo da saúde e segurança. “O projeto retrocede 200 anos. Isso não é modernização.”

Negociação individual
Feliciano criticou ainda previsão do PLC de negociação individual com o trabalhador, sem a intermediação dos sindicatos. “Basta que o trabalhador autorize, a qualquer momento do contrato de trabalho, e estará sujeito a uma jornada de 12 horas, por exemplo, embora a Constituição diga que o limite máximo é de 8 horas e a CLT diga que mesmo a prorrogação não pode ultrapassar 10 horas”, exemplificou.

Outra preocupação apontada pelo presidente da Anamatra foi a criação da figura do trabalhador hipersuficiente, que recebe mais de R$ 11 mil, que poderá negociar sobre a flexibilização de diversos direitos, independente da intervenção do sindicato.

Confira, a seguir, vídeo com a íntegra da audiência:

https://www.youtube.com/watch?v=L7q5YalDdO0

 

Reprodução de notícia da Anamatra
Comunicação SEESP
Foto da home é de Marcos Oliveira/Agência Senado

 

 

 

 

 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que após a votação do projeto da reforma trabalhista-sindical (PLC 38/17) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), “na sequência, será encaminhado ao plenário em regime de urgência”. Isto quer dizer que o projeto pode ser pautado em qualquer momento, inclusive nesta quarta-feira (28), após a comissão analisa-lo. As informações são do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Nesta terça-feira (27), a CCJ realizou duas audiências públicas para debater a matéria. A primeira mesa da audiência foi formada pela advogada especialista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), representando o presidente da entidade, Robson Braga, Christina Aires Lima; o presidente da CUT, Vagner Freitas; o procurador-geral do Trabalho (MPT), Ronaldo Fleury; a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaide Alves Arantes; o relator do projeto na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN); e o juiz do Trabalho, Rodrigo Dias.

A votação do projeto está marcada para quarta-feira (28), quando cinco senadores irão ler seus votos em separado. O senador Paulo Paim (PT-RS) defenderá em seu voto o argumento de que a reforma fere a Constituição Federal.

Pressão empresarial
Nesta terça, o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e coordenador da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), Honório Pinheiro, acompanhado de representantes do setor, pediu ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, a aprovação do projeto.

 

Reprodução de notícia do Diap
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Estão abertas até 4 de agosto próximo as inscrições ao processo seletivo para o preenchimento de vagas remanescentes do vestibular do segundo semestre deste ano do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec). O objetivo é selecionar e classificar para ingresso no curso de Engenharia de Inovação.

O processo será feito por meio de prova presencial acompanhada de uma entrevista, na qual será realizada também uma análise do currículo escolar e/ou da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do candidato, a fim de avaliar seus conhecimentos.

Podem participar da seleção: interessados que concluíram o ensino médio ou equivalente e portadores de diploma de curso superior oficial ou reconhecido, devidamente registrado.

>> Leia o edital completo do vestibular aqui 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

João Guilherme Vargas Netto*

Uma das poucas iniciativas do governo Temer em benefício direto dos trabalhadores (eu ia dizendo a única, mas passe a condescendência) foi a liberação dos saques das contas inativas do FGTS.

De acordo com balanços publicados pela imprensa, quase 30 milhões de trabalhadores foram beneficiados (ou ainda o serão) recuperando para suas despesas pessoais cerca de R$ 44 bilhões que estavam parados, rendendo juros ridículos.

Esse montante desempenha um papel não negligenciável no enfrentamento da crise pelos trabalhadores, recheando o colchão social de amortecimento da recessão.

Aí chega o diabinho da mão furada e dá ao governo mais uma de suas ideias mirabolantes, de amigo da onça. E qual foi ela?

Os técnicos do Ministério da Fazenda (sob o comando do mercado e ouvintes do diabinho) propõem e o ministro (que já se acha meio presidente da República porque Temer é apenas meio presidente) se apressa em divulgar que os recursos do FGTS devidos aos trabalhadores em caso de demissão sem justa causa não serão liberados, mas sim pagos parceladamente. E o que é pior, essas parcelas compensariam o não pagamento do seguro-desemprego aos que, demitidos, têm esse direito.

Pela ideia estapafúrdia do diabinho, cuja insensibilidade social se iguala à dos burocratas da Fazenda, a medida é queda e coice nos trabalhadores: sem FGTS, sem seguro-desemprego. Dupla tamancada.

A coisa é tão estúpida e com efeitos tão daninhos que o próprio senador Serra (que não pode ser acusado de amiguinho) insurgiu-se publicamente contra a iniciativa e desautorizou o desatino, classificando-o de “aberração”.

O diabinho da mão furada ficou todo sorridente e, entrevistado, limitou-se a dizer que, com sua ideia aceita e implementada, os eventuais ganhos do governo e da sociedade com a liberação do saque das contas inativas serão mais que neutralizados pelo arrasa-quarteirão dessas novas medidas de tunga aos trabalhadores.

“Dei o meu conselho, quem me escutou que vá para o diabo”, declarou.

 


João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

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