A Lei das Estatais, sancionada em 30 de junho, que têm o mérito de estabelecer a ocupação dos cargos de gestão por pessoas habilitadas e qualificadas, tem aspectos de grande gravidade para a engenharia. A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) vinha defendendo o veto ao Art. 42 do projeto aprovado no Congresso Nacional, que autoriza em definitivo a realização de licitações de obras públicas sem projeto executivo, gerando prejuízos e colocando em risco a sociedade brasileira.
Lamentavelmente, o governo manteve na legislação o uso da “contratação integrada” como modalidade de licitação das cerca de 250 estatais da União, o que é uma excrescência para a engenharia nacional. As ações anticorrupção no País, que expuseram uma imensa ferida na nação brasileira de atos contínuos de má gestão praticados por agentes públicos e empresas de construção civil, infelizmente não parecem ter sido suficientes para impedir que tais situações se repitam. Agora, isso poderá ocorrer sob o manto protetor do Estado.
É preciso que a sociedade brasileira atente para essa situação e reaja. É necessário e urgente que se trate com zelo e responsabilidade os serviços e obras públicas no País.
Brasília, 1º de julho de 2016
Fonte: FNE
Os indicadores mais gerais de desempenho apontam, em 2016, para a deterioração geral do mercado de trabalho, com aumento do desemprego e queda nos rendimentos reais dos trabalhadores e trabalhadoras. Esse comportamento é resultante do processo recessivo em que se encontra a economia brasileira, também refletido no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de junho. Essa constatação está no Boletim Conjuntura, número 7, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), lançado recentemente.
O PIB teve variação negativa de 0,3% na comparação entre o primeiro trimestre de 2016 e o quarto trimestre de 2015. Foi o quinto trimestre seguido de contração. Na comparação com o mesmo período de 2015, a queda foi de 5,4% - oitava retração seguida nesse tipo de comparação.
Na comparação do primeiro trimestre de 2016 com os três meses iniciais de 2015, houve queda generalizada nos diversos setores da economia: a agropecuária teve retração de 3,7%; a indústria de transformação caiu 10,5%; a construção recuou 6,2%; a indústria extrativa mineral retraiu 9,6%; os serviços apresentaram contração de 3,7% e o comércio, de 10,7%.
Pelo quinto trimestre seguido, todos os componentes da demanda interna apresentaram resultados negativos. A despesa de consumo das famílias diminuiu 6,3%, resultado explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período. Já a formação bruta de capital fixo (taxa de investimento) caiu 17,5%, a oitava queda consecutiva, ficando em 16,9% do PIB no primeiro trimestre de 2016, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (19,5%).
As exportações de bens e serviços cresceram 13,0%, enquanto as importações de bens e serviços recuaram 21,7%, ambas influenciadas pela desvalorização cambial de 37% e pelo fraco desempenho da atividade econômica registrado nos primeiros três meses de 2016, na comparação com o mesmo período de 2015.
A recessão econômica em curso resulta de uma conjunção de fatores, de origem externa e interna, conforme indicado no Boletim de Conjuntura nº 6, de março de 2016.
Externamente, podem ser destacados o fraco desempenho das economias europeias e japonesa e a desaceleração observada na China. Tais eventos repercutem diretamente sobre o nível de comércio mundial, reduzindo os mercados para os produtos de exportação e, consequentemente, provocando queda no preço das commodities (produtos de pequena diferenciação e pouco processamento industrial, negociados amplamente no mercado internacional). Isso atinge duramente países com alta dependência da exportação desses produtos, como é o caso do Brasil (com a soja, o minério de ferro, o petróleo bruto etc.).
* Para ler o boletim, na íntegra, clique aqui
Imprensa SEESP
Informação do Dieese
A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social defende a manutenção dos direitos sociais e uma reforma estrutural da captação de recursos, nos termos da legislação atual, com o propósito de garantir a segurança jurídica e atuarial do sistema de Seguridade Social Brasileiro, sem restrição ou extinção de direitos.
É de praxe dos governos e da mídia trazer a público informações incompletas, no intuito de impor “reformas” que favorecem certos segmentos, que visam lucro, em detrimento de políticas e conquistas sociais, destruindo o princípio republicano ao utilizar a " res publica" em favor do interesse privado e empresarial.
