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Crianças e adolescentes residentes no município de Campinas diagnosticadas com câncer maligno podem levar até cem dias, dependendo do tipo de tumor, para serem encaminhadas ao tratamento adequado. No município, o atendimento de referência para estes casos é realizado, sobretudo, pelo Centro Infantil Boldrini, serviço responsável por 85%, em média, da assistência a estas ocorrências.

O dado, correspondente ao início das queixas até a primeira consulta no serviço de referência, foi identificado pela enfermeira Jane Kelly Oliveira Silva em seu estudo de mestrado defendido junto ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Embora apresente baixa incidência quando comparado a outros tipos de população, o câncer infantil é altamente letal, principalmente em casos com diagnóstico tardio. No estudo, a pesquisadora constatou que a taxa de morte da população analisada foi de 37%.

Jane Kelly Oliveira Silva traçou detalhado perfil epidemiológico das crianças e adolescentes (até 19 anos) residentes em Campinas e tratadas no Hospital Boldrini. A enfermeira utilizou 180 prontuários do Hospital no período de 10 anos, de 1996 a 2005. O trabalho foi financiado pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

 Foram adotadas, inclusive, técnicas de georreferenciamento, que permitiram apontar, por exemplo, as regiões do município com maior incidência destes tipos de casos. Além de nortear novas pesquisas, o estudo consiste em um importante documento para apoiar o planejamento de políticas públicas nesta área, avalia o médico epidemiologista Djalma de Carvalho Moreira Filho, docente do Departamento de Saúde Coletiva da FCM e orientador da dissertação.

“Em dez anos, a população de Campinas sofreu um processo demográfico dinâmico evidente. Ela aumentou, mudou de lugar, envelheceu… E os serviços médicos foram alterados ao longo deste período. Em algumas regiões, houve ganhos; em outras, perdas. A pesquisa apontou o local do domicílio e do diagnóstico dessa população. Além disso, detectou como essas crianças e adolescentes foram incluídas no serviço de saúde de referência que cuidou delas. Identificando, por exemplo, em qual região do município a frequência de novos casos é maior, pode-se definir o planejamento e traçar políticas públicas, que vão auxiliar na detecção precoce do câncer infantil”, avalia o docente.

Os sistemas de informação georreferenciados são muito utilizados na área da saúde, especialmente nos casos de doenças transmissíveis, como o controle da dengue e da malária. Na pesquisa conduzida pela enfermeira, o georreferenciamento de dados foi empregado de modo pioneiro, permitindo apontar, por exemplo, que a frequência da doença é maior nas regiões sul, sudoeste e noroeste do município. “Isso decorre porque há uma maior concentração de crianças e adolescentes naquelas áreas e não pelo fato de, necessariamente, haver um risco maior de incidência de tumores malignos nas populações destas regiões”, ressalva a pesquisadora. “Deste modo, o estudo aponta que, nestas áreas, onde há um crescimento populacional mais intenso, o poder público deve estar atento, seja quando for construir um serviço de saúde na cidade, seja no treinamento dos profissionais da unidade básica de saúde da região”, acrescenta.

O docente Djalma Moreira Filho, que coordena na Unicamp linha de pesquisa sobre epidemiologia, metodologia e análises quantitativas, explica que os Registros de Câncer de Base Populacional partem da observação de novos casos diagnosticados nos serviços básicos de saúde. No Brasil, estes Registros são regulados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e também pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IAR), entidade internacional sediada em Lyon, na França.

Ainda de acordo com o professor, o controle do fluxo de atendimento nos diferentes momentos do tratamento é importante por manter atualizada a informação a respeito dos casos novos, permitindo que se garantam melhores resultados na terapia. “A unidade de saúde suspeita e encaminha para um serviço terciário, um hospital, por exemplo. No caso do câncer infantil em Campinas, é o Centro Boldrini. O município tem o privilégio de contar com um hospital de câncer infantil extremamente atento e ligado a este tipo de problema. Por ter um serviço com esta característica, o diagnóstico em Campinas é muito mais rápido do que em outras regiões do Brasil, chegando mesmo a poucos dias, em certos casos. E quanto mais rápido o diagnóstico, melhores são os prognósticos”, pondera o médico.


