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Nesta quarta-feira (15/08), a presidente Dilma Rousseff afirmou que o programa de concessões de rodovias e ferrovias vai saldar uma dívida de décadas de atraso em investimentos em logística. O Programa de Investimentos em Logística prevê a aplicação de R$ 133 bilhões em 9 trechos de rodovias e em 12 trechos de ferrovias, aumentando, assim, a escala dos recursos públicos e privados em infraestrutura de transportes.

“Nós, aqui, não estamos desfazendo de patrimônio publico para acumular caixa ou reduzir dívida. Nós estamos fazendo parceria para ampliar a infraestrutura do país, para beneficiar sua população e seu setor privado, para saldar uma dívida de décadas de atraso em investimentos em logística”, afirmou.

Segundo a presidente, é uma “questão absolutamente falsa” a afirmação de que o governo estaria privatizando rodovias e ferrovias, mas que serão corrigidos equívocos cometidos em privatizações de ferrovias.

Ferrovia de todos
Para Dilma, o que o seu governo faz agora é estruturar um modelo no qual será dado o direito de passagem a todos quanto precisarem transportar sua carga. “Na verdade, é o resgate da participação do investimento privado em ferrovias, mas é também o fortalecimento das estruturas de planejamento e de regulação. Por que o que um operador independente vai fazer? Ele vai transportar a carga que ele achar necessária. Ninguém que é dono de uma carga pode controlar uma ferrovia. A ferrovia é de todos os que querem passar carga – isso é o princípio de quem tem rede”, disse.

Veja o vídeo de entrevista da presidente Dilma sobre a logística do país:

 

Rosângela Ribeiro Gil
Com informação do Blog do Planalto



A observação foi feita pela desembargadora Ivani Contini Bramante, do TRT/2ª Região de São Paulo, na abertura do 1º Fórum Nacional de Trabalho em Altura – NR35, nesta quarta-feira (15/08), na sede do SEESP, na Capital paulista, uma realização da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), com o apoio institucional do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O evento, cuja finalidade foi apresentar, discutir e difundir os conceitos e os aspectos da NR35 (Norma Regulamentadora nº 35), reuniu representantes do Ministério, técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, empresas, advogados e trabalhadores de outras categorias profissionais, durante todo o dia. 

* Veja aqui as fotos do 1º Fórum Nacional de Trabalho em Altura - NR35

Bramante destacou a figura do profissional de engenharia que tem todo o conhecimento técnico do meio ambiente do trabalho, ao mesmo tempo parabenizou a elaboração da NR35 como um importante avanço na legislação. Para ela, a missão agora é fiscalizar a  sua aplicação. 

O presidente da FNE e do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, acredita que os engenheiros do país ajudaram a dar um passo importante na discussão das normas de segurança do trabalho em altura, que culminou com a publicação da NR35, em março último. 

O auditor fiscal do Trabalho Luiz Carlos Lumbreras Rocha, coordenador do GTT (Grupo de Trabalho Tripartite) do Trabalho em Altura, do MTE, lembrou que 40% dos acidentes laborais, no país, referem-se às atividades com diferença de nível. Por isso, fez questão de destacar que a FNE foi o “nascedouro” da NR35. O tempo recorde na elaboração da norma foi outro aspecto que Rocha observou. “Iniciamos em março de 2011 com o grupo de governo, passando depois para a consulta pública e, por fim, com o GTT. Tudo isso terminou em março de 2012. Exatamente em um ano.” 

Outro ponto importante para Rocha é que a NR, mesmo antes de entrar em vigor [em setembro próximo], já conta com um manual para ajudar a elucidar dúvidas e garantir a aplicabilidade correta de todos os procedimentos previstos. 

O representante do MTE, Rinaldo Marinho Costa Lima, ao mesmo tempo em que exortou um cenário para a segurança do trabalho único e melhor, já que hoje está na pauta da imprensa, da sociedade e da Justiça, também apresentou que “todo mês, segundo dados da Previdência Social, temos um avião da TAM [referindo-se ao acidente com a aeronave da companhia aérea, em 2007, no aeroporto de Congonhas (SP), onde morreram mais de 200 pessoas] de acidente do trabalho. São 40 trabalhadores por dia que se acidentam e se afastam por aposentadoria por invalidez. É nesse cenário que vem a NR35, que é viável, mas o grande desafio é transformá-la num ´marco´de segurança para o trabalhador”. 

