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Stand foi montado por organizações paulistas para divulgar a Cúpula dos Povos para a Rio+20 no V ECO SP. Conheça as propostas do governo e o processo da sociedade civil para a Conferência Ambiental da ONU que ocorrerá no Rio em 2012

         O governo apresentou terça-feira (1º) a versão oficial do documento com oito propostas para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20, a ser realizada no Rio de Janeiro de 28 de maio a 6 de junho de 2012. O documento apresentado hoje pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e pelo Itamaraty, em coletiva de imprensa, em Brasília.

         A primeira proposta é a criação de um programa de proteção socioambiental global, cujo objetivo é assegurar garantia de renda para superar a pobreza extrema no mundo e promover ações estruturantes que garantam qualidade ambiental, segurança alimentar, moradia adequada e acesso à água limpa para todos.

         A ideia desse programa, conforme consta do documento, é fazer com que "toda estrutura multilateral opere" para facilitar o acesso a tecnologias, recursos financeiros, infraestrutura e capacitação, a fim de que todas as pessoas tenham a quantidade e qualidade mínima de alimento, água e ambiente saudável.

         Pela proposta brasileira, esse programa teria como foco uma estratégia de garantia de renda adequada às condições de cada país, diante de um momento de crise internacional em que se mobilizam vastos recursos globais para a recuperação do sistema financeiro. "O programa seria uma aposta no componente social, importante na solução brasileira para o enfrentamento da crise", destaca o documento. "Essa é uma plataforma de diálogo global que poderia ser um passo crucial rumo ao desenvolvimento sustentável, com potencial para reforçar o papel virtuoso do multilateralismo", complementa.

         Na segunda proposta, o governo sugere a implementação de "objetivos de desenvolvimento sustentável", adotando um programa de economia verde inclusiva, em lugar "de negociações complexas que busquem o estabelecimento de metas restritivas vinculantes". Dentre outros, esses objetivos poderiam estar associados a erradicação da pobreza extrema; a segurança alimentar e nutricional; acesso a empregos adequados (socialmente justos e ambientalmente corretos); acesso a fontes adequadas de energia; a microempreendedorismo e microcrédito; a inovação para a sustentabilidade; acesso a fontes adequadas de recursos hídricos; e adequação da pegada ecológica à capacidade de regeneração do planeta.

         Compras públicas sustentáveis - Na terceira proposta, o Brasil sugere um pacto global para produção e consumo sustentáveis. Ou seja, um conjunto de iniciativas para promover mudanças nos padrões de produção e consumo em diversos setores. Dessa forma, poderiam ser adotadas, com caráter prioritário, iniciativas que ofereçam suporte político a compras públicas sustentáveis, já que essas representam parte significativa da economia internacional, de cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial; a classificações de consumo e eficiência energética; e financiamento de estudos e pesquisas para o desenvolvimento sustentável (com o objetivo de qualificar recursos humanos de alto nível e apoiar projetos científicos, tecnológicos e inovadores).

         A quarta proposta sugere estabelecer repositório de iniciativas para dinamizar os mecanismos nacionais e de cooperação internacional, inclusive a utilização de recursos dos organismos multilaterais. Já a quinta sugestão propõe a criação de protocolo internacional para a sustentabilidade do setor financeiro.

         Na sexta proposta o governo sugere novos indicadores para mensuração do desenvolvimento. Hoje os mais importantes são o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Produto Interno Bruto (PIB) que, como medida de desenvolvimento sustentável, "são claramente limitadas", por não integrarem a grande diversidade de aspectos sociais e ambientais aos valores econômicos, o que induz, segundo o documento, a percepções errôneas do grau de desenvolvimento e de progresso dos países.

         Na sétima proposta o governo sugere a implementação de um "pacto pela economia verde inclusiva. A ideia é estimular a divulgação de relatórios e de índices de sustentabilidade por empresas estatais, bancos de fomento, patrocinadoras de entidades de previdência privada, empresas de capital aberto e empresas de grande porte. Ou seja, além dos aspectos econômico-financeiros, essas instituições incluam nas divulgações, obrigatoriamente, e de acordo com padrões internacionalmente aceitos e comparáveis, informações sobre suas atuações em termos sociais, ambientais e de governança corporativa.