É o que ocorre com a Previdência Social que, há anos, segundo informações governamentais repetidas pela mídia de massa, encontra-se deficitária e em risco de “falência”. Nesse argumento, várias reformas foram instituídas, principalmente após a Carta Magna de 1988, como exemplo as Emendas Constitucionais nº 20/1998, 41/2003 e 47/2005; Leis 8.213/91, 8.112/90, 9.876/99, 12.618/2012 e as recentes 13/183/2015 e 13.135/2015; Medidas Provisórias 664 e 665 de 2014, dentre outros.
A frente tem o propósito de acabar com o mito do déficit, destruindo as premissas equivocadas do governo e demonstrando que o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é superavitário, pugnando que a prevenção de futuros problemas, ocasionados pela inversão demográfica, devem ser enfrentados com um bom debate e sob a realidade atuarial e econômica da Seguridade Social.
Com base em pesquisas e publicações da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e Fundação Anfip de Estudos da Seguridade Social e Tributário, inclusive na recente publicação “Previdência Social: contribuição ao debate”, passamos a apresentar informações importantes sobre pontos para serem discutidos em uma possível reforma previdenciária, pois não é admissível a retirada de direitos essenciais aos trabalhadores e segurados da Previdência Social pública.
Pelo estudo elaborado pela frente, conclui-se que, antes de se proceder às reformas nas regras dos benefícios, se impõem várias revisões: do financiamento da Seguridade Social, especialmente quanto à desoneração da folha de pagamentos sem o correspondente repasse dos recursos da contribuição substitutiva; das renúncias e desonerações fiscais; da DRU, para que não incida sobre nenhuma das contribuições sociais; e do modelo administrativo-judicial de cobrança de dívidas ativas de contribuições previdenciárias.
O malfadado déficit da Previdência Social nada mais é do que uma falácia, criada para esconder a responsabilidade do Estado por suas incessantes políticas de renúncias fiscais, desonerações e desvinculações de receitas, além de sua ineficiência na cobrança de dívidas ativa.
* Confira aqui os parlamentares que integram a frente
* A frente está com várias audiências públicas nos Estados. Confira o calendário
Fonte: Frente Parlamentar em Defesa da Previdência Social
A coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro, do SEESP, Marcellie Dessimoni, foi convidada para fazer um quadro no portal do Saber. Chamado Papo Jovem, o espaço se propõe a discutir temas importantes para a juventude, alguns já estão no ar sobre os temas a mulher jovem no mercado de trabalho e juventude na política e cidadania.
Confira, a seguir, os três programas:
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Imprensa SEESP
A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e o Clube de Engenharia colocam em pauta a urgência em se resgatar a engenharia pública na gestão das cidades brasileiras e o seu papel para que se garanta bem-estar à população e desenvolvimento local. Nesse esforço realizam, nesta quarta-feira (29/06), na sede do clube, no Rio de Janeiro, debate com a participação de profissionais, especialistas, autoridades e lideranças da engenharia nacional. À abertura do evento, foi lançada a nova edição do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que aborda, neste ano, o tema “Cidades”, que contou, entre outras autoridades, com a presença do deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL).
Com a taxa de urbanização brasileira quase igual à da França (85%), acumulam-se nas cidades do País grandes problemas. Em ano de eleições municipais, a categoria busca – como é seu papel e prática – dar contribuição para sanar tais questões, afetas às condições de vida da maioria da população do País. A preocupação está presente na atual etapa do projeto lançado pela FNE, em 2006.
Discutido com a categoria nos vários estados nacionais, o documento é fruto de notas técnicas escritas por especialistas nas seguintes áreas essenciais ao desenvolvimento local: finanças municipais, parcerias público-privadas, habitação, engenharia pública, transportes e mobilidade urbana, saneamento, iluminação pública e internet pública. Consideradas as propostas ali elencadas e contribuições dos engenheiros, o resultado final dos debates será entregue aos candidatos no pleito de 2016 a partir deste mês de julho.
