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        Em sua 23ª edição, o prêmio Personalidade da Tecnologia homenageia os profissionais que se dedicaram a defender a engenharia brasileira, destacando-se em ações para o desenvolvimento do País e melhoraria das condições de vida da população.
         Este ano, o evento agraciará os seguintes nomes: José Roberto Bernasconi (na categoria Consultoria), Roseli de Deus Lopes (Educação), Fernando Leite Siqueira (Energia), Paulo Assis Benites (Empreendedorismo), Paulo Hilário Nascimento Saldiva (Ambiente/Sustentabilidade) e Almino Monteiro Álvares Affonso (Valorização profissional).
       A premiação acontece hoje (11) junto à comemoração do Dia do Engenheiro a partir das 19h, no auditório do SEESP (Rua Genebra, 25, Bela Vista, Capital/SP).

Mais informações pelo telefone (11) 3113-2646.

 

 

 

       A Petrobras informou que os investimentos em São Carlos fazem parte de um projeto lançado em 2006 de parcerias entre a estatal e 71 instituições de ensino. Segundo a Petrobras, os valores aplicados nas parcerias chegam a R$ 1,8 bilhão
       A UFSCar lançou ontem (10) a pedra fundamental do Centro de Pesquisas em Processos e Materiais Avançados para a Indústria de Petróleo e Energia. O Centro será construído na área Norte do campus São Carlos da Universidade, a partir de uma parceria com a Petrobras.
       Em São Carlos, a Petrobras investirá cerca de R$ 100 milhões para a implantação de centros de pesquisa nos campi da UFSCar e da USP. Nesta etapa inicial, a UFSCar receberá R$ 15,5 milhões para a construção do Centro. Serão 3,6 mil metros quadrados de área coberta, com laboratórios e unidades de apoio. Além dos recursos para a construção, outros investimentos da Petrobras serão feitos nas pesquisas que serão desenvolvidas no local.
       A cerimônia de lançamento ocorreu no Anfiteatro Bento Prado Júnior, com presença de autoridades municipais de São Carlos, da UFSCar e de representantes da Petrobras. Carlos Tadeu Costa Fraga, Gerente Executivo do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento "Leopoldo Américo Miguez de Mello" (Cenpes-Petrobras), foi convidado para a palestra "O aumento da produção de petróleo no Brasil, o pré-sal e os desafios tecnológicos para universidades e centros de pesquisa". Após aabertura, os participantes se dirigiram ao local da construção do Centro, na área Norte do campus da UFSCar, próximo à Unidade Saúde-Escola (USE).
       De acordo com o professor Ernesto Antonio Urquieta-González, coordenador do projeto e diretor do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da UFSCar, o centro de pesquisas terá oito laboratórios para estudos de materiais e processos da indústria do petróleo. Ele afirmou que a unidade deve ficar pronta em um ano.
       A Petrobras informou que os investimentos em São Carlos fazem parte de um projeto lançado em 2006 de parcerias entre a estatal e 71 instituições de ensino. Segundo a Petrobras, os valores aplicados nas parcerias chegam a R$ 1,8 bilhão.

(Fontes: UFSCar e Folha de S. Paulo)

 

FNE – Federação Nacional dos Engenheiros
11/12/2009
http://www.fne.org.br

 

 

 