Compuseram a mesa de abertura do fórum, além do presidente da FNE, da desembargadora Ivani Contini, do coordenador da GTT Luiz Carlos Lumbreras Rocha e do representante do MTE, Rinaldo Marinho Costa Lima; o deputado estadual Simão Pedro (PT/SP); José Manoel Teixeira, representante da FNE no GTT; e Washington Maradona Aparecido dos Santos, membro da CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente). 

Evitar o trabalho em altura
No primeiro painel do fórum, na parte da manhã, foram discutidos os aspectos gerais da NR35, com o coordenador do GTT do Trabalho em Altura, o auditor fiscal Luiz Carlos Lumbreras Rocha; os procedimentos de trabalho, com o auditor fiscal do Trabalho da SERT/SP (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho), Gianfranco Pampalon; e as análises de risco, com o membro do GTT da NR35, Aguinaldo Bizzo de Almeida. 

Apesar da NR regulamentar procedimentos da atividade executada acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda, Rocha observou que o foco da norma é evitar o trabalho em altura (TA). “Deve-se fazer a pergunta: não é possível fazer o trabalho de outra forma? Se não for possível evitar, utilizar equipamentos que afastem os riscos de queda ou utilizar equipamentos para reduzir a distância e as consequências da queda.” 

A Norma Regulamentadora que entrará em vigor em setembro próximo, tem procedimentos sobre capacitação (treinamento inicial, periódico e eventual), autorização, aptidão, execução, avaliação prévia, permissão de trabalho, EPI e emergência e salvamento. 

O auditor fiscal do Trabalho da SERT/SP, Gianfranco Pampalon, explicou que o TA deve ser precedido de análise de risco que leve em conta os seguintes pontos: local e entorno da execução dos serviços; isolamento e sinalização do entorno; estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; condições meteorológicas adversas; fator de queda (0, 1 e 2); risco de queda de materiais e ferramentas; trabalhos simultâneos com riscos específicos; atendimento a requisitos de outras normas; riscos adicionais; condições impeditivas, que não se restringem ao ambiente de trabalho, mas também em relação ao estado de saúde do trabalhador no momento da realização da atividade; situações de emergência, resgate e primeiros socorros; necessidade de sistema de comunicação e forma de supervisão.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP



O futuro do sistema do transporte ferroviário no Estado de São Paulo é tema de seminário que será realizado no dia 22 de agosto, das 9h às 12h30, na sede do SEESP (rua Genebra, nº 25, Bela Vista, SP). O evento pretende discutir com os dirigentes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) investimentos em tecnologia, infraestrutura e ampliações dos serviços da companhia.

Criada há 20 anos, a CPTM tinha 270 quilômetros de malha, resultado da junção de trechos da Sorocabana, Central do Brasil e Santos-Jundiaí, que tinham como objetivo principal o transporte de carga. Hoje, ela transporta mais de 2,6 milhões de passageiros em 22 municípios da Grande São Paulo. Mas a demanda pelo transporte ferroviário é cada vez maior e se impõe como uma necessidade para melhorar a mobilidade urbana, com um modal não agressivo ao meio ambiente. Além disso, outras cidades paulistas carecem de trens de passageiros. Tudo isso será debatido no seminário do dia 22, uma realização conjunta SEESP, FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), CPTM e Governo do Estado de São Paulo. O evento é aberto ao público.