         Por sua vez, a oitava proposta é ligada a "estrutura institucional do desenvolvimento sustentável. Essa aborda vários tópicos, dentre os quais a adoção de mecanismo de coordenação institucional para o desenvolvimento sustentável"; reforma do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), transformando-o em Conselho de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas; aperfeiçoamento da governança ambiental internacional; o lançamento de processo negociador para uma convenção global sobre acesso à informação, participação pública na tomada de decisões e acesso à justiça em temas ambientais; e a governança da água. (Viviane Monteiro - Jornal da Ciência)


SP NA CÚPULA DOS POVOS PARA A RIO + 20
         Como ocorre durante as conferências da ONU sobre temas que interessam de perto a sociedade civil, organizações e movimentos sociais promovem atividades paralelas autônomas com agenda própria, para influenciar governos a decidirem em favor dos interesses sociais. Para a Conferência ambiental de 2012, a sociedade civil prepara uma Cúpula dos Povos que debaterá temas como a soberania alimentar e a necessidade de mudanças na matriz energética dos países que utilizam combustíveis poluentes, os direitos ambientais dos povos indígenas e a filosofia do Bom Viver como alternativa ao consumismo, além de formas de resistência ao modelo econômico capitalista que esgota recursos naturais e promove desigualdades no acesso aos bens da humanidade.

         O Comitê Paulista para Rio + 20 está debatendo as propostas para a Conferência do ponto de vista dos movimentos e organizações da sociedade civil e preparando sua participação na Cúpula dos Povos. O processo de construção da Cúpula é aberto e o Comitê Paulista estará na V ECO SP com stand para estimular a participação e mobilizar a sociedade civil paulista para levar suas propostas aos debates no Rio em 2012. Pessoas interessadas devem contatar o email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.



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       O uso da internet em domicílios e locais de trabalho dos brasileiros cresceu 14% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, colocando o país à frente da Alemanha, segundo dados do Ibope Nielsen Online

       Dos 61,2 milhões de brasileiros com acesso à rede no local de trabalho ou em casa, 46,3 milhões foram usuários ativos no mês passado, informou o instituto de pesquisas.

       O patamar é superior ao apresentado pela Alemanha, com 46,26 milhões de usuários ativos, assim como aos de França e Reino Unido, países já superados pelo Brasil em agosto de 2010.

       Os Estados Unidos e o Japão continuam mantendo a liderança, com 203,4 milhões e 62,3 milhões de usuários ativos, respectivamente.

       Segundo o Ibope, a velocidade de conexão dos brasileiros também tem aumentado. Em setembro, 77,8% dos usuários ativos em domicílios possuíam conexão com mais de 512 Kbps, contra 61% um ano antes.

       As conexões mais rápidas, de 2 a 8 Mbps, passaram a atender a 21,3% dos usuários ativos nesses locais, contra 12,1% um ano antes.

       De acordo com o estudo, o número de brasileiros que moram em casas com computador conectados à internet aumentou para 58 milhões em setembro de 2011, 10 milhões a mais que no ano passado. Segundo o Ibope, este aumento representa o maior crescimento anual dos últimos 10 anos.



(Agência O Globo)




        A partir de quinta-feira (3/11), engenheiros, professores, estudantes e representante de ONGs participam do V Eco SP (Encontro Ambiental de São Paulo), uma série de debates sobre as alternativas para reduzir os impactos ambientais no Brasil.

        As discussões são uma oportunidade para a apresentação de proposições sobre “Tecnologias limpas”, “Consumo racional de água”, “Solução para os resíduos da arborização urbana”, “Energia e recursos hídricos”, entre outros assuntos, tendo em vista a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável em 2012, a Rio +20, em 2012.

        O presidente da FNE, Murilo Pinheiro, explica que o Eco SP é um ciclo de debates criado a partir do documento “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, elaborado por especialistas de diversas áreas da engenharia nacional. “Nesta edição, queremos ampliar as discussões sobre o crescimento econômico do país sem comprometer os recursos para as gerações futuras.”


O Brasil e o mercado de águas
        Segundo os dados do Atlas do Saneamento 2011, divulgado no último dia 19 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis em cada dez municípios com mais de 100 mil habitantes apresentam perdas entre 20% e 50% do volume de água captada. Nas cidades com população inferior, a perda fica em torno de 20%. 