Imprensa – SEESP
* Jornal da Unicamp



No início deste ano, a siderúrgica Simec começou a construção de sua sede em Pindamonhangaba, gerando 500 empregos, nesta fase, e no início da produção, prevista para 2013, a geração deve ser em torno de 1.200 empregos diretos.

A empresa está sendo construída em uma área de 150 mil m², às margens da rodovia SP-62 (Pinda/Moreira César, no trecho Vereador Abel Fabrício Dias), e o total da área adquirida pela empresa é de 1,3 milhão m².

Segundo o conselheiro de administração do grupo Simec, Eduardo Virgil, após os trabalhos de terraplanagem e de fundação, a construção está recebendo as vigas para a montagem dos galpões. "Está sendo feito no momento a montagem dos galpões industriais, e os equipamentos devem ser instalados a partir de outubro”, disse Virgil, que afirmou também que, só na parte de fundação para receber a estrutura da siderúrgica foram investidos cerca de R$30 milhões.

Ainda de acordo com o executivo, depois de construída, a indústria deverá produzir 500 mil toneladas anuais de aço, de vergalhões e fio máquina. Com isso, serão gerados mais empregos em Pinda. "Serão 500 empregos diretos e cerca de 1.000 indiretos nesta primeira fase do empreendimento que deve começar a operação de vendas no segundo semestre de 2013. Temos projetos para que futuramente seja feita uma expansão da siderúrgica, cuja fase deve ter um investimento de mais U$ 500 milhões", contou o conselheiro.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Pindamonhangaba, Álvaro Staut Neto, as negociações para a vinda da empresa foram demoradas, pois implicava vários estudos técnicos. "Eles estudaram várias cidades de todo o país e escolheram Pindamonhangaba devido a uma séria de fatores positivos do município, como a lei de incentivos fiscais da Prefeitura, a infraestrutura, facilidade para receber e escoar mercadorias, crescentes números econômicos, mão de obra qualificada, dentre outros", explicou o secretário.

 

Imprensa – SEESP
* Informação do Vale News



A prefeitura decidiu iniciar uma campanha para reduzir o número de acidentes com pedestres nas ruas de São Paulo. A idéia é ótima. Não tem sentido a quantidade de mortes no trânsito brasileiro. Tudo que for feito para mudar isso é bem vindo. Se não for por nada, em nome da vida e da dignidade humana.

Assim, essa campanha é mais que bem vinda. Mas para ter sucesso ela precisa levar em conta algumas verdades, sem as quais ficará só nas boas intenções.

A primeira delas é que no Brasil o pedestre é menos que bicho. Basta ver a quantidade de veículos com adesivos informando que brecam para animais para se ter certeza. Afinal, quem é que já viu um adesivo com os dizeres “breco para pedestres”? Com certeza, ninguém. E o que é mais grave, boa parte dos motoristas não breca mesmo.

A falta de respeito dos motoristas fica clara na quantidade de vezes, todos os dias, em que vemos veículos de todos os tipos parados em cima das faixas de pedestres. É como se não fosse com eles ou como se as faixas estivessem no chão para enfeitar a rua. Tanto faz se o pedestre tem o direito de passar por elas, protegido da agressividade dos veículos. Para estes motoristas, as faixas de pedestres são menos do que os cruzamentos que eles fecham para andar dez metros a mais.

De outro lado, um dado importante para mostrar a gravidade do quadro é que a maioria dos acidentes com pedestres acontece fora das faixas de pedestres. Quer dizer, o pedestre é atropelado porque não respeita as regras de trânsito e desafia o perigo atravessando em qualquer lugar, da forma que lhe dá na veneta, sem se preocupar com o trânsito em volta ou em pensar que ele é a parte mais fraca numa eventual colisão.

A cena é tão comum que deixou de ser espantoso assistir na televisão um marronzinho parando o trânsito numa marginal, ou noutra avenida de tráfego intenso, para um pedestre, volta e meia uma mãe com uma criança no colo, atravessar a pista fora do local apropriado, como se o correto fosse isso.

Nos países mais civilizados – e no caso vale a Argentina - o pedestre tem a precedência e todos os motoristas param para ele atravessar, desde que no local apropriado. Se atravessar fora da faixa, ou com o sinal fechado, dependendo do país, ele pode ser multado.

