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        Com a participação de jornalistas e especialistas em comunicação, como Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, e Maria Inês Nassif, do jornal Valor Econômico, acontece o seminário “Mídia e Eleições”, nos dias 14 e 15 de maio, em São Paulo.
       Promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o evento tem o objetivo de aprofundar a análise do tema e avançar em propostas para uma plataforma democrática na área de comunicação a ser apresentada aos candidatos.

Confira a programação completa:

14 de maio, Auditório do Sindicato dos Engenheiros (Rua Genebra, 25, São Paulo)
18h30 – A cobertura da sucessão presidencial

     Maria Inês Nassif, editora de política do jornal Valor Econômico
     Leandro Fortes, colunista da revista Carta Capital
     Paulo Henrique Amorim, blog Conversa Afiada
     Altamiro Borges, PC do B
21h – Coquetel de lançamento do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

 

15 de maio, Salão Nobre da Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100, São Paulo)
9h – Plataforma democrática para a comunicação
     Marcos Dantas, professor da UFRJ
     Luíza Erundina, deputada federal (PSB/SP)
     Manuela D´Avilla, deputada federal (PCdoB/RS)
     Igor Felippe, do MST

14h – Políticas públicas para a democratização da comunicação
     Ottoni Fernandes, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República
     Regina Lima, presidente da Abepec
     Jandira Feghali, ex-secretária da Cultura do Rio de Janeiro
     José Sóter, da Abraço

 

Informações e inscrições: 11 3054-1829 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

 

       O site Contas Abertas comenta a publicação, esta semana, pelo jornal britânico Financial Times, de um caderno especial com 13 páginas sobre a infraestrutura no Brasil.
       O jornal britânico Financial Times trouxe, esta semana, um caderno especial com 13 páginas sobre a infraestrutura no Brasil, relatando avanços conquistados e os principais desafios. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ganhou destaque. 
       Segundo o jornal, o cronograma das obras está atrasado, mas "mesmo não tendo alcançado seus objetivos", não é possível negar que o programa "trouxe empregos, casas e uma vida melhor para muitas pessoas que vivem nas favelas". Por conta disso, "seria errado desqualificar o PAC como sendo um fracasso". 
       O FT relata a queda de braço entre Governo e mídia no que diz respeito aos relatórios periódicos de execução do PAC. A imprensa, que indica atrasos, costuma vencer a queda de braço com o Governo, que garante um ritmo mais acelerado de investimentos.

Plano "ambicioso"
       Dados do Contas Abertas (CA) apontam que, do total de empreendimentos listados no programa, apenas 11,3% haviam sido concluídos até o final do ano passado, percentual citado no caderno especial. Já o PAC 2, lançado em março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é descrito como um plano "ambicioso".
       À ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff é atribuída a maternidade do programa estrutural, que tem colocado o investimento em infraestrutura no centro do debate político. Contudo, o jornal faz um alerta em relação às eleições de outubro: o destino político de Dilma está "intimamente ligado ao seu sucesso do programa". O ex-governador de São Paulo José Serra também é citado como principal candidato de oposição à sucessão presidencial.
       O secretário-geral do Contas Abertas, Gil Castello Branco, ao ser entrevistado pelo jornalista Jonathan Wheatley, um dos autores do caderno especial, afirmou que o Governo tem trabalhado para alavancar o investimento público. Contudo, ponderou que há uma série de obstáculos que começam com "a lentidão do licenciamento ambiental, as dificuldades enfrentadas pelos Governos locais na elaboração e financiamento de projetos e, sobretudo, com a burocracia em todos os níveis de Governo".

Longe de ser um fracasso
       Miriam Belchior, que assumiu o comando do programa de obras do Governo após o afastamento de Dilma Rousseff, destacou que o programa conseguiu gastar 63% em três anos e, que, portanto, estaria longe de ser um fracasso. Miriam argumentou que foram desembolsados R$ 403,8 bilhões. 
       Ocorre que, como apontou a matéria do FT, do total gasto no PAC, R$ 137,5 bilhões, a maior parcela financiou a construção de casas novas e também daquelas já existentes, o que "não gera empregos e nem traz desenvolvimento", como ponderou Gil Castello Branco. A publicação destaca ainda o fato de o financiamento hipotecário ter respondido por mais da metade dos empreendimentos concluídos do PAC, até o final de 2009.
       Críticas à parte, o jornal britânico apontou que o PAC enfatizou a importância das aplicações em infraestrutura para o desenvolvimento do país, colocando o tema no centro das discussões políticas. Além do programa, temas como eletricidade, água e esgoto, urbanização de favelas, habitação, petróleo e gás, inclusive a infraestrutura da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, também foram abordados no caderno.