       O primeiro desenho de um possível acordo na Conferência Mundial do Clima, em Copenhague, preserva os compromissos assumidos pelos países que assinaram o Protocolo de Quioto, cujo texto obriga as nações ricas a assumirem metas de redução dos gases de efeito estufa.
       Quanto aos Estados Unidos, maior emissor histórico dos gases de efeito estufa e que não subscreveu Quioto, a proposta indica a elaboração de um novo acordo para que os norte-americanos também tenham metas para combater o aquecimento global.
       No caso dos países em desenvolvimento, o texto mantém ainda o formato defendido pelo Brasil, com o compromisso de ações de mitigação visando a conter o aumento projetado das emissões até 2020, caso nada seja feito para mudar os métodos de crescimento econômico.
       As duas propostas juntas, uma vez aprovadas, obrigariam os países ricos a reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) e outros gases de efeito estufa no prazo de 11 anos, em comparação com as emissões de 1990. O nível de queda ainda está em aberto: 25% ou 40%.
       “Os países desenvolvidos devem assumir, individualmente ou juntos, o compromisso legal de reduzir as emissões até 2020, partindo dos níveis de 1990. Os esforços dos países desenvolvidos devem ser comparáveis, mensuráveis e devem levar em conta as circunstâncias nacionais e a responsabilidade histórica”, informa o documento.
       Pela primeira vez, um texto oficial da conferência cogita que países em desenvolvimento colaborarem com o fundo para combater o aquecimento global e estipula até uma possível meta para eles reduzirem as emissões projetadas para 2020, se nada for feito para mudar a forma de crescimento econômico: entre 15% e 30%, até 2020.
        A proposta também contempla a possibilidade de exigir metas mais ousadas das nações ricas e em desenvolvimento para garantir que as emissões caiam em até 95%, considerando 1990, em 2050. Com isso, a temperatura média do planeta subiria apenas 1,5 grau Celsius (ºC) até o fim do século.
       No entanto, esses números ainda estão sob analise dos negociadores e variam entre 50% e 95% de redução até metade do século. O limite de negociação aceito é de uma elevação de 2 ºC na temperatura do planeta em 2100.
       No caso do financiamento de longo prazo, principal ponto de discórdia na Conferência do clima, os negociadores sequer esboçaram um rascunho, considerando a ampla diferença entre as propostas apresentadas até agora por países ricos e em desenvolvimento.
       No entanto, o rascunho divulgado nesta sexta-feira (11) torna claro que a responsabilidade pelo financiamento das ações de mitigação no mundo em desenvolvimento e de adaptação das economias pobres fica por conta dos países desenvolvidos.
       “Os países em desenvolvimento devem adotar ações nacionais de mitigação, viáveis por meio de financiamento, tecnologia e capacidade de criação provida pelos países desenvolvidos”, determina.
       Entre os projetos que poderão ser financiados pelos países ricos estão os programas de redução do desmatamento, um dos principais interesses do Brasil nesta Conferência do Clima. A proposta em análise pelos delegados e que poderá ser submetida na semana que vem aos chefes de Estado contempla ainda as iniciativas para o uso sustentável da floresta, chamadas de projeto de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd).

Agência Brasil
11/12/2009
http://www.agenciabrasil.gov.br

 

 

       Engajado no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” desde 2006, o SEESP pode comemorar bons frutos da luta que vem ajudando a travar. Anunciada em plena estagnação econômica, a iniciativa da categoria foi recebida por muitos com ceticismo. Ao final de 2007, já se mostrava bastante exequível, tendo em vista a expansão do PIB (Produto Interno Bruto), que alcançou os 5,4%, índice bem próximo dos 6% defendidos pelos engenheiros.
       O projeto também afirmava, desde o início, a necessidade de se multiplicar o número de formados em engenharia para que se tivesse a mão de obra qualificada necessária para um cenário de crescimento econômico. Mais uma vez, a proposta do “Cresce Brasil” gerou estranheza, já que a tônica, naquele momento, era a falta de oportunidades. Pois a vida vem demonstrando o acerto das proposições da categoria, e os jovens voltaram a apostar numa carreira na engenharia, confiantes na manutenção dos bons ventos.
       Uma demonstração disso está em reportagem de capa da revista Veja, de 11 de novembro, sobre as carreiras mais procuradas. Nos exames vestibulares das universidades federais e da USP (Universidade de São Paulo) de 2007, a segunda foi a engenharia, com 159.428 inscrições, ficando atrás apenas de medicina, a campeã tradicional. No conjunto, as 1.200 faculdades que oferecem cursos na área receberam 300 mil novos alunos, comprovando que o setor está em alta. O motivo para o fenômeno é o fôlego que a economia brasileira ganhou e não arrefeceu gravemente nem mesmo com a crise econômica iniciada em 2008. Perspectivas como as reservas de petróleo na camada do pré-sal, o programa “Minha casa, minha vida”, a Lei de Assistência Técnica, que institui a engenharia pública, além do crescimento do investimento produtivo devem contribuir ainda mais para essa performance.
       A má notícia em meio a tanto otimismo é que continuam a se formar apenas 30 mil engenheiros por ano, 10% do contingente que entra nas escolas. Isso chama atenção para a necessidade de algumas providências, como aprimorar a educação nos níveis fundamental e médio e fazer com que as crianças e adolescentes aprendam física e matemática, os requisitos básicos de um futuro engenheiro e essenciais para que o estudante de ciências exatas conclua a graduação.
       Enfim, claro está que, se a tarefa ainda não está completamente cumprida, ao menos nos encontramos no caminho certo.