Quer dizer, a relação pedestre/veículo é de mão dupla e os dois lados precisam conhecer e respeitar seus limites. E a melhor forma de se conseguir isso é pela educação.

Se a campanha da prefeitura atuar em todas as pontas, educando motoristas, motoqueiros, pedestres e marronzinhos, será um grande passo para melhorar o que hoje está ruim. Mas só boa intenção não adianta. Educar, às vezes, exige punição. Assim, a melhor forma de educar é jogar duro com quem não respeita a lei, seja lá quem for, pedestre, motorista ou motoqueiro.

* por Penteador Mendonça Advocacia


Imprensa - SEESP


 

A Arena Pernambuco, um dos estádios que receberão jogos da Copa de 2014, será equipada com uma pequena usina solar. As placas fotovoltaicas serão instaladas na própria estrutura, que devem ter capacidade para produzir 1.450 MWh/ano.

A implantação do sistema de captação solar começa a ser feita neste ano e a previsão é de que o estádio esteja finalizado já em junho de 2013, a pleno funcionamento. O estádio está localizado em São Lourenço da Mata, município localizado a 16 quilômetros da capital pernambucana, Recife, e é capaz de receber até 46 mil torcedores.

Com a energia produzida na Arena Pernambuco seria possível manter 1.200 residências em funcionamento. No entanto, a prioridade no uso da eletricidade será o próprio estádio. Isso reduzirá a perda de energia no transporte, mas não impede que o excedente seja encaminhado às redes de transmissão locais.

“A instalação de usina solar fotovoltaica em um estádio que sediará partidas da Copa do Mundo representa uma excelente vitrine para a difusão de utilização de fontes renováveis de energia elétrica. Indiscutivelmente, a geração de energia solar representa uma significativa contribuição ao meio ambiente”, disse Ana Cristina Mascarenhas, assessora de eficiência energética do grupo Neoenergia, em declaração ao Ambiente Energia.

O investimento na usina solar do estádio foi de R$ 13 milhões e conta com o apoio do governo pernambucano, em parceria com o grupo Neoenergia, que é formado pela Companhia Energética de Pernambuco e pela Odebrecht.

Este não é o único estádio brasileiro construído dentro destes padrões, considerando a energia renovável e a eficiência nos sistema. Maracanã, Mineirão e Itaquerão completam a lista das Arenas que receberão jogos da Copa e também os painéis solares.

Veja, a seguir, vídeo em 3D sobre o projeto Arena Pernambuco:

 

Imprensa – SEESP
* Redação CicloVivo



A Fenam (Federação Nacional dos Médicos), filiada à CNTU (Central Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), produziu um vídeo-reportagem sobre os “dois lados” do aumento do número de jovens brasileiros que estão se formando em medicina em outros países. De um, as entidades médicas que querem que o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras) seja aprovado como lei para comprovar a capacidade de se exercer a medicina nos moldes do Brasil e assegurar a saúde da população brasileira. Já de outro, o governo federal tenta flexibilizar o exame, facilitando a entrada e atuação na área da medicina brasileira, com a justificativa de que há falta de médicos no país.

"O risco de se colocar no mercado para cuidar da população brasileira sob o argumento de que há poucos médicos, profissionais despreparados, na verdade é um crime que se comete contra a sociedade", ressaltou o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira.

Segundo as entidades, o que existe, na verdade, é a má distribuição dos profissionais que se concentram nas regiões de maior renda. E se o governo quiser resolver o problema, não basta colocar médicos mal formados para tratar populações no interior do país. O inadequado financiamento do SUS, a ausência de uma carreira médica de estado, a prática de baixos salários e péssimas condições de trabalho são questões fundamentais que devem ser superadas.

Veja, a seguir, o vídeo-reportagem produzido pela Fenam:



Imprensa - SEESP
* Com informações da Fenam



 

Até a tarde da última sexta-feira, 3 de agosto, o Brasil, com apenas uma medalha de ouro, ocupava o 20º lugar na Olimpíada de Londres. Posição modesta para o país que sediará a próxima edição dos jogos, em 2016, no Rio de Janeiro. No tocante aos esportes, continuamos patinando nos mesmos erros de décadas atrás. O principal equívoco é insistir no discurso sobre a necessidade de mais apoio às modalidades com pouco apelo popular e midiático. Nem aqui e nem na China, que ocupava a primeira posição quando fechei este artigo, as empresas investem em patrocínio em algo que não lhes proporcione retorno comercial, marketing e visibilidade.