        O consumo racional da água, os projetos de saneamento, os recursos hídricos e o mercado de águas no Brasil e no exterior estarão em debate no V Eco SP.

        Para aprofundar as discussões sobre o tema, o Eco SP convidou especialistas de diversas instituições (Unicamp, Sabesp, Departamento de Águas e Energia Elétrica, Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo).

        Entre os especialistas convidados estão: Claudete Canadá, da Unicamp; Wanderley da Silva Paganini, da Sabesp (Saneamento Básico do Estado de São Paulo); Letycia Janot, Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo (Sinesp).

        O Eco SP será no complexo Parque Anhembi. As plenárias ocorrem no Auditório Elis Regina e a feira ambiental, no Salão de Exposições (hall nobre 3). 

        Além de palestras e debates, o Eco SP traz a tradicional exposição de produtos reciclados e serviços que visam à preservação do meio ambiente, como também uma mostra com mais de 30 estandes temáticos. 

        Sobre o Eco SP - Resultado do Eco Vale, realizado por quatro anos na cidade de Taubaté para discutir as questões ambientais da região do Vale do Paraíba, o Eco SP firma-se como importante fórum de debate na busca de soluções para uma sociedade sustentável e justa. 

        O encontro sem fins lucrativos é promovido anualmente pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP), em parceria com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).


Agenda
Eco São Paulo – Encontro Ambiental de São Paulo
Dias: 3, 4 e 5 de novembro de 2011
Local: Anhembi Parque, auditório Elis Regina/ Hall Nobre 3


Inscrições e a programção completa no site do evento




 

       O sindicato realizou duas atividades na tarde do último sábado (29), na Faculdade Zumbi dos Palmares, durante o Fórum Social São Paulo – que ocorreu durante o fim de semana passado. A primeira delas foi a apresentação do “Cresce Brasil Região Metropolitana de São Paulo” pelo consultor dessa iniciativa, Artur Araujo. Ele apontou os desafios quanto ao uso e ocupação do solo na Região Metropolitana de São Paulo e indicou como novidade a instituição neste ano de conselho consultivo a ter representação da sociedade civil para se debater essa área.

 

 

 

       A outra atividade – promovida numa parceria com a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo – foi sobre assistência técnica pública e gratuita a habitações de interesse social, conforme previsto na Lei Federal nº 11.888/08. O diretor do SEESP Carlos Augusto Ramos Kirchner detalhou sobre o direito da população de baixa renda (até três salários mínimos) a essa orientação quando da autoconstrução, por exemplo. E contou como está funcionando tal assessoria por profissionais da área tecnológica em Bauru – cidade em que há mais de 20 anos o sindicato tem realizado projetos personalizados na área de habitação através do Promore (Programa de Moradia Econômica), que atualmente existe também em outros cinco municípios do Interior paulista. “Temos tido muita dificuldade de operacionalização. São R$ 60 milhões disponibilizados a duas iniciativas – Soma Promore 1 e Ferradura – a quem vai construir, ampliar ou regularizar sua moradia. Juntas, correspondem a quase mil projetos, mas até agora só foram assinados contratos de repasse com a CEF (Caixa Econômica Federal) para um deles”, destacou Kirchner. “Achamos que os programas devem ser geridos pelas prefeituras.” Para executá-los, ainda de acordo com sua preleção, podem ser utilizados recursos do fundo paulista para habitações de interesse social, conforme a Lei Estadual nº 13.895/09. Vice-presidente do SEESP, Laerte Mathias defendeu que nesses projetos seja utilizada energia solar. Ao final dessa atividade, houve manifestações de interesse em obter mais informações sobre assistência técnica pública e gratuita e unir esforços em prol de sua implantação.

 

 


fotos: Beatriz Arruda



        A vida imita a arte. A máscara usada pelo personagem de quadrinhos inspirado no revolucionário inglês Guy Fawkes e popularizada pelo filme V de Vingança se tornou símbolo das manifestações. Imagem do anarquista alia o anonimato individual com coesão popular.

        A reunião, esta semana, dos líderes do G-20 — grupo das 20 maiores economias do planeta —em Cannes, litoral sul da França, é o próximo alvo da crescente onda internacional de protestos contra os impactos sociais da crise econômica. De hoje até a próxima sexta-feira, encerramento da cúpula, dezenas de organizações civis independentes e partidos políticos prometem realizar série de eventos.