 

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

      O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que cria o Fundo Nacional sobre Mudanças Climáticas (Lei 12.014/09). A sanção está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (10) e ocorre no momento em que representantes de diversos países discutem as transformações no clima na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague (Dinamarca).
       O fundo busca assegurar recursos para projetos e ações que contribuam para a mitigação da mudança do clima e à adaptação a seus efeitos. O texto da lei determina que o fundo ficará vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e será administrado por um comitê formado por representantes do governo federal e da sociedade civil.
       Os recursos do Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima, sob a forma de empréstimo ou apoio não reembolsável, poderão ser aplicados na análise de impactos, projetos de redução de gases de efeito estufa e na formulação de políticas públicas, entre outros.
       De acordo com informações do Ministério do Meio Ambientes, dos 10% destinados ao ministério pela Lei nº 9.478, que regula a cadeia produtiva do petróleo, 6% irão para o novo fundo.
       Ele será formado ainda por recursos de fontes como o orçamento da União, doações e empréstimos de entidades nacionais e internacionais, públicas e privadas. O agente financeiro será o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Agência Brasil
10/12/2009
http://www.agenciabrasil.gov.br

 

 

       A chuva que atinge São Paulo desde a noite desta segunda-feira, 7, travou o trânsito, espalhou o caos e até agora já deixou seis mortos – entre eles três crianças e um jovem. Às 3h14, toda a cidade foi posta em estado de atenção pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). Os rios Pinheiros e Tietê transbordaram, pontos das Marginais foram tomados pelas águas e vias adjacentes tiveram trânsito pesado. Por volta das 9 horas, o congestionamento em toda a cidade chegou a passar de 120 quilômetros, índice considerado alto pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Os pontos de alagamento, de acordo com a CET, chegaram a 105.
       Segundo os bombeiros, as crianças - duas de 2 anos e uma de 7 - e o jovem de 20 anos morreram no deslizamento de um barranco no bairro conhecido como 120, em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Em Itaquaquecetuba, o desabamento de uma casa, provocado por um deslizamento de terra matou uma mulher, de 57 anos. Uma pessoa ainda morreu soterrada na Favela Santa Madalena, região do Sapopemba, zona leste de São Paulo.
       Em São Mateus, também na zona leste, a Defesa Civil registrou um deslizamento de terra pela manhã, mas o incidente não atingiu nenhuma residência nem deixou feridos. Na mesma região, 222 imóveis foram interditados devido aos riscos de novos acidentes - na semana passada, três morreram no desmoronamento de um barraco.
      Quem dependia do transporte público também enfrentou dificuldades. A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) registrou problemas na Linha 9-Esmeralda e Linha 7-Rubi, que teve a circulação interrompida no início da manhã por alagamentos.

 