Infraestrutura precária
       Um futuro brilhante para o Brasil parece "fora de alcance", afirmou o Financial Times. Esta foi a ideia principal da matéria de abertura do caderno especial sobre a infraestrutura no país, destacando as maiores dificuldades enfrentadas nos projetos. 
       O FT chama de "utópica" a visão sobre assuntos como o trem bala que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro, novos terminais aéreos, casas e apartamentos em lugar de favelas e até portos eficientes para escoar a produção de soja, tudo com o apoio dos recursos da produção de petróleo em águas profundas, o chamado pré-sal.
       Para o jornal, apesar de o Brasil ter um excelente ambiente de investimento e um crescimento considerável na economia, a perspectiva para a infraestrutura local é "profundamente irregular". A urbanização tenta avançar nas favelas, mas a tarefa é "assustadora", como os deslizamentos ocorridos no mês passado, exemplifica o FT. 
       O Rodoanel, em São Paulo, também é mencionado na publicação, por ajudar a diminuir o congestionamento, mas, por outro lado, "a maior alta nas vendas de automóveis está enchendo o espaço rodoviário com mais rapidez do que se pode construir".

Progresso se avizinha
       O FT afirma que o progresso só está em espera devido a grande dificuldade na separação de responsabilidades entre as autoridades federal, estadual e municipal. O jornal atribui o atraso na "evolução de alguns projetos" à demora nas decisões das agências ambientais, o que, segundo a publicação, é um consenso entre governistas e oposicionistas.
       Gil Castello Branco, do Contas Abertas, explicou ao jornal a relação entre o Tribunal de Contas da União (TCU) e a transparência nos gastos públicos. 
       "O TCU não pode ordenar a interrupção de um projeto, mas apenas fazer recomendações para o Congresso, que geralmente sugere uma ação em partes isoladas de um projeto e só recomenda paralisação quando a coisa toda parece minada pela corrupção". Frequentemente, os atrasos são causados por falhas da gestão e o simples peso da burocracia.
       Conforme o jornal, a redução nos investimentos está diretamente ligada à lentidão da concessão das rodovias para a iniciativa privada, no Governo Lula. Os aeroportos também foram colocados "discretamente" de lado. A perspectiva para o crescimento e o investimento é incerta, segundo a publicação. 
       Como a projeção de alta de 6% do PIB neste ano é muito maior que o crescimento considerado potencial, de 4,5%, segundo o FT não há garantia de que o investimento ocorrerá logo para permitir que o Brasil cresça mais rápido sem gerar inflação. O jornal concluiu que "o oxigênio" do investimento em infraestrutura parece tudo, menos garantido.

 

Matéria de Amanda Costa e Giselle Mourão, No Contas Abertas
www.fne.org.br

 

 

 