Para Carlos Monte, coordenador técnico do projeto “Cresce Brasil +Engenharia + Desenvolvimento”, as questões abordadas “são contribuição valiosa dos engenheiros para os futuros comandantes das prefeituras”. Fernando Palmezan, coordenador geral da iniciativa, salienta: “Hoje está tudo parado na área. Essa ação pode inaugurar processo para que saiamos desta situação difícil. Fizemos algo parecido em 2006, quando lançamos o ‘Cresce Brasil’ e ajudamos a deslanchar a engenharia no Brasil. Conseguindo levar adiante as propostas atuais, poderemos dar novo impulso para ajudar o País a encontrar um rumo melhor.”
A versão atual conta com aliado importante: o movimento “Engenharia Unida”, lançado em março deste ano pela FNE, cujo objetivo é unificar as diversas entidades e profissionais da categoria na busca de saídas à crise enfrentada nacionalmente. Nesse sentido, Monte observa que “a apresentação e os debates abordados no ‘Cresce Brasil – Cidades’ representarão oportunidade única para que fique demonstrada a unidade de atuação em torno das questões mais relevantes da nossa profissão”.
Contribuições
Dos 204 milhões de habitantes, mais de 160 milhões vivem em áreas urbanas, conforme os dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da FNE e do SEESP, enfatiza: “Assegurar qualidade de vida a esse contingente significa produzir, entre outros itens, moradias, saneamento básico, transporte público e soluções de mobilidade, hospitais e postos de saúde, escolas, equipamentos de cultura e lazer, iluminação pública e, mais recentemente, acesso público à internet.” Ele destaca ainda que é preciso garantir geração de empregos e oportunidades de renda.
Somadas às crises econômica e política, Pinheiro reconhece que as condições verificadas na maioria das cidades estão muito aquém do necessário para atender tais demandas. “São escassos os recursos, tendo em vista a dependência dos municípios em relação aos estados e à União, e falta também capacidade técnica e administrativa para elaborar, executar e fiscalizar projetos e obras. Em outras palavras, as cidades brasileiras carecem de engenharia.”
O “Cresce Brasil – Cidades” aponta a premência de se recuperar seu papel no planejamento e projetos como elemento vital à gestão urbana. “Recursos públicos vultosos são desperdiçados cotidianamente pela perene ausência dessa componente estratégica.” Agravante é que se tratam as questões afetas à qualidade de vida nas cidades de forma segmentada. Como alertam os engenheiros na publicação, não se articulam o planejamento, os projetos, a execução e a operação de bens e serviços públicos, “que são tratados isoladamente como de responsabilidade de áreas ou secretarias específicas”.
Esse quadro, aponta o “Cresce Brasil – Cidades”, gera conflitos entre as diversas intervenções necessárias, por exemplo em relação ao uso e ocupação do solo, habitação, transportes, redes de iluminação, alocação de escolas e unidades de saúde.
Outro desafio a ser superado é quanto à falta de um pacto federativo, o que culmina em conflitos de competência. Reverter a pouca transparência na gestão pública e fortalecer a economia local estão entre outros indicativos dados pela FNE na atual etapa de seu projeto. “Urge a abertura de sérios debates em torno de caminhos diversos e complementares, tais como a implantação de agências municipais de promoção de negócios; o incentivo à criação de polos produtivos, tecnológicos e científicos; a adesão à formação de clusters regionais de produção; e políticas de especialização em serviços”, ressalta o documento.
A federação identifica ainda os problemas resultantes da ausência de parâmetros de engenharia como pré-requisitos às propostas em licitações.
Assim, elenca entre as premissas para enfrentar os desafios “o planejamento público coordenado entre os entes federativos, que resulte em projetos de investimento tecnicamente embasados”, o qual “deve alcançar condições de financiamento público, tal como ocorre nas empresas em relação ao financiamento privado”. Acordos de cooperação técnica com universidades locais à elaboração dos projetos também estão entre as propostas do “Cresce Brasil – Cidades”.
* Leia o “Cresce Brasil – Cidades” aqui.