Mais chuvas
       Segundo o CGE, nas próximas horas a chuva deve continuar na capital e na Grande São Paulo com a mesma intensidade, sem perspectiva de melhora. A média de precipitação na cidade desde a meia-noite até às 7 horas desta terça foi de 54,8 mm, e nas últimas 12 horas foi de 64,4mm. Até esta terça, já choveu 122,1 mm em dezembro, o que equivale a 60,75% da precipitação média prevista para todo o mês.
       A Defesa Civil informou que alguns bairros ainda estão em estado de atenção e alerta por conta da previsão de mais chuvas. Estão em estado de atenção para deslizamentos os bairros Perus, Pirituba, Casa Verde, Jaçanã, na zona norte, Capela do Socorro, Parelheiros, na zona sul, Lapa, na zona oeste, e Itaquera, Itaim Paulista, Ermelino Matarazzo e Aricanduva, na zona leste.
      Já em alerta para desmoronamentos e deslizamentos estão os bairros de Freguesia do Ó, Butantã, São Miguel, Vila Prudente, Campo Limpo, M'Boi Mirim e Penha. Em alerta máximo estão as regiões de São Mateus, Cidade Tiradentes, e Guaianazes. Os bairros que correm risco de enchentes são Butantã, Campo Limpo, Guaianazes, Cidade Tiradentes, Aricanduva, Itaim Paulista e toda a zona norte.
        A Defesa Civil recomenda à população que não saia do local de trabalho ou residência em caso de chuva forte e evite o contato direto com a água da enchente. O órgão também recomenda ao paulistano que não atravesse ruas alagadas, pelo risco de ser arrastado pela águas.

 

Por Gabriel Pinheiro e Solange Spigliatti 
Portal de notícias Estadão
8/12/2009
http://www.estadao.com.br

 

 

       Começou nesta segunda (7) a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15). Sob pressão, mais de 190 países tentam novo acordo climático para Protocolo de Quioto
       Único país rico que não assinou o Protocolo de Quioto e nem controlou suas emissões até hoje, os EUA se viram forçados, desta vez, a prometer corte de 17% das emissões até 2020. Foram seguidos pela China, outra grande poluidora, que anunciou compromisso de corte entre 40% e 45% por unidade de Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, mesmo que isso ainda signifique dobrar as emissões do país. O governo promete uma redução de 36,1% e 39,8% até 2020 ao evitar o lançamento de mais de 1 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. 
        Mas as previsões para a reunião de Copenhague ainda estão longe de corresponder ao clamor da sociedade civil mundial por um acordo que salve o planeta de uma catástrofe climática. Segundo a Agência Brasil, é improvável que a conferência defina o novo regime global para complementar o Protocolo de Quioto, lembrando que, nos últimos meses, reuniões preparatórias e encontros multilaterais não foram suficientes para fechar pontos importantes do acordo, que, pela regras da Organização das Nações Unidas (ONU), só pode ser aprovado por consenso. Informa a Agência:
       Um dos principais nós é o impasse sobre o financiamento de ações de adaptação e mitigação nos países em desenvolvimento. O dinheiro tem que vir dos países desenvolvidos, mas até agora não há sinal de acordo sobre os valores. Os mais pobres argumentam que são necessários pelo menos US$ 400 bilhões por ano. A melhor proposta na mesa por parte dos países industrializados prevê aporte de cerca de US$ 140 bilhões, mas parte do dinheiro teria que vir dos países em desenvolvimento, caso do Brasil, da China e Índia.
       Geralmente representados por diplomatas e ministros, chefes de Estado importantes no jogo da negociação climática já confirmaram presença em Copenhague em algum momento das próximas duas semanas. O norte-americano Barack Obama, o francês Nicolas Sarkozy, a alemã Angela Merkel, o britânico Gordon Brown e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão com passagens marcadas para a capital dinamarquesa.
       Além de governos, participam da COP-15 representantes de organizações não governamentais, observadores internacionais e ativistas de todo o mundo. Em duas semanas de reunião, o número de participantes deve passar de 30 mil.

FNE – Federação Nacional dos Engenheiros
7/12/2009
http://www.fne.org.br

 

 