       A forma como o brasileiro vê a si mesmo, em termos de posição na pirâmide socioeconômica, condiz pouco com a realidade. Em sua maioria, os ricos no país não acreditam que são realmente ricos. A maior parte dos pobres creem que pertencem, no pior dos cenários, à classe média baixa.
       Essas conclusões fazem parte de um estudo inédito de 60 páginas, realizado por um grupo de grandes empresas de consumo e pelas consultorias Accenture e Plano CDE, e obtido com exclusividade pelo Valor.
       Com uma série de detalhes sobre incoerências na autoanálise do brasileiro, o levantamento será tema de uma mesa-redonda no dia 24, em São Paulo, entre CEOs de companhias como Unilever, Pepsico, grupo Fleury (medicina diagnóstica) e Living Construtora, empresa da Cyrela.
       Fica claro no estudo como as imagens criadas se confundem e se distorcem. Um entre cada dois brasileiros ouvidos que pertecem à classe A se autoavalia como consumidor de classe média ou classe emergente. Ainda nesse grupo de endinheirados, 2% cre que é pobre, ou seja, faria parte da classe E - que pelo estudo ganha até R$ 600 por mês. Os ricos que se consideram classe média alta são 35% da amostra - algo como um em cada três.
       Um dado em especial chama a atenção dos consultores. Metade dos entrevistados que efetivamente pertencem à classe C não acredita que faz parte dessa imensa e crescente classe média brasileira. Nesse caso, há uma espécie de diminuição de posto: 9% imagina que é pobre e 37%, classe média baixa. Ainda há 1% que pensa ser rico - mesmo não embolsando mais que R$ 3 mil ao mês.
       Para se chegar a esse resultado, os consultores primeiramente questionaram os entrevistados - foram 1,6 mil pessoas ouvidas - para descobrir em que posição da pirâmide social estavam. Com base na renda familiar, perguntavam em que classe acreditavam pertencer.
       Essa imagem refletida se distorce por razões culturais e comportamentais, afirmam economistas e estudiosos. "Há um aspecto altamente subjetivo que pesa nessa análise", diz Teutly Correia, líder da Accenture para a área de consumo e manufatura na América Latina
       "No caso dos mais abastados, existe um fator aspiracional que pode deturpar a autoanálise", completa ele. O rico que viaja com frequência e conhece a classe média americana acredita que tem muito menos recursos e bens do que esse americano de alto padrão. "Por isso, o rico brasileiro não acha que é rico", afirma. É o que os economistas têm chamado, um tanto ironicamente, de "complexo de inferioridade pós-globalização".
       A análise desse grupo já tem sido alvo de debates entre os economistas e estudiosos da área. "Nesse espelho em que o brasileiro de classe alta se olha, ao fundo está escrito ‘made in USA'", brinca Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais vinculado ao Ibre/FGV. "Para ele, ter que vender um carro importado e comprar um nacional, por exemplo, é perder padrão de vida".
       É uma forma de pensar exatamente oposta àquela da base da pirâmide. Entre os pobres ouvidos na pesquisa, mais da metade (53%) acredita ser classe média ou média baixa. Ou seja, ele sempre acha que está melhor do que a sua classificação indica. Acesso à estudo tem peso nisso. "Pessoas das classes D e E com fundamental completo têm maior probabilidade de se autodefinirem de classe média baixa", informa o estudo.
       De acordo com especialistas em consumo e renda, esse grupo entende que está mais acima na pirâmide também porque ele se baliza pelo ambiente onde vive. "Se a família possui filhos que conseguem ir à faculdade ou adquire um carro, ainda que em parcelas a perder de vista, ela passa a crer que já é classe média," diz André Torreta, autor do livro "Mergulho Na Base Da Pirâmide" (editora Saraiva).
       "Pode até ser que essa família realmente tenha se tornado classe média por causa dessas conquistas. Mas o que importa sempre é a percepção. Ela vê o vizinho ao lado sem nada disso e acredita que está melhor e subiu de vida", afirma.
       Essas percepções se formaram num período de forte migração de classes. Dados da FGV, com base em números da Pnad/IBGE, mostram que a classe E diminuiu de tamanho, passou de 28% para 15,3% da população entre 2003 e 2008.
       Nesse mesmo período, a classe C passou de 37,6% para pouco mais de 50% do total de brasileiros em idade ativa - o que equivale a cerca de 80 milhões de pessoas em 2008, com base na Pnad daquele ano. Já entre brasileiros da classe alta, a ampliação do bolo foi mais lenta. Passou de 7,6% do total para 10,6% entre 2003 e 2008.