Soraya Misleh
Imprensa SEESP
Foto: Rita Casaro
Atualização dessa notícia no dia 30 de junho de 2016, às 15h35
Há 15 anos acontece, em São Paulo, a Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas, que tem como objetivo intermediar o diálogo entre cidadãos, instituições, iniciativa privada e governo, para aprofundar a discussão sobre os três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social, além de propor políticas públicas e legislações de caráter mais objetivo e resolutivo. Neste ano, o evento, que é gratuito, acontece nesta quinta-feira (30/06), das 8h30 às 17h, na sede da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD) - Rua Voluntários da Pátria, 547 – Santana – próxima a estação Tietê do Metrô.
A programação da Conferência, que este ano tem como tema: Bairro a Bairro: São Paulo mais verde. Mudanças Climáticas- Desdobramentos da COP21, será aberta por uma mesa diretora, onde autoridades de diversas áreas do governo estadual e municipal e entidades da sociedade civil irão expor ações focadas nas questões de sustentabilidade. A palestra magna será ministrada pelo urbanista Cândido Malta que é o responsável pela criação de políticas de desenvolvimento urbano em diversas cidades brasileiras e na sequência dois painéis contarão com a presença de especialistas da iniciativa privada, governo, universidade e terceiro setor.
Imprensa SEESP
Com informações da assessoria de comunicação do vereador Gilberto Natalini
A XIV Semana de Relações Internacionais da Unesp, que ocorrerá entre os dias 15 e 19 de agosto de 2016, em Franca, terá como tema central a “(Des)construção das Relações Internacionais: o mundo em movimento”.
Segundo os organizadores, as discussões “estarão centradas nas novas abordagens no campo das Relações Internacionais, que de diferentes formas buscam ‘descontruir’ certos mitos e proposições mais tradicionais dessa área, apresentando perspectivas críticas”.
“Terrorismo e Contraterrorismo nos Estudos de Relações Internacionais e Conflitos Contemporâneos”, “Energia nas Relações Internacionais Contemporâneas”, “Interpretações sobre a integração regional: a América Latina em foco” e “As operações de paz e a dimensão civil” serão temas de alguns dos minicursos.
“Pacifismo e federalismo nas Relações Internacionais”, “Ecopolítica Internacional”, “Paz, Defesa e Segurança Internacional: o problema da guerra e as vias da paz”, “Marxismo e as Relações Internacionais” e “Desafios da internacionalização da educação superior na América Latina” serão algumas das mesas-redondas.
Mais informações sobre o evento clique aqui.
Fonte: Unesp Agência de Notícias
Por mais que o tema esteja cada vez mais familiar é pertinente explicar tudo sobre a desaposentação, pois ainda existem muitos aposentados com medo de entrar com seu processo.
A desaposentação é uma ação judicial que tem por objetivo somar todas as contribuições feitas pelo aposentado (antes e depois de aposentado) para se ter uma aposentadoria mais vantajosa no lugar da atual.
Antigamente existia uma lei chamada “Pecúlio”, também conhecida por muitos como “Pé na Cova”. Infelizmente o Pecúlio foi extinto em 1994. Desde então, o aposentado é obrigado a contribuir se voltar ao mercado de trabalho, sem ter direito a nada, salvo salário família, reabilitação profissional.
Por esta razão se desenvolveu uma tese que hoje se tornou uma ação judicial consolidada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e conhecida como desaposentação.
O STJ, em maio de 2013, atestou em caráter definitivo e unânime que não há que se falar em devolução dos benefícios recebidos. E também o aposentado que ingressar com essa ação não fica sem receber o benefício atual.
A regra 85/95 já está valendo desde junho/2015 para todas as novas aposentadorias. Isso significa que, em todos os processos de desaposentação ajuizados depois dessa data, atingido os requisitos, têm direito a essa nova regra. Para ter direito a nova regra a mulher precisa ter pelo menos 30 anos de tempo de contribuição e uma idade que, somada ao tempo, atinja 85 pontos. Já no caso dos homens, o tempo mínimo tem que ser de 35 anos e, somado a idade, atingir 95 pontos.
Não existe um tempo mínimo definido de trabalho após aposentadoria para requerer a desaposentação. Nós fazemos o cálculo. Se o resultado trouxer uma vantagem econômica consistente, nós recomendamos que entre com o processo.
Nosso escritório possui causas ganhas de clientes que estão recebendo a nova aposentadoria com a desaposentação.
