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Desde 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nº 482, o brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes limpas e renováveis como hidráulica, solar, eólica e biomassa e, além disso, fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade, proporcionando economia na conta de luz. Um desses sistemas é o de energia fotovoltaica, que se apresenta como alternativa ao consumidor diante da atual crise no setor. Mas ainda há gargalos a que essa nova matriz deslanche. Tem custo elevado, bem como ausência de linhas de financiamento de longo prazo e juros baixos, alta carga tributária, falta informação e certificação dos equipamentos.

As chamadas micro (com potência instalada menor ou igual a 100kW) e minigeração (superior a 100kW e menor ou igual a 1MW) distribuídas de energia elétrica já se tornaram realidade em países como Alemanha, China, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em 2013 havia 140 gigawatts (GW) em energia solar fotovoltaica no mundo, o que equivale a toda a energia elétrica instalada no Brasil. Só os alemães têm 40GW. Aqui, a previsão é de que o número de unidades consumidoras triplique neste ano, alcançando 50GW.

Segundo a Aneel, até março de 2015 existiam em todo o território nacional 534 conexões de microgerações distribuídas, sendo 500 somente a partir de módulos fotovoltaicos. “A Alemanha detém o maior mercado. Mas alguns países já a superaram em velocidade de instalação, como Reino Unido e Estados Unidos. O Brasil tem um potencial de 150GW só nos telhados existentes”, estima Rodrigo Lopes Sauaia, diretor executivo da Absolar.

Os painéis fotovoltaicos, feitos de material semicondutor como o silício, funcionam da seguinte forma: a radiação emitida pelo sol incide sobre as células dos painéis que geram energia elétrica diretamente a partir de um equipamento chamado inversor, que transforma a energia corrente contínua em alternada (esta compatível com a eletricidade da rede). Os sistemas fotovoltaicos podem estar conectados à rede de distribuição local (on-grid), como em uma cidade, ou não (off-grid), como ilhas e comunidades isoladas geograficamente. O engenheiro eletricista Rodrigo Miranda explica que o equipamento só funciona a partir da incidência do sol nos módulos, geralmente instalados nos telhados das casas ou estacionamentos. Além disso, há regiões do País cuja incidência solar é mais frequente ao longo do ano. “Cada local é um caso a ser estudado. Não é possível generalizar, como dizer que na cidade de São Paulo, onde há mais áreas de sombra, funcionará menos. Ou dizer que no Nordeste, onde as temperaturas são mais elevadas, será melhor”, diz Miranda, que é um dos sócios da Renew Energia, que atua no interior de São Paulo oferecendo os sistemas. Ele alerta, ainda, que é preciso cuidado na escolha nas grandes cidades, onde há muitas áreas de sombra. “Temos casos em que a solução foi instalar as placas na lateral de um prédio. Ou seja, é possível buscar soluções”, completa.


Vantagens e dificuldades

Entre os benefícios apontados para quem adota esse sistema está a economia para a distribuidora. Isso porque o mecanismo gera energia para o consumo do imóvel onde está instalado, e o excedente é escoado na rede de distribuição local, contribuindo, assim, com sua sustentabilidade e gerando créditos ao produtor. O sistema de 12 módulos implementado na rede, desde 14 de abril, pelo empresário Eduardo Nicol, de Jundiaí, é um exemplo. “Durante o dia, quando há irradiação do sol, é coletada toda a energia necessária para a casa (em torno de 350 a 400kW ao mês). O que não é utilizado é entregue à rede da distribuidora, no caso a CPFL Piratininga, que depois me devolve em crédito de energia que meu sistema injetou”, explica ele, que gastou em torno de R$ 22 mil para se tornar uma unidade consumidora dessa matriz.

Nicol calcula que em sete anos o seu investimento será pago e começará a obter lucro com os créditos excedentes gerados. Na sua ótica, a maior dificuldade até agora é fazer com que a concessionária entenda que sua residência também gera energia. Quando a equipe do Jornal do Engenheiro visitou sua residência para conhecer o sistema, dois técnicos da CPFL também estiveram no local para verificar uma possível falha no relógio medidor. Em 8 de abril, esse havia sido trocado por outro comum. Mas no dia 14, foi alterado para bidirecional, o qual marca tanto a energia produzida para consumo próprio quanto a injetada na rede da distribuidora. No entanto, após essa mudança, quando a conta chegou, não vieram os créditos gerados pelo equipamento.

Em nota, a CPFL reconheceu que houve “intercorrências na instalação e troca do medidor que levaram a um atraso na efetivação do sistema.” Todavia, disse que se tratou de “um caso pontual , que já está sendo solucionado”. A distribuidora afirma que na área de concessão das oito distribuidoras do Grupo CPFL Energia operam atualmente mais de 30 ligações de microgeração istribuída sem registro de problemas e está preparada para receber novos projetos com segurança.

“Todo o processo levou quase três meses, ultrapassando o prazo regimental de 60 dias (de acordo com a Resolução 482). Agora, vamos esperar a próxima conta para ver se o problema foi sanado”, diz Nicol, que aposta na inovação também no sentido de reduzir as emissões de gás carbônico.

Esse foi o motivo que levou o engenheiro Agnaldo Cardoso, de Carapicuíba (SP), a optar pelo sistema fotovoltaico. “Buscava uma solução que fosse mais econômica e melhor do ponto de vista ambiental”, explica. No seu caso, são 15 placas instaladas no telhado de sua casa, com potência para gerar 470kWh mensalmente. Porém, até agora ele não conseguiu ter seu sistema interligado – cujo pedido foi feito em 2 de fevereiro. De acordo com a AES Eletropaulo, faltam adequações técnicas do sistema implantado pela Solstício Energia. Tal empresa confirmou o recebimento da correspondência por e-mail e que enviou a documentação solicitada no dia 27 de março. “Só depois que perdemos o prazo é que tomamos conhecimento de que a Eletropaulo não aceita a documentação por e-mail. Deveríamos ter ido pessoalmente em um posto de atendimento e aberto novo pedido.”