Assim, é descabido e infrutífero o discurso em tom de cobrança com os setores empresariais, como se expiassem o pecado capital de nosso modesto acervo de medalhas. Estamos falando de negócios, e é sob esse prisma que o esporte tem de ser analisado, gerido e potencializado. Obviamente, são muito importantes as iniciativas empresariais de apoio a atletas, mas essa ação de responsabilidade social não é suficiente para nos transformar em potência olímpica. Tal objetivo somente será alcançado com programas específicos nas escolas do Ensino Fundamental e do Básico e nas universidades. Acabo de visitar várias destas instituições nos Estados Unidos. Todas, sem exceção, de Stanford a San Diego, ou as de negócios, como a Babson e Bentley, ostentam com orgulho seus heróis esportivos nos murais da fama.

Lugar de atleta (e de todos os jovens, aliás...) é na escola. É assim que os chineses, norte-americanos, sul-coreanos, britânicos, russos e alguns outros povos tornaram-se grandes vencedores nos Jogos Olímpicos. A lacuna atlética em nosso sistema educacional revela seus gargalos quanto à qualidade. Não basta oferecer vagas a todos os que procuram o ensino público. É preciso avançar na qualidade, e isso implica não só o conteúdo curricular e a excelência pedagógica, mas também a preparação para a vida, a sociabilização, hábitos saudáveis e saúde preventiva, para os quais o esporte é elemento de grande importância.

Na economia altamente competitiva na qual vivemos, não se pode exigir das empresas que invistam mais do que podem em modalidades esportivas que não lhes trarão retorno. Assim, para que o Brasil não tenha destaque internacional apenas em esportes como futebol e vôlei e em casos isolados inerentes a patrocínios esparsos e ao esforço pessoal de um ou outro atleta, é necessário qualificar nosso processo educacional.

Precisamos fazer uma grande mudança na educação, conscientes de seu papel essencial em nosso projeto de desenvolvimento. Houve inegáveis avanços neste século, com a oferta de vagas para todos no Ensino Fundamental e no Médio e ampliação do acesso de estudantes de baixa renda a boas universidades, em programas como o ProUni, que concede bolsas de estudos, e Fies, de financiamento das anuidades escolares. A prioridade, agora, é a qualidade em todo o sistema e a ampliação dos dois projetos de acessibilidade.

Se fizermos isso daqui até 2016, teremos conquistado uma gigantesca vitória na Olimpíada do Rio de Janeiro. Não me refiro ao número de medalhas, mas à capacitação das novas gerações para promover um salto de prosperidade, desenvolvimento e justiça social. Subir ao pódio será mera e gratificante consequência!

* por Antoninho Marmo Trevisan, presidente da Trevisan Escola de Negócios, é membro do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República


Imprensa - SEESP



Está na pauta ordinária do TCU (Tribunal de Contas da União), desta quarta-feira (08/08), o julgamento do processo que defende o ressarcimento de R$ 7 bilhões cobrados indevidamente nas contas de luz de consumidores de todo o país, devido a um erro na metodologia de cálculo de reajustes ocorridos entre os anos de 2002 e 2009. A informação é da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) que, junto com associações de defesa do consumidor, entrega nesta terça-feira (7) ao TCU uma petição em favor da devolução dos valores. Segundo a Secretaria de Comunicação do tribunal em contato com o SEESP, a apreciação do tema deverá começar às 14h30 e, por envolver muitos interessados e documentos técnicos, se alongar até por volta das 16h30. A relatoria do processo é do ministro Valmir Campelo.

O tema está em trâmite desde 2007. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) corrigiu a metodologia, mas não impôs a devolução de R$ 7 bilhões cobrados indevidamente nas contas por sete anos.

Segundo Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da ProTeste, uma das entidades que fazem parte da Frente de Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica, a ideia de entregar a petição é pressionar o TCU para que o caso seja resolvido o mais breve possível. “Já era para ter saído essa decisão há muito tempo”, disse Dolci.

Segundo ela, a devolução do dinheiro poderá ser feita por meio de desconto nas contas de luz, mas isso também ainda não está decidido. O relator será o ministro Vladimir Campelo. A Frente de Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica vai participar do julgamento.