Metodologia
       Testar hipóteses que orientam a lógica das classes nas camadas sociais. Com esse objetivo em mente, as consultorias Accenture, Plano CDE e Tendências, ao lado da FGV, decidiram investir num modelo de análise próprio. Com o apoio de empresas da área de consumo, criaram o projeto Emerging Ideas, que planeja avaliar o que se passa pela cabeça do consumidor de classe média.
       A primeira parte desse trabalho, que o "Valor" publica hoje, contou com análise quantitativa de dados fornecidos por 1,6 mil entrevistados em duas cidades, São Paulo e Recife. Questionários foram aplicados em consumidores de todas as classes sociais nas ruas das cidades.
       A divisão de classes em cada município (com base em dados da Pnad/IBGE) se refletiu no conjunto da amostra de entrevistados. Foram ouvidas pessoas de 20 a 65 anos e a amostragem também seguiu a divisão de idade e sexo que há nas cidades.
       No relatório, os pesquisadores definiram como consumidores de classe A aqueles que recebem acima de R$ 6 mil ao mês e os valores decrescem até a classe E, com renda de até R$ 600. A aplicação dos questionários aconteceu em janeiro e fevereiro de 2010. (Fonte: Blog O outro lado da notícia)

 

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       O Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (CEAPG/FGV) e o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) promovem o lançamento do livro, "Por dentro do governo: como funciona a máquina pública".
       O evento vai ser, nesta quinta-feira (13), em São Paulo, na Fundação Getúlio Vargas.
       O livro é de autoria do analista político e jornalista Antonio Augusto de Queiroz, diretor de documentação do DIAP.
       A obra faz uma radiografia do governo brasileiro, mostrando seus instrumentos e mecanismos de atuação. O autor também explica os mecanismos de funcionamento do Congresso Nacional e a tramitação das proposições na Câmara e Senado.
       Na ocasião, o autor fará apresentação do livro. O evento contará ainda com a participação dos professores da EAESP/FGV Celso Napolitano, presidente do Departamento, e Francisco César Pinto da Fonseca, cientista político.
       O livro está à venda na Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br) e na Oboré - Projetos Especiais em Comunicação e Arte (www.obore.com) ao preço de R$ 50, ou R$ 35 acima de cinco unidades.

Serviço:
Lançamento do livro "Por dentro do governo: como funciona a máquina pública", de Antonio Augusto de Queiroz
Data: 13 de maio, às 16h
Local: Fundação Getúlio Vargas, na Rua Itapeva, 432 - Bela Vista - sala 3002

 

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       Dados são do Instituto Trata Brasil, com base nos dados mais recentes do Ministério das Cidades, e se referem ao período de 2003 a 2008.
       O Brasil registrou crescimento de 11,7% na oferta de serviços de captação de esgoto e aumento de 4,6% no sistema de tratamento em 81 cidades com mais de 300 mil habitantes, onde vivem 72 milhões de pessoas, no total. Os números são do Instituto Trata Brasil, com base nos dados mais recentes do Ministério das Cidades, e se referem ao período de 2003 a 2008.
       O instituto, que é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), ressalta, no entanto, que apesar dessa melhora o Brasil ainda está longe de ter uma condição ideal. Aqui, em média apenas 36% do esgoto gerado nesses municípios recebem algum tipo de tratamento. Diariamente, essas cidades produzem 9,3 bilhões de litros de esgoto dos quais 5,9 bilhões são despejados sem tratamento, “contaminando solo, rios, mananciais e praias, provocando impactos diretos à saúde da população”, informa o comunicado da entidade.
       A pesquisa mostra também, em um ranking publicado no ano passado, que entre as dez cidades com evolução, cinco são do estado de São Paulo. Duas delas ocupam as primeiras posições. No topo, está Jundiaí, onde os investimentos foram feitos em parceria entre o setor privado e a prefeitura. Em seguida, aparece Franca, que recebeu investimentos estaduais.
       O município fluminense de Niterói, com 478 mil habitantes, ficou em terceiro lugar. Lá, as obras de extensão e melhoria foram tocadas pelo setor privado. Em quarto está Uberlândia – cidade do triângulo mineiro com 622 mil habitantes e que conta com recursos municipais. Minas Gerais se destaca por obter a décima colocação com a capital Belo Horizonte, que tem 2,4 milhões de habitantes, e onde os serviços são prestados pelo estado.
       A quinta posição na lista foi ocupada pela cidade de Santos (litoral paulista) com 417 mil habitantes e recursos estaduais. Em sexto lugar está Ribeirão Preto (SP), com 558 mil habitantes e que é apontada como um das mais evoluíram, tendo passado da 19ª para a sexta posição depois de ampliar a coleta da rede tratada de 38% para 70%. Maringá, no Paraná, com 331 mil habitantes, obteve a sétima colocação e a operação do sistema é do governo estadual.
       As demais cidades são Sorocaba (SP), com 576 mil pessoas e serviços da prefeitura, e Brasília (DF) com 2,6 milhões de pessoas e serviços estaduais