 

Outros desafios

A adequação técnica que falta é a certificação do aparelho inversor, feita obrigatoriamente pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), conforme Portaria 357/2014. Tal órgão foi comunicado tanto pela Absolar quanto pela Aneel sobre a dificuldade que os fornecedores do equipamento estão tendo para acessar os serviços de laboratório “em razão de a oferta ser insuficiente para atender a demanda crescente do setor produtivo”. “Não houve prazo suficiente para a certificação dos principais inversores de energia solar do mercado, principalmente por existir apenas um laboratório no Brasil capaz de realizar a certificação, ainda assim em um alcance de potência somente até 6kW”, afirma a empresa BlueSol em seu site (confira sua posição a respeito em http://goo.gl/uGWdj5).

“A Aneel está ciente desse problema e vem interagindo com o Inmetro desde o início do ano para obter uma solução”, explica em nota a agência reguladora. Esse órgão, assim como o Inmetro, assegura que será publicada nos próximos dias uma portaria complementar que designa mais laboratórios para a realização dos ensaios e suspende, temporariamente, a obrigatoriedade de cumprimento das disposições da Portaria 357/2014 até que a situação se normalize. A nova proposta prevê que a exigência de certificação pelo Inmetro passe a valer a partir de 1º de junho de 2016.

O diretor executivo da associação enfatiza ainda a necessidade de redução na carga tributária na geração de energia. Após pressão do setor, em meio a um cenário de crise, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) isentou, ao final de abril último, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) os consumidores que produzem e enviam energia à rede de abastecimento. A decisão oficializa os descontos já concedidos por São Paulo, Pernambuco e Goiás e estende essa possibilidade a outros destinos. “Agora, estamos esperando que o ministro de Minas e Energia cumpra com a palavra quando disse que, caso os estados optem pela isenção da cobrança do ICMS, o governo federal também isentará os impostos que incidem na geração de energia, no caso o PIS e o Confins”, completa Sauaia.

Mais informações:
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica

 

Por Deborah Moreira

A categoria conta com importante aliado em sua luta para ter finalmente aprovado o Projeto de Lei da Câmara 13/2013 – que institui a carreira de Estado para engenheiros (inclusive agrônomos) e arquitetos que ocupam cargo efetivo nos serviços públicos federal, estadual e municipal: o senador Paulo Paim (PT-RS). Com o compromisso de posicionar-se favoravelmente ao PL e, portanto, contra o recurso que impediu que seguisse para sanção presidencial em novembro último (veja quadro), ele aposta na votação no Plenário dessa Casa ainda antes do recesso de julho próximo.

Incluída na ordem do dia inicialmente em 19 de dezembro e reiteradamente desde final de março em sessão deliberativa, a matéria contudo vem tendo adiada sua apreciação. “Minha opinião é que há alguma obstrução por parte de setores da base do governo, mas vou tentar na próxima semana conversar com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no sentido de que se resolva essa questão de uma vez por todas e aí inclusive apresentarei meu voto.” Paim reconhece que pode haver diferenças inclusive em seu próprio partido. E reitera: “Meu voto em nenhum momento foi orientado para ser contra o projeto. Já sabem a minha posição.”

Favorável ao projeto, ele esclarece que votou contra na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado unicamente “por um desencontro com o relator Romero Jucá (PMDB-RR), mas já havia votos suficientes para aprová-lo (foram oito em defesa do PL e seis em oposição a ele)”. E relata: “Conversei muito com engenheiros do Rio Grande do Sul, recebi-os em meu gabinete em Canoas e assumi esse compromisso que fortalece esse ator tão importante da economia brasileira.”

Paim dá a dica: o caminho para destravar a matéria é intensificar a mobilização no Legislativo. E se dispõe a colaborar nessa direção: “Convido os engenheiros a virem aqui em comitiva. Comprometo-me a dialogar no Congresso no sentido de agilizar a aprovação. A gente marca uma audiência com o Presidente do Senado para que a matéria seja votada.”

Garantir esse resultado “depende da ação das entidades”, enfatiza o diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho, que também identifica resistências no Congresso. “É preciso fazer pressão junto ao Presidente da Casa para que coloque em votação e simultaneamente se rejeite o recurso no Plenário. Daí o PL seguirá para sanção presidencial.”

Valorização profissional
A aprovação do PL 13/2013, que determina tais carreiras como exclusivas e essenciais de Estado ao acrescentar parágrafo único ao artigo 1º da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, fortalece o papel dos engenheiros no setor público, com impacto sobre a demanda por remuneração justa e melhora das suas condições de trabalho. “Tenho muita clareza da importância desse projeto, que vai valorizar uma categoria que é a mola mestra do desenvolvimento socioeconômico do País”, afirma Paim. Concepção que vai ao encontro do que propugna o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) em 2006 e atualizado desde então.

Como frisou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente dessa entidade nacional e do SEESP, em reportagem publicada no Engenheiro 151 de dezembro de 2014 sobre o tema, “a falta de valorização profissional dificulta a consolidação desse cenário e para reverter tal quadro, a aprovação do projeto é fundamental. A introdução da carreira de Estado para engenheiros é uma forma de dotar as administrações públicas dos profissionais necessários ao desempenho de suas atividades, seguindo exemplos como o da China, cuja expansão econômica vem sendo marcante, que mantém no setor público grande contingente desses profissionais”.

Histórico
De autoria do deputado federal José Chaves (PTB-PE), o Projeto de Lei da Câmara nº 13 foi apresentado em 16 de abril de 2013. Objeto de audiências públicas naquela Casa, em que a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) esteve presente, havia sido aprovado em 7 de agosto do mesmo ano na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, com relatoria da senadora Ana Amélia (PP-RS). Antes, em 15 de julho, os dirigentes da federação puderam destacar a relevância da matéria em reunião com essa parlamentar. O tema foi também objeto de correspondência enviada em 12 de agosto de 2013 à presidente Dilma Rousseff, na qual a entidade salientava a importância de se valorizar os engenheiros brasileiros – o que foi reiterado pela FNE e sindicatos a ela filiados, entre os quais o SEESP, junto aos diversos candidatos a cargos majoritários nas últimas eleições gerais. “É preciso dar esse passo fundamental para a organização do Estado e da mão de obra imprescindível ao seu funcionamento”, disse à época Murilo Pinheiro, presidente desse sindicato e da FNE.