Acompanhe, a seguir, a programação do dia:

9h - Abertura

Murilo Celso de Campos Pinheiro - Presidente do SEESP e da FNE

Jurandir Fernandes - Secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos

Mário Bandeira - Diretor-presidente da CPTM

José Roberto Cardoso - Coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP e diretor da Escola Politécnica da USP

9h30 - Investimento no Sistema de Transportes Metropolitanos

Palestrante - Jurandir Fernandes

Debatedor - Adriano Murgel Branco - Diretor da AMBranco Consultores

10h30 - Investimento em Infraestrutura e Modernização Tecnológica do Sistema Ferroviário

Palestrante - Mário Bandeira

11h - O futuro das ligações regionais sobre trilhos no Estado de São Paulo

Palestrante - Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro - Diretor de Planejamento da CPTM

Debatedor - Ettore Bottura - Professor da Escola Politécnica ad USP

Coordenador - Edilson Reis - Diretor do SEESP

12h - Debate

12h30 – Encerramento

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP

 


O déficit habitacional de 5,8 milhões, no Brasil, e a apresentação de soluções para o problema serão tema do seminário “Inclusão e melhoria de imóveis existentes no programa Minha Casa, Minha Vida”, que acontecerá no próximo sábado (18/08), a partir das 9h, na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), na Capital paulista. O evento é uma iniciativa conjunta do sindicato com o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), a UNMP (União Nacional por Moradia Popular), a CMP (Central de Movimentos Populares), o MNLM (Movimento Nacional de Luta por Moradia) e o Conam (Conselho Nacional das Associações de Moradores).

* Veja toda a programação do seminário aqui

Ao mesmo tempo em que o país vive o drama da falta de moradia para milhões de brasileiros, contabiliza-se cerca de 6 milhões de habitações vagas, segundo o censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Uma saída para o problema que atualmente emperra o esforço de oferecer moradia digna à população brasileira seria incluir no programa federal “Minha Casa, Minha Vida” unidades habitacionais existentes, que receberiam melhorias com assistência técnica pública e gratuita.

O “Minha Casa, Minha Vida”, como destacam os organizadores da atividade do dia 18, criado pelo governo em 2009, tem como intuito suprir o déficit atual com a construção de imóveis novos, especialmente para as famílias de baixa renda. No entanto, a supervalorização do preço dos terrenos acabou por inviabilizar parte do programa, sobretudo nas capitais.


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP

 

 

 

Com o objetivo de resolver o impasse entre a empresa do ramo automotivo GM (General Motors) e o seu quadro de funcionários, a Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho), por meio do secretário Carlos Ortiz, participou, no dia 4 último, na reunião na sede do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em São José dos Campos. O encontro recebeu representantes do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), da prefeitura, da empresa e do sindicato dos metalúrgicos local. Depois de nove horas de conversa, chegou-se ao entendimento de que, neste primeiro momento, está afastado o risco de demissão imediato na cidade.

Além de Ortiz, estiveram presentes, entre outras autoridades, o secretário nacional do Emprego (MTE), Manoel Messias de Melo, José Roberto Melo (MTE-SP), o prefeito Eduardo Cury, Luiz Moan, diretor de assuntos institucionais da GM do Brasil, e o presidente do sindicato, Antônio Ferreira (o “Macapá”). O impasse é resultado de uma queixa da empresa norteamericana, que vem reiterando há alguns dias a necessidade de ajustes em uma das oito plantas das indústrias da empresa no município e alega excedente de mão de obra.

De acordo com Moan, o problema “vem se arrastando por quatro anos junto ao sindicato”. Segundo a própria empresa, mais de R$ 3 bilhões deixaram de ser investidos nas unidades em função de desacordos junto ao sindicato. “A GM sempre se posicionou dando a entender que as demissões não eram o caminho, mas, sim, o entendimento com o sindicato e o município”, ressaltou o diretor.

“Houve uma negociação extremamente positiva. Creio que foram dadas condições para que, a partir de agora, haja um diálogo mais maduro entre as duas partes no que diz respeito às relações do trabalho”, afirmou Messias. “Valeu todo o esforço. Chegamos ao final com um bom entendimento entre todas as partes envolvidas. Isso beneficia diretamente a sociedade joseense e, obviamente, toda a economia da cidade. Trata-se de um grande ganho político”, declarou Ortiz.