        O destaque dessa programação divulgada por redes sociais na internet, como Facebook e Twitter, será uma "grande manifestação internacional", amanhã, em Nice, cidade vizinha a Cannes, na qual são aguardados pelo menos 15 mil manifestantes, segundo os organizadores. O aeorporto local é onde a maioria das comitivas dos governantes deverá desembarcar.

        A ONG francesa Associação pela Taxação das Transações Financeiras (Attac) informa que manifestantes chegarão de diversos pontos do país e do exterior, sobretudo da Itália e da Espanha. Um grupo que se preparava para realizar marcha até Atenas decidiu fazer escala em Nice, justamente para coincidir com a ação contra o G20, que reunirá seus líderes nos dias 3 e 4.

        Apesar das concentrações de rua já terem se tornado uma tradição nas cúpulas do G-20, dominadas por um fortíssimo esquema de segurança para isolar chefes de governo e Estado, os deste ano são resultantes de outro contexto, sustentados pelos indignados com as taxas recordes de desemprego, sobretudo nos Estados Unidos, e as perdas de benefícios sociais históricos, mais sentidos na Europa.

        Esses movimentos populares vêm se replicando desde 17 de setembro, com a deflagração do Ocupe Wall Street, em Nova York, protesto organizado contra o socorro ao setor financeiro e que se espalhou por diversas cidades norte-americanas e inspirou outro igual em Londres. Antes da escalada que já chegou a Berlim e a Hong Kong, milhares de estudantes, grevistas e simpatizantes faziam passeatas e acampamentos na Espanha e na França. O retrato mais violento está na Grécia, protagonista da crise fiscal europeia e já pressionada por metas de austeridade.

        Segundo cálculos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), as turbulências já desempregaram mais de 200 milhões de pessoas desde 2008, sobretudo nos EUA, onde as desigualdades sociais disparam — desde 1979, enquanto a renda do 1% mais rico da população saltou 250%, a dos 20% mais o pobres cresceu apenas 18%. No geral, o que mais assusta é a falta de perspectivas de recuperação econômica. "Prognósticos que apontam uma década perdida na Europa amplia o desalento dos jovens", comentou um diplomata europeu ao Correio.

        Carlos Zarco Mera, diretor da Oxfam, agência humanitária britânica com representação no Brasil e em outros 14 países, defende uma análise mais ampla da crise e a constituição de um fundo internacional para combater a pobreza e mudanças climáticas. "Uma em cada sete pessoas no mundo passa fome, e a situação da economia global vai agravar esse quadro", sublinhou.

        Iara Pietrocovsky, da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais, afirma que sua entidade não considera o G-20 uma instância legítima para deliberar sobre a agenda mundial, mas reconhece que o grupo acaba tendo imenso poder de influência. Ela cobra ainda mais transparência sobre as posições defendidas pelo Brasil nesses espaços. 


(Silvio Ribas, Correio Braziliense)
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Leia também sobre Ocupação em São Paulo na Ciranda




 

       Considerado por especialistas como o "futuro" das rodovias e usado amplamente nos Estados Unidos, o chamado asfalto ecológico deve demorar a ser aplicado em larga escala no Brasil. O motivo é o custo. A mistura, que leva de 15% a 20% de borracha oriunda de pneus usados, é cerca de 30% mais cara que a tradicional. Segundo pesquisadores, apesar de demandar mais investimentos em sua fabricação, estudos têm mostrado que a massa asfáltica com borracha é mais durável que a tradicional - o que pode compensar, em parte, os custos com a produção. A maior vida útil da pista também reduz a necessidade de gastos posteriores - em manutenção e recuperação. Esses benefícios têm atraído as concessionárias a investir em tecnologia para baratear os custos iniciais da fabricação e ampliar o uso do produto.