Em 5 de novembro último, o projeto foi aprovado por oito votos a seis na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Seguiria direto para sanção presidencial, o que não ocorreu devido à interposição de recurso pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) na tarde do dia 14 daquele mês, ao final do prazo para se ingressar com tal requerimento. A FNE então solicitou que esse parlamentar voltasse atrás, mas não foi atendida.

 

Por Soraya Misleh

De olho no mercado

A consultora de carreiras da Catho – site brasileiro de classificados de emprego –, Elen Souza, avalia que os eventos esportivos mundiais de 2016, a se realizarem no Brasil, devem alavancar obras de infraestrutura, gerando maior procura por engenheiro civil. Ela adianta ainda que o mercado tem demonstrado forte interesse por esses profissionais também nas áreas de serviços, bens de consumo e de capital, varejo, telecomunicações e agronegócio. “A engenharia é uma das áreas que gera maior expectativa, por estar presente direta e indiretamente nos mais diversos setores, e é considerada um dos segmentos mais tradicionais do mercado de trabalho”, analisa.
Apesar de o mercado não estar muito aquecido no momento, Souza considera fundamental que os profissionais da categoria invistam em qualificação e na expansão de suas experiências para se destacarem e ser contratados. Por isso, afirma que uma boa aposta é a realização de uma pós-graduação ou especializações no segmento de interesse, “pois quanto mais capacitado for o profissional, mais bem visto pelos recrutadores ele é”. Outra recomendação da consultora é o aprimoramento no nível de inglês e ter um bom relacionamento interpessoal, “qualificações que ajudam no desenvolvimento de soluções para melhorar o dia a dia das pessoas e empresas, sendo consideradas diferenciais nos dias de hoje”.


Dicas

Souza dá algumas dicas aos profissionais que pretendem alavancar sua carreira:
• Identifique suas habilidades;
• busque informações: fale com um profissional da área, faça pesquisas na internet sobre as atividades desenvolvidas, remunerações etc.;
• invista em qualificação profissional para atuar na área escolhida, em seu networking, e aumente sua rede de relacionamento incluindo profissionais do segmento pretendido. O marketing pessoal é uma importante ferramenta para qualquer profissional.


Como conseguir a tão sonhada vaga de estágio

O estágio é a primeira oportunidade que o estudante tem para atuar na área que escolheu, colocando em prática o que aprendeu na faculdade, trocar experiências e desenvolver habilidades exigidas pelo mercado de trabalho. As condições para concorrer às vagas diferem, mas normalmente buscam-se estudantes que tenham conhecimentos em outro idioma, sobretudo o inglês, domínio no pacote Office (Excel é muito solicitado) e disponibilidade de horário (período matutino ou vespertino).
Devido à grande concorrência, é importante se preparar para as etapas do processo seletivo. A seguir, algumas dicas do setor de Oportunidades e Desenvolvimento do sindicato:
• Reúna informações sobre a empresa, como seus valores, serviços, história etc.;
• entenda como funciona o processo seletivo;
• prepare-se para fazer testes psicológicos, de lógica, conhecimentos gerais, idiomas e redação;
• saiba quais são suas habilidades, pontos fortes e dificuldades;
• faça um currículo adequado ao mercado, evidencie conhecimentos acadêmicos, atividades extracurriculares, cursos de aperfeiçoamento, trabalhos voluntários;
• atenção à apresentação pessoal. Procure vestir roupas sociais ou esporte fino.

A área de Oportunidades do SEESP oferece serviços que podem ajudá-los também nesse momento. Entre em contato pelos telefones (11) 3113-2674/2669/2666 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Qualificação

Pesquisa em modelagem e simulação de empresas

O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), está selecionando candidatos interessados em participar de um projeto de pesquisa aplicada, nas áreas de modelagem e simulação computacional de sistemas organizacionais. Os candidatos estarão sob as seguintes condições: bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na modalidade Desenvolvimento Tecnológico e Industrial e Programa de Capacitação Institucional (DTI/PCI), e período integral. O perfil procurado é o de mestre com até cinco anos de titulação, bons conhecimentos nas áreas de modelagem matemática, simulação computacional e/ou tratamento estatístico de dados e graduação ou mestrado nas áreas de Engenharia de Produção, Estatística, Matemática, Tecnologia da Informação (TI). Os interessados devem enviar currículo para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


Programa de eficiência energética

O SEESP, por intermédio do Programa Engenheiro Empreendedor, oferece o curso sobre eficiência energética nos dias 23 e 30 deste mês. Destinado a engenheiros, assessores políticos, gerentes, supervisores, arquitetos, entre outros, o objetivo é identificar, planejar e executar ações referentes à redução de custos de energia e sustentabilidade de uso de água em hotéis, indústrias, shopping centers, condomínios, hospitais, estádios, agropecuária, centrais de computadores e outros que utilizam energia elétrica e térmica, com aplicabilidade em projetos novos, antigos ou em construção. Sócios do SEESP pagam R$ 293,00; demais, R$ 376,00. Inscrições aqui.

18/05/2015

Canteiro

CNTU participa do III Congresso Internacional de Direito Sindical
A vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), Gilda Almeida, participou, acompanhada da assessora jurídica da entidade, Silvia Martins, do III Congresso Internacional de Direito Sindical, em Fortaleza (CE), de 6 a 8 de maio. Foram analisados os impactos da crise econômica sobre o universo do trabalho, que trouxeram consequências para as organizações sindicais.