 

Marli Moreira, ABr
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       A informação foi dada em audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática nesta quinta-feira (6) , que discutiu os preparativos para a conferência.
       A 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação vai propor um plano de ação para o setor de 2011 a 2020. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antonio Elias, esse plano deve conter uma agenda estrutural de desenvolvimento para o país. As afirmações foram feitas durante audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática nesta quinta-feira (6) , que discutiu os preparativos para a conferência.
       O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que propôs a audiência, explicou que o objetivo é inserir o Parlamento nos debates da conferência, que vai "oferecer uma proposta de ciência e tecnologia para o nosso país para os próximos anos". A 4ª Conferência Nacional de C&T será realizada de 26 a 28 de maio, em Brasília. O tema neste ano será "Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação com vista ao Desenvolvimento Sustentável". As inscrições podem ser feitas até o dia 14 de maio pelo site www.cgee.org.br/cncti4/
       Conforme
Luiz Davidovich, secretário-geral da conferência, a participação da sociedade civil nas etapas regionais da conferência foi grande. "Na região Norte, foram mais de 1.700 inscritos. No Centro-Oeste, mais de 1.000 inscritos", informou. Davidovich. "Além disso, foram realizados seminários preparatórios sobre temas como produção de conhecimento no Brasil e protagonismo do país no mundo", explicou. Cerca de 40 entidades sociais participam da conferência nacional.

Projeto de desenvolvimento
       Para Davidovich, a ambição da conferência deve ser a construção de um novo modelo de desenvolvimento. Segundo o secretário-geral, países como Brasil, Índia e África têm o desafio de mostrar um novo modelo de civilização e de desenvolvimento para o mundo. Esse novo modelo deve ser sustentável do ponto de vista ambiental e social.
       A ex-deputada Irma Passoni, gerente-executiva do Instituto de Tecnologia Social do Brasil (ITS Brasil), também acredita que a conferência deve debater um projeto de desenvolvimento para o Brasil. "A questão é: como produzir dentro de outro paradigma menos depredador, como um acordo de respeito e suportabilidade de cada ecossistema e com ampla inclusão social".
       Segundo Passoni, o ITS Brasil reivindica a formulação e implantação de um Programa Nacional de Inovação e Tecnologia Social, como política transversal, atingindo diversas áreas de atuação - de agricultura e pesca à inclusão de pessoas com deficiência, passando por arte, cultura e meio ambiente. A ex-deputada defende recursos orçamentários, com fundo próprio, para o desenvolvimento de tecnologias sociais, ou seja, tecnologias desenvolvidas a partir da atividade de pesquisa, voltadas para o interesse social, que atendam às demandas da população.

Tecnologia social
       A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) elogiou a valorização, pelo atual governo, das tecnologias sociais e defendeu o fim do elitismo na área de produção do conhecimento. "O povo acumulou conhecimento por séculos. O Estado e o governo devem entender isso e integrar o saber popular ao conhecimento gerado na academia", disse. A deputada é autora, juntamente com o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), do PL 3449/08, que institui a Política Nacional de Tecnologia Social. O projeto aguarda votação na Comissão de Ciência e Tecnologia. Durante a audiência, Erundina sugeriu a criação da Frente Parlamentar de Tecnologia Social.
       A Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática deve dar continuidade aos debates sobre a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em audiência pública na próxima terça-feira (11). Devem participar novamente da discussão o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Rodrigues Elias, e o secretário-geral da conferência, Luiz Davidovich.