       A CCR investiu R$ 3 milhões para abrir, há três meses, seu Centro de Pesquisas Rodoviárias. O objetivo da companhia é transformar a unidade em referência em pesquisas de novos tipos de pavimento. Por enquanto, contudo, somente cerca de 15% das estradas sob concessão da companhia (que administra quase 2,5 mil km em todo o Brasil) utilizam o asfalto ecológico, segundo Décio de Rezende Souza, diretor de obras da CCR. Embora não tenha estabelecido planos para aplicação do produto em 100% dos quilômetros administrados, a empresa diz que a aplicação do asfalto-borracha vai crescer nos próximos anos. "Isso não é uma moda. O uso [do asfalto ecológico em larga escala] é uma tendência em todo o mundo e ocorrerá no Brasil também", disse Souza ao Valor.

       Dos três maiores grupos do setor, a EcoRodovias é a que mais apresenta estradas com a tecnologia - em termos proporcionais. De suas rodovias (cerca de 1,5 mil km administrados, no total), 22% são pavimentadas com a massa asfáltica misturada à borracha. Para Filippo Chiariello, diretor de engenharia da EcoRodovias, o produto é interessante para as concessionárias, mas os custos ainda são um entrave. O asfalto-borracha custa R$ 1,4 mil por tonelada, frente aos R$ 1,1 mil do asfalto tradicional. "Há muitos benefícios, mas nem todas as empresas estão dispostas a arcar com o custo maior". Para reduzir o problema, a empresa está investindo em testes com a aplicação de aditivos na mistura. Isso vai permitir que o produto seja fabricado numa temperatura menor - a chamada mistura "a morno" -, o que reduz a demanda por combustível e, em consequência, os custos. Outras alternativas são estudadas, mas o asfalto-borracha é visto como o mais viável.

       Outro motivo são os poucos fornecedores disponíveis. "Há cerca de cinco empresas habilitadas tecnicamente". O grupo mantém uma usina própria de fabricação de massa asfáltica com borracha desde 2005, que custou R$ 8 milhões (valor da época) para ser erguida.

       O grupo OHL Brasil, que mais administra quilômetros de rodovias no país, chegou a ser questionado publicamente sobre o assunto no maior congresso do setor, ocorrido na última semana em Foz do Iguaçu (PR). Um executivo chegou a afirmar que a empresa quer investir em tecnologia, mas que por enquanto dará "um passo de cada vez". A assessoria de imprensa da OHL informou que a empresa não usa asfalto-borracha.

       Especialistas do setor consideram que uma possibilidade para que o asfalto seja usado em maior escala seja uma regulação mais rígida por parte do governo. A tecnologia traz vantagens ambientais - já que a produção reaproveita pneus velhos. A cada quilômetro de rodovia com asfalto ecológico, cerca de mil pneus são utilizados. Duas outras vantagens da estrada com borracha são o aumento da aderência dos veículos na pista e a maior absorção da água em dias de chuva.



(Fábio Pupo, Valor Econômico)
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         BRASÍLIA – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, vai receber da equipe nesta semana a proposta de consulta pública sobre um novo marco regulatório para a radiodifusão. Bernardo deverá levá-la até à presidenta Dilma Rousseff para que ela aprove as linhas gerais e autorize o início das consultas.

         Segundo a fonte que deu às informações à reportagem, hoje, o mais provável é que a consulta fique para o começo de 2012. Para o ministério, é melhor evitar dar motivos para reclamações de que supostamente estaria patrocinando uma consulta de faz de conta, ao promovê-la numa época em que muita gente sai de férias ou de recesso.

         Até então, o ministério trabalhava com a perspectiva de abrir a consulta ainda em 2011.

         A regulação da mídia deverá ser objeto de um tipo de consulta diferente daquelas que o governo, em suas diversas áreas, costuma realizar. O ponto de partida não serão textos redigidos como se fossem uma lei, mas conceitos mais genéricos. Para o ministério, o detalhamento numa questão muito técnica seria contraproducente.

         Como Paulo Bernardo já informou, o novo marco regulatório não se limitará a atualizar o Código Brasileiro de Telecomunicações (1962), ou seja, não tratará apenas de emissoras de rádio e TV. Também vai modernizar a Lei Geral de Telecomunicações (1997), abrangendo questões relativas a operadoras de telefonia.

         Defensor do marco regulatório, o PT diz que vai realizar um seminário internacional para debater o assunto ainda em novembro. 



(André Barrocal, Carta Maior)
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Obs: a necessidade de mudanças na regulação da mídia foi debatida no Encontro Regional da CNTU que gerou a Carta de Porto Alegre.