1º de maio
Os profissionais congregados na CNTU – entre os quais os engenheiros – realizaram em 1º de maio uma passeata pelas avenidas de Natal (RN). A ação no Dia do Trabalhador visou chamar a atenção da população e das autoridades para os perigos do Projeto de Lei 4.330, que tramita no Congresso Nacional e possibilita a terceirização inclusive em atividades-fim. O presidente da CNTU, Murilo Pinheiro, que também está à frente do SEESP, participou da manifestação. “Não podemos abrir mão das conquistas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Merecemos respeito e trabalho honesto”, conclamou.


Negociação com a Prefeitura de São Paulo
Ainda não houve proposta de consenso nas negociações entre engenheiros e arquitetos e a Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) pela reestruturação de carreira das duas categorias. O governo municipal apresentou uma tabela com os novos níveis salariais, que passam dos atuais 13 para 17, com retroatividade para abril de 2015. Todavia, os valores, sendo o inicial de R$ 6.698,94, não levam em conta a reposição da inflação do período de oito anos desde 2007 e já em 2016 os vencimentos ficam defasados em relação ao piso determinado pela Lei 4.950-A/66 para jornada de oito horas diárias. O SEESP defende uma nova proposta para abranger o maior número de servidores, especialmente os mais antigos, que formam a maior parte do quadro desses profissionais.


Adeus a JurijSolski
O SEESP lamenta o falecimento do engenheiro de tráfego e amigo Jurij Solski, 82 anos de idade, no dia 5 de maio último. Ele foi um dos fundadores da delegacia da entidade no Grande ABC e, atualmente, era diretor estadual adjunto. Em 1999, coordenou o Comitê de Inspeção Técnica Veicular (ITV) no Conselho Tecnológico do sindicato.
Solski era um grande estudioso e defensor das boas práticas no trânsito e a sustentabilidade. Em 2009, fez o trabalho “Inspeção técnica veicular de segurança, gases tóxicos e ruído”, em que tratava da tecnologia relativa ao tema, que envolve conhecimentos de engenharia especializada.


Na luta por reajuste e valorização profissional
Comissão da Associação dos Engenheiros Estatutários do Estado de São Paulo (Assengesp) foi recebida pelo vice-presidente do SEESP, Celso Atienza, em 30 de abril último, na sede do sindicato, na Capital. O grupo luta, há dez anos, por reajuste salarial e valorização da carreira nas várias secretarias e órgãos do governo paulista. Para tanto, a associação pleiteia abertura de negociação com os secretários estaduais Arnaldo Jardim (Agricultura) e Duarte Nogueira (Transportes).
Na reunião, os profissionais reforçaram a importância de minuta de anteprojeto de lei complementar relativo à reclassificação dos vencimentos dos engenheiros, com 11 artigos, elaborada pela associação e pelo ex-secretário estadual de Gestão Pública, Davi Zaia. O documento, informou a comissão da Assengesp, foi entregue ao governador Geraldo Alckmin há um ano e até agora não houve retorno.

 

II Seminário sobre concessões e PPP acontece no Isitec
O cenário das parcerias público-privadas (PPPs) no Brasil será discutido com a participação de especialistas no “II Seminário sobre concessões e PPP: Fundamentos, marco regulatório e a nova matriz para investir e financiar projetos de infraestrutura no Brasil”, que acontece de 19 a 22 de maio na sede do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), em São Paulo (Rua Martiniano de Carvalho, 170, Bela Vista). O evento dá continuidade à parceria entre o Isitec e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), cujo objetivo é aumentar o nível de entendimento sobre o assunto e qualificar profissionais interessados ou envolvidos no tema.
Serão três dias de aula e um painel de debates ao final. Entre os temas discutidos, os marcos conceitual, regulatório vigente e operacional e os desafios para financiar projetos de infraestrutura. Confira programação completa.
Inscrições aqui. Valores: participação presencial, R$ 600,00; via internet, R$ 350,00.

O movimento sindical, os trabalhadores e a parcela da sociedade brasileira que defende avanços sociais no País devem se unir para evitar que o Projeto de Lei 4.330/2004, já aprovado na Câmara dos Deputados, onde repousava há mais de uma década, passe pelo Senado e seja sancionado pela Presidente da República. Apresentada pelos seus defensores como forma de modernizar as relações de trabalho no Brasil, a proposta pretende regulamentar a terceirização no País de forma indiscriminada, inclusive nas atividades-fim. Isso significa abrir caminho à precarização do trabalho e ao enfraquecimento do movimento sindical.

Além de generalizar a terceirização, o PL traz a substituição da responsabilidade solidária pela subsidiária e favorece a chamada “pejotização”, em que há fraude do vínculo empregatício e o trabalhador é contratado como pessoa jurídica. Ainda, se aprovado, o PL 4.330 acarretará aumento da jornada de trabalho e da rotatividade e redução dos salários. Hoje, a remuneração do trabalhador terceirizado, contingente que já soma 14 milhões de pessoas no Brasil, é, segundo estimativas, 36% menor que a dos demais. E, mais grave, conforme estudos, 64% dos acidentes de trabalho atingem essa mão de obra.

O Congresso já recebeu parecer assinado por 19 dos 26 ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) criticando o projeto de lei e alertando para as consequências negativas de sua aprovação.

Diversas outras instituições, forças sociais e estudiosos do mundo do trabalho também já alertaram para o equívoco da medida. Ao autorizar o PL, a Câmara dos Deputados provoca gravíssima lesão social e pode transformar milhões de trabalhadores, hoje enquadrados como efetivos das empresas e instituições tomadoras de serviços, em empregados de segunda categoria e desassistidos.

Assim, é preciso que a mobilização e a pressão sobre o Congresso Nacional e o Executivo sejam intensificadas, sob pena de profundo retrocesso. É inadmissível que se percam as conquistas alcançadas em décadas de luta e consolidadas na Constituição de 1988. Pelo contrário, temos que caminhar no sentido oposto e regulamentar diversos direitos previstos na Carta Magna para que tenham efetividade.