     Uma estratégia de ação proposta juntamente com o lançamento do manifesto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, em setembro de 2006, durante o VI Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), vem se mostrando extremamente promissora. Trata-se da criação de conselhos tecnológicos regionais que possam levar a cada cidade ou região o debate das propostas do “Cresce Brasil”, agregando a ele a visão daquela localidade e usando-o como meio de buscar soluções aos problemas ali enfrentados.
     Propostos pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), tais fóruns de discussão do desenvolvimento devem nascer pelo Brasil afora. Em São Paulo, o SEESP decidiu promover a constituição de um em cada município em que há uma delegacia sindical. Montou-se, assim, até outubro um calendário de atividades que reunirão representantes da área tecnológica, das universidades, das associações profissionais, do poder público e do setor produtivo (leia sobre a formação em Jacareí e Pindamonhangaba).
     Essas lideranças formarão o conselho tecnológico daquela região e, contando com um coordenador, montarão uma agenda, atuando diretamente no problema, oferecendo sugestões técnicas, mobilizando a sociedade e persuadindo Executivo e Legislativo a tomar as providências cabíveis. Para organizar o trabalho, a idéia é que seja dividido em sete comitês: emprego e relacionamento universidade-empresa; qualificação e requalificação profissional; inovação e produtividade; urbano e da memória da engenharia e arquitetura; energia, transportes e comunicações; saneamento, meio ambiente e mudanças climáticas; e agricultura e soberania alimentar.
     Com esse modelo, já foram lançados conselhos em Bauru, Marília, São José dos Campos, Jacareí e Pindamonhangaba. Cada uma dessas reuniões realizadas demonstrou o acerto desse caminho, que busca reunir as muitas competências disponíveis para resolver os problemas das nossas cidades e garantir melhores condições de vida às suas populações.
     Continuamos, assim, a empreender o esforço pelo desenvolvimento sustentável e inclusão social. Essa é, sem dúvida, a tarefa dos governos, mas esses precisam que a sociedade os conduza na direção correta e ao encontro de seus anseios. A idéia é, portanto, que a discussão não se restrinja aos gabinetes de Brasília ou do Palácio dos Bandeirantes, mas ganhe todos os espaços organizados, que estão conscientes da nossa necessidade urgente e total possibilidade de crescer.
     Pesar – O SEESP, assim como todo o Brasil, aguarda ansiosamente pelo resultado das investigações sobre o trágico acidente envolvendo o vôo 3054 da Tam, que matou mais de 200 pessoas. A expectativa é que essas esclareçam plenamente o que causou o desastre, possibilitem a correta apuração de responsabilidades nesse triste episódio e, principalmente, evitem que algo assim volte a ocorrer. Enquanto isso, só nos resta lamentar profundamente a perda de tantas vidas. Oferecemos nossas condolências às famílias e amigos de todas as vítimas, em especial às dos engenheiros associados ao SEESP Heurico Hirochi Tomita e Mirtes Tomie Suda.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

 

José Antonio Marques Almeida e Newton Güenaga Filho

     Wagner Matheus, Tiago Ramos Constantino, Valder Flauzino Júnior, Francisco Gomes de Souza, Josiney Moraes Souza e Rodolfo Augusto Donato. Em seis meses, seis trabalhadores perderam suas vidas no Porto de Santos. Diante de quadro tão trágico, fica difícil falar em trabalho seguro no local. O que está acontecendo? De quem é a culpa? Os responsáveis por essas mortes serão punidos? Quem será a próxima vítima?
     Segurança no porto é uma questão fortemente associada à ciência e tecnologia. Priorizar os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) e dimensionar o tipo, qualidade e uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) são desafios permanentes para a engenharia. Pensar a prevenção como capacitação dos recursos humanos e aplicação de soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável é parte constituinte do núcleo do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), com apoio do SEESP.
     Os acidentes no Porto de Santos mostram a urgência desse debate. Vidas foram ceifadas por falha na segurança. Apenas após a sexta morte, as autoridades resolveram discutir tal tragédia. Agora estão envolvidos a Codesp – Autoridade Portuária –, a Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (e, justiça seja feita, foi esse o órgão que deu início à discussão), o OGMO (Órgão Gestor de Mão-de-obra), sindicatos e usuários do porto, entre outros.
     A ênfase maior, nas reuniões dessas representações, está na necessidade do treinamento constante e adequado dos portuários, assim como na garantia de condições minimamente adequadas de trabalho para esse grupo de funcionários, que não dispõe sequer de banheiros ou vestiários.
     Passaram-se dez anos de vigência da NR-29 (Norma Regulamentadora nº 29) e muito pouco se tem para comemorar, em vista do avanço medíocre da sua aplicação. As razões desse atraso são muitas. A falta do entendimento dos objetivos da norma pelas partes envolvidas causa, indubitavelmente, retardamento na sua utilização adequada e possibilita perdas humanas e materiais.
     O projeto “Engenharia para mudar o porto” é fundamentado na certeza de que é possível ter desenvolvimento com segurança. Nesse sentido, e na era da tecnologia, a atividade portuária deve mudar e a engenharia tem muito a colaborar.