As resoluções foram anunciadas pelo presidente do sindicato. Macapá informou que existia o risco de demissões a exatos 1840 funcionários (inclusive no processo de MVA – Montagem de Veículos Automotivos) e que vinha discutindo junto à empresa a manutenção da produção atual do Classic (20 por hora ou 160 ao dia). As autoridades chegaram ao consenso de que, a partir da próxima quarta-feira (08), 940 funcionários terão seus contratos suspensos (processo também conhecido como “lei off”) até o dia 30 de novembro.

Eles receberão salários de maneira integral durante o período: R$ 1.163 concedidos via Estado, pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o complemento pela empresa. Abre-se também o período do Plano de Demissão Voluntária (PDV) em toda a fábrica. Depois de aprovação em Assembleia no sindicato (a ocorrer na próxima terça-feira), essa parcela de pessoal recebe 15 dias de férias e, na sequência, cursos de qualificação.

“Depois disso, no prazo de 70 dias, buscaremos novos processos de negociação junto à empresa para que ela garanta não apenas os postos de trabalho, mas para que haja novos investimentos e aumento de produção na planta da cidade. Discutiremos também as condições dos trabalhadores em regime ‘lei off’ após o dia 30 de novembro. A luta deve continuar”, discursou Macapá.

Após a decisão, Moan salientou a importância da tomada dessas questões estratégicas. “Era preciso essa flexibilização das relações trabalhistas para uma maior competividade da fábrica”, disse. O diretor afirmou o interesse por parte da companhia de encaminhar o próximo investimento da GM à cidade.


Imprensa – SEESP
Informação do Governo do Estado de SP



Qualificação e emprego à região do Vale do Paraíba. Três cidades; 325 pessoas beneficiadas pelo programa Frente de Trabalho. Este foi o saldo do evento realizado no Centro Esportivo João Carlos de Oliveira – “João do Pulo” -, no dia 28 último, que marcou a implantação desta ação da Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho) em parceria com as prefeituras de Pindamonhangaba, Potim e Queluz.

Com foco nos trabalhadores desempregados há no mínimo um ano, a Frente de Trabalho atua em prol de atividades profissionais, qualificação profissional e geração de renda para cidadãos em situação de alta vulnerabilidade social. Durante nove meses e 150h de qualificação direcionada à demanda do município e respeitando a formação de cada pessoa, os bolsistas prestam serviços à prefeitura e à comunidade durante quatro dias por semana (6h/dia).

Das 325 bolsas, 225 foram para o município de Pindamonhangaba, 50 para Potim e outras 50 para Queluz. Em um investimento que se aproxima de R$ 1 milhão em todo o período do programa. Desta forma, a Frente de Trabalho passa a atender 107 municípios em todo o Estado.

Frente de Trabalho
O programa tem duração de nove meses, além de 150 horas de qualificação. Os alunos recebem mensalmente bolsa-auxílio de R$ 210, crédito para a compra de alimentos no valor de R$ 86 e seguro de acidentes pessoais. Durante o período, os participantes devem prestar serviços de interesse local e frequentar curso de qualificação profissional oferecido pela Sert.


Imprensa – SEESP
Informação da Sert



O STJ (Superior Tribunal de Justiça) garantiu a um aposentado e seus dependentes o direito de continuar como beneficiários de plano de saúde coletivo operado pela Intermédici Serviços Médicos, isentos de carência, nas mesmas condições de cobertura assistencial e de preço per capita do contrato. O aposentado deverá assumir o pagamento integral da contribuição.

Segundo o relator do processo, ministro Raul Araújo, a jurisprudência do STJ vem assegurando que sejam mantidas as mesmas condições anteriores do contrato de plano de saúde ao aposentado (Lei 9.656/98, artigo 31) e ao empregado desligado por rescisão ou exoneração do contrato de trabalho (Lei 9.656/98, artigo 30).

“Assim, ao aposentado e a seus dependentes deve ser assegurada a manutenção no plano de saúde coletivo, nas mesmas condições que gozavam quando da vigência do contrato de trabalho, desde que o aposentado assuma o pagamento integral da contribuição”, afirmou o ministro.