A precarização do trabalho é claramente nefasta ao conjunto da sociedade e ameaça nossas intenções de construir uma nação justa, democrática e desenvolvida. Conforme afirma a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) em nota pública sobre o tema, a medida favorece o capitalismo selvagem, no qual não há espaço para a inclusão e o bem-estar geral.

Soraya Misleh*

 

Em sua sétima edição, o Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP) ocorreu nos dias 23 e 24 de abril, no Novotel São Paulo Center Norte, na Capital, em meio às crises hídrica e energética que afetam sobremaneira o Estado. Assim, trouxe à tona contribuições fundamentais para o enfrentamento dos desafios atuais. Entre elas, o incremento da participação de fontes renováveis na matriz energética paulista a partir do biogás, a gestão inteligente de resíduos sólidos oriundos da construção civil e a formação em Engenharia de Inovação, oferecida pelo Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), na perspectiva da sustentabilidade. 

Os estudantes da primeira turma dessa graduação somaram-se ao público do evento. Diariamente, foram cerca de 800 participantes que circularam pela feira de produtos ecológicos e auditório – muitos dos quais universitários.

Constituindo-se em importante fórum à discussão sobre o desenvolvimento sustentável no País, a iniciativa, promovida pelo SEESP e Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), insere-se no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela entidade nacional em 2006 e atualizado desde então. À abertura, o vice-presidente do SEESP, João Carlos Gonçalves Bibbo, salientou a importância de tal encontro, destacando a inovação aliada à sustentabilidade como central em 2015. Nesse sentido, lembrou que o sindicato e a FNE também dão sua contribuição com a concretização do Isitec, que iniciou o seu primeiro ano letivo em fevereiro último. Para o coordenador do evento e também vice-presidente do SEESP, Carlos Alberto Guimarães Garcez, a grande missão do EcoSP é não só debater, mas disseminar as boas práticas ambientais.

O secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo do município de São Paulo, Artur Henrique da Silva Santos, parabenizou os engenheiros que vêm discutindo, de forma pioneira e há muito tempo, a questão do desenvolvimento sustentável. “Para atingir esse objetivo, temos vários desafios, como gerar novas ideias e propostas com investimentos públicos e privados em mobilidade urbana, na crise dos recursos hídricos e até em garantir o trabalho decente, combatendo a desregulamentação do mundo do trabalho”, afirmou, referindo-se ao projeto recentemente aprovado pela Câmara dos Deputados que amplia a terceirização para a atividade-fim. 

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, lembrou que participa do EcoSP desde os seus primórdios, quando era realizado na cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba. Parabenizando a inclusão dos recursos hídricos na pauta da atividade, Jardim aproveitou para reivindicar o acréscimo de outro assunto, a agricultura. “O Brasil precisa de políticas públicas mais perenes, e a engenharia pode contribuir para isso.” Já João Carlos de Souza Meirelles, secretário estadual de Energia, defendeu como urgente a discussão sobre o destino do lixo e de outras fontes de energias renováveis, por exemplo a partir do bagaço de cana-de-açúcar.

Na sua visão, os estudantes de engenharia são essenciais para pensar alternativas ao desenvolvimento que considerem tais questões. Nesse sentido, o secretário de Habitação do Estado, Rodrigo Garcia, realçou o pioneirismo do SEESP com a criação do Isitec, ajudando a formar profissionais voltados à inovação tecnológica. Fala que foi reforçada pelo deputado estadual Itamar Borges (PMDB/SP). 

Os vereadores paulistanos Aurélio Nomura e Mario Covas Neto, ambos do PSDB, indicaram a necessidade de se acabar com a cultura do desenvolvimento sem se preocupar com suas consequências. Já o superintendente de São Paulo do Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério de Minas e Energia, Ricardo de Oliveira Moraes, ressaltou que o desafio é construir infraestrutura ao desenvolvimento com sustentabilidade.


Engenharia de inovação

Pensando a formação sob essa ótica, a graduação oferecida pelo Isitec foi tema da palestra ministrada pelo professor do instituto Marcelo de Melo Barroso. Conforme ele, não dá para pensar a sustentabilidade sem inovação. 

O docente explicou que o Isitec trabalha com os seus estudantes no sentido de não se ter medo do desconhecido e de se trabalhar em equipe e globalmente. E que é necessário, no ensino da Engenharia de Inovação, saber “aprender, desaprender e reaprender durante toda a vida”. E completou: “Precisamos pensar os problemas que ainda não existem.” No ambiente da inovação trabalha-se com tecnologias existentes, demandas sociais e estoque de conhecimentos científicos disponível.

O professor João Sérgio Cordeiro, também do Isitec, citou algumas inovações, ao longo da história da humanidade, como a construção das pirâmides do Egito, há 4 mil anos, da muralha da China, do banheiro com sistema hidráulico correto na Roma antiga ou de aquedutos, há mais de 2 mil anos.


Políticas para garantir água

Sob a ótica da inovação a serviço da sustentabilidade, desafio é fazer frente à crise hídrica no Estado. O Sistema Cantareira vem funcionando hoje bem abaixo de sua capacidade, com a utilização do volume morto. Saídas a esse grave quadro encontram-se entre os aspectos centrais debatidos em âmbito global durante o 7º Fórum Mundial da Água, realizado de 12 a 17 de abril na Coreia do Sul. Tal relato coube ao governador pelo Brasil no Conselho Mundial da Água, Newton Lima de Azevedo. 

Entre os pontos, ele elencou como de grande interesse do Brasil a necessidade de planejamento integrado de recursos hídricos; a demanda por incluir a água como tema transversal às diversas políticas públicas; a urgência em dar resposta à carência de coleta e tratamento de esgotos; a questão da governança, gestão e regulação; o tema do financiamento, recursos públicos e privados; a capacitação operacional – ao que anunciou a criação do Centro de Treinamento Hydrus, via acordo com a França –; e a importância de se utilizarem tecnologias já existentes, como ao reúso e à dessalinização. Além disso, o encontro na Coreia do Sul deliberou pelo monitoramento das ações elencadas como prioritárias nesse espaço, bem como no fórum anterior, em Marselha, França, em 2012, rumo a Brasília, onde ocorrerá o próximo, em 2018.