* Simone Bramante, advogada do SEESP na área previdenciária. Plantão na sede de SP: segunda-feira, das 9h às 12h e quarta-feira, das 13h às 17h
Nesta sexta-feira (1º/07), a partir das 9 horas, a CNTU realiza, na sede do SEESP, em São Paulo, a 9ª Jornada Brasil Inteligente, que terá como tema o projeto “Brasil 2022: o País que queremos”. Na pauta da atividade, discussões sobre economia, cultura e política, visando um salto socioeconômico, cultural e científico tendo o bicentenário da Independência como norte.
Duas comemorações em 2022, o Bicentenário da Independência do Brasil e 100 anos da Semana de Arte Moderna, colocam desde já a questão fundamental dos destinos do País: a necessidade de conquistar o alargamento e aprofundamento da democracia e desenvolvimento nacional. O projeto Brasil 2022 é ato catalisador das potências criativas e vitais do País.
“Mais do que comemorar, com o Brasil 2022, a CNTU pretende mobilizar a força simbólica desses dois acontecimentos. Unir as potências dos profissionais universitários com todas as demais potências criativas da ciência, tecnologia, inovação, das artes, da filosofia, da literatura, da educação. Enfim, unir as forças da cultura, respeitando-se as características de cada uma, mas proporcionando o diálogo, a interação entre elas, por um mundo melhor, pelo país que queremos e podemos produzir”, avalia Allen Habert, diretor de Articulação Nacional da CNTU e coordenador do evento.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) é uma entidade representativa que reúne quatro federações e 56 sindicatos filiados. Com o projeto Brasil 2022, a confederação atua na criação de uma rede de parceiros e num conjunto de orientações iniciais para formular questões e respostas sobre as profissões universitárias e sobre o sindicalismo dos profissionais universitários.
Esse panorama e perspectivas entram em debate no evento. Duas mesas-redondas, abordando soberania, cultura, política e economia rumo ao País que queremos, e a plenária do “Conselho das 1.000 cabeças” compõem agenda da atividade.
A atividade terá transmissão ao vivo online neste link.
Programação
9h – Sessão de abertura
9h30 – Apresentação da logomarca do projeto Brasil 2022: O País que queremos - Ruy Ohtake, arquiteto e designer
10h – Mesa-redonda “Soberania e cultura rumo ao Brasil 2022”
Allen Habert, engenheiro, diretor da CNTU
Ceci Juruá, economista, conselheira consultiva da CNTU
Isa Grinspum Ferraz, socióloga e cineasta, diretora cultural da Fundação Darcy Ribeiro
Jorge Antunes, compositor e maestro, professor titular da Universidade de Brasília (UnB)
14h – Mesa-redonda “Economia e política rumo ao Brasil 2022”
Carmen Cecilia Bressane, advogada, integrante da Auditoria Cidadã da Dívida
João Guilherme Vargas Netto, analista político, consultor sindical da CNTU
Odilon Guedes, economista, diretor da CNTU
16h – 9ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU, o “Conselho das 1.000 Cabeças”
Posse dos novos Conselheiros Consultivos
Depoimentos dos conselheiros sobre “Ciência, tecnologia, inovação, educação e cultura rumo ao Brasil 2022”
18h – Encerramento
Imprensa SEESP
Com informações da CNTU
Nesta quarta-feira, 29 de junho, em que se homenageia o Engenheiro de Petróleo, o País comemora a produção do combustível fóssil operada no pré-sal que alcançou, em meados de maio último, um novo recorde, ao superar o patamar de 1 milhão de barris por dia (bpd). A Petrobras, companhia brasileira do setor, é responsável por mais de 70% do volume produzido. Por trás das recentes descobertas de campos petrolíferos nacionais estão profissionais altamente capacitados.
“A engenharia e os trabalhadores têm muito a comemorar. A grande mídia tenta desmoralizar a Petrobras, propagandeando a tese dos que querem privatizá-la e entregá-la ao cartel do setor. Mas foi a Petrobras que descobriu petróleo onde as outras não descobriram, como o pré-sal recentemente, e, ainda na década de 1970, o campo de Majnoon no Iraque”, afirmou Fernando Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), que reúne quatro mil profissionais de nível superior.