 

Edilson Reis


         Poucos são os que têm a oportunidade de participar de reuniões com dirigentes de entidades da área tecnológica atentas ao Sistema Profissional Confea/Creas, instituição que rege a regulamentação, mercado de trabalho e fiscalização do exercício profissional.

         Nesse contexto, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e seus sindicatos filiados têm a missão, os meios e a representatividade para interferir crítica e criativamente para modificação do cenário nacional, uma vez que representam um universo de profissionais ligados aos setores da ciência, engenharia, tecnologia e inovação.

         Entre os projetos de alcance nacional discutidos nessa comunidade, destaco a criação do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), o lançamento do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, referência para o desenvolvimento de políticas públicas e, mais recentemente, o lançamento da candidatura do presidente da Delegacia Sindical do SEESP em São José do Rio Preto, engenheiro Amaury Hernandes, à Presidência do Crea-SP.

         Convidado para coordenação-geral da campanha, imediatamente aceitei pelo fato de o candidato possuir atributos e a experiência necessários para contrapor ao velho Crea existente (de poucos para poucos) a proposta de um novo Crea, em favor dos profissionais e da sociedade brasileira.

         Há muito, os profissionais da tecnologia do Estado de São Paulo clamam por mudanças no Crea-SP, transformado, nos últimos 30 anos, num sistema cartorial e arrecadador que não atende às necessidades dos profissionais, das empresas e tampouco cumpre com as suas responsabilidades para com a sociedade. Embora conte com um considerável volume de recursos – provenientes das anuidades e das altas taxas que cobra de profissionais e empresas –, o Crea-SP não cumpre o seu papel de órgão fiscalizador como deveria. Não obstante abrigue categorias profissionais diretamente ligadas à tecnologia, dispõe de um sistema de informação anacrônico, dispensando precário e moroso atendimento àqueles que dele necessitam para obtenção de documentos.

         A candidatura de Amaury Hernandes é a que melhor expressa o sentimento de mudanças preconizado pelos profissionais paulistas para o seu conselho. É um candidato jovem, porém experiente, e disposto a promover as transformações que o Crea-SP precisa. Conta com o dinamismo e a determinação necessários para enfrentar a inércia e o anacronismo resultantes de sucessivas gestões nocivas e descompromissadas com os anseios dos seus representados.

         Nesse sentido, Amaury tem como compromisso firmado com os profissionais a implantação de um sistema integrado de informação para todos os processos e produtos da autarquia, de maneira a permitir a obtenção de documentos com facilidade e comodidade pela internet, uniformizando os procedimentos.

         Vai promover uma gestão administrativa e financeira transparente e sem favorecimentos ou discriminação, privilegiando o debate aberto com entidades de classe, empresariais e associativas e disponibilizando as informações de forma a tornar democráticas e representativas as decisões e ações do nosso conselho.

         Uma instituição como o Crea-SP deve refletir a importância dos setores da tecnologia, empresas e profissionais para o desenvolvimento do País e a geração de emprego e riqueza, que implementam o crescimento e a qualidade de vida da população. Nesse aspecto, contemplado no conjunto de propostas do programa de gestão de Amaury Hernandes, é fundamental inserir o conselho no âmbito dos debates e formulações de políticas e programas que envolvam os setores da tecnologia, empresas e profissionais em projetos que beneficiem a sociedade.

         O apoio do SEESP à candidatura de Amaury tem como alicerce um arrojado e objetivo plano de gestão amplamente discutido e que representa os reais anseios dos profissionais paulistas. Entre esses, estão ainda a proteção do mercado de trabalho brasileiro da invasão irregular por estrangeiros, o compromisso com programas de apoio à requalificação das categorias abrangidas pelo Crea-SP e a fiscalização do cumprimento do salário mínimo profissional.


Edilson Reis é diretor do SEESP e coordenador de campanha do candidato à Presidência do Crea-SP Amaury Hernandes




 

       É chegado o momento de as categorias ligadas ao Sistema Confea/Creas exercerem o seu direito e também dever – embora o voto não seja obrigatório – e dizerem nas urnas qual modelo de gestão desejam para sua organização profissional. No próximo dia 8, acontece o pleito para escolha dos presidentes do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e do Crea-SP (Conselho Regional) e para diretor-geral da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais. Votar, como já foi dito neste espaço (JE 397), não será tarefa das mais simples.