Biogás na matriz energética

Já Marco Antonio Coutinho, gerente do projeto Reforço da Rede Tubular de Alta Pressão (Retap) da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), abordou as oportunidades à matriz energética a partir do biogás. Segundo ele, o Estado conta com 55,5% de fontes renováveis, ante 45,5% do País e 12,5% do mundo. “O governo paulista tem o desafio de até 2020 expandir esse índice para 69%.” Entre os projetos nesse sentido, está incrementar a produção de biogás, via fontes produzidas em aterros sanitários, vinhaça da cana-de-açúcar, efluentes, resíduos agrossilvopastoris e sólidos urbanos. Coutinho destacou que “a proposta da Comgás é fazer o processamento e tratar o biogás. O biometano resultante será distribuído aos clientes da empresa”. O palestrante salientou que tal inserção na rede está especificada na Resolução nº 8/2015 da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a qual define os parâmetros para tanto e os usos do biogás, bem como o conceitua. Ele assegurou que existe tecnologia para tanto.


Reaproveitamento de entulhos

Oportunidade sustentável é ainda a reutilização dos resíduos gerados em obras, como apresentado pelo presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção (Abrecon), Hewerton Bartoli. Ele alertou que o alto índice de perdas na construção civil, da ordem de 50%, é o principal responsável pela geração de entulho. Reutilizá-lo significa, portanto, “economia de matéria- prima, menos enchentes e menos poluição”. Estímulo para tanto é a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina a responsabilidade compartilhada sobre o material descartado, planejamento e gestão de resíduos sólidos. Desafio, identificou Bartoli, é a conscientização do papel de cada um, inclusive do poder público, que “não tem dado a atenção que a área merece”.

Também estiveram entre os palestrantes Antonio Carlos Zuffo, professor da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (FEC-Unicamp), que falou sobre o Sol como motor de variabilidade climática; Rinaldo Moreira Marques, da Geopesquisa Investigações Geológicas Ltda., sobre a geofísica aplicada à investigação ambiental; Tiemi Yamashita, consultora de sustentabilidade da Teia Projetos Ambientais, que abordou uma nova visão para se reduzir o desperdício de recursos essenciais à qualidade de vida a partir de técnica japonesa denominada Mottainai; e Hassan Barakat, engenheiro do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo (CGE), o qual apresentou iniciativa desse poder público municipal à prevenção de catástrofes em caso de enchentes. Além do cônsul-geral adjunto do Reino dos Países Baixos em São Paulo, Rogier van Tooren, que trouxe a experiência do setor de água da Holanda, que converteu, por meio de tecnologias sofisticadas, o problema de inundações recorrentes em vantagem competitiva.

Leia cobertura completa do VII EcoSP:
VII EcoSP: Engenharia para garantir desenvolvimento sustentável 
A engenharia de inovação a serviço da sustentabilidade 
Inovação para garantir qualidade de vida e prevenir riscos 
A energia solar mantém em funcionamento o ciclo da água 
Holanda converteu problema de água e inundação em vantagem competitiva 
Oportunidades a partir do biogás 
Gestão inteligente dos resíduos da construção civil é tema no EcoSP  

*Colaborou Rosângela Ribeiro Gil

Deborah Moreira e Rosângela Ribeiro Gil

 

A Lei Municipal 16.137  que dá autonomia ao engenheiro agrônomo da Capital para realizar podas de árvores, sem precisar da autorização do Subprefeito, foi sancionada há cerca de um mês pelo prefeito Fernando Haddad. No entanto, de acordo com engenheiros agrônomos ouvidos pelo Jornal do Engenheiro, para agilizar o serviço, é preciso mais estrutura, pessoal e valorizar a carreira, o que inclui salário compatível com o mercado.

De acordo com delegados sindicais do SEESP que atuam na Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), 74 engenheiros agrônomos estão alocados nas 32 Subprefeituras para realizar esse serviço, com uma média de dois profissionais por unidade. Sua remuneração inicial, no serviço público local, é de cerca de R$ 1.800,00 – muito abaixo do piso, estipulado por lei em nove salários mínimos para jornada diária de oito horas.

“O ideal é que haja tempo e estrutura suficiente para planejar a execução de podas, que não só podem como devem ocorrer periodicamente, sem que o munícipe precise solicitar”, explica Alexandre Luis Cavalcante Valdez, agrônomo da Subprefeitura da Mooca há 15 anos. Ele conta que hoje cada pedido precisa passar por vistoria técnica, o que pode levar entre 30 e 60 dias na sua região – que atende os distritos Mooca, Belém, Água Rasa, Tatuapé, Brás e Pari, compreendidos em 35 quilômetros quadrados. Caso seja recomendada poda, o subprefeito autoriza e publica (no Diário Oficial) a resolução em até quatro dias. A poda é então programada, respeitando o prazo mínimo de dez dias após a publicação, o que leva cerca de 20 dias. “Na Mooca, o tempo médio de espera é de três meses. A nova legislação o reduz, na prática, em três a quatro dias. Mas se não tiver engenheiro pra fazer a vistoria e equipe para executar, a poda não é realizada”, completa Valdez, lembrando que a espera na região já chegou a um ano e vem diminuindo desde o final do 2014, quando foram contratadas mais três equipes terceirizadas – todas são assim contratadas.

Atualmente, apesar de a Mooca ter dois agrônomos, só Valdez realiza as vistorias – o outro está deslocado dessa função. O engenheiro conta que ele está supervisionando obras e projetos.

Já em Santana-Tucuruvi, o tempo ganho com a nova lei é de cerca de uma semana. De acordo com a agrônoma Karin Birgit Heimishoff, na sua região nunca houve problema com a liberação para a poda, e o que resolverá de fato é a contratação de mais profissionais da área. “É preciso concurso e, antes disso, melhorar os salários. Os rendimentos atuais não incentivam nenhum técnico. Por mais que você abra concurso público, ou as vagas não são preenchidas ou após alguns meses os contratados vão embora”, conta Birgit.