No caso, o aposentado ajuizou a ação para que fosse mantido, juntamente com sua esposa e filha, como beneficiário de plano de saúde coletivo mantido pela Intermédici, na modalidade standard, isentos de prazo de carência, nas mesmas condições de que gozavam quando da vigência do contrato de trabalho por tempo indeterminado, comprometendo-se, ainda, a assumir o pagamento integral das mensalidades.

A operadora do plano, por sua vez, sustentava que, a partir de maio de 1999, a manutenção do aposentado e seus beneficiários no plano de saúde somente seria possível na modalidade individual, de maior custo mensal, e não mais na coletiva.

* Informação do SJT



A FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e o Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia) realizam, com apoio institucional do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), o 1º Fórum Nacional de Trabalho em Altura – NR35, nesta quarta-feira (15/08), no SEESP (rua Genebra, 25, Bela Vista, SP), a partir das 8h30. O objetivo é apresentar, difundir e discutir, junto aos profissionais do setor de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), os conceitos e os aspectos da NR35 (Norma Regulamentadora nº 35) e melhorar a percepção e o entendimento da gestão e das boas técnicas que visam garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis. Na ocasião, será lançado, também, o “Manual de auxílio na interpretação e aplicação da Norma Regulamentadora nº 35 – Trabalhos em Altura”.

Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a eventos envolvendo quedas de trabalhadores de diferentes atividades. A criação de uma NR ampla, que atenda a todos os ramos de trabalho, é um importante instrumento de referência para que estes trabalhos sejam realizados de forma segura.

A proposta de se criar uma NR específica sobre o trabalho em altura começou a se esboçar, em 2010, depois de seminário realizado pela Federação sobre o tema. “O motivo maior foi o número excessivo de morte em quedas de altura, por isso solicitamos ao ministério [do Trabalho] a discussão dessa norma. Na história das NRs a de altura é a que saiu mais rápido, em um ano aproximadamente”, lembra José Manoel Teixeira, diretor do SEESP e representante da FNE na CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente) instituída pelo MTE para elaboração da norma.

A NR foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) no dia 27 de março último. Do grupo participaram representantes do governo, dos trabalhadores e dos patrões.

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP


É definida na Constituição Federal a função social da terra, que é cumprida quando os seguintes requisitos são atendidos: a) aproveitamento racional e adequado; b) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; c) observância das disposições que regulam as relações de trabalho e d) exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

A produção de matérias primas, alimentos e agroenergia, segundo técnicas agronômicas adequadas, cumpre a função social da terra, pois produz bens fundamentais à sociedade, respeita o ambiente e gera empregos e renda aos trabalhadores e agricultores. Isso vem ocorrendo, inclusive, em áreas desmatadas legalmente nos últimos séculos.

Com o que se propõe na nova legislação, essas áreas deverão ter a floresta recomposta. Segundo consta, os agricultores deverão arcar com o custo do reflorestamento. Consequentemente, não haverá mais produção de outros bens nessas áreas, postos de trabalho desaparecerão e a renda do agricultor diminuirá. Como fica então a função social da terra, uma vez que será diminuído em diversos graus o bem-estar dos proprietários e trabalhadores?

Atualmente, os bens produzidos nessas áreas são consumidos ou comercializados, gerando trabalho e renda. Quem paga pelos bens é a sociedade, os cidadãos que consomem alimentos, fibras e energia. Nada mais justo, pois são eles que usufruem. Se eu necessito de arroz, compro arroz, se necessito de carro, compro carro, se vou abastecer o carro com álcool, compro álcool. Assim funciona a sociedade e a economia. Os bens têm um valor, segundo sua disponibilidade e necessidade, ou segundo a oferta e a demanda.

Aí vem a questão: quem usufrui do ambiente? Ora, todos nós respiramos, sentimos frio, calor, dependemos da biodiversidade para sustentar nossa vida no planeta Terra. Assim, como todos os cidadãos usufruem do ambiente, a sociedade usufrui dele. Do mesmo modo que o faz com outros bens.

Seria então correto dizer que o ambiente pertence à sociedade? Talvez. Mas, neste caso, quem cuida dele? Se precisarmos de um serviço, normalmente ele é contratado e pago, como tantos outros bens.