Foto: Aepet
"Os nossos profissionais são extremamente capacitados", salienta Siqueira
Ele lembrou que naqueles anos de instabilidade entre iraquianos e iranianos, as grandes empresas do cartel abandonaram o campo, e foram os trabalhadores da Petrobras que estudaram os levantamentos sísmicos e encontraram rochas apropriadas que indicavam a existência de petróleo. “Os nossos profissionais são extremamente capacitados já que o Brasil tem uma diversidade imensa de formações rochosas e de poços de petróleo. Eles empregaram esse conhecimento e acabaram chegando ao segundo maior poço do óleo que o Iraque possui”, completou Siqueira, referindo-se à descoberta do gigantesco campo de Majnoon. Posteriormente, por conta das tensões entre o Irã e o Iraque, a empresa cedeu o campo em troca de indenização e fornecimento de petróleo.
Atuações
O engenheiro no setor pode atuar em diversas etapas do processo. Desde a exploração de novas áreas – chamadas de províncias – como engenheiro de perfuração e de reservatório, até os últimos estágios no momento de transformação do óleo em subprodutos. “Depois do trabalho do geólogo e do geofísico, que estudam o globo terrestre e locais possíveis para exploração, entra o conhecimento acumulado da engenharia brasileira”, observa Siqueira.
Ele explica que para constatar se há algum indício de petróleo, os geólogos e geofísicos fazem um levantamento a partir de um processo chamado sísmica, que consiste em provocar uma explosão no local e, depois, com o uso de equipamentos especializados, identificar os tipos de rochas encontradas. Se existir uma rocha possível, portadora do óleo, é preciso uma exploração mais precisa para definir se vai valer a pena perfurar no lugar. Uma vez que o geólogo encontra uma probabilidade de petróleo, ele aciona o engenheiro para perfurar.
Pré-sal
No caso específico do pré-sal, nenhuma empresa mundial foi tão fundo quanto a Petrobras, que aceitou os riscos, chegando a gastar 240 milhões de dólares somente no primeiro poço, que levou a descoberta da maior província petroleira do mundo, em 2006. “A Shell que era detentora do campo de Libra (na Bacia de Santos) só explorou até 3.990 metros de profundidade e não descobriu nada e acabou devolvendo a área. Depois, a Petrobras apostou em explorar até sete 7 mil metros e chegou a camada pré-sal”, lembrou.
Depois de constatado que há um volume considerável, o engenheiro de reservatório é que faz os cálculos para obter o tamanho da jazida. É ele quem elabora estudos sobre as características do reservatório, quais produtos que deverão ser aplicados para exploração, e estimar a quantidade de óleo.
Nas etapas seguintes, o engenheiro de petróleo vai atuar na área de produção, instalando equipamentos para viabilização do escoamento do óleo. Depois do combustível produzido, outro agente na linha de fabricação é o engenheiro de transporte do óleo, que pode ir para oleodutos ou navios. Em seguida, ao chegar à refinaria, o engenheiro de processo é quem vai cuidar do refinamento da matéria-prima que será transformada em subprodutos – como gasolina, gás, nafta (mistura de gás e gasolina para a fabricação de gasolina e indústria petroquímica na confecção de materiais diversos como remédio e perfumes). “Esse profissional precisa ser bastante atento para que extraia ao máximo com o mínimo de desperdício de resíduos. E o que sobra ainda vira asfalto”, salienta Siqueira, que lembra que há uma gama enorme de postos de trabalho para o engenheiro como eletricista.
Este especialista também atua em consultorias ambientais e no setor de exportação e importação, com levantamento e cotações de preços de matérias-primas ou captando compradores.
Independente da posição onde atua, o engenheiro de petróleo tem uma grande responsabilidade com relação à segurança dos demais trabalhadores e com o meio ambiente. É preciso prever riscos implicados nas operações, como vazamentos em plataformas ou explosões.
Tricampeã
Em março de 2015, a Petrobras recebeu, pela terceira vez, o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, o mais importante prêmio que uma empresa de petróleo pode receber na qualidade de operadora offshore. A empresa brasileiraé a única que recebeu a premiação três vez.
Deborah Moreira
Imprensa SEESP