Para evitar quedas

Entre as justificativas do projeto de lei, proposto por diversos vereadores, entre eles Andrea Matarazzo (PSDB), está a manutenção para reduzir a quantidade de quedas de árvores, principalmente durante tempestades. Um relatório de 2012, da ouvidoria da administração paulistana, aponta os serviços de jardinagem (poda e corte) como o terceiro maior registro de solicitações, superando as reclamações sobre coleta de lixo e buracos em vias públicas. 

A versão final da matéria, todavia, como destaca Matarazzo, foi resultado de muito debate com engenheiros agrônomos da Prefeitura, representantes do SEESP e associações de bairro. Além das reuniões com os profissionais, foram realizadas duas audiências públicas na Câmara. 

“As árvores caem por falta de manutenção ou porque foram plantadas de maneira errada, então é necessário que se mantenha um cuidado permanente para que esse problema não ocorra mais. E a lei vai reduzir o tempo de espera”, observa o vereador.

Dados

Em 2014, segundo levantamento do Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI) da Prefeitura, foram registradas 2.252 ocorrências de quedas de árvores no município, sendo 509 (ou 22,6%) entre 29 e 31 de dezembro. De acordo com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, foram cerca de 54 mil solicitações de vistorias em árvores e 116 mil intervenções.

Hoje, 750 funcionários realizam, diariamente, podas e remoções de árvores, totalizando, em média, 9.600 atendimentos/mês. Os números são bem menores que do ano anterior, quando foram realizadas 113.325 podas e 15.845 remoções de árvores. Um levantamento preliminar do município constatou que existem cerca de 650 mil árvores nos passeios públicos da cidade.

A nova legislação ainda demanda regulamentação, o que deve ocorrer em até 60 dias após a data de sua publicação (17 de março). Já a poda e remoção das espécies está regulamentada pela Lei 10.365, que obriga a presença de engenheiro agrônomo. A poda realizada irregularmente é considerada crime ambiental. Os paulistanos podem solicitar o serviço pelo telefone 156 ou no site sac.prefeitura.sp.gov.br.

05/05/2015

Canteiro

Palestra em Taubaté

Dando prosseguimento à série de atividades técnicas, a Delegacia Sindical do SEESP em Taubaté realiza, no dia 26 de maio próximo, em sua sede, na Rua Venezuela, 271, Jardim das Nações, às 19h, a palestra “Sistemas de aeração por ar difuso: conceitos, aplicações e vantagens”, com Bruno Dinamarco, gerente comercial da B & F Dias, empresa que atua nesse segmento. Inscrições pelos telefones (19) 3886-9633 e 3886-9601 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .


Falhas em engenharia de segurança causaram incêndio na Ultracargo

É o que afirma em entrevista o engenheiro de segurança Celso Atienza. Vice-presidente desse sindicato, ex-presidente da Associação Paulista de Engenheiros de Segurança do Trabalho (Apaest) e professor da área em várias universidades brasileiras, ele apontou as debilidades que levaram ao incêndio na empresa Ultracargo, do Grupo Ipiranga. Iniciado em 2 de abril, na área do Porto de Santos, e debelado inteiramente apenas no dia 10, o sinistro atingiu seis tanques de álcool anidro e gasolina no terminal de combustível da companhia. O acesso ao complexo portuário foi interrompido por mais de quatro dias. A entrevista foi publicada originalmente no site da Apaest.

 

Ciclo debate aspectos da NBR 15.575 em Ribeirão Preto

Em vigor desde julho de 2013, a NBR 15.575, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é considerada a mais completa autorregulamentação de um setor da atividade econômica, pois estabelece requisitos e critérios de desempenho aplicáveis às edificações habitacionais quanto ao seu comportamento em uso e consolida entre projetistas, fabricantes, incorporadores, construtores e moradores a corresponsabilidade pelo desempenho e vida útil de uma edificação. Por ser um marco regulatório, é fundamental que a cadeia produtiva e o poder público sejam esclarecidos para que se preparem aos desdobramentos futuros que a NBR 15.575 acarretará. Com esse propósito, será realizado em Ribeirão Preto, no Hotel JP, no dia 4 de julho próximo, das 8h30 às 17h30, o primeiro ciclo de debates sobre o tema. O evento contará com uma programação que incluirá a conceituação e abrangência da norma, sua aplicabilidade e seus requisitos gerais de desempenho, e detalhará os tópicos de segurança, estanqueidade, nível de ruído e vibração, habitabilidade, vida útil, prazos de garantia e responsabilidades.

Há pelo menos uma década, a região de Ribeirão Preto vem sendo apontada como uma das grandes potências do mercado imobiliário nacional e, nos últimos três anos, a cidade recebeu mais de 40 mil novos habitantes, o que reverte na necessidade de pelo menos mais 10 mil moradias e coloca a cidade como um dos locais mais indicados para sediar o evento.

A inciativa conta com o apoio da Delegacia Sindical do SEESP na Alta Mogiana, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Ribeirão Preto, entre outros parceiros.


Processo seletivo para bolsistas em projeto sobre a Amazônia

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Monitoramento por Satélite, localizada em Campinas (SP), está selecionando bolsistas para atuar em projeto de pesquisa sobre mudanças de uso da terra e processos de degradação florestal na Amazônia. A bolsa será concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no âmbito do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA). São exigidos seis anos de experiência em atividades de pesquisa, desenvolvimento ou inovação, além de dedicação integral. As inscrições podem ser realizadas até 11 de maio pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. . Mais informações sobre o processo seletivo aqui (seção “Processos de seleção em andamento”).