 

Imprensa – SEESP
* Com informações do jornal ExtraOnline



Conscientizar pessoas e empresas sobre a responsabilidade pós-consumo é um dos principais desafios da atualidade para garantir uma sociedade mais sustentável.

No caso da indústria brasileira de pneumáticos, esse trabalho vem sendo desenvolvido pela Reciclanip, uma instituição sem fins lucrativos que recolhe e destina de forma ambientalmente adequada os pneus que não têm mais condições de uso para circulação ou reforma.

Fundada em 2007 pelas empresas Bridgestone, Goodyear, Michelin, Pirelli e Continental, nasceu para consolidar o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, criado em 1999 pela Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), entidade que representa os fabricantes do produto no Brasil. De acordo com César Faccio, gerente-geral da Reciclanip, o programa já recolheu e destinou de forma correta mais de 2 milhões de toneladas do material sem serventia, o equivalente a 400 milhões de unidades. Ele ressalta também que as atividades atendem a resolução 416/09 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que regulamenta a coleta e destinação desses itens no País.

Além de dar fim útil ao material – que demora mais de 150 anos para se decompor –, o programa protege o meio ambiente dos riscos gerados pela destinação inadequada. “Os pneus descartados incorretamente podem contribuir para entupimentos de redes de esgoto e enchentes, poluição de rios, ocupar um enorme volume nos aterros sanitários, ser foco para o mosquito da dengue e ainda, se queimados de forma errada, gerar poluição atmosférica. Portanto, é fundamental investir em sua reciclagem e não descartá-lo na natureza”, enfatiza Faccio.

Segundo ele, a iniciativa, que segue o modelo de gestão das empresas europeias, recebeu, em junho último, durante a Conferência Rio+20, o Prêmio-E na categoria “Economia”, com a chancela da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em virtude dos resultados ambientais gerados. Ainda conforme Faccio, desde 1999 já foram investidos mais de US$ 175 milhões no programa, e a previsão para 2012 é de US$ 41 milhões.

Operação e destinação
A iniciativa é desenvolvida por meio de parcerias, na maioria dos casos com prefeituras, que cedem um terreno dentro de normas específicas de segurança e higiene. Esse local é usado para recolher e armazenar o material vindo de origens diversas, como borracharias, revendedoras e dos próprios cidadãos, posteriormente transportado para uma das 45 empresas parceiras que realizam a trituração ou reaproveitamento.

A operação conta ainda com 19 transportadoras ativas e 200 caminhões envolvidos, dos quais 64 rodam constantemente. “Diariamente esses 64 caminhões retiram 850 toneladas de pneus inservíveis dos 743 pontos de coleta em todo o País”, cita Faccio.

Conforme ele, as destinações realizadas pela Reciclanip são reconhecidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), e a maioria dos pneus inservíveis – 64% – é reaproveitada para valorização energética, isto é, vira combustível alternativo usado nas indústrias de cimento. “Para que a queima desse material seja ambientalmente correta nas cimenteiras, nos cercamos de todos os cuidados necessários, como o uso de filtros especiais”, menciona.

Ainda sobre o potencial energético do material, o especialista garante que é uma excelente opção para ser misturado com outros combustíveis para aumentar a geração de energia, tais como bagaço de cana, carvão mineral, lixo, entre outros.

Os 36% restantes de pneus recolhidos pela Reciclanip são usados como matéria-prima para confecção de diversos produtos. A reutilização pode ser feita com o pneu triturado ou granulado, em piso de quadras poliesportivas e industriais, sobre gramas sintéticas para amortecer, artefatos de borracha como tapetes para automóveis e ainda como asfalto ecológico que tem vida útil maior, menor ruído e mais segurança. Outra forma de aproveitamento pode ser obtida através do processo de laminação, no qual os pneus são cortados em formato de lâminas para a fabricação de percintas (item da indústria moveleira), solas de calçados e dutos de águas pluviais. “Nesses 13 anos de existência, um dos méritos do programa foi desenvolver uma nova cadeia produtiva utilizando esses pneus já sem serventia, como insumo para outros produtos”, comemora Faccio.