José Antonio Marques Almeida (Jama) é vereador de Santos e diretor do SEESP e Newton Güenaga Filho, presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista

 

     Se se confirmarem as projeções de crescimento da economia apresentadas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) – de 4,5% em 2007 e 5% nos três anos seguintes –, a partir de 2010 é provável que haja escassez de energia elétrica. É o que apontam especialistas do setor.
     Em seu manifesto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, os engenheiros defendem que o País pode não apenas alcançar esses patamares anuais de expansão do PIB (Produto Interno Bruto), mas superá-los e chegar aos 6% – e indicadores positivos divulgados no final de junho mostram que esses profissionais estão corretos em sua análise (veja reportagem no JE 303). Caso a Nação atinja esse nível de crescimento, o documento da categoria enfatiza que “estaríamos forçados a ampliar a oferta de energia acima de 8% ao ano”. Coordenador dos trabalhos técnicos do “Cresce Brasil”, o consultor Carlos Monte ratifica: “Vamos precisar de energia para atender o crescimento.”
     Na sua ótica, a possibilidade de carência do bem essencial a partir de 2010 se justifica pela preocupação com a oferta do gás natural – como conseqüência da redução do produto oriundo da Bolívia e o tempo necessário para que se possa substituí-lo por gás proveniente da Bacia de Santos e importado (de países como Nigéria, na África, e Omã, no Oriente Médio). Além disso, o risco de escassez deve-se ao atraso na execução dos projetos. De acordo com Monte, entretanto, a situação não se compara ao difícil cenário argentino. No país vizinho, como constata ele, a crise energética que se configura desde maio deve-se a fatores como a dependência do gás, a falta de ações de governo para fazer frente ao crescimento econômico e a baixa disponibilidade de hidroelétricas.

Alternativas e desafios
     Em território nacional, o consultor considera que a adoção de práticas diretas de conservação energética pode contribuir significativamente para amenizar risco de desabastecimento, somada à contribuição do setor sucroalcooleiro na geração. O segmento em questão vem registrando crescimento expressivo, que pode resultar em “grande quantidade de energia nova para o sistema”. Mas, para isso, precisa investir no aproveitamento do bagaço e palha da cana-de-açúcar, que tem sido em grande parte jogado fora. Em aproximadamente dois anos, novas usinas podem assegurar a ampliação da geração a partir da biomassa da cana, acredita ele. Diferentemente de empreendimentos como a construção das usinas hidroelétricas no Rio Madeira e a nuclear Angra 3 – já aprovados pelo governo, mas que não estarão concluídos a tempo de garantir o suprimento nos próximos três anos.
     Essas grandes obras são indicadas como necessárias no “Cresce Brasil”, assim como as outras potencialidades. No País cujas dimensões são continentais, como reforça Monte, é necessário “fazer tudo”. “Tem que construir usinas hidroelétricas e nucleares, a carvão na região Sul, tem que importar gás liquefeito, aumentar a produtividade da cana, fazer eólicas e PCHs (Pequenas Centrais Hidroelétricas) onde for possível”, continua. Porém, ressalva que prioritariamente o meio ambiente deve ser levado em conta, em especial “quanto à questão das emissões”. Todavia, pondera que é preciso “tentar resolver a questão e não ficar paralisado pela crítica”.
     Além do desafio nessa área, outro é garantir o suprimento de energia nos próximos anos através de diversas fontes, mas não a qualquer preço. Monte ressalta que a tendência é a energia ficar ainda mais cara, até porque as alternativas mais baratas já foram utilizadas no Brasil. Porém, os leilões podem garantir que o custo não seja exorbitante a ponto de paralisar a produção industrial e impedir o desenvolvimento nacional. Além disso, para ele, tendo bastante oferta, haverá equilíbrio tarifário.


Soraya Misleh

 

 


 

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