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Auxílio de R$ 600,00 e distanciamento para esperar pela vacina

 

Ritmo lento da imunização, descontrole da pandemia e acirramento da crise econômica exigem manutenção dos recursos públicos para evitar que milhões mergulhem na miséria.

 

Está prevista para esta terça-feira (9/3) o início da discussão da “PEC Emergencial” na Câmara, onde precisa ser votada em dois turnos. Já aprovada no Senado, a Proposta de Emenda à Constituição 186 autoriza a destinação de R$ 44 bilhões para a recriação do auxílio emergencial.

 

O texto que segue para apreciação dos deputados agora não define o valor e por quantos meses os beneficiários receberão o recurso, o que será estabelecido por medida provisória. No entanto, o limite do montante indica a restrição a quatro parcelas de R$ 250,00, o que não resolverá o problema de milhões de desempregados e trabalhadores informais sem condições de manter sua atividade.

 

Ainda que sejam insuficientes para uma vida digna, muito distantes do ideal para o dia a dia confortável de uma família, os R$ 600,00 do auxílio original, que se aproximam do valor da cesta básica, mostraram-se fundamentais para garantir amparo à parcela de brasileiros mais prejudicada pela crise e pela paralisação de setores da economia.

 

Também foram essenciais para reduzir a gravidade da queda no Produto Interno Bruto (PIB), em 2020, com a manutenção de mínimo poder de compra pelos cidadãos.

 

Nada, portanto, justifica reduzir drasticamente o benefício que segue tão ou mais importante que há um ano, quando nos deparamos com um novo vírus cujo contágio se configurou numa pandemia. O que então era inimaginável confirma-se hoje e vivemos momento ainda mais agudo, com crescimento constante do número de casos de Covid-19 e óbitos causados por ela.

 

Com apenas a primeira dose da vacina tendo chegado a menos de 5% da população e variantes do coronavírus circulando entre nós, é imprescindível seguir com as medidas de distanciamento social efetivo para que a tragédia sanitária não se torne um pesadelo ainda pior.

 

Assim, é de se esperar que os deputados federais, ao votar a PEC Emergencial, ajam ao mesmo tempo com racionalidade e compaixão. Sem garantir a sobrevivência dos brasileiros não haverá economia a ser reativada quando finalmente superarmos esse cenário devastador. A previsão de 3 mil mortes diárias feita pelo Ministério da Saúde deve pesar mais que a pressão do mercado financeiro, esse ente invisível que segue impondo suas vontades aos destinos do País, a despeito da realidade chocante que vivemos.

 

Neste momento, a missão é salvar vidas, da doença e da fome, e não agradar a uma minoria que tem demonstrado enorme dificuldade em partilhar o mínimo que seja e não

tem compromisso com o futuro do Brasil.

 

 

Eng. Murilo Pinheiro – Presidente

Aprovados em concurso público, 568 profissionais da área tecnológica, entre os quais 352 engenheiros, aguardam nomeação. Hoje há apenas 583 servidores da categoria. Para SEESP, seria necessário pelo menos o dobro.

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A cada dez engenheiros registrados no País, 1,88 é mulher. Mudança deste cenário, apontam especialistas e profissionais, passa pela família, escola e sociedade como um todo. 

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Reduzir burocracia, mas garantir segurança e responsabilidade técnica

 

Resolução do governo federal que visa agilizar empreendimentos no setor da construção precisa assegurar o papel devido ao profissional habilitado. FNE integrará discussão para aprimorar a norma que se efetiva no próximo mês.

 

Começa e ter efeito em março próximo, embora tenha entrado em vigor em 1º de janeiro último, a Resolução nº 64/2020, publicada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM).

 

A norma do órgão ligado ao Ministério da Economia visa “definir a classificação de risco para atos públicos de liberação de direito urbanístico”, à luz da chamada Lei da Liberdade Econômica, de 2019.

 

Neste um mês de prazo para que seja efetivada, espera-se sejam aparadas as arestas existentes para que o objetivo anunciado de garantir celeridade na aprovação de projetos no setor da construção civil, o que certamente será muito bem-vindo, seja alcançado sem prejuízo da segurança da sociedade.

 

Felizmente, a disposição para o diálogo visando esse fim foi afirmada em reunião virtual nesta segunda-feira (1º/2) entre dirigentes da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e de seus sindicatos filiados e os representantes do governo federal Felipe Ferro, Ricardo Vieira de Queiroz e Henrique Reichert.

 

Assim, serão levados ao grupo de estudo que discute o tema – que passará a contar com representante da entidade, conforme o compromisso assumido – pontos considerados essenciais.

 

Em linhas gerais, a resolução dispensa medidas burocráticas por parte dos entes públicos para liberações relativas a empreendimentos classificados como de “baixo risco”. Nesse item, surge a preocupação sobre como será feito tal enquadramento, já que mesmo pequenas reformas podem implicar riscos estruturais se realizadas sem o devido projeto e acompanhamento técnico.

 

Por isso mesmo, a imperiosa necessidade de que haja um profissional legalmente habilitado atuando em toda e qualquer obra deve também ser objeto das discussões. A dúvida relativa a isso surgiu, sobretudo, devido ao parágrafo 2º do artigo 4º da resolução, que afirma: “Será dispensada a anotação técnica de responsável legal (...) para hipóteses de BAIXO RISCO A, nos casos previstos em Lei.”

 

Questionados sobre o tema na reunião com a FNE, os técnicos do Ministério da Economia foram assertivos ao afirmar que em hipótese alguma há previsão de exclusão da responsabilidade profissional. Pelo contrário, esta seria reforçada com a redução do papel do poder público, por exemplo, na reformulação de projetos. No entanto, considerando a importância do tema, cabem esclarecimentos e, eventualmente, aprimoramento do texto legal para que não restem interpretações equivocadas.

 

Chama a atenção ainda a previsão de responsáveis técnicos principal e suplementar, o que pode gerar ainda mais dificuldades, contrariando o objetivo de desburocratização. Por fim, é preciso ainda que haja condições laborais seguras ao conjunto dos trabalhadores contratados pelos empreendimentos que se utilizarão das regras previstas na resolução.

 

A FNE permanecerá atenta ao tema e, como sempre, disposta a contribuir com a engenharia e o desenvolvimento nacional.

 

 

Eng. Murilo Pinheiro – Presidente

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