Agora vamos considerar que as áreas desmatadas nos últimos séculos, mesmo que legalmente, sejam reflorestadas, como indica a legislação proposta. Já vimos que a função social da terra nessas áreas será prejudicada. Mas, além disso, quem deveria arcar com os custos da recomposição? Se o ambiente é da sociedade, um bem público, quem deveria pagar por isso seria a sociedade, ou, no caso do Brasil, o governo. Uma vez recomposta a floresta, alguém deverá cuidar. No caso, os agricultores. Ou seja, os agricultores prestariam um serviço à sociedade, estariam fornecendo um bem a ser consumido por ela e, portanto, deveriam receber por isso.    

Se a sociedade arcar com os custos da recomposição florestal das áreas legalmente desmatadas, a justiça será cumprida, assim como a Constituição Federal. Sim, porque o trabalho e a renda - gerada atualmente por outros bens -, serão mantidos com os recursos advindos dos serviços prestados pelos agricultores ao plantar e cuidar das florestas, os famosos serviços ambientais. Basta que a remuneração dos cuidadores seja equivalente àquela que se obteria, por exemplo, ao valor do arrendamento na região. 

* por Ciro Antonio Rosolem é professor titular da Faculdade de Ciências Agronômicas, Unesp/ Botucatu, membro do CCAS (Conselho Científico para Agricultura Sustentável)


Imprensa - SEESP



O CMCT&I (Conselho Municipal de Ciências, Tecnologia e Inovação), em sua última reunião do atual mandato de dois anos, realizada nesta terça-feira (14/08), na sede do SEESP, discutiu a implantação dos cinco primeiros Núcleos de Desenvolvimento e Inovação na cidade de São Paulo, todos na Zona Leste. O primeiro será formalizado no dia 29 próximo em Itaim Paulista, região com quase 400 mil habitantes, segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, José Alexandre Sanches, que prevê a instalação dos demais até março de 2013, nos bairros de São Mateus, Itaquera, Pirituba e Capela do Socorro. “É muito importante que o município comece a se preparar para o futuro. E o modelo escolhido pela prefeitura, para isso, é o que se baseia em ações em cada território, formando grupos interessados que agreguem empresas, entidades de trabalhadores e educacionais, comércio”, observa o secretário.

A concepção dos “núcleos” se baseia na de organismos estruturados física e legalmente, originados em processos de articulação de lideranças organizacionais altamente representativas, com propósitos bem definidos de atuação em prol do desenvolvimento econômico e social de determinada localidade. A participação da comunidade nesse processo, segundo a apresentação da Agende Guarulhos, agência de desenvolvimento e inovação, com 13 anos de existência, será fundamental para o sucesso da iniciativa. Foi firmado contrato de 12 meses entre a prefeitura paulistana e a Agende para a execução de toda a proposta.

A densidade populacional das regiões, de acordo com Devanildo Damião, coordenador do Núcleo do Parque Tecnológico e acadêmico da Agende, é um trunfo para se criar uma dinâmica e identidade próprias. Nesse sentido, deve-se criar ambientes de articulação que permitam a busca de soluções para gargalos ao desenvolvimento local, tais como mobilidade, geração de renda, organização urbana, desemprego e outros; e desenvolver corpo técnico local capaz de elaborar estudos, pesquisas e levantamentos visando à identificação de oportunidades de desenvolvimento, além de vocações econômicas e estratégicas para a região.

O diretor do SEESP, Allen Habert, destacou que o desafio maior do CMCT&I é transformar os 11 milhões de habitantes da cidade de São Paulo em 11 milhões de cidadãos, que precisam de ações do poder público que promovam crescimento e inclusão social. Por isso, parabenizou a iniciativa da criação dos núcleos, mas destacou que, além da implantação, o projeto deve ser rigorosamente mantido e estendido para as regiões onde estão todas as 31 subprefeituras. “Apostar na descentralização é uma revolução para a cidade de São Paulo. Não podemos inventar a sociedade organizada, devemos nos aproximar dela.”

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP



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