Apesar do sucesso, o gerente-geral da entidade acredita que alguns pontos poderiam ser ajustados para gerar mais valor ao material e consequentemente novas utilizações pelo mercado. “Seria importante isentar a tributação sobre o pneu triturado ou granulado, uma vez que o material novo já foi tributado anteriormente. Isso reduziria o preço do resíduo e o tornaria mais atrativo comercialmente para segmentos da indústria e da reciclagem. Além disso, é necessário promover o uso do asfalto borracha na pavimentação de rodovias por meio de leis, como já aconteceu nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Mas é fundamental que os editais de recapeamento tenham explícita essa preferência, uma vez que tecnicamente o asfalto borracha é superior ao tradicional. Com isso, com certeza aumentaríamos a destinação”, propõe.

 

Lucélia Barbosa
* Texto publicado no jornal “Engenheiro”, nº 123, da FNE



Os representantes do SEESP rejeitaram, na mesa de negociação do dia 11 de julho último, a proposta da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo, para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2012/2013. O sindicato considerou a reposição apresentada somente da inflação de 4,14% (IPC-Fipe), sem aumento real, insuficiente e aquém dos interesses da categoria. Também não aceitaram a justificativa da empresa em não realizar o pagamento do piso salarial aos engenheiros.

Assembleia conjunta
Os engenheiros foram convocados pelo SEESP a participar da assembleia com os demais empregados da companhia, no dia 1º de agosto. Na ocasião, foi explicado que se os engenheiros tiverem seus salários mantidos abaixo do piso, os técnicos e tecnólogos também ficarão sem condições de melhoria em suas remunerações. Portanto, é necessário que a empresa reconheça o piso dos engenheiros, para que os demais profissionais da CET também tenham seus salários valorizados. É necessário respeito aos engenheiros e aos seus demais empregados. Essa colocação do SEESP foi aplaudida por todos os presentes à assembleia. 

Cabe esclarecer que a Lei 4.950-A/66 estabelece o piso salarial para os engenheiros e deve ser cumprida. No dia 31 de julho último, o sindicato protocolou o Ofício nº 368/2012 ao presidente da CET, reiterando o pleito do item 2.3 da Pauta de Reivindicações de 2012.

Veja, a seguir, as deliberações da assembleia:

• Rejeição à proposta da CET de 4,14%;

• Dar continuidade à negociação através da SRT (Superintendência Regional do Trabalho). Para tanto, o ofício a essa superintendência está sendo elaborado pelo Departamento Jurídico do SEESP;

• Participar da campanha de doação de sangue no próximo dia 10 de agosto;

• Operação pé no freio já!;

• Caso não ocorram avanços na negociação, mesmo com a inclusão da SRT no processo, convocar assembleia geral extraordinária específica com a finalidade de aprovar e desencadear os preparativos de movimento paredista com data indicativa para zero hora, no dia 4 de setembro próximo. 

Imprensa - SEESP

No dia 27 de julho último, o SEESP firmou o Acordo Coletivo de Trabalho 2012/2013 com a Cesp, conforme aprovado nas assembleias gerais extraordinárias ocorridas no Estado em 19 de julho. Destacam-se no acordo aprovado:

• Reajuste salarial de 6,21% correspondente ao IPC/Fipe (data-base em 1º de junho) mais 1,94% de aumento real;

• 10% de reajuste para a cesta básica;

• 9,2% de reajuste para o auxílio-alimentação;

• Pagamento da PRR 2012 nos mesmos moldes da PRR 2011;

• Auxílio transferência de R$ 10.000,00;

• Garantia de que não serão promovidas dispensas sem justa causa, na vigência do presente acordo, em número maior do que 2,5% do quadro efetivo de pessoal no dia 31 de maio de 2012;

• Pagamento do piso salarial do engenheiro com base na legislação vigente.

PRR e Risco Iminente
Nos dias 21 de junho e 30 de julho últimos, o SEESP formalizou à Cesp solicitação de realização de reuniões, respectivamente, para tratar do pagamento da PRR aos engenheiros da Cesp que trabalham no Departamento de Hidrovia do Estado e dos temas “Risco Iminente” e “Programa Especial de Aposentadoria”. Até o momento  o sindicato não recebeu retorno ao pedido.

 

Lourdes Silva
Imprensa - SEESP
Notícia atualizada no dia 08 de agosto de 2012, às 12h 



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