 

(Agência Câmara, 6/5)
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        As entidades sindicais exaltaram o aumento de 7,72% para os aposentados e pensionistas que recebem acima de um salário mínimo. O texto aprovado nesta terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, substitui a medida provisória (MP) 475, relatada pelo deputado e líder do Governo, Cândido Vaccarezza (PT/SP) - que previa reajuste de 7%, apenas para 2010.
        Já na tribuna da Câmara, logo depois da votação, centenas de lideranças ligadas à Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas) iniciaram a comemoração. Na mesma sessão, em votação simbólica, também foi aprovado o fim do fator previdenciário - uma das mais urgentes reivindicações do movimento sindical. Herança maldita do governo FHC, o fator cria mais obstáculos à aposentadoria do trabalhador e reduz benefícios.
       "Durante mais de um ano, realizamos manifestações em todos os estados brasileiros. Além disso, representantes do segmento de todo o país estão frequentemente em Brasília para pressionar os parlamentares. Eles se conscientizaram - e aí está o resultado, fruto de muito trabalho", declarou o presidente da Cobap, Warley Martins Gonçalles, ao site da entidade.
        Para Wager Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), "a integridade e a defesa desses projetos significam fazer justiça aos aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa de todo o país. Muitos deles se encontram em situação de penúria após se dedicarem ao desenvolvimento econômico e social do país ao longo de décadas".
        O presidente da CTB/RS, Guiomar Vidor, destacou o fim do fator previdenciário como uma "vitória histórica" para os trabalhadores. "A CTB estava certa quando não aceitou o acordo feito entre a CUT, Força Sindical e o governo, os quais apresentaram uma proposta intermediária composta da fórmula 85/95, que apenas maquiava o fim do fator", registrou Guiomar.
       "A nossa luta agora é intensificar a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras para confirmar esta vitória no senado", agregou. "Está mais do que comprovado que condições financeiras existem para pagar o reajuste aos aposentados e pensionistas, tendo-se em conta que, somente no ano passado, as desonerações tributárias representaram mais de R$ 20 bilhões - e o reajuste dos aposentados representará despesas de apenas R$ 1 bilhão".
        Na Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) - que, além da CTB, foi a única central a apoiar as reivindicações dos aposentados desde o começo - não faltaram motivos para comemoração.
       "A Nova Central sempre considerou o fator previdenciário como um verdadeiro pesadelo para os trabalhadores e, por isto, lutou, até o fim pela sua extinção. Dessa forma, honramos o compromisso que temos com as nossas bases", declarou o presidente da NCST, José Calixto Ramos. "O fim do fator previdenciário é um vitória de todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil".
       Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sintapi) da CUT, saudou a extinção do fator previdenciário. "A partir de agora, os trabalhadores poderão se aposentar na época certa e receber valores corretos", declarou.
       Já Edmundo Benedetti, presidente do Sindiapi da UGT (União Geral dos Trabalhadores), está confiante numa vitória do mesmo reajuste no Senado. "O senador Paulo Paim (PT/RS) esteve aqui no plenário e confirmou que a votação se repetirá no Senado", afirmou. "Está garantido, portanto, o reajuste de 7,71% para os aposentados que recebem acima do salário mínimo".

 

André Cintra, Portal Vermelho e Centrais
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       Para aprofundar a análise do tema e avançar em propostas para uma plataforma democrática na área de comunicação a ser apresentada aos candidatos, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realiza o seminário 'Mídia e Eleições', que contará com a presença de jornalistas, ativistas do movimento social e professores universitários.
       O evento marca o lançamento do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que - em parceria com muitas outras entidades - vai contribuir com a luta pela democratização dos meios de comunicação e para o fortalecimento da mídia alternativa.

Programação
14 de maio, Auditório do Sindicato dos Engenheiros (Rua Genebra, 25, São Paulo)
18h30 – A cobertura da sucessão presidencial
Maria Inês Nassif, editora de política do jornal Valor Econômico
Leandro Fortes, colunista da revista Carta Capital
Paulo Henrique Amorim, blog Conversa Afiada
Altamiro Borges, PC do B

21h – Coquetel de lançamento do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

15 de maio, Salão Nobre da Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100, São Paulo)
9h – Plataforma democrática para a comunicação
Marcos Dantas, professor da UFRJ
Luíza Erundina, deputada federal (PSB/SP)
Manuela D´Avilla, deputada federal (PCdoB/RS)
Igor Felippe, do MST