 

Vagas para professores

A Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), do Grupo Educacional Cruzeiro do Sul, está em processo de contratação de docentes para o curso de Engenharia Civil. As disciplinas com vagas para o segundo semestre de 2015 são: Tecnologia das construções; Materiais de construção civil; Desenho técnico e resistência dos materiais. As aulas são para o período noturno. Os interessados devem ter no mínimo o título de especialista (lato sensu) e entrar em contato pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A universidade está localizada na Capital, a um quarteirão da estação de metrô Carrão, na Rua Cesário Galeno, 448/475.


Estágio para estudantes

A partir de 30 de abril até as 14h de 22 de maio, interessados podem se inscrever para concurso público na Sabesp. Há vagas para estudantes de Engenharia de Produção, Ambiental, Cartográfica, Civil e Elétrica. A aplicação das provas para os candidatos está prevista para 28 de junho próximo, durante a manhã, nas seguintes localidades: São Paulo, Botucatu, Caraguatatuba, Franca, Itapetininga, Itatiba, Lins, Presidente Prudente, Registro, Santos e São José dos Campos. Para participar do processo seletivo, o candidato deverá se inscrever no site da Fundação Carlos Chagas. A taxa a ser paga é de R$ 82,00. Confira o edital.

05/05/2015

Benefícios

Novidades

Acupuntura chinesa com desconto

Artrite, bronquite, dores de cabeça, gastrite, paralisia facial, pressão alta, labirintite, problemas de coluna, reumatismo, tontura e outras doenças que podem ser tratadas com acupuntura. Também faz massagem terapêutica (tira o cansaço e ajuda a circulação e a dormir) e tratamento para emagrecimento sem remédio. Atende na Avenida Comandante Alberto Bonfiglioli, 679, sobreloja, Jardim Bonfiglioli, telefone (11) 5044-7061; Rua Vieira de Morais, 388, sobreloja, Campo Belo, (11) 98395-3586; e Rua Augusta, 1.936, sobreloja, Cerqueira César, (11) 2922-9615. Descontos de 30% a 70%.

Terapias em Moema

Tamima Mourad realiza sessões de coaching, terapia floral e aromaterapia na SoulSPA Therapies, na Capital. Mais informações pelos telefones (11) 3496-2084, 96868-1313 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Desconto de 50%.

Psicoterapia em Marília

A psicóloga Luciana Máximo Ricardo atende crianças, adolescentes e adultos. Rua José Bertonha, 363, Jardim Tangará, em Marília (SP). Mais informações pelos telefones (14) 3454-3430, 99763- 8917, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.psicologalucianamaximo.com . Desconto de 50%.

Hospedagem em Iporanga

Uma opção é a Pousada Iporanga, com café da manhã incluído na diária. Fica na Capital das Cavernas, Interior do Estado – região reconhecida como Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Rua Coronel Déscio, 7, Centro, em Iporanga (SP). Mais informações pelos telefones (15) 3556-1132, 99656- 4939, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.pousadaiporanga.com.br . Desconto de 5%.

Nutrição na Chácara Santo Antônio

Atendimento nutricional personalizado, avaliação antropométrica e planejamento alimentar individual estão ao alcance dos associados na Nutrição Entrelaços. Rua Antônio de Oliveira, 323. Mais informações pelo telefone (11) 2864-9253 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Desconto de 30%.

Cursos diversos

Oratória, coaching antiestresse, coaching liderança e Life Coaching são oferecidos pelo Instituto Jeff de Oliveira – Oratória & Artes. Há, ainda, curso de mestre de cerimônias. Rua Humberto I, 501, Vila Mariana, na Capital. Mais informações pelos telefones (11) 2865-6243, 99406-1757, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.oratoriaeartes.com.br . Desconto de 20%.

 

Convênios

Comércio

• China in Box – Atende das 11h às 23h, na Rua Major Diogo, 692, Bela Vista, na Capital. E das 23h às quatro horas entrega na Bela Vista, na Avenida do Estado, Campos Elíseos, Centro, Consolação, Liberdade, Santa Cecília, Jardins e Pinheiros. Informações pelo telefone (11) 3104-1600 e no site  www.chinainbox.com.br . Desconto de 10% (aceita cartões de crédito Visa, Mastercard e Diners Club e vales-refeição).

• Ótica Angelus – Avenida Pompéia, 467, Vila Pompéia. Informações pelos telefones (11) 3872-4494 e 3672-1929, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.oticaangelus.com.br . Desconto de 10%.

• Web Flowers Brasil – Entrega de flores no Brasil e exterior. Largo de São Francisco, 187, Centro. Informações pelos telefones (11) 3242-5241, 3106-2239, 99606-4544 e 3227-7461 (atendimento de emergência para aquisição de coroa de flores, nos dois últimos números), e-mail  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.webflowersbrasil.com.br . Desconto de 10% nos pagamentos a vista.

Educação

• Wizard – Cursos de alemão, chinês, espanhol, francês, inglês, italiano, japonês e português para estrangeiros. Unidades Mogi das Cruzes, informações pelo telefone (11) 4723-4500 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Belenzinho, (11) Poá, (11) 4636-3310, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; e Suzano I e II, (11) 4747-0001 e (11) 4748-6861, respectivamente, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Desconto de 40%

Saúde

• Salutares Clínica e Medicina do Trabalho – acupuntura, clínica geral, dermatologia, fisioterapia, nutrição, ortopedia e pneumologia. E mais massoterapia, drenagem linfática, shiatsu, massagens relaxante, modeladora e para gestante e Medicina do Trabalho. Rua Voluntários da Pátria, 1.158,Santana, na Capital. Informações pelos telefones (11) 2339-9950/52/54, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e  o site www.clinicamedicasalutares.com.br .Preço da consulta, R$ 60,00; sessão de acupuntura, R$ 50,00, ambas já com desconto.

Turismo 

• Villa di Mantova Resort Hotel – Diária com pensão completa. Rua Humberto Avancini, 133, Águas de Lindóia (SP). Informações pelos telefones (19) 3824-1444/2700/8400, e-mail  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e no site www.villadimantova.com.br. . Desconto de 10% sobre as diárias.

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