       Os esforços feitos pelo SEESP para instalar urnas nas empresas e locais de grande concentração de profissionais foram parcialmente bem-sucedidos. Ainda, o sistema será o mais antigo possível: serão utilizadas urnas de lona e cédulas de papel, apesar da tecnologia eletrônica disponível.

       Porém, e apesar das dificuldades, é fundamental a participação nessas eleições, especialmente para quem deseja mudanças. Consciente da importância desse processo e também da sua responsabilidade de defender os interesses dos engenheiros, o SEESP apoia os candidatos cujos programas de trabalho e históricos profissional e militante apontam para a transformação necessária do Sistema Confea/Creas (leia as matérias “Modernizar o Confea e aproximá-lo dos seus congregados”; “Transformar, descentralizar e atualizar a Mútua-SP”; “Determinação e compromisso para mudar o Crea-SP” ).

       Para o Confea, a opção é o presidente licenciado do Crea-PR, Álvaro Cabrini. Por dois mandatos à frente do conselho paranaense, ele se tornou exemplo de gestão eficiente, moderna e transparente para todo o Brasil. E pretende no Confea realizar o mesmo trabalho, estendendo os bons serviços aos profissionais do País inteiro.

       À direção-geral da Mútua, nosso candidato é o engenheiro João Oliva, que tem planos de incrementar os benefícios oferecidos aos profissionais. Uma das questões fundamentais defendidas por ele é o incentivo à valorização profissional por meio de convênios com entidades de classe e instituições de ensino.

       E, finalmente, para a Presidência do Crea-SP, o SEESP lançou o seu diretor Amaury Hernandes. Extremamente experiente, como profissional da engenharia e como gestor público, ele implementará no conselho um programa de trabalho avançado e exequível, amplamente debatido com os profissionais do Estado todo. Esse inclui transparência, serviços informatizados, fiscalização efetiva e participação ativa nos debates de questões e projetos de interesse social.

       O profissional tem, assim, a oportunidade de fazer a opção pelo que considera o melhor para o seu sistema. Contudo, é preciso ir às urnas.




 


 

       É a promessa de João Oliva, candidato a diretor-geral do órgão paulista de assistência aos profissionais do Sistema Confea/Creas (Conselho Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) nas eleições de 8 de novembro próximo. Engenheiro eletricista formado pela Faculdade de Engenharia São Paulo em 1980 e pós-graduado pela Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), é também técnico em eletrotécnica pela Escola Técnica Industrial de Santos.

       Vice-presidente da Abee Nacional (Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas) e consultor em obras e serviços na área tecnológica do transporte ferroviário, reúne ampla experiência profissional e associativa. Foi ainda administrador regional da cidade de São Paulo (1993-1994). No Sistema, foi conselheiro na Câmara Especializada de Engenharia Elétrica, coordenador regional e nacional no Confea, diretor-tesoureiro e presidente da Comissão de Planejamento e Orçamento no Crea-SP. “Como engenheiro formado há 30 anos e mutualista há dez, com o apoio de colegas e entidades da engenharia, resolvi me apresentar como candidato para transformar a Mútua-SP num braço forte de assistência aos profissionais da área tecnológica no Estado de São Paulo”, enfatiza Oliva.

       Com esse intuito, inclui em seu programa de trabalho para o órgão: descentralizar a atuação desse junto aos 12 departamentos regionais do Crea; alavancar o Plano de Saúde da Mútua aos profissionais e seus dependentes, a preços diferenciados; criar a modalidade de sócio-estagiário registrado no CreaJovem; assinar convênios com entidades de classe e instituições de ensino para apoio financeiro a eventos de valorização profissional e divulgação da Lei nº 6.496, de 1977, que criou a Mútua. Além disso, eliminar a carência à obtenção de todo e qualquer benefício reembolsável, rever e atualizar os demais; criar a Farmácia do Profissional para propiciar a aquisição de remédios a preços diferenciados, através de convênio ou diretamente; instituir o Clube de Serviços em todas as regionais através de convênios com escolas de idiomas, academias, locadoras de veículos, hotéis, restaurantes, móveis, lojas e serviços; organizar campanhas sociais; e viabilizar investimento nas cooperativas de créditos mútuos de profissionais no Estado de São Paulo.



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