14h – Políticas públicas para a democratização da comunicação
Ottoni Fernandes, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República
Regina Lima, presidente da Abepec
Jandira Feghali, ex-secretária da Cultura do Rio de Janeiro
José Sóter, da Abraço

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       A empresa estatal Telebras será a gestora do Programa Nacional de Banda Larga. O anúncio foi feito na noite de ontem (4) em um comunicado de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
       Segundo o comunicado, a empresa vai apoiar políticas públicas de conexão à internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros pontos de interesse público.
       A Telebras vai prover a infraestrutura das redes de suporte a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas, estados, municípios e entidades sem fins lucrativos. A conexão à internet em banda larga para usuários finais será feita apenas em localidades onde não exista oferta adequada desses serviços.
       As principais diretrizes do plano deverão ser anunciadas amanhã (5) pela ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e pelo coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez.
        O Plano Nacional de Banda Larga foi concluído hoje, em reunião na Casa Civil, da qual participaram os ministros das Comunicações, José Artur Filardi; do Planejamento, Paulo Bernardo; da Educação, Fernando Haddad; da Saúde, José Gomes Temporão; e da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães.
       O governo pretende oferecer o serviço por, no máximo, R$ 35 por mês. O objetivo é levar o acesso à internet rápida às classes C e D e em locais ainda não atendidos pelas empresas privadas. O plano prevê a implantação da internet em alta velocidade em quase todos os municípios brasileiros até 2014. A previsão é que, neste ano, a banda larga esteja disponível em 100 cidades, sendo 17 capitais.

 

Alex Rodrigues e Sabrina Craide, ABr
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        Duas informações que teriam tudo para os setores organizados da sociedade ir para a rua e "bater bumbo", a fim de publicizar, como chama a atenção João Franzin, da Agência Sindical, um crítico, e, com razão, de nossa imprensa sindical.
        A primeira, mais recente, dá conta que a indústria praticamente zerou os efeitos da crise, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com este dado na mão e na cabeça, as entidades que têm data-base de maio em diante precisam buscar negociações salariais mais amplas e vantajosas, já que superamos a crise.
        O economista do IBGE, André Macedo, diz em matéria veiculada pela Agência Estado, nesta terça-feira (4), que "a indústria praticamente eliminou os efeitos da crise observados nos últimos três meses de 2008".
       Em fevereiro de 2010, a indústria ainda operava em patamar 2,8% inferior ao recorde de setembro de 2008. Segundo Macedo, os dados de março mostram "um perfil generalizado de crescimento e recuperação da atividade industrial".
       Prevendo esta melhora nos índices econômicos, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) fez um balanço das negociações salariais de 2009 e com base nas previsões bastante positivas para a economia orienta que "os sindicatos devem se preparar para negociar CCTs mais amplas". 

Redução da extrema pobreza
        A outra, que passou "despercebida" pela imprensa, dá conta que os índices de extrema pobreza no Brasil foram reduzidos - entre 1990 e 2008 - de 25,6% para 4,8%, uma drástica redução de 81%. Esta informação foi veiculada há pouco mais de um mês.
       O movimento sindical tem relação com este importante fato social. Um dos fatores que fez a extrema pobreza diminuir tem relação com o salário mínimo e sua política de atualização e recuperação de valores, cuja proposta originária é das centrais sindicais.
       Na matéria veiculada no site do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que o DIAP reproduziu em 26 de março, sob o título "Ipea: Brasil supera meta de reduzir extrema pobreza. Índice é agora 4,8%" há mais informações importantes deste importante passo dado pelo País.
        O relatório do Ipea informa ainda que "a pobreza extrema no Brasil, hoje, é menos de um quinto da pobreza extrema de 1990. A desigualdade caiu bastante e pode cair ainda mais". E acrescenta: "Se o ritmo da redução se mantiver nos próximos anos, a pobreza extrema será erradicada do Brasil por volta de 2014".
        É ou não para o movimento sindical "bater bumbo" sobre estes dois fatos sociais, cuja repercussão é extremamente positiva sob todos os aspectos?

(*) Analista político e assessor parlamentar do Diap

 

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